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A maior fabricante de proteínas do mundo aposta na sustentabilidade para aumentar a eficiência e reduzir desperdício. Em entrevista exclusiva ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, fala sobre os principais desafios e estratégias do grupo que está presente em 16 países.

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00:00Eu sou o Carlo Pereira e no programa de hoje tenho o prazer de receber um dos grandes nomes do setor de alimentos do mundo.
00:17Gilberto Amazoni, CEO global da JBS. JBS, a gente conhece muito bem, uma das maiores empresas de alimentos do planeta,
00:26a maior empresa de proteína animal do planeta e protagoniza uma importante agenda de sustentabilidade.
00:33Nós somos presentes em 16 países com produção, então cada país tem seus desafios, mas uma coisa que une tudo é o que nós entendemos como sustentabilidade.
00:48Nós entendemos que sustentabilidade é aumento de produtividade, é aumento de resiliência, é saúde do planeta.
00:58Com esse foco, isso norteia todas as ações.
01:01Nós temos um foco interno na companhia quando nós tratamos de sustentabilidade, como é que a gente consegue ser mais produtivo dentro de casa.
01:10Então nós temos um investimento grande em aumentar a eficiência dos nossos processos, reduzir desperdícios.
01:19E aquele desperdício que nós não damos conta de reduzir, porque não tem ainda uma tecnologia,
01:27a gente construiu toda uma estratégia de economia circular.
01:31Então só aqui no Brasil nós temos oito negócios que foram criados a partir de uso de resíduos industriais.
01:41Então, porque está tudo focado como é que a gente se torna mais eficiente, como é que a gente se torna mais produtivo.
01:48Aí tem o negócio da energia.
01:50A energia nós temos aqui, nós investimos na eletrificação do nosso transporte.
01:55É, eu falo, desculpe, a energia que eu falo, energia em termos de sustentabilidade.
02:02Nós investimos, para dar um exemplo da energia aqui, nós, os nossos integrados, nós temos 12 mil integrados, pequenos integrados.
02:13São produtores que fazem parte da empresa.
02:16São produtores.
02:16Nós fizemos um apoio para que eles pudessem fazer investimento em energia solar.
02:21Hoje, aqui no Brasil, 81% dos nossos produtores investem em energia solar e são autossuficientes.
02:31Alguns tendo sobra energia e colocando de volta no grid.
02:35Então, o transporte, eu comecei a falar antes.
02:39O transporte, nós estamos, já na nossa frota de transporte, com 280 caminhões eletrificados para fazer o transporte.
02:50Então, assim, quando dentro de casa nós estamos transformando energia e o transporte e os processos serem mais eficientes.
03:01Ah, eu tenho um processo como, por exemplo, nós temos uma grande geração de biometano.
03:08A gente usa, cobra nossas lagoas, tem uma fermentação, gera o biometano, usamos para a eletricidade ou usamos para a energia térmica e o que é o resíduo vai como fertilizante.
03:21E nessa linha, desculpa te interromper, mas nessa linha ainda uma outra coisa que você investiu, que tem diretamente a ver com o subproduto de vocês, que é o biodiesel, né?
03:29Exato.
03:29São quatro, quinto maiores produtores de biodiesel, não é isso?
03:32Isso.
03:32Então, o biodiesel é um grande investimento que a gente começou usando toda o que é resíduos, né?
03:41Que podiam ser adaptados à produção do biodiesel.
03:44O negócio, começamos a construir a indústria, a indústria vai criando escala.
03:48Aí nós criamos um programa de óleo amigo.
03:51O que é o óleo amigo?
03:52É, a gente vai nas escolas, coloca um receptor de óleo nas escolas, faz um trabalho de educação com os alunos da escola para que eles tragam o óleo que está usado de casa, não jogam fora em casa e tragam para a escola.
04:10A gente recolhe, retorna para a escola como incentivo para que a escola, dinheiro para a escola fazer investimentos em melhorias, em tecnologia que a escola precisa.
