As obras da artista Nádia Taquary dialogam com os balangandãs, joias africanas com significado espiritual, usadas pelas mulheres negras escravizadas na época do Brasil colônia.
A gente te conta mais aqui.
UMA OBRA POR VEZ.
#Arte1
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UMA OBRA POR VEZ.
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Categoria
🦄
CriatividadeTranscrição
00:00A artista Nádia Taquari investiga as questões ligadas ao sagrado afro-brasileiro,
00:15principalmente as questões ligadas à mulher negra e ao seu legado ancestral.
00:20A artista, ela investiga, questiona e principalmente quer desconstruir as narrativas eurocêntricas e patriarcais
00:30que nos impedem de entender e de conhecer melhor as culturas e os saberes africanos.
00:38Mas ela faz isso de um jeito muito próprio. Vem ver como. Uma obra por vez.
00:50Você sabe o que eram balangandans? Balangandans eram joias africanas que, além da função de enfeitar,
00:58tinham também um significado espiritual, de proteção, e eram usadas pelas mulheres negras escravizadas no tempo do Brasil colônia.
01:11Pois a Nádia Taquari faz esculturas que dialogam diretamente com esse tipo de joalheria colonial.
01:18É o caso desta aqui, Dinka Orixá, de 2024, produzida com miçangas de vidro da República Tcheca,
01:27búzios africanos, prata amarela e cobre.
01:36As peças da Nádia têm muito a ver com uma intensa pesquisa dela sobre adereços, adornos africanos e também sobre o candomblé.
01:46As formas e as cores que ela usa têm a ver com os orixás.
01:52Também os fios de contas que a gente vê estão super ligados aos fios de contas sagrados do candomblé.
02:00Os fios também remetem aos fios de cabelos trançados africanos.
02:06Bom, essas peças têm tudo a ver com empoderamento da mulher negra.
02:11Uma obra por vez. Esta aí é Dinka Orixá, da série Águas, de 2024, da Nádia Taquari.
02:20A CIDADE NO BRASIL
02:24Legenda Adriana Zanotto