O economista e professor da FGV, Nelson Marconi, analisou o impacto da política tarifária de Trump, a possível retomada de acordos comerciais entre EUA e China e o cenário dos juros no Brasil e nos EUA. Estratégia política, mercado externo e expectativa fiscal para 2026 entraram no radar.
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00:00Vamos conversar agora com o economista e professor da FGV, Fundação Getúlio Vargas, Nelson Marconi.
00:05Nelson, boa noite para você, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:09Bom, Nelson, a gente está vendo mais um capítulo da novela tarifária.
00:13Trump disse que os Estados Unidos não precisam assinar acordos,
00:17contradizendo o secretário do Tesouro, Scott Bassett,
00:20que disse no começo dessa semana que o governo americano estaria perto de concretizar algumas negociações.
00:26Então, minha pergunta é a seguinte, para onde caminha esse enredo
00:30e quais os possíveis desfechos que a gente pode esperar dessa história?
00:36Boa noite, Cristiane, tudo bem? Boa noite a todos que estamos assistindo também.
00:40É mais um capítulo, vamos dizer, dessa estratégia errática do Trump.
00:46Ele parece, o governo dele, muito claramente, ele acelerou essa questão das tarifas,
00:54ele colocou, ele definiu tarifas muito elevadas para depois negociar.
00:59E isso que ele está fazendo agora, ainda que ele não esteja declarando,
01:03ou esteja fazendo de uma forma um pouco mais na surdina, digamos assim, um pouco mais sigilosa,
01:08mas ele está negociando e realmente está tentando firmar diversos acordos.
01:12Quer dizer, ele fez uma estratégia de ir avançar, ele queria ver se dava,
01:18de uma forma como a gente está falando errática,
01:20muitas vezes, eu acho que a gente pode chamar até de se dava nada,
01:24a gente vê quais foram as consequências,
01:26ele talvez tenha esperado que a China não iria reagir da forma como esperou,
01:30outros países também, e o que a gente está vendo é que ele teve que voltar atrás.
01:34Em parte, eu acho que isso ele já esperava um pouco,
01:37em parte, eu acho que é um pouco de exagero, um pouco de arrogância,
01:40do governo americano achar que o mundo ia aceitar essa situação,
01:44principalmente a China, sossegada.
01:46Então, o que a gente está vendo agora é que ele vai ter que realmente fazer acordos,
01:50é isso que ele está planejando,
01:52é muito, como eu já falei, na surdina,
01:54mas parece que é para isso que está caminhando a situação.
01:58Quer dizer, ele fala uma coisa que ele não vai fazer,
02:01porque não tem como ele não fechar esses acordos,
02:05não tem como ele não ir em frente.
02:07Agora, em relação a amanhã, Nelson,
02:09a gente vai ter decisões sobre juros aqui no Brasil,
02:12também nos Estados Unidos, a chamada Super Quarta-feira,
02:15queria saber qual é a sua expectativa para os dois países.
02:19Olha, acho que no caso do Brasil é muito claro,
02:22o Copom já tinha anunciado que vai elevar,
02:25vai fazer a última elevação agora,
02:27pelo menos dessa temporada, digamos, da taxa de juros,
02:32ele da Selic deve ir mesmo de R$ 14,25 para R$ 14,75.
02:36No caso da taxa de juros americana,
02:40ela deve permanecer nesse intervalo que ela está hoje,
02:42de R$ 4,25 a R$ 4,50, também eu acho que é o patamar
02:46que ela vai acabar se mantendo.
02:47Quer dizer, nós vamos ter muita novidade em relação ao que já foi anunciado.
02:52Acho que a gente não precisa esperar uma grande surpresa amanhã.
02:57E se a gente pensar em longo prazo,
03:00até o final do ano, o que você espera para os juros,
03:03tanto no Brasil quanto lá nos Estados Unidos?
03:05Olha, eu acho que vai depender muito ainda do que qual for o desfecho
03:10de toda essa negociação comercial do Trump.
03:14Se realmente as tarifas permanecerem em um patamar mais elevado,
03:18a gente pode esperar uma elevação também da inflação mundial
03:22e, por consequência, os bancos centrais vão tentar controlar de alguma forma,
03:29ainda que esse instrumento muitas vezes pode ser que não seja eficaz,
03:32mas eles vão tentar, para determinadas situações,
03:35mas eles vão tentar controlar pelo menos a inflação,
03:37a parte da inflação que eles conseguem relacionada à demanda,
03:40com uma taxa de juros mais elevada.
03:42Se os acordos comerciais forem concretizados
03:46da forma como a gente está falando
03:50e os agentes econômicos estão esperando,
03:53se for uma saída mais otimista, digamos assim, para o mundo,
03:56do ponto de vista desses acordos comerciais,
03:58aí a pressão inflacionária é menor e a gente vai ver uma tendência de queda,
04:02acho que nos juros, tanto no Brasil, ainda que pequena,
04:05como nos Estados Unidos.