04:22Isso já foi, o ano, se nós pegarmos o nosso passo, foram 54 mil litros de óleo que nós fomos recolhendo ao longo disso.
04:33Então, é um negócio de impacto que começou exatamente para usar o resíduo.
04:37Aí nós botamos a indústria de sabonete, usando a nossa gordura.
04:43Aí nós fizemos uma indústria de biofertilizantes, nós temos um negócio de biofertilizantes.
04:48Nós criamos um negócio de colágeno, gelatina e peptílio de colágeno, que é usando os resíduos de couro.
04:59Acho que é a maior de colágeno dessa área também, não é isso?
05:01É, então, mas foram tudo a partir de resíduos que a gente tem, oportunidade de crescimento.
05:09Então, por isso que eu falo, sustentabilidade é produtividade, é aumento de eficiência, é aumento de vitalidade econômica.
05:18Quando a gente olha por esse jeito, tem enormes oportunidades dentro da empresa para a gente fazer.
05:23Ah, vamos reduzir o consumo de água.
05:25Nós temos um grande trabalho para reduzir o consumo de água dentro de todas as nossas fábricas.
05:30É um trabalho que a gente vai ao...
05:32Quando o mindset está colocado que sustentabilidade é produtividade, é aumento de eficiência, é reuso de material,
05:43é melhoria de processo, você abre um campo enorme para todas as pessoas que estão ali dentro,
05:49os gestores das fábricas, olhando oportunidades que eles possam ter de melhorar o seu processo produtivo.
05:55E não é mais despesa, não é custo.
05:58É a melhora de eficiência.
06:01É quase que um ciclo fechado, né?
06:02É um grande exemplo de circularidade.
06:04É extraordinário como revitalizou todo o nosso sistema, entendeu?
06:11Essa visão de ver sustentabilidade, não como custo, mas como aumento de eficiência.
06:16Produzir mais com menos.
06:17Um ponto bastante importante que tem aí, claro, também, é com relação à rastreadibilidade.
06:24Esse é um outro ponto bastante importante também.
06:27Eu sei que tem uma fala que eu fiquei muito impressionado, acho que foi em Davos, desse ano,
06:31que você fala que o que a gente vai rastrear aqui no Brasil de gado tem a ver, é o tamanho da Austrália, né?
06:42Com relação ao rebanho que se tem lá, né?
06:45Essa questão da pecuária no Brasil tem uma percepção que está ligada a desmatamento.
06:58E, em muitos casos, não é percepção, é uma realidade que aconteceu.
07:03Por isso que nós, que temos uma cadeia vasta de fornecedores, né?
07:09Nós temos que monitorar.
07:11Então, nós temos uma política de zero desmatamento ilegal.
07:16Bom, essa política faz com que, se nós temos uma política, nós temos que monitorar o cumprimento da nossa política.
07:23Então, nós temos um sistema de satélite, que a gente monitora aí 60 milhões de hectares, mais que 60 milhões,
07:33e fala, é maior que o estado do Texas, é maior que a França, que a gente monitora os nossos fornecedores.
07:40Então, isso a gente já tem mais de 15 anos, sistema de monitoramento.
07:43Mas, como você falou, transparência e rasteabilidade, né?
07:52Você exige que você vai além do seu fornecedor direto.
07:55E, no caso da pecuária, tem, às vezes, o animal, ele não fica restrito a uma propriedade.
08:02Ele vem de outra propriedade.
08:04Vai migrando.
08:05Vai migrando.
08:06Então, como é que você faz para monitorar?
08:07Nós não temos, até então, vou até comentar na seguinte, tem um projeto que está saindo agora do governo,
08:15que vai dar um acesso a essa informação.
08:18Nós não temos a informação das outras etapas.
