O ex-presidente Fernando Collor deixou o presídio que estava em Maceió, Alagoas, para cumprir prisão domiciliar seguindo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O economista ficará em uma cobertura de 600m², avaliada em R$ 9 milhões.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos falar do ex-presidente Fernando Collor, que deixou o presídio em que estava preso em Maceió
00:06para cumprir prisão domiciliar após a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
00:11Vamos voltar lá para Brasília agora para conversar ao vivo com o André Anelli,
00:15porque a defesa alegou que a prisão poderia agravar ainda mais todos aqueles problemas de saúde
00:21que foram elencados.
00:22Até isso fez com que o ministro Alexandre de Moraes concedesse a prisão domiciliar ao ex-presidente.
00:31Anelli, boa tarde para você.
00:34É isso mesmo, Soraya. Muito boa tarde a você também e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:40A defesa do ex-presidente Fernando Collor alegou que ele toma atualmente nada menos do que 8 medicamentos por dia
00:47de forma controlada por conta de diversos problemas de saúde que ele possui.
00:53Há exemplo de mal de Parkinson, também privação crônica de sono e ainda transtorno bipolar.
00:59Por conta desses problemas de saúde, foi feito um pedido pela própria defesa
01:05para que Fernando Collor cumprisse a prisão, a qual ele já vinha cumprindo desde a última sexta-feira,
01:11em domicílio, ou seja, na casa dele.
01:13A partir de então, houve um parecer da Procuradoria-Geral da República, a PGR,
01:19e foram enviados também laudos médicos para a PGR.
01:22E a partir dessa documentação, a própria Procuradoria-Geral da República
01:27se manifestou favorável ao cumprimento da prisão em domicílio.
01:32A partir desse parecer e também das provas encaminhadas pela defesa,
01:36aí o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal,
01:40fez a conversão, fez então a permissão para que Fernando Collor pudesse cumprir essa prisão em casa.
01:48Ele já estava preso desde a última sexta-feira no presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira,
01:53em Maceió, capital de Alagoas.
01:55O presídio, inclusive, disse que tinha condições, sim,
01:59de fazer o tratamento e fazer o acompanhamento médico do ex-presidente no local,
02:04mas mesmo assim acabou prevalecendo o entendimento de que ele precisa ser melhor acompanhado de forma médica
02:12e esse acompanhamento seria em casa, mesmo com o ex-presidente tendo uma cela exclusiva para ele
02:18lá no presídio em Maceió, capital alagoana.
02:22Para encerrar, a gente relembra aqui todo o contexto da prisão de Collor.
02:26Ele é acusado de corrupção e também lavagem de dinheiro.
02:29Ele teria recebido pelo menos 20 milhões de reais em propina para beneficiar a UTC Engenharia,
02:36que inclusive é uma empreiteira que ganhou mais notoriedade ainda na época da operação Lava Jato.
02:43E o papel de Collor seria beneficiar, de certa forma, a UTC Engenharia
02:47para que ela, então, pudesse atender na construção de bases de distribuição de combustíveis pela BR Distribuidora.
02:56A partir de então, houve todo o andamento do processo.
02:59O Supremo Tribunal Federal acabou julgando, então, Fernando Collor como culpado
03:04pelo recebimento, então, dessa propina.
03:07Lavagem de dinheiro, corrupção.
03:09Foi decretada a prisão dele, só que agora convertida para domiciliar
03:13e ele vai poder sair de casa apenas com permissão judicial.
03:17Soraya.
03:19Obrigada, Nelly, pelas suas informações.
03:21A gente volta a conversar daqui a pouco.
03:23Agora a gente faz uma análise sobre essa situação do ex-presidente Fernando Collor,
03:28que ficou na prisão sete dias apenas.
03:32E aí, com as defesas ali pedindo para que ele pudesse cumprir a pena em prisão domiciliar.
03:41E, diga-se de passagem, não é uma casa qualquer, né, Nelly?
03:45Aliás, uma bela de uma casa de 600 metros quadrados.
03:51Aliás, prova no Brasil, Soraya, que se você tem dinheiro, você não vai para a cadeia de fato, né?
03:57Ainda mais quando acabaram com a possibilidade de prisão após o julgamento em segunda instância.
04:06Hoje, você só pode ir para a cadeia após o trânsito em julgado.
04:12Quem tem dinheiro consegue, né, um processo que começou na primeira instância, levar até o Supremo Tribunal Federal.
04:20E isso acaba demorando anos.
04:22E muitas vezes, se você é poderoso, chegando lá, você consegue alguns benefícios, como essa prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, né?
04:32Às vezes, nem isso.
04:33Agora, a pessoa que não tem essas condições, Soraya, está na prisão comum com o Parcos.
