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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00A CIDADE NO BRASIL
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01:58A CIDADE NO BRASIL
02:01Eles estão ferrados.
02:07Atenção! Vocês estão cercados!
02:10Saiam do carro com as mãos pra cima!
02:13A gente vai ter que sair, Maria.
02:17Bom, Marcelo, eu queria que tudo tivesse sido diferente.
02:21Vou te amar pra sempre.
02:23Eu também vou te amar pra sempre.
02:25Eu sinto no meu coração que a nossa história está só começando, ainda não terminou.
02:32Deus te ouça.
02:34E que Ele te proteja também.
02:36Amém.
02:40Eu disse, saiam do carro imediatamente!
02:43Saiam do carro com as mãos pra cima!
02:56Mãos pra cima e fiquem de costas pra mim!
03:01Agora coloquem as mãos sobre o veículo!
03:14Marcelo Montenegro, finalmente você está preso.
03:17Quem diria!
03:19Federal preso, acusado de ser cúpice de vários crimes.
03:23E você, Maria, pensou que fosse escapar de mim, não é?
03:27Agora está nas minhas mãos.
03:28Carvalho, por favor, confie em mim, acredita em mim, cara.
03:40Esse...
03:41Esse negócio não é meu, Carvalho.
03:43Eu não tenho nada a ver com essa história, cara.
03:45Eu estava lá dando aula no circo.
03:46Eu acho que eles colocaram esse negócio na minha mochila enquanto eu estava dando aula, de repente, sei lá.
03:52Alguém entrou, pronto! Alguém entrou disfarçado como aluno, foi isso!
03:55Budi, de boa.
03:59Você tem certeza do que está me falando?
04:01Carvalho, você não. Todo mundo menos você, Carvalho.
04:04Acredita no que eu estou te falando.
04:07Ó, estava lá dando aula de mágica.
04:10Minha mochila estava lá no chão, aberta.
04:13Mexeram na minha mochila. Eu não tinha isso.
04:16Botaram esse negócio lá dentro, Carvalho.
04:18Eu estou te falando, foi só pra me incriminar, pra me ferrar, cara.
04:21Você está bem ferrado mesmo.
04:22A tua situação é muito complicada.
04:26Olha, Guti.
04:28Você foi preso em flagrante.
04:30Acharam dois quilos de maconha na sua mochila.
04:33Como é que nós vamos desmentir isso?
04:36A situação toda.
04:38Foi tudo muito estranho.
04:40Aquele policialzinho que estava aqui, quando ele chegou, ele foi direto pra minha mochila.
04:45Ele não pensou duas vezes.
04:46Ele chegou, direcionou e pum, foi pra mochila.
04:49Abriu o zíper num passe de mágica.
04:52Encontrou essa porcaria na minha mochila.
04:54Cara, não é um quilo, não.
04:56São dois quilos de maconha, cara.
04:58Maconha na minha vida.
05:00Olha, Guti, eu vou tentar descobrir alguma coisa.
05:02Mas você sabe como é o pessoal aqui, né?
05:04Eles são muito complicados.
05:05Esse cara me detonou.
05:06Falou um montão de coisa horrível pra mim.
05:08Foi super preconceituoso comigo, cara.
05:13Falou que estava investigando atividades ilícitas no circo
05:17e que eu provavelmente seria traficante e estaria dando...
05:21Carvalho, tu me conhece.
05:25O circo é minha vida, cara.
05:27É meu coração, é minha alma.
05:30Eu não sou traficante, Carvalho.
05:32Eu sou um artista, cara.
05:33Acredita em mim.
05:34Eu não sou traficante.
05:36Esse papo de tráfico de droga aí não tem nada a ver comigo.
05:39Não é meu negócio, cara.
05:42Pô.
05:51Será que é notícia do Guti?
05:53Tomara, né?
05:54Meu Deus permita.
05:56Gente, eu vi.
05:58Ele estava trabalhando, dando aula dignamente.
06:00Se estivesse em visto,
06:01o policial tratou ele que nem bicho.
06:04O Guti é um cara do bem.
06:06Um cara que faz o nosso espetáculo brilhar com suas mágicas.
06:10Um mestre na sua arte.
06:12Um excelente músico.
06:13Um palhaço maravilhoso.
06:14Como é que pode alguém fazer um negócio desse com ele?
06:17Horrível, né?
06:18Mas eu tenho fé em Deus que no final tudo vai dar certo.
06:23Não vai dar certo, não.
06:25Eu lembro do Guti pequenininho.
06:28É quase um filho que a gente não teve, né?
06:30Grudado na barra da minha saia.
06:32Isso é uma covardia, Ana.
06:33Uma covardia.
06:34Como é que alguém pode ser tão falso de imaginar uma história dessa só pra prejudicar o Guti?
06:40Gente!
06:41Gente!
06:42Ai, meu Deus!
06:44Acabei de falar com o Carvalho.
06:46Ele está muito preocupado com a situação do meu filho.
06:50Está difícil.
06:51E eu não estou nervosa, meu Deus do céu.
06:55Calma, calma, calma, calma, Marisa.
06:59Você está muito nervosa.
07:01Olha, eu vou pegar um suco de maracujá pra você se acalmar, tá?
07:05Eu vou pegar.
07:06Meu Deus do céu, meu Deus do céu.
07:13Fernando, por favor, será que dá pra você sair?
07:16O que foi, Esmeralda?
