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TVTranscrição
00:00Transcrição e Legendas Pedro Negri
00:30Devagar, vamos voltar devagar
00:32O que é isso?
00:43Você está ouvindo isso?
00:44Não estou ouvindo nada
00:45Escuta
00:48Não estou ouvindo nada, vamos continuar
00:54Não, não
00:55Eu acho que é inseto
00:57Esse ruído está aumentando
01:00Agora estou ouvindo
01:06Eu acho que eles estão vindo para cá
01:11Eu acho que esses insetos estão vindo para cá
01:12Agora
01:17Agora
01:19Não deixe nenhum bicho pegar
01:43A gente vai achar uma saída
01:44Deve ter alguma saída em algum lugar aqui
01:47Depois a gente encontra um jeito de achar os nossos amigos
01:50Moscas
01:58Um enxame gigantesco de neves
02:00Me fala, Jean
02:11O que mais você está vendo?
02:14A Liga do Bem
02:14Está sendo atacada por insetos
02:17Nas tubulações subterrâneas da ilha
02:19Lucas, eu acho que eles caíram numa armadilha
02:22E os bebês?
02:38Você consegue ver os bebês?
02:39Eu consigo
02:40Eles estão com uma mulher
02:47Uma mulher estranha
02:49Ela
02:49Uma cientista
02:51Ela tem um jeito muito parecido com o da doutora Júlia
02:56Mas ela não é a Júlia
02:58Ela é mais nova
03:00Maria
03:02Nossa, como a Maria está diferente
03:08Mas a Maria
03:10Parece que ela quer atacar os bebês
03:12Eu não consigo acreditar
03:16A Maria
03:18A Maria mesmo transformada
03:20Seria incapaz de fazer uma maldade com os bebês
03:22E já
03:24E já, o que foi?
03:26Eles estão se juntando
03:28Lucas, a Liga bandida
03:32Os mutantes do mal
03:33Eles estão se juntando
03:35Eles estão unindo forças
03:37Eles estão ganhando forças
03:38Agora que eles têm os bebês
03:40Eles vão atacar
03:43Lucas
03:45Eles estão ganhando muitos perigos
03:48A Liga
03:50A Liga do Bem vai ser atacada
03:52Mas vai ser atacada de uma forma muito
03:55Muito violenta, Lucas
03:58A Liga do Bem vai ser atacada de uma forma muito
04:01A Liga do Bem vai ser atacada de uma forma muito
04:02Precisa Tua
04:03Liga do Bem
04:19Deixa это
04:21Saída, Beto!
04:22Vocês são mesmo que minha omissão não vai virar.
04:25Olha só, guarda essa missão.
04:27Vocês precisam sair muito atrás.
04:29Beto, eu sei que você tá cansado, eu também tô.
04:30Mas eles são muitos, eles vão querer vencer a gente pelo processo.
04:33Beto, Beto, eu preciso de dois segundos pra respirar, pelo amor de Deus.
04:36Entra aqui, entra aqui, entra aqui.
04:41Esconde.
04:42Vamos nessa boca.
04:51Enhancado.
04:54Enhancado.
04:56Estou!
04:58Estou!
04:59Estou!
05:01Estou!
05:02O problema é que a gente se dispersou do grupo, né?
05:29Ah, isso é o pior.
05:31E a Maria, pra onde será que ela foi?
05:33Sei lá, Beto, cada um foi pra um canto.
05:35O pior é que eu tô me sentindo completamente encurralada aqui nesse beco sem saída.
05:39Eu sou uma armadilha, Beto, sou uma armadilha, com certeza.
05:42Claro que é.
05:44Mas e agora? A gente faz o quê? Vai pra onde?
05:47Beto, eu tô com medo, cara.
05:56O que você tá comendo?
05:57Não sei, Beto, é muito estranho um buraco na parede em esconderijo como esse aqui.
06:00Deve ser uma passagem secreta pra algum lugar.
06:02Não, não é não, Beto.
06:03Isso aqui é o fim da linha, tá na cara.
06:05Não, claro que é. Olha esse tanque.
06:06Isso aqui deve ser uma passagem submete.
06:08Vamos entrar aqui.
06:08Não viaja. Não viaja.
06:10Isso aqui não é passagem pra lugar nenhum.
06:11Beto, vamos entrar.
06:12Beto, não vamos entrar aqui.
06:14Não é passagem.
06:14Tá bom, tá bom.
06:15A gente procura uma outra saída.
06:16Ai, ai, ai, ai.
06:21O que foi?
06:22Ai, Beto.
06:23Tem um monte de formigas subindo com o meu pé.
06:26Ai, meu Deus.
06:28Tá cercado.
06:29Lança os seus raios, lança, vai.
06:31Não quero morrer assim.
06:32Não vai morrer, lança os raios.
