O ex-presidente Fernando Collor cumprirá pena em cela individual em um presídio de Alagoas, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa insiste na conversão para prisão domiciliar, alegando questões de saúde. O julgamento sobre o pedido foi suspenso após um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes e será retomado futuramente no plenário do STF. Collor foi condenado a mais de 8 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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NotíciasTranscrição
00:00O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal determinou que o ex-presidente Fernando Collor de Mello
00:05cumpra a pena em uma cela individual da ala especial do presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira em Maceió.
00:12Vamos então com a Janaína Camilo que vai trazer as informações sobre essa decisão e os próximos passos que envolvem esse processo.
00:19Conta pra gente Jana, seja muito bem-vinda.
00:24Boa tarde Evandro, boa tarde a todos.
00:26Pois é, e foi marcado um julgamento hoje pra referendar essa decisão do ministro Alexandre de Moraes, né?
00:31Um julgamento que foi marcado a partir das 11 da manhã até a meia-noite de hoje, porque é uma decisão monocrática do ministro,
00:39então o restante do plenário precisa ali fazer referendar.
00:42Então o que é que aconteceu hoje de manhã assim que essa sessão foi aberta?
00:45Já foi aberta com os votos do relator, do ministro Moraes ali, né?
00:50Rejeitando o último recurso desse processo de Collor do ex-presidente Collor pela prisão dele.
00:57E também foi seguido logo depois ali pelo ministro Flávio Dino.
01:00E aí veio o voto do ministro Gilmar Mendes pedindo o destaque desse julgamento.
01:06Quando o ministro pede destaque ali num julgamento no plenário virtual,
01:09é porque ele tá querendo que esse julgamento seja levado a plenário físico.
01:12E aí os ministros podem ali discutir, argumentar os seus votos, né?
01:17Só que, Evandro, essa sessão de hoje, ela continua.
01:21Ela não fica sendo suspensa e mesmo com o destaque ali do ministro,
01:24isso também não suspende ali a prisão do ex-presidente.
01:27Então essa sessão ela segue até a meia-noite, exatamente às 23 horas e 59 minutos.
01:33E aí os ministros, eles podem ir antecipando os seus votos.
01:36Foi o que aconteceu.
01:37Quem já antecipou os seus votos foram os ministros Luiz Roberto Barroso e Edson Fachin,
01:43acompanhando o relator.
01:45O ministro Cristiano Zanin já se declarou impedido de votar,
01:49assim como ele tem feito em todos os outros processos envolvendo Lava Jato no STF,
01:54porque ele atuou como advogado, né?
01:56Com relação aos processos na Lava Jato.
01:59Então ele se declarou impedido.
02:01Mas o que fica valendo mesmo é o resultado do julgamento que vai ser marcado no plenário físico.
02:08Na semana que vem não tem sessão no STF, porque tem feriado.
02:12O presidente Barroso é quem marca esse julgamento no plenário físico,
02:16a pedido ali do ministro Gilmar Mendes.
02:18Nesse caso, o ministro Barroso está em viagem internacional, né?
02:21Porque ele acompanha o presidente Lula em Roma.
02:24Então não tem nenhuma data específica,
02:26nenhuma previsão de data para quando isso, esse julgamento, deve acontecer.
02:31Evandro, então, só para entender um pouquinho,
02:34essa decisão do ministro Alexandre de Moraes foi rejeitando o último recurso
02:39nesse processo, nessa ação penal de Fernando Collor no STF.
02:43São os chamados embargos infringentes.
02:44O STF já havia rejeitado todos os últimos recursos.
02:48Inclusive, essa decisão do ministro Gilmar Mendes pedindo destaque não é uma surpresa,
02:52porque em todos os outros recursos de Collor, ele votou deferindo esses recursos.
02:58Não só ele viu, no último recurso que foi julgado,
03:01o ministro Gilmar Mendes, Cássio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli
03:05votaram ali deferindo o recurso de Fernando Collor de Mello.
03:10Essa ação penal a qual ele responde, ele foi condenado em 2023
03:15a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
03:21E aí, nos recursos, Evandro, a defesa pedia ali um ajuste na dosimetria da pena,
03:27porque a defesa dizia que não foi levada em conta, no caso do crime de corrupção passiva,
03:32que ficou definido em 4 anos e 4 meses de prisão,
03:35não foi levada em conta votos de outros ministros que tinham pedido penas menores para esse crime.
03:42Porque no caso do crime de corrupção passiva, se fica menor de 4 anos,
03:46aí o ex-presidente poderia começar a cumprir esse regime em regime semiaberto.
03:54Não precisaria ser inicialmente em regime fechado.