07:17Eu não posso nem te admirar mais agora.
07:18Eu preciso ensaiar meu número.
07:21Até é só quando eu estiver no picadeiro.
07:24Picadeiro, isso aí que tu falou agora é besteira.
07:27É o que eu estou te falando.
07:28O circo Dom Pepe não vai mais voltar a funcionar.
07:33Infelizmente, essa é que é a verdade.
07:35Vira essa boca pra lá.
07:37O circo não pode fechar, não.
07:38Como é que eu fico?
07:40Aí já é.
07:41Se tu quiser, tu pode vir comigo pra Porto Alegre.
07:45Sério.
07:46Eu conheço um dono de circo lá.
07:48Um circo novo, moderno.
07:50Que eu estou sabendo que vai fazer sucesso.
07:52É só tu topar que a gente vai junto trabalhar nesse novo circo.
07:56Eu não quero sair de São Paulo.
07:57Pelo menos por enquanto.
07:59Tô bem apaixonada pelo Ernesto.
08:02Ernesto?
08:04Que Ernesto?
08:05Um policial todo certinho.
08:07Todo engomadinho.
08:09Se namorou aí é fogo de palha.
08:11Que ciúme.
08:13Como você é bobo, né?
08:16Deixa eu ser feliz.
08:27Ele tá prestando atenção em tudo que a gente fala.
08:31Ele tá nos escutando.
08:33Ele sabe expressar seus sentimentos.
08:36Você acredite ou não, Felipe?
08:39É isso que ele tá fazendo agora.
08:40Não consigo acreditar nessa loucura, Bianca.
08:44Ele disse agora mesmo que queria ficar com o pai.
08:47Você tá inventando essa loucura pra me comover.
08:49Você quer que eu acredite que ele é meu filho?
08:52Mas é impossível, Bianca.
08:53Porque na época que você engravidou, nós não estávamos juntos.
08:57Para, Bianca.
08:58Você tá ficando louca.
09:00Daqui a pouco você vai ser internada.
09:01Para, Felipe.
09:02Ela pode passar mal com toda essa discussão.
09:05A gravidez da Bibi não é normal, você não vê?
09:08Ela tá de três meses, mas aparenta ter seis.
09:11E eu acho que eu posso explicar isso.
09:24Simone, que bom que você chegou.
09:27Eu vi o mais rapidamente que eu consegui, né?
09:30Obrigado, minha querida. Muito obrigado.
09:32Eu tô doida pra saber que história é essa tão importante que tem que ser falada pessoalmente.
09:37Vamos, vamos. Vamos sentar.
09:39Eu vou te contar, sim.
09:41Eu vou abrir o meu coração pra você, Simone.
09:45Ih, agora é mesmo que eu fiquei mais curiosa.
09:49Diga logo, Mauro.
10:00Olha, as unhas dela parecem garras.
10:11Olha só os dentes.
10:13Moça, por favor, não machuque a gente.
10:14Ela não me parece nada amistosa, pai.
10:16Fala alguma coisa, moça. Vamos conversar. A gente não quer arrumar confusão.
10:20Só não machuque a gente, moça.
10:21Meu nome é Felina.
10:22Tô com fome.
10:23Eu posso pescar um peixe, assar na folha da bananeira.
10:24Mas a gente aqui não vai virar almoço pra você, não.
10:25Ouviu?!
10:46Vai sim!
10:48A doutora abriram comida pra vocês nessa ilha maluca, não?
10:49Você não, ouviu?
10:50Faz sim!
10:50A doutora Júlia não dá comida pra vocês nessa ilha maluca, não?
10:53Eu odeio a doutora Júlia.
10:55O laboratório dela tem comida assim, só que eu não vou passar o resto da minha vida presa numa jaula por causa de comida.
11:01Ai, meu Deus.
11:03O negócio é pior do que eu pensava.
11:10Adoro caçar minhas presas.
11:12Amo um desafio.
11:16Aquiles, cuja área do meu filho!
11:19Ela é uma mutante, doutor Pedreira.
11:35Ninguém aqui tá brincando.
11:37Tá, te mostra pra ele.
11:38Sei.
11:56Mas até agora não aconteceu nada.
11:58Igual da outra vez.
11:58É, dona Galva, me desculpe, por favor, mas será que a senhora poderia me trazer um pouco d'água?
12:04Um momentinho só.
12:05Não vou.
12:06Pode deixar.
12:07Eu pego a água aqui.
12:08Eu pego a água aqui.
12:38Impressionante.
12:46Impressionante.
12:46Mas como é que pode?
13:02Parabéns, Tati.
13:03Você conseguiu?
13:05Tati, você conseguiu, Tati.
13:07Impressionante.
13:09Um excelente truque.
13:10Muito bom mesmo.
13:12E como é que você faz?
13:13Obrigado pela água.
13:16Mas eu não fiz nenhum truque.
13:18Mas pelo amor de Deus, o doutor não viu?
13:21Pedreira, acredite.
13:22Ela fez isso com a força do pensamento.
13:24Ora, Beto, passa-me o favor.
13:26Eu não sei como é que ela consegue fazer esse truque, mas uma coisa eu sei.
13:29Mutantes não existem.
13:30Isso é coisa de cinema, coisa de quadrinhos.
13:32Então olha só isso.
13:33Incrível.
13:51Vocês deviam mandar Tati Ana para um circo.