06:33Não quero.
06:33Lança os raios, perfeito, lança os raios.
06:35Eu também vou tentar.
06:36Vai, tem muita, perfeito.
06:38Olha, eu já vou avisando, não vai ser suficiente.
06:40Perfeito, não para. Vai, vai, vai.
06:42E então, dona Irma, doutor Ari, o doutor Carvalho chegou.
07:04Acabou-se o que era doce.
07:06E minha pergunta é uma só.
07:08Quem vai segurar essa bucha?
07:10A Batista.
07:11Ai, meu Deus do céu.
07:12Eu já estou me sentindo com o pé na pobreza, na senzala, na rua da amargura.
07:15Inventa uma desculpa.
07:17Diz que a gente saiu de férias.
07:19Inventa uma desculpa internacional.
07:21Diz que os ex-milionários estão com a agenda cheia,
07:24que não podemos atender a justiça hoje.
07:27Inventa alguma coisa.
07:28Inventa.
07:29Absolutamente, Irma.
07:30Você não pode simplesmente dizer que estamos com a agenda cheia e não vamos recebê-lo.
07:36Não.
07:36Nós marcamos com ele e não vamos fazer essa desfeita.
07:42Batista, por favor, mande o doutor Carvalho entrar.
07:48E, por favor, use a sua elegância de sempre.
07:51Oh, sol, doutor aí.
07:54Deixa comigo, eu estou ligado.
07:55Quem manda agora é o doutor Carvalhão.
07:58Eu não...
07:58Peraí, Batista.
07:59Não sai ainda, não.
08:00Aristóteles, o que aconteceu com você?
08:02Você deu uma tacada na cabeça, é isso?
08:04Só pode ser.
08:05Será que você não percebe?
08:06Que o meu plano tem tudo, tudo para dar certo?
08:10Meu Deus do céu, a gente vai ficar pobre.
08:13Quanto mais a gente adiar essa situação, melhor.
08:16Melhor para a gente.
08:18Mãe, cai na real.
08:19A gente perdeu tudo.
08:21Como você estilica, essa situação não vai mudar?
08:23Olha, gente, eu sempre achei que a desobediência fosse uma virtude.
08:26Só há progresso através da desobediência.
08:29Por isso que eu sempre fui desobediente e rebelde.
08:31Ao meu modo, eu sempre quis impor.
08:32O meu ser começou.
08:34Mas chegou um momento que a gente tem que entregar os pontos.
08:37Irma, por favor, se comporte.
08:39Ele está entrando.
08:43Batista, não.
08:45Enquanto ele entra pela porta da frente, eu vou sair pela porta de trás.
08:51Me desejem boa sorte.
08:54Os dados estão lançados.
08:56Boa sorte, maluquinha.
08:58E vê se manda notícias, por favor.
09:02Vou tentar.
09:04A sorte está lançada.
09:06Tia Ema, pode deixar que eu não vou falar nada, tá?
09:08Eu vou ficar torcendo por você.
09:10Ai, obrigada, Danilinho.
09:12Aproveita e ajuda a cuidar da minha filhinha, querida.
09:16Agora que você tem super poderes, mutante gay.
09:19Tia Ema, para.
09:20Mãe, não vai não, mãe.
09:25Amor, não tem que ir.
09:26Não dá mais pra voltar atrás.
09:28Um beijo não torne as coisas mais difíceis.
09:31Tchau, Batista.
09:33Tchau.
09:33Fala, Batista.
10:00Boa tarde, senhores.
10:07Eu sou o doutor Armando Carvalho Pinto, advogado da Maria Mayer.
10:12Boa tarde, doutor Carvalho.
10:14Aristóteles Mayer.
10:15Muito prazer.
10:15Bem, eu vim fazer um comunicado, a partir de agora, tudo que era do doutor Sócrates Mayer, passa para as mãos de Maria Mayer.
10:28Portanto, a casa, as obras de arte, as clínicas, hospitais e tudo que estiver no testamento pertence à herdeira, Maria Mayer.
10:40Aqui ninguém mais ficará depois do sol, no final será o que não sei, mas será tudo demais.
10:59Nem o vento, nem o mar, só o brilho calmo dessa luz.
11:09O planeta só no céu, a terra, e lá no fim daquele mar, a minha estrela vai se apagar.
11:21Como brilhou, o fogo solte e o calmo.
11:26O que foi, filho?
11:41Eu estou acendendo o checo, ele tem uma tarde do mal.
11:48Estou acendendo também.
11:52É, uma tarde ferida, pai.
11:56Eles devem estar caçando.
11:57É.
11:59Estou sentindo até o cheiro da fome deles.
12:03Psst.
12:04Vamos se esconder.
12:05Vamos, vamos, vamos.
12:08O que é esse esse cheiro?
12:18Cheiro de carne gorda.