03:56Então, essa era a tentativa da defesa de Collor.
04:00De qualquer forma, os advogados do ex-presidente já pediram que ele seja levado à prisão domiciliar.
04:07Ele já foi levado ali para o presídio, em Alagoas,
04:10mas os advogados estão esperando essa definição do ministro Alexandre de Moraes.
04:14É o ministro Moraes quem vai decidir.
04:16O ministro Moraes vai esperar aí uma manifestação do presídio
04:20para saber se pode atender o ex-presidente ali,
04:23se há condições físicas para atendê-lo,
04:26porque ele tem mais de 70 anos de idade, né?
04:29A prisão domiciliar, ela serve para alguns casos,
04:33como, por exemplo, para quem tem mais, tem a partir de 70 anos de idade.
04:36O presidente Collor tem 75, o ex-presidente tem 75 anos de idade.
04:40Além disso, o Moraes também já pediu ali que o presídio,
04:46que já pediu, na verdade, uma manifestação para o Procurador-Geral da República
04:49com relação a esse caso.
04:51Evandro, a gente vai ouvir um trechinho, um trecho da audiência de custódia
04:55que aconteceu hoje ainda, lá em Alagoas, com o ex-presidente.
05:00A gente vai ouvir agora.
05:02O senhor possui filhos menores de idade?
05:06Sim, menores de idade.
05:0818 anos é menor?
05:10Não, não, aí já é maior de idade.
05:12Algum menor de 18 anos ou com alguma condição especial?
05:16Não, não.
05:21Pois é, esse trecho aí acabou chamando a atenção, né, Evandro?
05:24Porque ele pergunta ali se 18 anos seria menor de idade.
05:28A gente separou um outro trecho também,
05:30onde o advogado faz esse pedido sobre a prisão domiciliar.
05:33A gente vai ouvir agora.
05:34Excelência, só para contribuir, talvez, enfim,
05:38para contribuir com a decisão do Excelência,
05:40me foi informado agora há pouco pela defesa do senhor Fernando Collor em Brasília,
05:47que acabou de ser protocolado nos autos um pedido de prisão domiciliar
05:52e consta nesse pedido instruído por um atestado médico de um neurologista.
05:57Então, a petição já está nos autos.
06:01É apenas para informar a Vossa Excelência.
06:04Muito obrigado.
06:04Em relação a esse pedido, eu não tenho delegação para decidi-lo, né?
06:13Sua Excelência, o ministro relator é quem vai decidir.
06:16A minha delegação é restrita a essa audiência de custódia.
06:19Pois é, é uma decisão, né?
06:25Realmente, ali, do ministro relator, Alexandre de Moraes,
06:28e agora é aguardar, né, Evandro, esses posicionamentos,
06:32tanto do presídio como da Procuradoria-Geral da República,
06:35com relação a esse pedido da prisão domiciliar,
06:37e aí, depois, o ministro Alexandre de Moraes dá aí a sua decisão.
06:41Com você.
06:42Muito obrigado pelas informações, Janaína Camelo.
06:44Um ótimo trabalho para você.
06:45Gustavo Segre, a defesa de Fernando Collor de Mello,
06:48alega que ele tem síndrome de Parkinson,
06:51que tem transtorno bipolar e também apneia do sono grave,
06:54e por isso pede a prisão domiciliar.
06:56O ministro Alexandre de Moraes já solicitou à Procuradoria-Geral da República
07:00que se manifeste sobre esse pedido.
07:02Por enquanto, determina que o presídio para o qual Fernando Collor vai em Maceió
07:07também traga informações se teria um corpo médico à disposição
07:11para ajudar ou para socorrer o ex-presidente, caso seja necessário.
07:16Ou seja, garantindo, de alguma maneira, que ele fique preso.
07:20Como é que você avalia essa decisão do ministro Alexandre de Moraes?
07:23Evandro, antes, eu gostaria de fazer rapidamente
07:25um raconto de tudo o que está acontecendo nessa situação.
07:29Um dia depois que um oficiado de justiça vai e intima o presidente Bolsonaro no hospital,
07:33contrariando o artículo 244 do Código Civil,
07:37nós vemos que aparece essa determinação de prisão para Fernando Collor de Melo.
07:43Eu defendo que todo corrupto tem que ir na cadeia,
07:45não importa de que partido é, não sei se de esquerda, direita, horizontal, vertical ou central.
07:50Não interessa. Tem que ir na cadeia.
07:52Mas quando a gente avalia esse processo, vem da Lava Jato.
07:55Lava Jato que foi, inclusive, julgada pelo Sérgio Moro.
08:00Sim, é o esquema de corrupção na BR Distribuidora,
08:02no caso do ex-presidente Collor.