04:38Pois é, e ele foi condenado a oito anos e dez meses por corrupção, lavagem de dinheiro, como o Anely bem disse.
04:45E houve muito recurso da defesa para que o caso só viesse a ser cumprido só agora, né?
04:51Em 2025. Demorou bastante tempo, né, o Segret?
04:55Muito tempo e sempre fico me perguntando.
04:59Ele está preso agora por corrupção, num lavar jato seletivo.
05:04Algumas foram canceladas, algumas, curiosamente, não.
05:07Eu não consigo entender a diferença.
05:09Eu defendo que o Collor de Melo tem que ir junto com um monte de gente que está solta, teria que ir na cadeia.
05:14Mas não consigo entender até agora, judicialmente, eu não sou especialista na matéria,
05:20por que o Collor de Melo está preso e um monte de gente não está.
05:24Não consigo entender.
05:25De fato, se ele recebeu dinheiro, alguém pagou esse dinheiro.
05:29Então, por que não está junto também quem pagou?
05:32Quando a gente vai, Ricardo Pessoa, me parece que era o nome do delator da UTC,
05:38esteve um pouquinho o preço, foi sentenciado há menos tempo, sete anos.
05:42E esteve nada, obviamente, nada.
05:44Agora já está na empresa, está tranquilo, trabalhando, está de boa.
05:48E o caso do cálculo, se ele pegou 20 milhões e está obrigado a devolver 20 milhões, o crime compensa.
05:58Eu fiz a conta o outro dia, colocado em 2014, para promediar junho de 2014, até agora,
06:04esse valor colocado em um CDB, tranquilinho, sem muito risco, daria 43 milhões.
06:13Ele é obrigado a devolver 20, está na casa e fica com 23 milhões.
06:18Sinceramente, é uma conta que mais de um corrupto deve estar fazendo agora,
06:23dizendo, e se eu consigo esticar, chega no Supremo Tribunal Federal,
06:27depois dos 70, pego um remedinho, faço alguma coisa, como que tenho problema de saúde e vou em casa.
06:34E aí, com esses 20 milhões, compro uma casa boa, construo uma casa boa,
06:39que permita que eu continue dormindo na minha caminha, com os meus cachorrinhos,
06:44no meu jardincinho, na minha pizinha, de repente, pode até fazer algum vídeo,
06:49sugirindo algum filme.
06:51Que país!
06:53E aí, Piperno, como que você vê essa decisão do ministro?
06:56Vê algum significado político?
06:58E como que a gente pode alinhar e falar dos últimos anos, né?
07:03Da vida pública e política do Collor?
07:05Sobre isso que o Segredo falou, eu fico pensando em relação ao nível de contrariedade,
07:14talvez até de ódio e tal, que o Marcelo Debrecht deve ter provocado em algumas autoridades.
07:19Porque ele cumpriu lá, alguns anos aí, aliás, ele cumpriu a pena inteirinha.
07:25Porque ele cumpriu, depois ele ficou preso um bom tempo,
07:29aí ele tinha mais um período de prisão domiciliar, também acabou cumprindo.
07:33E de quebra ainda entrou em atrito, enfim, com a família, perdeu bens e tal.
07:39Então, por que será que ele pagou mais do que, por exemplo, o Collor de Melo,
07:43que agora vai, de fato, para um hotel cinco estrelas?
07:47O Collor vai morar numa mansão, né?
07:49Enfim, num casarão.
07:50Então, por exemplo, se alguém quiser fazer um churrasquinho para ele no final da tarde,
07:55levar lá uma cerveja, um uísque, coisa que ele gostava,
07:58vai poder fazer isso, apesar dos remédios que ele toma.
08:01Porque, você sabe que eu fiz uma conta aqui?
08:04O advogado falou que o Collor toma oito remédios.
08:08Segunda-feira eu tenho consulta lá com a Dócrina.
08:10Sério, não.
08:11Porque eu vou fazendo uma conta rápida aqui,
08:14eu tomo fixos, eu tomo sete.
08:17E, às vezes, tem alguma vitamina, alguma coisa a mais.
08:19Pronto, completou oito.
08:20Completo os oito.
08:22Então, ou seja, eu estou imaginando o seguinte...
08:25Não, não vai me cometer um crime.
08:27Então, se eu...
08:27Pelo amor de Deus.
08:28Não, mas se eu aprontasse alguma, você quer...
08:30Ela só...
08:31É muito...
08:32Você tem uma alma boa.
08:33Opa, é só levar a receita, por favor.
08:35Tem esse, isso, isso, isso, isso, isso, isso.
08:37Então...
08:38Não, não.
08:39Deixa eu ouvir o Zé.