12:20Eu estou sentindo o cheiro de baby faith.
12:26Nossas presas estão próximas, Fúria.
12:30Nós, felinos, somos inimigos de qualquer espécie de canino ou louco.
12:35Ouviram?
12:36Ouviram?
12:41E com a nossa mutação ainda somos mais fortes.
12:48É hoje que o menininho e o lobo insuportável e o lobisomem gordão vão conhecer o seu filho.
12:53Ouviram?
12:56Ouviram?
12:56Ouviram?
12:56Ouviram?
12:58É.
12:59Ouviram?
13:00Ouviram?
13:01Vamos!
13:11Vá!
13:15Vá!
13:21Vá!
13:25Vá!
13:27Vamos fugir agora, Escorro.
13:28Vamos, Roscava.
13:37Julie, eu sei que você não gosta de falar muito no assunto, mas a minha curiosidade está me matando.
13:44O que de fato aconteceu com a doutora Júlia, hein?
13:49Será que você pode me contar?
13:51Posso, sim.
13:52A doutora Júlia morreu.
13:54Mentira.
13:56Eu quero saber a verdade.
13:59Escuta aqui, Samir, eu não admito que você me chame de mentirosa.
14:02Então me fala a verdade.
14:05Eu já falei.
14:06A doutora Júlia morreu.
14:09Ou como o povo diz, ela passou dessa para uma melhor.
14:14Desencarnou, expirou.
14:16Foi para o andar de cima ou para o andar de baixo, tanto faz.
14:19Sei lá.
14:20O que importa é que ela se foi, né?
14:22Não sabe as entregar.
14:24Como que ela morreu?
14:26Foi assassinada, sofreu um acidente, ficou doente.
14:29Mas como você é insistente, Samir?
14:35Desista.
14:37Eu não digo mais nada.
14:39Se eu, você, o seu braço direito,
14:42nas suas tarefas, eu tenho o direito de saber tudo.
14:46Eu quero saber.
14:48Se você não me contar, só confirma a minha desconfiança.
14:51Que você e a doutora Júlia são a mesma pessoa.
14:54Chega, Samira.
14:55É hora de se calar.
14:57De me obedecer.
14:58Ouviu?
14:59Eu não vou te obedecer.
15:05Minha cabeça...
15:07Minha cabeça vai esplodir.
15:11Te avisei, Samira.
15:14Se continuar a se rebelar, vai sofrer muito.
15:20O que eu faço?
15:21O que eu faço para passar essa dor maldita?
15:27É só concordar comigo e não me desobedecer.
15:30Eu tenho que acreditar.
15:33Eu tenho que acreditar.
15:36Eu concordo.
15:37Eu concordo com você.
15:41Isso.
15:42Então tire da cabeça essa ideia de que eu sou a Júlia.
15:46Você...
15:47Você não é...
15:52Você não é...
15:55A Júlia...
15:56Eu acredito em você.
16:07Passou?
16:16Eu só?
16:18Não é melhor assim?
16:22Passou?
16:24Vou alarme de alerta máxima.
16:26Cara, o que isso quer dizer?
16:29Que em poucos minutos a língua do bem vai ser exterminada.
16:32Todos vão morrer.
16:34Vamos.
16:34Isso quer dizer, Samira, que os homens formigas estão atacando.
16:40O que a gente vai fazer com os bebês?
16:42Os bebês agora são meus.
16:46O que você vai fazer com os bebês?
16:55Estou planejando fazer algumas experiências.
17:04O que você vai fazer com os bebês?
17:28Isso é rogento.
17:29Falei, Cleo. Falei de rogento.
17:33Bem certo.
17:34Ai, filha da mãe.
17:36Ana, você tá me atacando também.
17:37Sai de mim.
17:38Sai de mim.
17:43Ana, eu tô começando a ficar apavorada.
17:46A gente veio parar numa caverna
17:47cheia de mutantes e insetos.
17:49Cleo, a gente tem que achar uma saída.
17:51Será que existe uma saída?
17:53Tem que ter.
17:54Tem que ter uma saída, Cleo.
17:55Pô, a gente tá numa caverna.
17:56Isso aqui tem que dar pro rio, pro lago, pro mar, não sei, pra qualquer lado.
18:00Vamos, vambora, vambora.
18:07Eu sei que eu já sobrevivei a casa de vários mutantes,
18:10mas agora eu tô com cuidado.
18:12Cleo, fica tranquila, vai dar tudo certo.
18:14Relaxa, tá?
18:15Então, eu acho que são poucas as chances da gente capar nesse lugar, Tony.
18:19Pior é que se a gente voltar, a gente vai dar de cara com os homens fulminos.
18:22Não tem mais nenhuma no meu corpo.
18:24Também não.
18:24Vem cá, o que você acha?