08:21Aí, nós construímos uma plataforma, uma plataforma pecuária transparente da JBS,
08:30que, até o final desse ano, ela é voluntária, depois ela passa a ser brigatória,
08:35em que o fornecedor direto nosso coloca as informações de quem é o fornecedor dele indireto.
08:45O fornecedor direto dele.
08:46E aí, vai ser obrigatório.
08:47Então, assim, nós já estamos com 80% dos nossos fornecedores que já colocaram as informações do fornecedor deles.
08:54A partir daí, nós vamos expandir o monitoramento também para esses fornecedores indiretos,
09:00que daí, quando nós temos uma informação, nós podemos começar a monitorar e ter informação.
09:05E se tiver alguma coisa que está em desacordo com a nossa política, o fornecedor é bloqueado.
09:10Eu vou te contar que bloquear não é a solução, tá?
09:14É fácil.
09:16Se me permite, até te interromper nisso, uma coisa que eu escutei lá em Davos também,
09:19de uma grande ONG internacional, né?
09:21E que foi bem interessante nesse sentido de que é fácil você sair de um território, certo?
09:29Você tem ali milhares de produtores e falam assim,
09:31ah, legal, naquele território tem um risco grande e não estou mais.
09:34É fácil fazer isso, mas não.
09:36O que eu escutei essa pessoa elogiar foi dessa capacidade que vocês têm,
09:41desse compromisso que vocês trouxeram para vocês,
09:45de falar, não, tem um problema ali, eu vou ajudar.
09:49Exato.
09:50Eu acho que essa é a maneira correta de nós como sociedade,
09:58as grandes empresas que têm capacidade de ajudar a fazer transformações
10:03e assumir a sua responsabilidade.
10:04Porque assim, ah, sai lá do bioma Amazônia,
10:09Amazônia, você não vai mais ter o problema.
10:11Não, mas se eu sair, as pessoas que estão lá, os produtores que estão lá,
10:15eles estão vivendo disso, tem uma economia que depende disso.
10:19Além de eu estar prejudicando os produtores,
10:21eu vou estar colocando ainda maior marginalidade no sistema,
10:26mas menos controle no sistema.
10:28Então, a gente assumiu que nós vamos apoiar,
10:31nós vamos ficar aí, nós colocamos escritórios verdes.
10:35O que é os escritórios verdes?
10:37Então, os escritórios verdes têm três funções grandes.
10:45Uma é regularização ambiental.
10:47Se está bloqueado, a gente apoia ele se regularizar.
10:53Ah, faz um pra, um plano de recuperação ambiental, for o caso, se regularizar.
10:58Então, a gente dá o apoio, não só bloqueia, dá o apoio.
11:00Porque se eu não fizer isso, ele não vai parar de produzir.
11:05E nós não melhoramos o sistema.
11:07Então, para melhorar o sistema, a gente montou esse apoio
11:12para que ele ajude a fazer o plano, como é que ele faz o plano.
11:15O segundo é assistência técnica.
11:18Como é que ele pode ser mais produtivo?
11:20Porque tem uma oportunidade enorme de produtividade e gerenciamento.
11:26Então, nós temos aí um número de 200 fazendas em que a gente apoia na gestão.
11:33Para que também, então, consiga fazer aumentar a produtividade.
11:36A gestão no dia a dia ali mesmo.
11:38Como é que faz uma gestão eficientíssima.
11:42Então, a gente tem aqui no Brasil, nós temos na Austrália,
11:45programas que visam levar para as melhores práticas mundiais
11:51aplicadas na gestão das propriedades.
11:53E aí, eu falei que nós tínhamos a pecuária transparente.
11:58E aí, nós fizemos um último investimento.
12:02E aí, não é somente nós.
12:04Fizemos junto com a TNC, em parceria com o governo do Pará,
12:10que é botar tags individuais nos animais.
12:15Porque aí nós vamos ter 100% de investibilidade.
12:18Se a gente tem um tag, a gente sabe para onde é que o animal andou na vida dele,
12:23porque a propriedade andou.