04:07Nos Estados Unidos, talvez, mais relevante até no Brasil,
04:10porque aqui no Brasil a gente tem uma meta de inflação de 3%,
04:14que é muito difícil de ser alcançada,
04:15então a taxa de juros deve permanecer em um patamar alto.
04:19Agora, de toda forma, a taxa de juros que o Banco Central nosso,
04:22que brasileiro, vem praticando,
04:24já tem mostrado sinais de impacto sobre o nível de atividade durante 2025,
04:30então existe aí, eu acho que, uma tendência de que a médio prazo,
04:35se não tiver nenhum choque inflacionário, a taxa de juros caia.
04:40Mas se, como eu falei, tiver uma reviravolta,
04:44ou pelo menos uma reviravolta no sentido de o Trump conseguir emplacar
04:48tarifas mais altas, não fechar os acordos comerciais,
04:51aí a gente pode esperar que a taxa de juros não vá cair muito aqui no Brasil.
04:55Vou passar para a pergunta dos nossos analistas,
04:58começando pelo Alberto.
04:59Alberto, fica à vontade.
05:00Nelson, tudo bem? Bom te ver por aqui.
05:03Oi, Alberto, tudo certo.
05:04Desde novembro para cá, a gente viu muita volatilidade,
05:08mercado externo, tarifácio,
05:10isso foi o que mais chamou a atenção da gente,
05:13é o que mais a gente tem discutido.
05:16Parece que acalmou um pouco,
05:17você mesmo mencionou que o próprio Trump teve um choque de realidade,
05:22a coisa não é bem assim, não é unilateral.
05:25O que você acha do segundo semestre Brasil?
05:29A gente vai voltar os olhos para o mercado interno
05:32e quando eu falo mercado interno,
05:34a gente volta a falar sobre o déficit fiscal?
05:38É, veja bem, a gente tem aqui,
05:41eu acho que no cenário interno,
05:43a gente tem duas questões.
05:44Uma que a taxa de juros está permanecendo alta por um certo período
05:48e do outro lado o cenário fiscal,
05:50que como você disse,
05:51parece que os agentes econômicos pararam um pouco
05:54de se movimentar em relação ao cenário fiscal,
05:57como eles vinham se movimentando
05:58durante o final do ano passado.
06:01A questão é que o orçamento hoje,
06:03ele está relativamente,
06:05uma boa parte do orçamento que a gente chama de
06:07não obrigatório,
06:09mas que seja o desvinculado,
06:11ele está muito dependente do Congresso.
06:17Certo?
06:17E aí o Congresso tem uma série de emendas e tal,
06:20e o poder do governo para administrar a questão fiscal
06:24tem diminuído ao longo do tempo.
06:26Ao mesmo tempo que a gente sabe que no ano que vem,
06:29é um ano eleitoral,
06:30e isso o governo tende a...
06:32Ele provavelmente está fazendo um pouco de fôlego,
06:34quer dizer, ele está subindo a taxa de juros agora,
06:37para tentar gastar mais no ano que vem,
06:39que é um ano eleitoral.
06:41Esse é o famoso ciclo que a gente fala,
06:44do ponto de vista político,
06:45das despesas do governo.
06:47Então, eu acho que no segundo semestre,
06:49a questão fiscal não vai ser um problema
06:52no curto prazo, certo?
06:54A gente não vai ter, assim,
06:56apesar do governo não conseguir controlar muito
06:59as despesas em função,
07:01tanto do comportamento dele,
07:02como do ponto de vista do Congresso,
07:04nós não vamos ter um descontrole.
07:06Mas, olhando para 2026,
07:09aí sim, o que a gente espera,
07:11e eu acho que o governo deve estar agindo dessa forma,
07:13ele deve estar agora subindo a taxa de juros,
07:15mantendo no patamar alto,
07:16para tentar diminuir um pouco a inflação,
07:18certo?
07:18Não vai conseguir diminuir muito,
07:20mas pelo menos vai abrir algum espaço
07:21para que no ano que vem,
07:23ele seja mais expansionista.
07:25Então, eu não vejo uma grande mudança,
07:27agora no segundo semestre,
07:28mas vejo uma mudança relevante, sim,
07:30para 2026.
07:31E aí, o fiscal deve,
07:33o governo deve realmente pisar no acelerador do fiscal.
07:37Vamos passar para o Vinícius.
07:38Vinícius, fica à vontade.
07:41Nelson, eu vi você ir otimista sobre juros,
07:45até no Brasil.
07:47Até fevereiro desse ano,
07:48se discutia se as taxas,
07:50a Selic tinha que ir para perto de 16
07:52para controlar a inflação,
07:54lá em 2026.