13:54Um truque desse seria a maior sensação.
13:56Calma, Tati.
14:07Uau, e com direito a efeitos especiais.
14:17Não é possível, Pedreira.
14:18Você não está vendo que não tem truque nenhum, não tem efeito especial nenhum.
14:21Droga, ele não está acreditando em mim.
14:23Controle-se, não vai botar fogo em mais nada, nem fazer explodir coisa alguma.
14:28Está claro que tudo isso não passa de uma armação.
14:31Eu não sei como vocês conseguem, mas vocês deveriam levar essa menina para o circo.
14:35Vocês iam ganhar uma grana boa com isso, ela dá o maior show.
14:38Mas vocês não me convenceram com essa história de mutantes.
14:41E a sua mulher, Sr. Guiga?
15:00O que foi que aconteceu com ela?
15:02Olha aqui, eu não vim aqui para falar da minha ex-mulher.
15:04Eu vim aqui para saber o que aconteceu com a minha sobrinha.
15:06Eu acho que eu estou me lembrando.
15:08A sua mulher fugiu de você.
15:13Ela achou que ela estava ficando louca quando ela descobriu que a filha dela tinha asas.
15:18Não foi isso?
15:19Era isso mesmo.
15:21Como era o nome dela?
15:22Viviane.
15:23Vivi.
15:23Você chamava ela de Vivi.
15:26E ela teve um caso sério de depressão pós-parto.
15:31E ela rejeitou a menina mais nova, a Anjinha, quando ela descobriu que ela tinha asas.
15:37E ela quis ferir a menina, não foi?
15:39Pois é, mas felizmente isso não aconteceu porque eu a segurei no alto do penhasco.
15:43Parabéns.
15:44O senhor salvou sua filha e perdeu sua mulher.
15:46Pois é.
15:47Ela foi internada numa clínica psiquiatra.
15:51E as suas filhas, elas sabem disso?
15:53Não.
15:54E por que que haveriam de saber?
15:56A minha ex-mulher fugiu para o exterior, conheceu um outro sujeito, se casou e tem um filho completamente normal.
16:02Agora vamos parar de conversa fiada, por favor.
16:04Porque eu vim aqui para procurar minha sobrinha.
16:06Eu quero saber aonde está minha sobrinha.
16:08E eu acho bom que você me diga.
16:10Porque se você não me disser, você vai se arrepender por causa da vida.
16:14Se eu fosse o senhor, seu Guiga, eu não faria isso.
16:16E por que não?
16:17As suas filhas vão ficar expostas.
16:20Imprensas, jornalistas, televisão.
16:22A vida delas vai virar um inferno.
16:24Mas isso pouco me importa, Júlia.
16:26O que me interessa é que você interrompa as suas experiências alucinadas.
16:29Se você me denunciar, todo mundo vai ficar sabendo que a Anjinha tem asas, que a Clarinha tem poder de cura.
16:36E aí, o que vai acontecer?
16:37O que vai acontecer com você e suas filhas?
16:39Você está me ameaçando.
16:40Porque eu estou percebendo no teu olhar, no teu tom de voz, que você está querendo me ameaçar.
16:45Presta atenção.
16:46Se é isso que você acha?
16:48Para bom entendedor, poucas palavras bastam.
16:51O que é isso?
16:52Eu nunca na minha vida abatirei uma mulher.
16:56Agora, se você ameaçar minhas filhas, se você fizer algum mal à minha sobrinha, eu acabo com você.
17:05Eu acabo com você.
17:08Me larga agora.
17:13E saia já daqui!
17:15Vai, metamorfina logo para a doutora Júlia, cara.
17:31Antes que eu morra.
17:33Eu não sei o número.
17:35Eu não sei nem como é que usa esse negócio aí.
17:37Eu já vi a doutora Júlia agora usando o telefone lá em Ilha, mas...
17:40Por favor, metamorfo.
17:43Essa casa aqui é do homem que trabalhava com a doutora Júlia.
17:47Ela deve ter o telefone em algum lugar, cara.
17:52Acho que é o número, vai.
17:53Deixa eu ver.
17:54Ó, tem um negócio aqui, um caderninho.
18:01É uma agenda.
18:03Ó, tem vários números.
18:05Dionísio, Daniel...
18:07Tá tudo por letra.
18:08Peraí.
18:11Jota.
18:16Ó, Júlia Zacarias.
18:18É ela.
18:21Liga logo, metamor.
18:24Antes que eu morro.
18:25Peraí.
18:26Ó, dois.
18:28Quatro.
18:30Seis.
18:31Tá funcionando.
18:34Chama a doutora Júlia.
18:45Progênese agora já?
18:48Quem está falando?
18:51É o metamorfo.
18:52Quem?
18:53Tá surda?
18:55Metamorfo.
18:56Olha aqui, meu senhor.
18:57Eu não estou entendendo e vou desligar.
18:59Não, não, não.
19:00Espera.
19:01A doutora Júlia.
19:02Por favor, chama a doutora Júlia.
19:04Eu preciso muito falar com ela.
19:06É uma questão de vida ou morte.
19:08Olha, senhor metamorfo, não é esse o seu nome?
19:11A doutora Júlia está muitíssimo culpada e não vai poder atender ninguém.
19:13O Vlado vai morrer se ela não ajudar ele.
19:16Por favor, ele está perdendo muito sangue.
19:19Estou fraco.
19:22Estou perdendo muito sangue.