12:25E aí, você fica com a arrastabilidade completa.
12:28Completa.
12:28Então, para fazer...
12:29Mas aí, o desafio do Pará é que a gente fala o Pará.
12:32O Pará tem o tamanho do rebanho bovino da Austrália.
12:36A gente até fez um piloto ajudando o governo do Pará a ter o parametrização
12:42para que saísse, quando saiu do decreto do governador do Helder,
12:47tornando obrigatória a questão da arrastabilidade.
12:49Uma é mais piloto, agora é uma legislação.
12:52Então, nós doamos diretamente, JBS, um milhão de tags.
13:00E junto, no projeto que nós temos com a TNC, nós doamos mais dois milhões.
13:05Ainda há pouco você comentava também, a gente tem aí com insegurança alimentar média,
13:11alta ou grave.
13:12Lembrando que grave, a gente está falando de fome em si.
13:15A gente está falando de um bilhão e trezentas milhões de pessoas, é por aí?
13:19Dois bilhões e trezentas que têm moderada ou severa insegurança alimentar no mundo.
13:25Quer dizer, e você tem isso hoje.
13:28E você tem uma população que cresce.
13:30Então, a segurança alimentar, ela tem que estar no centro da discussão.
13:35Quando a gente está falando em transformação climática,
13:38nós temos que ter a segurança alimentar no centro.
13:40Porque nós temos que construir um sistema mais resiliente, mais produtivo,
13:48para que ele permita alimentar essa população crescente,
13:52seja mais acessível, reduza o custo, por isso tem que aumentar a produtividade,
13:57para reduzir o custo, para estar mais acessível.
14:00E, hoje, 30% do que é produto de alimento no mundo,
14:06ele vem dos pequenos produtores.
14:09E, aí, quando você olha a questão da pobreza,
14:1468% dos pobres trabalham na agricultura.
14:19Então, você vê quanto importante é você fazer a transformação,
14:25colocar o pequeno produtor no centro da agenda.
14:28Por isso que, no B20, nós estávamos com um time de pessoas do mundo inteiro participando,
14:33foi uma participação, grandes empresas tiveram presente,
14:35deram a sua contribuição, grandes associações, academia.
14:39E a proposta que a gente foi lá é assim, nós temos que levar as tecnologias para o pequeno produtor,
14:47para ele poder fazer a transformação.
14:49Ele tem que usar a tecnologia.
14:50Nós temos que levar assistência técnica para ele.
14:53Nós temos que levar condições para que ele possa fazer um investimento mínimo para fazer a transformação.
14:59E temos que organizar alguma coisa para que tenha um seguro,
15:01porque o cara que faz o investimento e só depende daquilo,
15:05se vem um problema climático, ele perde tudo.
15:09Então, é um conjunto de coisas e a gente colocou lá propostas concretas,
15:14para que a gente possa fazer essa...
15:16Como é que a gente financia para que a gente possa fazer essa transformação?
15:19Então, o pequeno produtor, para mim,
15:22foco nele, ajudar ele a aumentar a produtividade,
15:26a ter resiliência nos sistemas agrícolas dele é fundamental
15:32para que a gente combata a fome, para que a gente produza mais.
15:36O que você vê de oportunidade?
15:38A gente teve G20, você teve um papel bastante forte,
15:41agora tendo os BRICS, e aí depois, então, ao final do ano, a gente tem COP30.
15:46O que você vê de oportunidade aí na COP30 para a gente conseguir avançar?
15:50Nós temos trabalhado, exatamente, agora começamos o trabalho,
15:55montamos a equipe, que também é uma equipe multinacionalidade,
16:02para que a gente possa levar uma proposta,
16:05que não seja a proposta só do Brasil, para o SB COP,
16:08porque ela tem que ser validada.