18:27A gente volta pra tentar encontrar os outros ou a gente segue em frente?
18:31Acho melhor a gente seguir em frente, Tony.
18:33Também, vai ficar com os púl.
18:44O que é isso?
18:48O barulho só pode ser mais um mostrano.
18:50Olá, eu sou Marta Pureza, diretora de operações do DPCOM.
19:17Eu preciso colher o depoimento de vocês.
19:20Vocês foram atacados pelo Homem Cobra e pela Mulher-Aranha, é isso?
19:24Vamos.
19:24A Mulher-Aranha, ela me jogou uma teia na cabeça.
19:28Como é que ela é?
19:31Ela é alta, bonita, tem um rosto de miss, mas ela é muito perigosa.
19:37É estranho.
19:39O que eu me lembro, a gente não tem a ficha desses mutantes no DPCOM.
19:44E também tem um homem.
19:45Ele tem a língua, sabe, que parece limbo de cobra e a pele dele é cheia de escravo.
19:48Eu imagino o susto que vocês levaram.
19:51Eu vou acompanhá-los até a casa dos seus pais.
19:54E foi algum problema?
19:59Não.
20:01É.
20:02Tudo bem.
20:03Onde vocês moram?
20:05É porque, na verdade, a gente está aqui perto mesmo.
20:09Ótimo.
20:11Eu vou acompanhá-los até lá.
20:13Vocês são menores de idade e foram atacados por mutantes.
20:15Eu preciso levá-los até os seus responsáveis.
20:17É porque, assim, na verdade, a gente não mora aqui.
20:20A gente mora no Guarujá, sabe, na Vila Caissara.
20:23Fica a caminho de Bertioga.
20:24A gente está aqui na casa de uns amigos.
20:26Tchau.
20:27Ok?
20:28Eu levo vocês assim mesmo.
20:36Por favor, doutor Cavalho.
20:39Sinta-se em casa.
20:42Ah, estou às suas ordens.
20:44Estamos às suas ordens.
20:46É, doutor Cavalho.
20:47A gente vai fazer o possível para facilitar as coisas.
20:51Ótimo.
20:53Bom, em primeiro lugar, eu gostaria de saber se está tudo em ordem com o espólio do inventário
20:57do doutor Sócrates.
20:59Tudo disse-me em ordem até onde eu saiba.
21:03É que sim.
21:05Batista, eu vou precisar da sua ajuda.
21:07Ah, é, pois não, doutor.
21:10Você sabe me dizer se está faltando algum desses itens listados aqui no inventário
21:14do espólio do doutor Sócrates?
21:17Ah, é, sinceramente, doutor, eu não sei.
21:23Porque, bom, eu sou apenas um simples motorista.
21:27E apesar de trabalhar há muitos anos aqui na mansão,
21:30esse departamento de obras de arte, etc e tal,
21:34é mais com a dona Irma e com o doutor Ari.
21:37E eles que estão por dentro, manja.
21:40Bom, eu só estou perguntando porque a dona Irma me disse coisas estranhas ao telefone.
21:46Ela disse que mutantes haviam invadido a casa e danificado alguns bens.
21:51Eu posso saber que bens são esses?
21:53O senhor pode me dizer, doutor Aristóteles?
21:57Oh, boa pergunta.
22:00Estou cavado.
22:02É...
22:04Na verdade, o... é... o... o que aconteceu é que eu...
22:11Estrade vários?
22:16O quê?
22:19O violino Estrade vários.
22:24Falei.
22:25Mas como assim o violino Estrade vários?
22:29Oh, louco, gol contra total, bicho.
22:31O senhor sabe muito bem, eu tenho cuidado.
22:35Há muito tempo, dos pés, fui eu.
22:37E como o senhor pode ver, está tudo uma mais perfeita, acordem.
22:46Apenas o violino está de vários.
22:49Ele não está mais entre nós.
22:53Mas o que aconteceu?
22:55Um mutante morreu.
22:58Espera aí.
22:59Alguém pode me dizer onde está a dona Irma?
23:01Talvez ela possa me explicar melhor, né?
23:04A minha mãe?
23:05Ela viajou.
23:09Irma, onde está a Irma?
23:14Ela está muito amalada com essa situação toda.
23:18Coitadinha.
23:20Ela foi espairar.
23:22Quer dizer, esparecer.
23:26Exatamente, doutora.
23:28A dona Irma adora viajar.
23:35E agora, Lucas?
23:43Esses bebês têm que ser salvos.
23:44A liga do bem está correndo perigo.
23:46Eu não sei se eles chegam vivos nesse laboratório.
23:48Já, já.
23:48Calma, calma.
23:49Você está muito nervosa.
23:50Como é que eu fico calma?
23:51Eu estou com medo, Lucas.
23:52Não, meu Deus do céu.