19:25Vlado?
19:26Metamorfo?
19:28Aqueles mais estranhos.
19:31Será...
19:32Será que são outros mutantes?
19:34Alô?
19:37Alô, meu irmão, metamorfo.
19:39Alô, você ainda está aí?
19:41Olha aqui, moça.
19:43Eu preciso muito falar com a doutora Júlia.
19:45Ela precisa mandar socorro pra cá.
19:47O Vlado tomou um tiro.
19:49Está sangrando muito.
19:51A gente está escondido numa casa na Vila Caissara.
19:55Olha só, vou fazer o seguinte.
19:56Se ele morrer, depois você se entende com a doutora, tá bom?
19:59Tá bom, qual é o endereço?
20:03Ok.
20:04Eu vou chamar a doutora Júlia.
20:06Você aguarde na linha, por favor.
20:07Eu já volto.
20:12Ela foi chamar a nossa querida Maezinha.
20:15Para de frescura.
20:15Eu estou com medo.
20:21Eu não estou mais sentindo minhas mãos.
20:25Eu estou perdendo muito sangue.
20:39Você não vai ficar assim, Tabeira.
20:41O ditado é velho, mas é verdadeiro.
20:43A justiça tarda, mas não falha.
20:44Limpa a boca pra falar em justiça.
20:46Você é um criminoso, rapaz.
20:48Criminoso aqui é você, Tabeira.
20:49Delegado bandido.
20:51Eles vão apodrecer na prisão, isso sim.
20:52São demente.
20:53Cala a boca, Montenegro.
20:54Eu sei que é uma vergonha pra tua corporação.
20:56Vou provar minha inocência.
20:58Apesar de toda essa injustiça.
21:00Apesar de todas as provas falsas contra nós, Tabeira.
21:03Você vai ver.
21:04Você não me convence, Montenegro.
21:05Dino, vamos revistar o carro deles.
21:08Vamos revistar o carro, Dino.
21:14Tabeira.
21:28Tabeira.
21:31Vem cá.
21:32Uma mala aqui no carro.
21:40Abre.
21:46É a mala que eles foram buscar no aeroporto.
21:49Descobri o mistério.
21:51Está cheia de dólares.
21:56Está cheia de dólares.
22:21Esquece, Tati.
22:47Não adianta.
22:47Ele não quer acreditar mesmo.
22:49É.
22:49Tem gente que não quer ver nem o que está bem diante dos seus olhos, né?
22:54Quer ver o quê?
22:55Com essa natureza linda lá fora, tem gente que não acredita em Deus, não é mesmo?
23:00Sinto muito decepcioná-los, mas não me convenceu.
23:04Agora, se me dão licença, eu preciso ir embora.
23:07Não, agora, espera.
23:19Agora, espera.
23:19Tchau.
23:20Tchau.
23:21Tchau.
23:22Tchau.
23:23Tchau.
23:24Tchau.
23:25Tchau.
23:26Tchau.
23:27Tchau.
23:28Tchau.
23:29Tchau.
23:30Tchau.
23:31Tchau.
23:32Tchau.
23:33Tchau.
23:34Tchau.
23:35Tchau.
23:36Tchau.
23:37Tchau.
23:38Tchau.
23:39Tchau.
23:40Tchau.
23:41Tchau.
23:42Tchau.
23:43Tchau.
23:44Tchau.
23:45Tchau.
23:46Tchau, Tchau.
23:47Agora você acredita em mim?
24:05Fantástico! Sensacional!
24:17Ai... Senhor, meu Deus, por favor.
24:32Tenha de piedade dessa pobre mãe sofredora.
24:37Tenha de misericórdia.
24:41Tenha de compaixão.
24:43O Senhor a tudo vê.
24:50O Senhor deve estar vendo.
24:52Todo o sofrimento que está acontecendo por aqui.
24:57E o Senhor deve estar vendo também.
25:00Que não tem mais nada que eu possa fazer.
25:07Oh, meu Deus.
25:09Eu lhe suplico.
25:13Traga meu filho pra mim.
25:19Traga meu filhinho de volta pros meus braços.
25:24Mãe!
25:30Filho!
25:31Mãezinha, sou eu mesmo!
25:33Meu filho!
25:35Ai, meu filho, graças a Deus, meu filho.
25:38Deus ouviu minhas preces e trouxe você pros meus braços, meu filhinho.
25:43Graças a Deus.
25:48Quem são essas pessoas?
25:50Quem são essas pessoas, meu filho?
25:52Quem são essas pessoas?
25:52Vem pra cá.
25:53Vamos ficar aqui.
25:54Vem pra cá.
25:54Mãe!
25:55Não fica com medo deles, não.
25:57Esse daqui é o Lucas, meu amigo, entendeu?
26:00Essa daqui é a Janete, que é a irmã dele.
26:05E esse daqui é o Tony, que é o namorado dela.
26:08Eles são meus amigos, mano.
26:10Eles me salvaram.
26:12Eles só foram lá nos bandidos só pra me salvar.
26:14Muito obrigada.
26:19Muito obrigada.
26:20Eu não tenho nem palavras pra agradecer.
26:22Vamos entrando.
26:23Com licença.
26:23Ai, obrigada.
26:24Foi Deus que botou vocês na vida de meu filho.
26:27Muito obrigada.
26:28Vamos entrar na casa de pobre.
26:30Não reparem, não.