16:12Então, eu acho que o grande desafio,
16:15diferente do que nós tivemos no B20, que foi para o G20,
16:22agora é nós levar exemplos práticos,
16:24que podem ser escalados, porque lá a gente falou muito mais conceitual,
16:29temos que arrumar financiamento, temos que fazer chegar tecnologia,
16:34assistência técnica.
16:36Mas agora, como é que se faz isso?
16:39Porque senão a gente fica só teorizando,
16:42e na prática as coisas não acontecem.
16:43Então, eu acho que o desafio do SB20,
16:47do Sustendo Business, COP30,
16:51agora, não, 30,
16:52é nós conseguirmos levar exemplos de o que pode ser adotado pelo país e escalar.
17:00E nós temos coisas maravilhosas,
17:03no Brasil e fora do Brasil.
17:05Acho que nós aqui,
17:06o setor,
17:07o agrobismo está se organizando,
17:10porque é a oportunidade que nós temos de mostrar o que o Brasil faz
17:14e não ficar apenas com essa,
17:16uma imagem distorcida,
17:18da questão do desmatamento.
17:20Porque o produtor,
17:22o produtor que faz as coisas direito,
17:25ele não desmata,
17:26ele sabe que ser sustentável
17:28é muito mais econômico.
17:29Porque adotar prástica sustentável,
17:31aquilo que eu citei antes da empresa,
17:35é a mesma coisa para o produtor.
17:37Produzir de maneira sustentável é muito mais eficiente.
17:41E o Brasil tem exemplos extraordinários.
17:44Nós conseguimos, numa mesma área,
17:46fazer três safras.
17:49Tem agricultores,
17:51tem produtores que hoje,
17:53utilizando a agricultura regenerativa,
17:56utilizando uma...
18:00Integração lavoura-floresta-cultura.
18:02Lavoura-pecuária,
18:03utilizando uma questão de adubação orgânica,
18:09eles conseguem reduzir enormemente
18:12o uso de fertilizantes químicos,
18:18reduz o uso de defensivos
18:20e conseguem ter excelentes índices de produtividade.
18:23E a outra coisa que é importante,
18:26não dá para dissociar,
18:28fazer o cálculo único
18:30das emissões do bovino.
18:34Você tem que olhar o sistema.
18:36Não é...
18:36Porque o bovino se alimenta de quê?
18:39Se alimenta de carbono.
18:41Então, você tem que fazer o balanço do carbono
18:44que se alimentou,
18:46que ele produziu músculo,
18:47produziu carne,
18:48com o que ele emitiu de metano.
18:52Ah, o metano tem um poder de poluição muito maior,
18:57dura 20 anos,
18:58mas traz tudo isso a valor presente.
19:00Vamos fazer o cálculo financeiro aqui.
19:03Traz a valor presente,
19:04faz o que entra aqui.
19:05Agora, você vai ver que o bovino,
19:07ao invés de emitir,
19:09produzindo de uma maneira
19:10com práticas generativas,
19:11toda a agricultura,
19:12a produção do grão dele,
19:14a produção das pastagens,
19:16ele acaba capturando o carbono
19:20e não emitindo o carbono.
19:22Hoje, os protocolos,
19:24os sistemas de protocolos
19:27que estão por aí,
19:28eles desprezam,
19:30é um tema que pode ser meio forte,
19:33mas sim, desprezam, por exemplo,
19:34a agricultura tropical.
19:36Então, hoje, do jeito que a gente pratica
19:39a agricultura,
19:40não está sendo capturado
19:42por esse sistema de indicadores,
19:44protocolos que tem mundo afora,
19:46o real valor que isso tem ambiental.
19:48E você pegou um ponto
19:49que eu acho crucial.
19:52Nós, hoje, somos medidos
19:54pela agricultura,
19:56não o dado de uma agricultura tropical,
20:00de uma agricultura temperada.
20:02Então, na hora que você...
20:03Uma branquiária aqui
20:05tem três metros de raiz,
20:08fica estocando o carbono ali nas raízes.