24:04Não pode ser, Lucas.
24:04Vai embora daqui.
24:09Vai embora daqui agora.
24:10Lucas, sai daqui.
24:11Vai embora.
24:13Você tem que ir embora daqui, Lucas.
24:15Vai logo, por favor.
24:16Por quê, Janete?
24:16Me fala, pelo amor de Deus.
24:17Eu só saio daqui depois que matar vocês.
24:29Eu vou embora daqui.
24:30Deixa a gente em paz.
24:33Tem que matar um pouco.
24:35Eu odeio esses Martinelli.
24:37Por que você tem tanto ódio da gente?
24:40A gente não tem culpa de você ser assim.
24:41Os Martinelli e os Mayer enriqueceram criando monstros.
24:45Vocês vão pagar caro por isso.
24:46Vou pagar com a vida.
24:48Cuidado, Lucas.
25:12Lucas!
25:13Lucas!
25:16Socorro!
25:20Socorro!
25:20Socorro!
25:22Sai daqui, Janete!
25:23Não vou por aqui.
25:24Lucas, eu preciso te ajudar.
25:27Vai embora, Janete!
25:35Socorro!
25:37Meu Deus do céu, eu tenho que conseguir ir.
25:39Quando eu preciso, os poderes não se manifestam.
25:49Eu tenho que ajudar o meu irmão.
25:55Para!
25:56Você vai ser a primeira a morrer.
25:58Socorro!
25:59Não!
25:59Não, vem!
26:00Lucas!
26:18Lucas!
26:19Lucas!
26:19Lucas!
26:20Lucas!
26:20Lucas!
26:21Lucas!
26:27Ele quer matar o Lucas, eu tentei pedir, mas eu não estou conseguindo usar os meus poderes.
26:31Socorro!
26:32Se prepara para morrer, Maurício!
26:51Se prepara para morrer, Maurício!
27:21Se prepara para morrer, Maurício, a situação dele é bem mais grave do que eu imaginava, viu?
27:43Pois é, um homem cheio de vida naquele estado lamentável.
27:49Sabe o que eu acho?
27:52Infelizmente, eu acho que ele não vai sobreviver, sabe?
27:55E olha que eu sempre fui uma mulher otimista, com fé, mas hoje...
28:01Meu Deus!
28:03Não, eu acho que ele não vai reagir, não.
28:05Eu também acho, amiga, eu também acho, é lamentável, vegetando naquela cama, respirando artificialmente.
28:17Ai, meu Deus do céu, que tristeza, meu pai!
28:20Pois é, eu vim de lá pensando assim que...
28:25Meu Deus, por que deixar o Mauro padecer desse jeito?
28:32Será que vale a pena?
28:33Não era melhor por fim esse sofrimento?
28:35Ah, minha amiga, eu não sei nem o que falar, nem o que dizer.
28:40Olha, uma vez ele conversando comigo, ele me disse que queria que a morte dele fosse serena, em paz, em casa, com a família.
28:53Agora vêm esses médicos e dizem que não tem cura, que não podem operar o coração dele, que ele não tem nenhuma chance de se recuperar.
29:05Meu Deus do céu, então por que prolongar, meu Deus? Por que não abreviar esse tormento, meu Deus?
29:12Ai, minha amiga, só Deus sabe a nossa hora.
29:18Nós não podemos antecipar nada, querida.
29:22Nada.
29:24O que a gente tem que fazer, minha amiga, é continuar orando e pedindo a Deus que faça o melhor pro Mauro, né?
29:34Ai.
29:35Será que a polícia vem atrás da gente?
29:47Ah, espero que não.
29:48Mas você falou que a polícia...
29:49Aliad, primeiro a gente atacou aqueles guris no parque, depois assaltamos uma lanchonete.
29:55É lógico que alguém deve ter chamado a polícia.
29:57Mas se o policial tentar me prender, eu que vou prendê-lo antes com a minha teia.
30:02Daquela guria, tinha garras.
30:05E a velocidade daquele garoto?
30:11Ah, tô preocupado.
30:14Tô desempregado, Aliad.
30:16Não tenho nem dinheiro pra pagar esse hotel que a gente tá hospedado.
30:19Com medo da gente ficar na rua, sem teto.
30:22Eu bem que falei pra gente ficar na ilha, né?
30:24Aquela ilha lá não, aquilo lá é um inferno.
30:27A gente tem que lutar pela sobrevivência o tempo inteiro.
30:30E aqui na cidade grande?
30:32Na selva de pedra?
30:33Não tem que lutar, não, né?
30:34Ué, aqui na cidade grande, pelo menos, a gente tem outros meios de se dar bem.
30:41Vou ligar praquele maluco de novo.
30:44Danilo Maia.
30:46Dessa vez, vou deixar recado.
30:49O que é deixar recado?
30:52Recado?