26:30Essa porta aqui caída foi um acidente.
26:32Não reparem.
26:33Muito obrigada a vocês.
26:35Isso.
26:36A gente fica feliz de ter podido salvar o seu filho, né?
26:38Quando o Vavá desapareceu a primeira vez e achou que a senhora tinha falecido,
26:41ele ficou lá em casa comigo.
26:42Mãe, ele tem o quarto mais legal do mundo.
26:46Que bom, né?
26:48Deve ser bom morar no quarto mais legal do mundo, né?
26:51Lucas, não é?
26:53É, mãe, Lucas.
26:55Se não fosse por ele, ou pela Janete, ou pelo Tony, eu nem sei se eu tava vivo agora.
27:00Ai, meu filho, não fale uma coisa dessa, não.
27:03Ai, graças a Deus você tá vivo, tá bem, tá em casa.
27:06Muito obrigada a vocês mais uma vez.
27:09E o Vavá é muito corajoso, viu, Donatinho?
27:11Ele enfrentou os bandidos, né?
27:13É, mãe.
27:14Não tem jeito.
27:15Eu tive que morder aquele homem mal.
27:17Ele e um bandido lá.
27:18Não teve jeito.
27:19É, meu filho, a vida é assim.
27:21Às vezes não tem jeito a gente ter que morder, né?
27:24Só tem uma coisa, Donatinho.
27:26Vocês têm que sair daqui o mais rápido possível.
27:29É mesmo.
27:29Os bandidos sabem onde vocês moram.
27:31Eles podem voltar a qualquer momento.
27:33É meio perigoso ficar aqui.
27:34Fica sabendo de uma coisa.
27:41Eu vou sair dessa clínica, vou passar numa delegacia e todo mundo vai saber quem você é.
27:45Entendeu o que eu disse?
27:46Vai, vai.
27:46Pode ir.
27:47Pode ir na delegacia denunciar a ausência da sua sobrinha, Leonor.
27:50Mas não ouse falar no meu nome lá, senão você vai ver quem vai sofrer as consequências.
27:55Você já sabe.
27:55Mas quem vai sofrer?
27:56Me diz quem vai sofrer.
27:57Fala quem vai sofrer.
27:59As suas filhas.
27:59Preste atenção numa coisa.
28:01Eu sei que a Leonor tá aqui nessa clínica.
28:02Se ela não tá, ela esteve.
28:04E você vai me dizer onde é que ela tá.
28:07Ah!
28:08Ah!
28:08Ai, meu sonho!
28:10Sua louca!
28:11Sua louca!
28:13Ai, meu sonho!
28:14Eu vou aprender a nunca mais você me ameaçar.
28:18Eu vou acabar com a raça.
28:19Ouviu?
28:20Nunca mais me ameaçar.
28:21Siga esse conselho, seu Luiz Guilherme.
28:23Eu vou acabar com a tua raça.
28:25Eu vou acabar com a tua raça.
28:26Olha.
28:27Olha nos olhos.
28:28Olha nos olhos.
28:29Sim.
28:30Beatriz, chame a segurança.
28:31Porque esse homem, ele tentou me agredir e eu tentei me defender.
28:35Ela tá me assando.
28:35Eu não vou dar esse homem na rua.
28:36Ela tá me assando.
28:36Ela tá me assando a minha filha e tentou me cegar.
28:39Que cegar?
28:40É só ir a spray de pimenta.
28:41Passa logo.
28:43Doutora Júlia, desculpa interromper, mas é porque tem um tal de metamorfo na linha.
28:46Ai, meu sonho!
28:47Olha!
28:48O que ele disse?
28:49Ele disse que um tal de Vlado foi ferido.
28:52Vlado?
28:53Foi ferido?
28:53O que ele quer?
28:55Meu sonho!
28:55A gente tá esperando.
28:56Linha 30.
28:56Ai, ai!
28:57Ai, meu sonho!
29:00Senhor, senhor, por favor!
29:01Vai dar alguma coisa nos meus olhos?
29:03Se acalme!
29:03Ela tentou me cegar.
29:04Ela tentou me cegar!
29:05A doutora Júlia teve que sair.
29:07Eu vou lhe ajudar.
29:08Passa alguma coisa nos meus olhos.
29:09Eu vou passar água.
29:10Passa agora!
29:11Eu vou passar água boricada.
29:12Vou acabar com a raça dessa.
29:13Vou acabar com a raça dessa.
29:15Passa, passa!
29:16Vou lavar bem os seus olhos.
29:17Passa!
29:20Passa!
29:21Vou acabar com a raça dessa.
29:25Ai, ai, ai...
29:30Vé, Vladimir.
29:32Se não fosse por mim, você já tinha ido dessa para melhor há muito tempo.
29:37Que demora.
29:40Por que a doutora Júlia não atende logo?
29:42Quem diria, tanto tempo fugindo da louca da doutora Júlia.
29:49Agora só ela pode te salvar.
29:51Ai, se eu tivesse um pouco de sangue...
29:54Um pouquinho só.
29:56O que é isso?
30:11Você não tem jeito mesmo, hein, Flávio?
30:13Eu aqui tentando te ajudar e você tentando me jantar.
30:17Desculpa, minha.
30:18Eu preciso de sangue, senão vou desmaiar.
30:22Desmaia!
30:23Tomara que a doutora Júlia te tranque de volta naquela sede escura.
30:26É isso que você merece.
