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  • há 5 dias
A artista Regina Silveira é interessada na conversa que sua obra pode ter com o espaço que ocupa.

Por causa disso, muitas vezes suas criações se esparramam pelas paredes e pelo chão, invadindo mesmo a arquitetura dos lugares.

UMA OBRA POR VEZ.

Vem explorar com a gente “Transitório/Durévole”, de 1998, da Regina Silveira.


#Arte1
Transcrição
00:00No coração da produção da superartista Regina Civeira, está uma investigação sobre a nossa
00:16relação com a imagem, sobre o que a gente entende quando a gente está diante de uma representação
00:21visual e sobre um jogo de ilusão. Sabe aquela expressão, nem tudo é o que parece? Vale para
00:29a vida e vale também para Regina Civeira. Uma obra por vez.
00:41Esta é Transitório do Révoli, feita em 1998 com vinil adesivo e livro sobre parede. Eu
00:51já volto a falar mais sobre ela. É que o começo dessa história é na década de 80,
00:57quando a Regina Civeira começou a se interessar pelas questões ligadas à perspectiva e à
01:04representação visual. E aí, principalmente, por questões ligadas à subversão da lógica da
01:11perspectiva. Foi aí que surgiram as primeiras silhuetas de objetos do cotidiano, mas sempre
01:18em dimensões estranhas, agigantadas, alongadas, enfim, sempre desproporcionais.
01:30Aí, nos anos 90, as silhuetas ganharam um espaço. Elas começaram a subir pelas paredes e invadir o chão.
01:40É o caso dessa obra. A gente tem aqui, ó, uma mulher sentada numa cadeira, lendo um livro. O livro é de verdade. E, ó, só que essa silhueta assombreada, ela não segue uma proporção normal. A gente vê aqui, ó, ela bem mais alongada. E ao vivo, de perto, causa um estranhamento na gente.
02:00Olha, essa é justamente a brincadeira da artista Regina Silveira. Através de obras assim, ela convida a gente a pensar sobre representação, sobre a nossa relação com percepção visual. Uma obra por vez, esta aqui, é transitório do Révoli, de 1998, da artista Regina Silveira.
02:30E, ó, só que essa silhueta assombreada, ela não segue uma palavra.