30:52É uma mensagem que a outra pessoa recebe depois.
30:57Eu nunca deixei um recado na minha vida.
31:02Ó, eu vou deixar agora.
31:03Caiu na caixa postal de novo.
31:05Alô, Danilo Maia.
31:12Aqui quem fala é Fernando, cobrão, modelo.
31:16Tu me conheceste no circo.
31:18Não sei se tu tá lembrado.
31:19No dia do desfile da moda praia.
31:21Então, eu tava viajando, agora tô aqui em São Paulo.
31:26Aí resolvi ligar pra ti.
31:30Quando tu ouvir o recado, sei lá, me liga.
31:32Assim que puder.
31:34Meu telefone deve estar aí no Teobina.
31:36Você fala umas coisas difíceis.
31:39Tô te aguardando, então.
31:42Beijo.
31:42Isso tudo é tão estranho.
31:54Tudo tão novo pra mim.
31:57Eu passei minha vida toda encarcerada numa cela.
32:02Conheci a selva da ilha.
32:04A praia.
32:06O mar.
32:07O barco.
32:07E agora, tô eu aqui.
32:11Numa das três maiores cidades do mundo.
32:17A selva de pedras de São Paulo.
32:21Tudo tão exuberante.
32:24Tão cheio de aventura.
32:26São Paulo, Ariadne.
32:28Uma das cidades mais ricas que tem nesse planeta.
32:31A maior cidade abaixo da linha do Equador.
32:34Ou seja, a metade sul do planeta Terra.
32:39Fascinante, sim.
32:40Extraordinário.
32:43Eu?
32:44Mulher-aranha.
32:47Soltinha em São Paulo.
32:49Não vamos desanimar com as pequenas dificuldades que surgirem no começo, minha aranhazinha deliciosa.
32:55Claro que não.
32:55Tu é muito maravilhosa.
33:00Eu marquei na tua pele, não se lava.
33:03Tu é o meu cardápio, perfeito.
33:04Pode ser ser o hematoma ou cicatriz.
33:07Se perguntarem pelo irmão, não me aponte.
33:11Pra disfarçar, escreva na chuva com giz.
33:15Que minha faca desfibrou seu horizonte.
33:18Rasgando a pele da paisagem por um triste.
33:22É a escolha entre ser calmo e ser feliz.
33:26Seja qual for o tempo, o que te importa é sexo.
33:38Seja ou não seja, ou seja, seja o que for.
33:41Seja dançar no vento, areia ou tempestade.
33:45Seja no sonho, seja no que despertou.
33:49Seja uma flor ou seja alguém na flor da idade.
33:53O perdão ao louco que te abocanhou.
33:57O olhar de sal, Jack estripado.
34:00É aqui, gente.
34:05Mas essa mulher não tem jeito, hein?
34:07Mas o que é isso?
34:08Quem que não tem jeito?
34:10Essa tal de parte chucrute aqui.
34:13Olha aqui, olha aqui, escrevendo.
34:14Ela não gosta nem dos mutantes.
34:17Ela só fala mal dos mutantes.
34:19Olha aqui, olha aqui, olha.
34:21Olha aqui que ela, olha aqui que ela escreveu.
34:24Olha só.
34:24Que absurdo, meu Deus.
34:31Que falta de ética.
34:35Não, essa pati chucrute, ela é totalmente parcial, viu?
34:41Ela faz uma campanha sistemática contra os mutantes.
34:45Essa mulher não tem o menor respeito.
34:47Nem pelos mutantes do bem e nem pelos milhões de pessoas
34:51que sabem que existem mutantes de valor.
34:54É, mas ela só faz isso porque a casa dela foi assaltada pelos mutantes.
35:02E o marido dela foi atacado pelos mutantes também.
35:06E ela morre de medo.
35:09Certo, mas ela que aprenda a fazer a diferença
35:11entre os mutantes do bem e os do mal.
35:14Porque pra ela aqui tudo é farinha do mesmo saco.
35:18Sabe o que eu acho?
35:18Essa mulher tá é apavorada.
35:20Mas, ó, o povo não é bobo.
35:24É, o povo não é bobo, não.
35:26É.
35:27Sabe o que que é, Marisa?
35:29O diferente, na verdade, assusta.
35:33Tem muita gente que tem medo do novo.
35:36Aí fica se apegando ao antigo, sabe?
35:39Eu, minha filha, eu não ligo.
35:41Eu quero mais é mudar pra melhor.
35:45Sabe o que é mais?
35:47Zero.
35:48Zerinho.
35:50Zeríssimo.
35:50Isso.
35:51Pra essa tal de paticho crute.
35:53E pra toda essa louca perseguição que ela faz pros mutantes.
35:59Isso mesmo.
36:00É isso mesmo.