07:55Depois surgiu a tese,
07:57baseada na bagunça que o Trump fez,
07:59que o mundo ia desacelerar,
08:00o preço das commodities ia cair,
08:02ia ter um recuo no dólar aqui,
08:04e que talvez o Banco Central
08:05não precisasse levar as taxas nem a 15.
08:08Agora, isso já apareceu até no boletim Focus
08:10dessa semana,
08:11com taxa prevista para chegar a 14,75
08:14no final desse ano.
08:16Agora, a expectativa de inflação
08:18para o final de 2026
08:20continua em 4,5
08:22ou 4,51,
08:24passando um pouquinho do teto da meta.
08:26Como é que fica?
08:27O BC vai esperar
08:28que o arrocho que ele já fez
08:32produz a inflação menor
08:33lá para 2027,
08:35não precisamos fazer mais nada.
08:37Como é que fica a inflação
08:38dentro da perspectiva do BC?
08:40Quero trazer ela para a meta
08:41no horizonte relevante.
08:42O horizonte relevante é o final do ano que vem
08:44e daqui a pouco passa a ser
08:46o comecinho de 2027.
08:48Mas a inflação está lá
08:49no teto da meta.
08:50O BC vai deixar, então,
08:51a inflação mais alta?
08:52Está resignado?
08:53Olha, eu acho muito difícil
08:57o Banco Central conseguir levar a inflação
08:59para a meta de 3%,
09:01tendo uma inflação de um pouco mais de 5% agora.
09:04Eu acho que ele vai se julgar bem sucedido
09:07se ele conseguir levar a inflação
09:09para esse próximo do teto da meta,
09:12mas dentro do intervalo,
09:14não acima dele.
09:15eu acho que ele tem clareza
09:19de que chegar em 3% é muito difícil,
09:21mas se ele chegar em 4,5%,
09:23chegar em 4,4% ou alguma coisa assim,
09:25ele vai se dar por satisfeito
09:26porque ele vai estar dentro desse intervalo.
09:29É muito difícil a gente conseguir fazer isso.
09:31Mesmo para fazer isso,
09:32ele vai ter que manter a taxa de juros
09:34num patamar muito próximo ao atual.
09:36Ainda que a gente esteja dizendo aqui
09:38que ele vai diminuir um pouco da taxa de juros,
09:41mas ele não vai diminuir tanto assim.
09:44Quer dizer, ele vai diminuir um pouco,
09:45eu acho que vai ter um impacto
09:47sobre o nível de atividade
09:48essa taxa de juros até o final do ano.
09:50Se a gente não tiver nenhum choque
09:52no ponto do front inflacionário muito forte,
09:55ou em câmbio, etc.,
09:57ou uma questão externa,
09:59depende de como ficar esse arranjo todo do Trump,
10:01logicamente.
10:02A inflação pode ceder um pouco,
10:04nunca para chegar na meta,
10:05mas pode chegar um pouco,
10:06para esse intervalo de 4,5% e 5%,
10:08e aí ele pode fazer uma política,
10:10ele pode, como a gente falou,
10:12esperar chegar lá no final
10:13com essa inflação de 4,5%.
10:15Eu acho muito difícil
10:17ele conseguir diminuir muito a inflação
10:19e chegar na meta,
10:21porque ele teria que provocar
10:22uma queda do nível de atividade muito forte
10:24e vai contra qualquer princípio político,
10:28digamos, qualquer lógica política,
10:30o governo provocar uma recessão
10:31num ano de eleição.
10:33Então, a gente olhando para o cenário,
10:35o que a gente espera é que o ano que vem,
10:37na verdade, o governo vai querer fazer
10:38algum estímulo ao crescimento
10:40do ponto de vista fiscal,
10:41vai tentar se contrapor ao juro,
10:44contrapor a isso,
10:44vai tentar equilibrar isso
10:46com uma taxa de juros alta,
10:47como ele já vem fazendo há muito tempo,
10:49e o que ele vai conseguir fazer,
10:50se conseguir,
10:52é manter a meta dentro,
10:54não chegando nos 3%,
10:56mas chegando próximo
10:57desse intervalo superior da banda,
10:59que seria os 4,5%.
11:01Então, a meta mudou.
11:02O Banco Central, informalmente,
11:04está na prática,
11:05dizendo que a meta mudou
11:06para alguma coisa
11:07para cima de 4%.
11:08Ele não disse isso
11:11em nenhum momento
11:12e nem dirá.
11:12Claro que não dirá,
11:13mas eu estou dizendo na prática.
11:14Mas olhando para os dados,
11:15a gente o que pode olhar
11:17do ponto de vista
11:17da lógica macroeconômica
11:19é que é isso que vai acontecer.
11:20Se a gente lembra
11:21alguns anos atrás,
11:22o Banco Central,
11:23ele estava também trabalhando
11:24com intervalo superior da meta,
11:26que ainda era 6%.