20:11Não tem isso lá
20:12numa agricultura temperada.
20:14Então, eu citei um exemplo.
20:16Eu acho que nós temos que conseguir,
20:19junto à academia,
20:20construir institutos
20:21que possam definir padrões
20:23para a agricultura tropical,
20:26definir os padrões e medir.
20:28E aí, sermos avaliados
20:30como de fato nós somos.
20:32O mundo precisa de mais produção
20:33de alimentos.
20:35O lugar para produzir,
20:38o Brasil tem o protagonismo
20:40nessa questão para produzir.
20:41e eu olho assim,
20:44a capacidade de...
20:45Nós já estamos fazendo
20:46muita coisa super legal.
20:48Agora, olha o que nós temos
20:49para frente de oportunidade,
20:51Carlos.
20:51Vou te dar um dado.
20:53O SDA publicou
20:54que nos últimos 50 anos
20:56nos Estados Unidos
20:57foi reduzido
20:59o número em 5, 6%
21:02a área,
21:03o número de rebanho
21:05e aumentou em 25%
21:07a produção de carne.
21:10Aí, você olha no Brasil.
21:11No Brasil, nós temos
21:12um dado de 30 anos.
21:13A gente está falando
21:14dos Estados Unidos.
21:14É, falando dos Estados Unidos
21:15que eles aumentaram em 25%.
21:17Olhando aqui no Brasil,
21:20a BIEC publicou
21:21um relatório
21:22que diz que o Brasil
21:23aumentou nos últimos 30 anos
21:25105, 106%
21:27a produção
21:29e reduziu
21:31em 14%
21:32a área utilizada.
21:34Agora,
21:34vem o seguinte.
21:36Mas vou fazer
21:37uma comparação
21:38entre produtividade.
21:39Os Estados Unidos
21:40têm a metade
21:41do rebanho brasileiro
21:42e produz
21:43mais carne
21:44do que nós.
21:45Então, olha o espaço
21:46que nós temos ainda
21:47para avançar na questão.
21:49E o que é
21:50para avançar?
21:50É a genética,
21:52é o sistema
21:53de eficiência
21:55do sistema
21:55reprodutivo,
21:56é a questão
21:58da saúde
21:59dos animais,
22:00é a questão
22:02da nutrição,
22:04é a questão
22:05da gestão
22:05da produção
22:06da foragem,
22:08dos grãos
22:08da propriedade,
22:09é aplicar
22:10as tecnologias generativas
22:11que a gente tem.
22:13Esse processo
22:14todo
22:15que a gente tem
22:16permite
22:17que a gente possa
22:17crescer enormemente
22:18a produtividade.
22:19Então, agora,
22:20os top produtores
22:21brasileiros
22:22produzem mais
22:22que nos Estados Unidos.
22:24Então,
22:26sim,
22:26se a gente olhar
22:27as perspectivas
22:29dos protagonistas
22:29do Brasil,
22:30é extraordinário.
22:31Você acha que
22:32a percepção
22:32dos investidores
22:33com relação,
22:35vou falar aqui
22:35de maneira geral,
22:36a agropecuária
22:37brasileira
22:38é uma percepção
22:39positiva?
22:40Todos os investidores
22:41que a gente tem
22:42oportunidade de falar,
22:44e nós temos falado
22:45com o maior número
22:48possível,
22:49e você tem a oportunidade
22:50de explicar o que faz,
22:51eles conhecem
22:52perfeitamente.
22:53por isso que eu sou
22:55otimista
22:57com o COP30
22:58no Brasil,
22:59porque quando a gente
22:59consegue mostrar,
23:01eles entendem,
23:03e a percepção
23:03é diferente.
23:04Então,
23:05nós não temos
23:05os nossos investidores
23:07no problema
23:07de percepção.