36:00Eu, eu, eu nem ligo essa tal paticho crute pra mim.
36:04Ó, tanto fez, tanto faz.
36:06Ah, pra mim ela é uma nojenta.
36:09Eu também.
36:11Eu tenho nojo, viu?
36:12Eu tenho nojo dessa pseudo-crítica totalmente parcial que tenta desqualificar quem não merece.
36:21Gente boa, gente profissional totalmente do bem.
36:26Aí vem essa mulher e faz essa campanha maligna contra os mutantes, ainda por cima tentando
36:31ensuflar o povo contra a...
36:35Sabe o que é mais?
36:38Eca.
36:40Eca de paticho crute.
36:44É, amiga, eu tô preocupada com a Maria, sabe?
36:49O que estará acontecendo com a Maria?
36:50Nossa Maria.
36:52É verdade.
36:54Ah, meu Deus.
36:55Pra onde andará minha netinha, né?
36:57Minha netinha que linda.
37:00Baixa Maria!
37:01Minha netinha que linda não é!
37:11Vamos voltar.
37:13Vamos.
37:31Eita, Lelê, ainda bem que eram só mosquinhas.
37:36Imagina só, Maria, se fossem insetos sugadores de sangue, como moriçocas.
37:41Com ferrões venenosos igual marimbondo, vespa, abelha, ai, credo.
37:46Tem uma coisa que me deixou um pouco preocupado ali.
37:50O que foi?
37:51Quantidade de moscas.
37:56Isso mostra que tem muita matéria orgânica que eu sou fã.
38:01Matéria orgânica, gente, animais.
38:31Matéria orgânica, gente, animais.
38:52Amém.
39:22Amém.
39:52Amém.
40:22Amém.
40:24Amém.
40:26Amém.
40:28Amém.
40:52Amém.
40:58Faça alguma coisa, Julie.
41:00Faça esses bebês insuportáveis ficarem quietos. O choro deles tá me enlouquecendo.
41:05O que eu posso fazer, Samira? Hein?
41:07A gente tem que alimentar essas crianças. A gente deve tá com fome.
41:10Criança com fome chora muito.
41:12Faz uma coisa, vai ali no freezer, pega, tem um estoque de mamadeiras.
41:16Afinal de contas, esse lugar sempre foi uma espécie de fábrica de bebês.
41:19Se é assim você mesma dá as mamadeiras pra eles.
41:23Eu vou descansar na minha cela que é o melhor que eu tenho a fazer.
41:25Nada disso, Samira. Volta aqui.
41:27Você é minha assistente.
41:29Preciso de você mais do que nunca.
41:31Por favor, vai ao freezer, pega duas mamadeiras.
41:33Esquenta o microondas e volta aqui.
41:35A gente tem que alimentar esses chorões.
41:40Calma, eu já vou te dar a mamadeira, mas deixa eu ver uma coisa.
41:43Dá uma olhada nessa fralda.
41:45Samira!
41:47A gente vai ter que trocar a fralda.
41:49Ele tá completamente tomado, Samira.
41:51Mas que menino atrevido fez xixi na minha cara.
41:53Que nojo.
41:54Ai, bebeira.
41:55Deus.
41:56Ai, que menino nervado.
41:58Levado.
41:59Levado.
42:01Julio.
42:02Você tem vontade de ser mãe, não tem?
42:04Eu...
42:05Por que você tá perguntando isso?
42:06Porque eu acho que você roubou esses bebês de suas respectivas mães.
42:09E você é que quer ser a mãe deles.
42:10Que viagem a sua, Samira?
42:11Vamos.
42:12Me ajuda a trocar a fralda, hein?
42:13Eu não sei trocar a fralda.
42:14Vamos deixá-los sujos.
42:15É o melhor que tem a fazer.
42:17Por que você está perguntando isso?
42:22Porque eu acho que você roubou esses bebês de suas respectivas mães.
42:28E você é que quer ser a mãe deles.
42:30Que viagem a sua, Samira.
42:32Me ajuda a trocar a fralda, hein?
42:34Eu não sei trocar a fralda.
42:36Vamos deixá-los sujos.
42:37É o melhor que tem a fazer.
42:45Entenda alguma coisa, Samira.
42:47A gente vai ter que cuidar desses pestinhos.
42:50Senão eles não vão parar de chorar e vão nos enlouquecer.
42:54E o choro de um bebê é o barulho mais perturbador na face da terra.
42:59Vamos entregá-los para as respectivas mães.
43:04Elas vão adorar ficar cuidando deles.
43:06Elas é que deveriam fazer isso.
43:08Você enlouqueceu, Samira?
43:10Eu vou fingir que nem ouvi o que você falou.
43:13Depois de todo o trabalho que eu tive para sequestrar esses bebês.
43:17sequestrou porque quis.
43:19Agora você que cuide.