30:28Ano?
30:28Aí, agora é ela.
30:30Ô, doutora Júlia...
30:32Quem é?
30:33É o metamorfo.
30:34Onde é que você está?
30:35Eu e o Vlado...
30:38A gente fugiu da ilha.
30:40Estamos no continente.
30:43Mas por que agora não me disse nada?
30:44Agora não viu.
30:46Ninguém viu.
30:48Agora ainda deve estar pensando que a gente está escondido na ilha.
30:51Vocês não podem fazer isso.
30:52Isso é muito perigoso.
30:53Na ilha é mais segura que fora?
30:55Não.
30:55Pois é, doutora.
30:58Eu consegui escapar.
31:00Não dava para ficar me prendendo para sempre, né?
31:04Eu cansei da tua Júlia.
31:05Cansei dos teus experimentos comigo.
31:07Muitamorfo, me escuta.
31:10Vocês precisam voltar para a ilha.
31:13Aqui fora o mundo é muito cruel.
31:16Vocês não conhecem nada.
31:17Vocês vão se dar mal, muito mal.
31:20Eu prometo que na ilha vocês vão ter mais privilégios e vocês vão ter mais galinhas e mais liberdade.
31:25Eu nunca vou voltar para a ilha.
31:29Eu nunca vou ser preso de novo.
31:32É difícil prender um homem que fica invisível, né?
31:36Um homem que consegue se transformar em qualquer outra criatura do universo.
31:40Escuta, Muitamorfo, a minha assistente me disse que o Vlado foi ferido.
31:47É, ele está aqui na minha frente.
31:50Está pálido, abatido.
31:54Ele levou um tiro, né, coitado?
31:55Precisa da tua ajuda.
31:58Quem diria?
32:00Olha, eu acho melhor você mandar logo um socorro.
32:02Eu não sei mais quanto tempo ele vai aguentar.
32:04Ai, eu estou com o endereço aqui na mão.
32:06Eu vou mandar uma ambulância imediatamente para ele.
32:09Isso.
32:10Faz isso, doutora.
32:12Eu adoraria ficar aqui esperando você chegar, mas infelizmente eu tenho mais o que fazer.
32:17Mas não se preocupe, não.
32:19Qualquer hora desce eu apareço aí, do teu lado, de repente.
32:23Faça isso e você vai ver o que vai acontecer a você, Muitamorfo.
32:27Eu mando logo você para a ilha.
32:30Isso se você sobreviver, doutor.
32:33Alô?
32:34Alô?
32:36Deixa eu me desgraçar.
32:41Doutora Júlia.
32:42Desculpa.
32:44O tio da Leonor finalmente foi embora.
32:46Furioso.
32:47Ai, ainda bem.
32:47Eu não aguentava mais aquele homem.
32:49Pois é, enquanto você conversava com ele, o bebê de luz nasceu.
32:53Eu mesma fiz o parto.
32:55Ah, que maravilha.
32:59Parabéns, Beatriz.
33:00Parabéns.
33:01Agora nós vamos mandar a Marli, a Leonor, o menino da luz, vamos mandar todos para a ilha.
33:06Imediatamente.
33:07Eu tenho medo que aquele homem volte aqui com a polícia.
33:11Já está tudo preparado para a partida deles.
33:13Excelente.
33:14Então, pode despachar todo mundo.
33:16Depois eu examino o menino luz no laboratório secreto da ilha.
33:21Mas, agora eu tenho uma outra incumbência para você, Beatriz, que ela é um pouco mais delicada.
33:27Nós precisamos ir nesse endereço com uma ambulância porque o mutante, o mutante Vlado, o vampiro, ele foi baleado e precisa de socorro.
33:42Mutante vampiro?
33:44Mas, ele não é extremamente perigoso, doutora Júlia?
33:47Ele é uma das minhas criaturas mais terríveis.
33:51Ele está muito fraco, a ponto de morrer.
33:56Beatriz, esse mutante é muito importante para mim.
34:00Mas, doutora Júlia, ele não pode nos atacar?
34:03Provavelmente.
34:05É por isso que eu preciso da sua ajuda e eu preciso de você para essa tarefa.
34:12Tá bom, eu vou.
34:15Ela é só o que faltava.
34:17Os dois mutantes mais perigosos soltos na cidade.
34:22O vampiro Vlado.
34:25O metamorfo.
34:27Que pode tomar qualquer forma e ficar invisível.
34:32É impressionante.
34:35As coisas estão cada vez mais fugindo ao meu controle.
34:39O meu mundo está desmoronando.
34:45Mas eu preciso reagir.
34:47Isso não pode estar acontecendo, Carvalho.
34:57Só que aconteceu, Guti.
35:01Agora nós vamos ter que definir um plano de defesa.
35:05Sinceramente, eu não sei nem por onde começar.
35:10Você foi preso em flagrante.
35:11Flagrante, Carvalho.
35:13Flagrante, Carvalho.
35:15Que flagrante, cara.
35:16A droga não é minha.
35:18Colocaram a porcaria na minha mochila.
35:21Que flagrante que tem.
35:22Olha, Guti.
35:24Presta atenção.
35:25O negócio é o seguinte.
35:28Desde 2006, quando entrou em vigor a lei 11.343 barra 06, as coisas mudaram.
35:36Se tivesse encontrado uma pequena quantidade na sua mochila, você seria autuado como usuário.
