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  • 13/04/2025
Há 23 anos, as doze pinturas e a escultura do artista francês, pertencentes à coleção do Masp, não eram expostas ao mesmo tempo para o público.
Transcrição
00:00Música
00:00É um prazer ter vocês aqui hoje
00:14para conhecer as exposições no lugar difícil, porque aqui é o Maia Bade.
00:19Sim, nós estamos vivendo o terceiro grande momento do Máscoa.
00:22Eu acho que o primeiro grande momento é lá em 1947,
00:25quando o museu é fundado pela Citebriand.
00:28Depois, em 1968, quando a gente sai da sede inicial ali na 7 de abril
00:34para a Avenida Paulista e ganha esse prédio maravilhoso da Alina Bobardi.
00:39E agora, com a expansão.
00:41Esse conjunto de obras do Renoir é muito emblemático para a história do museu,
00:45porque ele foi um dos mais importantes reunidos pelo diretor fundador da instituição
00:49entre o final dos anos 40 e começo dos anos 50.
00:53São 12 pinturas e mais a escultura, então são 13 obras do Renoir
00:58desse momento inicial de formação do acervo do Máscoa,
01:02quando, obviamente, não era nem aqui nesse prédio.
01:05E também a gente tem uma situação aqui que a gente vai replicar muito mais vezes,
01:09que é mostrar o conjunto de um artista,
01:11o que possibilita um olhar menos fragmentado,
01:14mais completo, mais interessante sobre esse artista.
01:17A última vez que esse conjunto de 13 obras foi mostrado no MASP e no Brasil
01:24foi há 23 anos, em 2002, numa exposição que aconteceu aqui no MASP mesmo,
01:29chamado Renoir, o Pintor da Vida.
01:32E entre as obras que raramente são mostradas, nós temos esses dois nus,
01:37esse nu aqui é de 1910 e esse nu aqui, do meu outro lado, de 1912.
01:44Ela é menos valorizada, no entanto, é uma fase que está sendo revista
01:49à luz do diálogo que o Renoir tentava estabelecer com a tradição,
01:53especialmente com os grandes mestres, como o Tiziano.
01:59Como muitos artistas modernos europeus e também do Renascimento italiano,
02:05é muito difícil o museu como o MASP, no Brasil,
02:09nas condições como foi criado,
02:11dá conta da trajetória de um artista completa,
02:15especialmente um artista tão longevo quanto o Renoir.
02:19Então a gente pode dizer que esse conjunto,
02:22ele traz elementos representativos da trajetória dele,
02:26especialmente os retratos e os nus,
02:30que são a parte mais nobre, mais ambiciosa da trajetória do Renoir.
02:34A espografia dessa exposição foi concebida pela arquiteta Juliana Godói
02:39e ela criou esse dispositivo que é uma releitura do célebre cavalete de cristal da Lina Bobardi.
02:47Esse dispositivo é feito de aço inox e ele tem uma base de espuma.
02:51O que é interessante aqui é que tudo vem da indústria,
02:55essa cor da espuma que cita a palheta de azul do Renoir,
03:00com isso ela está estabelecendo um diálogo da relação dos impressionistas
03:04com as conquistas industriais, especialmente da indústria química de cores do final do século XIX.
03:11As esculturas foram feitas nos últimos anos da vida do Renoir,
03:20são apenas 14 e como ele não conseguia mais pintar,
03:24por conta de uma artrite reumatoide,
03:26ele decidiu passar a escultura, porque era mais fácil modelar,
03:31mas ele fez isso com a ajuda de um jovem artista,
03:34Richard Guino, que já fazia escultura
03:36e assumiu esse papel de assistente do Renoir,
03:40ele executando da maneira que o Renoir decidia essa modelagem,
03:46que depois era fundido em bronze.
03:48Dizia-se, curiosamente, que você via o lado escultórico dele nas pinturas,
03:54mas você via também a maneira como ele pintava nas esculturas,
03:57pela maneira delicada, como a luz incidia,
04:01e também por estar revisitando os temas clássicos.
04:04Alguém que havia renovado toda a tradição da pintura com impressionismo,
04:08mas, como muitos artistas no fim da carreira,
04:11tinha se voltado para a tradição.
04:13E aí
04:18E aí
04:23E aí
04:28E aí
04:30E aí
04:31E aí
04:31E aí