43:21Olha aqui.
43:26Eu sei que essa é a pior parte da missão.
43:29Mas nós temos que bancar as babás dessas criaturinhas.
43:32Estou falando.
43:35Você tem muita vontade de ser mãe.
43:38Porque você nunca foi mãe.
43:40Por isso você sequestrou esses bebês.
43:43Igual a doutora Júlia.
43:46Até nisso vocês são parecidas.
43:49Ela também fazia isso.
43:51Sequestrava os bebês de outras mães.
43:55Ela me sequestrou da minha mãe.
43:58Até hoje eu não conheço a minha mãe.
44:01Você conhece?
44:05Júlia.
44:13A Júlia não tem o direito de me privar da comida.
44:15Mas agora também dá água.
44:21Mas sim, amor.
44:23Eu sei que eu posso suportar um tempo sem comer.
44:26Mas sem tomar água.
44:30Eu acho que eu não vou suportar.
44:31Ai, meu Deus.
44:36Eu estou com sede.
44:39Muita sede.
44:47Como a Júlia pode ser tão má?
44:51Por que tem prazer no meu sofrimento?
44:55Por quê? Por quê?
44:57Quanta raiva.
44:58Quanto ódio.
45:01Só pode ter uma explicação.
45:05Ela nunca me perdoou pelo Sócrates ter me escolhido.
45:10Mas com a força de Deus, iluminando meus passos,
45:15eu vou resistir.
45:18Assim como resistiu, prometeu acorrentado aos tempos obscuros na tragédia de Héskio.
45:23Ai, senhor, não vou sucumbir diante dessa cientista louca
45:27que acha que pode mudar a natureza criada pelo nosso pai.
45:30Não vou.
45:42A gente realmente precisa de um lugar seguro.
45:45Então, a gente pode ficar aqui no camping?
45:47Olha, cara, eu não sei não, sabe?
45:49Eu juro que eu queria ajudar vocês.
45:51Mas nem que pode ser perigoso.
45:54Não, eu vou falar a verdade.
45:55É que esse camping aqui está muito mal frequentado, entende?
45:57Já vieram uns mutantes bandidos aqui.
46:00Eles assaltaram a gente, atacaram a galera.
46:02É, Tasso, mas eles estão do bem.
46:04Olha só, está na cara deles.
46:06São pessoas que estão precisando de ajuda.
46:08É, a gente só vai ficar por algum tempo, eu garanto.
46:11Pelo menos até eu consegui me consultar com outro médico
46:14para saber se eu tenho que fazer mesmo essa cirurgia na cabeça.
46:16A doutora Gabriela, lá da clínica, ela foi muito simpática, foi muito profissional,
46:22foi até muito sincera.
46:24Mas eu acho bom ouvir uma segunda opinião médica, principalmente se tratando de uma cirurgia como essa.
46:29É, por mais competente que seja a doutora Gabriela, tirar a cabeça não é brincadeira, né?
46:33Sem contar que, sei lá, naquela clínica eu tenho uma sensação,
46:40tenho uma sensação de que eu já passei momentos terríveis lá.
46:44Mas você lembra de alguma coisa?
46:46Eu acho que eu já fui perseguido lá.
47:03Eu acho que eu já fui perseguido lá.
47:33Tinha um monte de gente nos perseguindo.
47:44Então eu me lembro que aconteceu uma explosão.
47:48E depois eu não consigo me lembrar de mais nada.
47:54Eu só tenho certeza que eu estava acompanhado com uma mulher que eu amo.
47:59Disso eu não tenho a menor dúvida.
48:03Que barulho horroroso!
48:19Alguém gritando, Del.
48:21Ai, meu Deus.
48:22Será que são os nossos amigos?
48:24Será?
48:25Maria!
48:26Noé!
48:28Noé!
48:29Beto!
48:31Perpétua!
48:33Meu Deus.
48:35O que você está parecendo um filme de terror?
48:37Pai, Tony, eu estou morrendo de medo de encontrar algum monstro aracnídeo por aí.
48:41Eu sou você, mas o Tony é um pouco afim de ser devorado por uma aranha gigante.
48:43Mais um esqueleto preso na teia.
48:54Ai, Tony, vamos fugir daqui?
48:56De como, Cleo?
48:57De como?
48:58A gente está completamente perdido aqui, cara.
49:00Estão cercados, Tony.
49:18Que Deus.
49:18Para trás, a teia e a aranha gigante.
49:22E para frente, sei lá, essa tribo de homem...
49:27Homem...
49:28E vamos ter que lutar contra eles, Tony.
49:31Vai ser uma luta de vida ou morte.
49:36É a nossa única chance de sobreviver.
49:38Aqui ninguém mais ficará depois do sol.
49:52No final será o que não sei, mas...
49:57E vamos ter que lutar contra eles.