35:43A sua punição seria com medidas socioeducativas, né?
35:47Ou seja, você teria que prestar serviços a uma comunidade, ganharia uma advertência.
35:53E, no mais de tudo, faria um tratamento para desintoxicação.
35:57Só que é diferente.
35:59Encontraram dois quilos de maconha na sua mochila.
36:03Você foi indiciado como traficante, Gustavo.
36:06E, pela nova lei, a reclusão é de oito a vinte anos de cadeia.
36:11Pô, não fala isso pra mim, não, cara.
36:14Não fala isso pra mim, não, Carvalho.
36:15Que isso, cara?
36:15Tudo bem, Guti.
36:16Presta atenção.
36:17Isso pode ser abrandado de acordo com o seu comportamento na prisão, né?
36:21Você é réu primário.
36:23Tem bons antecedentes.
36:24Isso tudo conta muito.
36:25Mas isso não tá certo, cara.
36:27Eu sou um artista.
36:29Eu nasci pra viver livre.
36:32Carvalho, eu não vou aguentar essa vida de carceragem, cara.
36:35Tudo bem, Guti.
36:36Mas a lei é bem severa contra a fonte.
36:39Tô querendo me prejudicar, acabar comigo.
36:41Olha só.
36:42Eu sou professor, cara.
36:45Não tem referência das crianças do circo.
36:49Então aqui é só te marcar, Guti.
36:50Eles vão tirar foto e vão gravar sua imagem com a droga prendida.
36:55A droga não é minha.
36:56Não fui eu que botei essa droga lá, cara.
36:59Plantaram essa droga lá em cima de mim, cara.
37:01Perto nas minhas coisas.
37:03Ô, Carvalho, ó.
37:04Esse cara que tá aí, esse policial.
37:06Esse policial que tá aí que trouxe a droga.
37:08Eu acho que foi ele.
37:10Não tem como ter sido outra pessoa.
37:12A gente tem que pesquisar direito, ver quem foi que fez.
37:16Porque eu tenho desconfiança de que é coisa do Dino e do Taveira.
37:22Por causa do processo?
37:23Tá com a gente ali?
37:24Exatamente.
37:25A gente botou aquele processo contra eles.
37:27Os caras estão querendo me matar, cara.
37:29É isso.
37:32É, Guti.
37:33É bem possível, sim.
37:36Olha.
37:36Eu acredito em você, Guti.
37:39Eu acredito mesmo.
37:41Só que o problema é que ninguém te conhece como eu te conheço.
37:44Para de falar isso.
37:45Eu já tô desesperado aqui.
37:46Tu vem falar isso pra mim, Carvalho.
37:51Ai, meu Deus do céu.
38:03Olha, Guti, não vou te enganar, não.
38:04Mas a coisa tá feia pro teu lado.
38:08Tá difícil te tirar daqui agora.
38:10A tua situação tá bem complicada.
38:12Você vai ter que ter paciência.
38:14Gênero, são diamantes.
38:36Se eu fizer bastante força, eu acho que eu consigo arrebentar essa gema.
38:44Júlia, será que você consegue?
38:48Eu posso tentar.
38:50Lembra aquela vez na cadeia que a gente conseguiu arrebentar aquelas graças da cela pra fugir?
38:55Não.
38:57Desespero.
38:59Vou aguardar o momento certo.
39:01Se esses diamantes forem verdadeiros, e tudo indica que são,
39:11tem uma fortuna aqui.
39:14E agora o que a gente faz?
39:16Pegue essa mala e não fala nada pros outros policiais.
39:19Atenção, esses presos eu faço questão de conduzir pessoalmente.
39:36Eles podem pegar esse carro que eles estavam usando e conduzir pra delegacia.
39:39Não disse, Dino, que ia pegar esses dois?
40:07Eu não tinha a menor dúvida.
40:09Quando você põe uma coisa na cabeça, ninguém tira, doutor.
40:11Eles se achavam muito espertos, né?
40:13Vão se ver comigo agora.
40:14Você tá ameaçando a gente, Taveira.
40:17O que você quis dizer com isso?
40:18Eu quis dizer que eu vou fazer de tudo pra vida de vocês virar um inferno no xadrez.
40:24Ah, vocês não imaginam quanto.
40:26Eles vão pagar muito caro por tentarem me fazer de bobo.
40:29Isso é abuso de poder.
40:32Seu dever é investigar, é descobrir a verdade, é prender os culpados, garantir a integridade
40:39dos presos e não ficar fazendo ameaças desse jeito, Taveira.
40:44Você não imagina do que ele é capaz, Marcelo?
40:46Eu não duvido de nada.
40:48É, não duvide mesmo, Maria.
40:51E da outra vez eu não consegui o que eu queria, mas dessa vez você não escapa.
40:54Se não quiser morrer, Maria, é bom você deixar o delegado bem satisfeito.
41:00Não acredito que eu tô ouvindo isso.
41:03Isso é inadmissível.
41:04O senhor, o senhor que tá aqui na nossa frente, o senhor é testemunha.
41:08Montenegro é amigo.
41:10Então quer dizer que vocês são uma quadrilha dentro da polícia, é isso?
41:13Ô, Montenegro, não vem com lição de moral pra cima de mim, não?
41:16Eu conheço muita gente boa na polícia civil e na militar também.
41:19Aliás, eu acredito que a maioria das pessoas nas duas corporações é de gente honesta,
41:25assim como na polícia federal.