08:39O crime não compensa, não, né, Zé?
08:43Pois é, no Brasil, às vezes, compensa.
08:45Essa história aí da economia do crime se popularizou,
08:48todo mundo está discutindo e tal, mas é real, né?
08:50Olha, Soraya, eu vou repetir com uma história que eu assisti.
08:56O José Genuíno, né, ex-presidente do PT, foi preso e o advogado foi ao Supremo, né,
09:02pedir a soltura dele porque ele estava deprimido.
09:05Aí, na resposta, está lá no despacho, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa,
09:10que era o relator do processo, escreveu com todas as letras.
09:13Mas prisão é isso mesmo, é lugar para ficar deprimido mesmo.
09:16É o local próprio, ele está no local próprio.
09:19Ele precisa parar para pensar no que ele fez.
09:22Esse caso do Collor de Mello parece aquela obra do Lima Barreto, pré-modernista, né?
09:26É o triste fim de Policarpo Quaresmo, que era um nacionalista exagerado e tal,
09:32e acabou condenado ao pelotão de fuzilamento.
09:35Nesse caso aí, a defesa da nacionalidade que o Collor fez foi exatamente o contrário,
09:43chamando os carros brasileiros de carroça, e eram grandes carroças,
09:46talvez alguns ainda sejam, né, eram carroças, e defendeu a importação,
09:52e ele teve um grande papel nesta, vamos dizer, introdução do Brasil no mercado internacional,
09:59porque ele, né, filho de uma família rica, ele tinha acesso, sempre teve acesso a viagens ao exterior,
10:07conhecia muito bem, então ele foi um grande impulsionador do Brasil para importar e exportar.
10:16Porque muita gente se preocupa muito com a exportação, mas a importação é importante
10:22porque importa também valores, tecnologia, né, e cultura, por que não, né?
10:27Então, Collor teve esse lado.
10:29Então, ele não é o Policarpo Quaresmo, mas está tendo um triste fim.
10:34É o sujeito que jogou fora um bilhete premiado, que foi a soltura dele no caso do impeachment, né?
10:41Ele sofreu o impeachment, mas não foi preso, porque não houve comprovação do chamado ato de ofício,
10:47ou seja, ele recebeu dinheiro, foi confirmado através do PC Farias,
10:53pagamento de mão de um carro, pagamento de cartão de crédito para, então, primeira-dama e tal.
10:59Mas não houve comprovação de que ele fez o tal ato de ofício.
11:04Hoje, ele seria condenado pelo mesmo Supremo Tribunal Federal, com, evidentemente, ministros diferentes.
11:11Então, é uma demonstração clara de que o crime, neste caso, compensa.
11:16Eu vou contar uma história aqui.
11:18O Fernandinho Beramar, ele prestou depoimento na CPI do Crime Organizado.
11:23Era presidente o Magno Malta, deputado federal.
11:27E aí, eu estava conversando com o deputado Magno Malta, na presidência da comissão, no gabinete,
11:31e entrou o Fernandinho.
11:33Aí, eu falei para o Magno Malta, o deputado, eu vou sair.
11:38Ele falou, não, fica aí.
11:39E aí, o Fernandinho Beramar ficou sentado numa cadeira, assim, algemado, com aquele braço,
11:44ainda com curativos, de que ele tomou um tiro, né?
11:48Estava no Paraguai, tomou um tiro e quase morreu.
11:53Mas, enfim, e ele estava lá, tranquilo, balançando a perna, batucando com os dedos no joelho.
11:59E aí, entrava um deputado, olhava, entrava outro deputado.
12:02Aí, o Fernandinho Beramar, na minha frente, assim, disse assim,
12:05é, eu errei, eu devia ter vindo aqui para o Congresso Nacional.
12:11Tá aí, esse pessoal aí rouba muito mais do que eu.
12:14Estou lá na prisão, arriscado a morrer, jurado de morte na prisão, tenho que pagar a segurança.
12:21Estou aqui com esse braço desse jeito, com aqueles ferros e tal.
12:25E esses aí roubam mais...
12:26Fernandinho Beramar, eu ouvi isso, roubam mais do que eu, estão aí livres e de gravata.
12:32Eu fiquei, assim, pensativo sobre aquela frase do Fernandinho Beramar,
12:37e ali eu vi que o crime era uma profissão, e que o Fernandinho Beramar escolheu o crime
12:41como quem escolhe uma profissão, ser diretor de uma empresa, por exemplo.
12:46É essa a, vamos dizer, a base da tese da teoria do crime?
12:53É fantástico isso, é uma realidade, né?
12:55É, vamos dizer, a base da tese da tese da tese da tese da tese da tese da tese.