11:27Você se lembra
11:28que na década passada,
11:29a inflação ficou durante
11:30muito tempo próximo a 6%,
11:33que era o intervalo superior da meta.
11:35Então, o Banco Central,
11:36ele pode até tentar
11:37diminuir um pouco isso,
11:38mas se do outro lado
11:39entrar um fiscal muito gastador,
11:41não vai ter como
11:44a inflação diminuir muito.
11:46Então, eu acho que na prática
11:47ele não vai anunciar,
11:48mas ele vai trabalhar
11:49com esse intervalo
11:50da meta superior.
11:51Nelson, eu queria te pedir
11:53para você continuar
11:54com a gente rapidamente,
11:55que chegou uma notícia agora
11:56que eu queria repercutir com você.
11:58Os Estados Unidos
11:59acabaram de anunciar
12:00uma reunião
12:01com os representantes
12:02econômicos da China.
12:04Esse encontro vai acontecer
12:05durante a viagem
12:06do secretário de Tesouro
12:07americano Scott Passant
12:09para a Suíça.
12:10Essa viagem vai ser
12:11ainda essa semana.
12:12Ele vai se reunir
12:13com o presidente suíço também
12:15para abordar questões comerciais.
12:17A primeira reunião
12:18entre Estados Unidos e China
12:19desde o começo
12:20da guerra tarifária
12:22acontece depois
12:23de várias mensagens
12:24conflitantes
12:25dos dois lados
12:26sobre essas negociações.
12:28Então, Nelson,
12:29eu queria voltar com você
12:30até porque isso vai
12:31totalmente ao encontro
12:33do que você falou
12:34logo no começo
12:35da nossa conversa.
12:36Na sua opinião,
12:37isso representa
12:37um grande avanço
12:39nessa relação bilateral
12:40entre essas potências?
12:42Eu acho que sim,
12:43está certo?
12:44Quer dizer,
12:45vamos dizer,
12:46o Trump tentou jogar
12:48com a China
12:49e falar,
12:50olha,
12:50vamos ver se eles vão aceitar,
12:51está certo?
12:52A China mostrou
12:53todo o poderio econômico
12:54que ela tem hoje
12:55e é verdade
12:56e agora ele se viu
12:58numa situação
12:59que realmente
12:59ele tem que negociar
13:00e pode ser até
13:02que é isso
13:02que ele esperava
13:03como última jogada,
13:06digamos,
13:06dentro desse carteado,
13:07dentro desse jogo
13:08de pôquer
13:09que ele está fazendo.
13:10E é o momento agora,
13:11eu acho ainda bem
13:12que está acontecendo isso,
13:14vamos torcer
13:14para que isso
13:15se resulte
13:16numa solução positiva,
13:18que resulte
13:19numa alta elevada
13:20de tarifas
13:21e que mostre
13:22de alguma forma
13:23que o mundo produtivo
13:25vai continuar caminhando.
13:27Por enquanto,
13:27está todo mundo parado
13:28esperando,
13:28mas essa realmente
13:30é uma boa notícia,
13:31tomara que caminhe aí
13:32no sentido
13:33de ter alguma resolução
13:34e ter algum acordo
13:35que não implique
13:36num aumento elevado
13:37da forma que está se fazendo
13:38de tarifas
13:40de ambas as partes,
13:41que é um jogo
13:41que a gente pode dizer
13:42que é de perde-perde,
13:43está certo?
13:44Agora,
13:44se eles saírem
13:45com o resultado
13:46dessa reunião
13:47que possa ser positivo
13:49e implique em acordos
13:50comerciais
13:51mais do que
13:52na imposição
13:53de tarifas elevadas,
13:54aí pode ser um jogo
13:54de ganha-ganha,
13:56está certo?
13:56E para nós aqui,
13:58dos países de desenvolvimento
13:59como o Brasil,
14:00a gente tem que ficar
14:01olhando atento,
14:02o mundo inteiro está olhando,
14:03mas para nós é muito importante,
14:04porque são dois parceiros
14:05comerciais
14:06muito relevantes
14:07para nós.
14:08É, sem dúvida nenhuma,
14:09né?
14:09E como você disse,
14:10o mundo produtivo
14:11volta a poder andar
14:12e respirar.
14:13Vamos acompanhar
14:14e a gente vai dando claro
14:15cada passo disso
14:17que vai acontecer.
14:18Nelson, muito obrigado,
14:19é sempre muito bom
14:20ter você aqui com a gente,
14:21volte mais vezes.
14:22Obrigado a você,
14:23a conversa é sempre
14:23muito boa,
14:24pode me convidar
14:25que eu virei.
14:26Maravilha,
14:26combinado.
14:27Um abraço.
14:27Obrigado.