23:08Eles sabem
23:09o que nós estamos
23:09fazendo,
23:10eles conhecem
23:10o que nós estamos
23:11fazendo,
23:12e eles apoiam
23:12o que nós estamos
23:13fazendo.
23:14Então,
23:14isso é uma
23:15grande demonstração
23:17de que quando você
23:17consegue mostrar,
23:19você tem o goodwill,
23:22vou assim chamar,
23:23tem o positivo.
23:24E eu acho que o Brasil
23:25tem essa oportunidade
23:26agora de mostrar
23:27de uma maneira
23:28massificada
23:30para um grande
23:31número de formadores
23:33de opiniões
23:33o que é o Brasil.
23:35Então,
23:35mas voltando
23:36a JBS,
23:37nós estamos
23:38no processo
23:38de listagem,
23:40e estamos,
23:41nossa expectativa
23:42é super positiva,
23:44a gente está avançando
23:46no processo,
23:47convocou a Assembleia,
23:48acabamos de convocar
23:50a Assembleia,
23:50os minoritários
23:52vão tomar a decisão
23:54porque o controlador
23:56não participa
23:57do processo decisório
23:58disso,
23:59e são 30 dias
24:02e esperamos
24:03que a gente esteja
24:04com a empresa listada,
24:05e aí,
24:06isso vai ampliar,
24:07vai criar uma nova fase
24:09para a JBS,
24:10ampliando acesso
24:12a um número
24:12muito maior
24:13de investidores,
24:15poder participar
24:16em índices
24:17que são investidores
24:19passivos,
24:19então assim,
24:20cria um novo mundo
24:21de oportunidades
24:22e a gente está
24:23reforçando
24:24a nossa agenda
24:25transformadora
24:26em termos
24:27de sustentabilidade,
24:30que nós queremos
24:30ser agente
24:31transformador,
24:33a empresa
24:34como um agente
24:35de transformar
24:36o sistema produtivo
24:38para que seja
24:39mais produtivo,
24:41mais produtivo,
24:43mais eficiente
24:44e que tenha
24:46com maior vitalidade
24:48econômica
24:49e maior resiliência.
24:50E assim,
24:51esse é o nosso papel,
24:52porque o nosso papel
24:53é alimentar o mundo,
24:55o mundo que precisa
24:56mais proteína,
24:58que cresce população,
25:00que tem uma tendência
25:01já de aumento
25:02do consumo de proteína,
25:04então nós estamos
25:04investindo em inovação,
25:06nós trabalhamos
25:07com universidades
25:08aqui no Brasil,
25:10nos Estados Unidos,
25:11como é desenvolver
25:12tecnologia
25:13para que a gente
25:14possa tornar
25:15ajudar
25:16a nossa cadeia
25:18de suprimentos,
25:19pequenos produtores,
25:20ser mais produtivos,
25:22ser mais eficientes.
25:26Então, assim,
25:27muito otimista
25:28com a possibilidade
25:30que nós temos
25:30para empresas,
25:32para os nossos investidores,
25:34para os nossos fornecedores,
25:36para a comunidade
25:36que nós estamos inseridos
25:37e para um planeta
25:39mais sustentável.
25:40Osório,
25:41muitíssimo obrigado
25:42pego essa frase
25:44de a empresa
25:46como agente transformador
25:47e agradeço muito
25:50por você estar aqui
25:50com a gente
25:51e fico muito feliz
25:52com esse otimismo,
25:53otimismo com o Brasil,
25:54otimismo com o setor
25:55e eu também
25:57compartilho com certeza
25:58tudo isso
25:59e certamente
26:01estaremos aí
26:01lado a lado
26:02discutindo
26:03o nosso Brasil,
26:04discutindo os setores.
26:05Obrigado.
26:06Obrigado, Carlo,
26:07e eu acho que
26:07o único jeito
26:08de a gente acelerar
26:10é trabalhar juntos.
26:11Obrigado.
26:13Obrigado.
26:13Obrigado.

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