41:27Vocês são a vergonha da classe policial.
41:30Olha quem fala, você tá sujo nessa história?
41:33Tá de cúmplice nessa sujeirada toda, acusado de homicídios.
41:36Não vem agora querer posar de homem honesto, de policial acima de qualquer suspeita.
41:42Nós somos inocentes.
41:44Quando é que o senhor vai acreditar nisso aí?
41:45Por que você não tenta me convencer?
41:46Larga ela, larga ela!
41:47Me larga!
41:48Larga ela, eu já disse!
41:50Escavou!
42:05Tu tens que entender uma coisa, de uma vez por todas.
42:09A tua vida aqui no circo nunca é que vai combinar com a vida desse policial.
42:13Por que não?
42:14O Ernesto é um cara bacana, honesto.
42:16Não é mentiroso e galinha feito você, não?
42:19É, então tu presta atenção no que eu vou te dizer e tu vê se eu não tô certo.
42:23Esse policial, nunca que ele vai deixar tu viajar pra fazer um espetáculo.
42:28Melhor, ele nunca vai deixar tu botar os pés dentro de um circo.
42:31Não diz besteira, Fernando!
42:33Chega, tá?
42:34Ó, se você quer mesmo saber, o Ernesto aceita a minha profissão numa boa.
42:39Ele admira a minha carreira, acha ótimo eu ser artista de circo.
42:43Duvido!
42:44Eu já tô vendo o dia que esse policial vai pedir pra tu abandonar a tua carreira, guria linda.
42:49E isso vai ser logo, logo, hein?
42:50Ou se não...
42:51Se não o quê?
42:52Ah, sei lá.
42:56Sabe como é que é, né?
42:57Vida de polícia é uma vida perigosa.
43:00Fernando, você fica se equilibrando a 50 metros de altura numa corda bamba
43:04e vem falar que a vida do Ernesto é perigosa.
43:06Pelo menos eu não mexo com bandido.
43:09Esmeralda, esquece.
43:11Isso não vai dar certo.
43:13Artista de circo e policial é que nem água e azeite.
43:16Os dois não se misturam.
43:17Ô, Fernando...
43:19Mete uma coisa na tua cabeça.
43:22Nunca mais na minha vida eu vou ser tua.
43:26Ah, mas vai.
43:28Pode escrever aí o que eu tô te dizendo.
43:30Tu ainda vai ser minha, Esmeralda.
43:32Tu vai ver.
43:33Garota.
43:34Ai, meu Deus.
43:35Ritinha!
43:37Ritinha!
43:39Ritinha!
43:40Oi, Ritinha!
43:43Ritinha!
43:45O que foi, ô histérica?
43:47Ai, desumiu.
43:50Eu acho que sequestraram a minha cobra.
43:52Você pode explicar?
44:05Um bebê que conversa telepaticamente com a mãe.
44:10Vai, explica.
44:11Eu tô curioso pra saber.
44:13Deixa pra lá, Perpétuo.
44:16Não vale a pena.
44:17Não, eu vou contar pra ele.
44:18Não, não adianta.
44:19Ah, adianta.
44:20Adianta sim, ele tem que saber a verdade.
44:22Olha aqui, Felipe.
44:24A gravidez da Bianca é especial.
44:26Especial.
44:27Como assim?
44:28Ela fez um tratamento na clínica Progênese do Guarujá.
44:31Faz o seguinte.
44:32Dá uma busca na internet.
44:33Vê aí o que que diz sobre a doutora Júlia Zacarias.
44:36Tá bom.
44:37Vou ver.
44:40Júlia Zacarias.
44:42É, Zacarias com dois Cs.
44:43Doutora Júlia Zacarias é acusada pelo policial federal de criar mutantes na clínica Progênese do Guarujá.
44:59Mutantes.
45:01Exatamente.
45:02A criança que a Bianca tá esperando provavelmente é um mutante.
45:07A Bianca tá grávida de um mutante?
45:09Seu filho, Felipe, você vai ser pai de uma criança especial, que tá se formando mais rápido que o normal por causa das técnicas que a doutora Júlia utiliza na clínica.
45:20É tudo verdade, Felipe.
45:21Você tem que acreditar.
45:30Você vai ser minha, Marinha.
45:31Nunca.
45:32Vai sim.
45:33Ela é gostosa mesmo, Marcelo?
45:35Ela sabe que você não tem esse direito.
45:37Quer tomar uma azeitona, Marcelo?
45:38Quer uma azeitoninha?
45:39Solta, Maria!
45:40Você é um louco desvairado!
45:42Canalho, eu te odeio!
45:43Ficou bravinha, Maria.
45:45Quanto mais difícil, mais o delegado gosta.
45:47Não é, delegado?
45:48Eu não vou levar esses dois pra delegacia, não.
45:50Como não?
45:51O que você tá pensando em fazer com a gente?
45:53Eu vou levar pra um galpão abandonado, onde eu vou fazer tudo que eu tenho vontade de fazer.
45:58Tá maluco?
45:59Eu vou possuir você, Maria.
46:02E eu vou acabar com você, Montenegro.
46:07Sabe você o que é o amor?
46:16Não sabe, eu sei.
46:19Sabe o que é um trovador?
46:22Não sabe, eu sei.
46:25Ah, você não sabe, não.
46:37Ah, você não sabe, eu sei.
46:46Ah, você não sabe, eu sei.