08:03E aí eu estou confuso, porque se o Sérgio Moro era suspeito para algumas questões,
08:09por que para essa não?
08:10E aí eu fico pensando, oh, no Fernando Collor de Melo,
08:13eu ia dizer, pô, teria sido melhor se eu roubasse mais,
08:16porque se fosse o Cabral, estaria na cobertura fazendo videozinhos para redes sociais,
08:21em lugar de agora estar preso.
08:23Mas você acha que a decisão é errada, então, no caso dele?
08:25Eu não sei. Eu não sei. Judicamente, eu não sei.
08:28Mas em termos de corrupção, porque ele foi condenado por corrupção,
08:30houve a descoberta do esquema. De que maneira que você acha que o caso dele diverge de outros corruptos do país?
08:35Não, não, tem que ir preso.
08:35Mas tem que ir preso ele e todos os montes de todo mundo estão presos.
08:39Ele tem que ir preso, claro que tem.
08:41Agora, quem foi que delatou ele?
08:42Se chama Ricardo Pessoa, um diretor da UTC,
08:46que esteve preso com um regime muito particular.
08:48Já está na casa dele, está curtindo,
08:51já não está sequer em prisão domiciliar.
08:53Já voltou na empresa e está encarregado das regras de conduta da empresa.
08:57Brasil é um país maravilhoso, muito confuso em muitas coisas,
09:02mas não entendo por que que se Sérgio Moro era parcial,
09:05por exemplo, para o ex-presidente, não é parcial para outros.
09:08Por que que se a Lava Jato está tendo um monte de denúncias e delações anuladas,
09:13outras delações não estão anuladas.
09:15Inclusive, o próprio Alexandre Moraes pegou para o STF
09:18processos da Lava Jato que involucra a Giverto Kassab,
09:21justamente no momento que Kassab anunciou que apoiaria a amnistia.
09:25Sinceramente, a questão jurídica está muito difícil de entender.
09:30É difícil para entender, Felipe Monteiro?
09:32É difícil para entender, sim.
09:34Eu te falo por quê.
09:35Pela primeira vez estou vendo o STF tomar uma atitude
09:37de prender um ex-presidente da República,
09:39uma pessoa tendo recurso ainda em andamento.
09:43É bom lembrar, por exemplo, que a regra do Supremo Tribunal Federal
09:46sempre foi esperar o trânsito julgado da sentença condenatória
09:51para poder iniciar o cumprimento da pena.
09:54Então, pela primeira vez, assim, eu estou vendo o STF
09:57numa decisão monocrática do Alexandre de Moraes,
09:59ou seja, sem a decisão do pleno do STF
10:02resolver individualmente prender alguém.
10:06Então, essa insegurança jurídica
10:07que não dá para aceitar em relação ao Supremo Tribunal Federal.
10:11E o assunto agora está indo para o pleno
10:13e o pleno vai referendar a decisão monocrática do Alexandre de Moraes.
10:17A gente tem que acabar no Brasil e no STF
10:20com essas questões todas envolvendo a decisão monocrática.
10:22A regra tem que ser, no meu modo de ver, decisão do pleno.
10:27Ainda mais quando o assunto é restrição da liberdade,
10:31prisão de alguém.
10:32Não dá para um juiz decidir monocraticamente a situação.
10:35Então, esse é o primeiro aspecto que eu coloco aqui.
10:37Em relação ao que o Segreda colocou,
10:38eu discordo do Segreda pelo seguinte, não é?
10:40É bom lembrar que o Moro foi considerado juiz imparcial da Lava Jato
10:44por conta da questão do Lula.
10:47Juiz parcial.
10:48É, claro. Juiz parcial por conta da questão do Lula.
10:50E ele julgou o Lula, condenou o Lula
10:54e depois virou ministro do governo Bolsonaro.
10:57Ou seja, vários erros da Lava Jato
11:00apontavam que o Moro era parcial.
11:03Eu não vou nem falar,
11:04eu não vou nem fazer juízo de valor sobre esta decisão do STF
11:07estar correta ou não.
11:08Mas o fato é que são questões completamente diferentes
11:10relacionadas à questão do Collor.
11:12Ô, Alangani, o Segreda mencionou que,
11:14no dia anterior, uma oficial de justiça
11:16foi até o leito de UTI lá de Jair Bolsonaro
11:19para entregar também um documento
11:21para que ele assine de uma ação
11:22no próprio Supremo Tribunal Federal.
11:24Você acha que é um recado do que pode acontecer
11:26também com o ex-presidente Jair Bolsonaro,
11:28essa história envolvendo o Fernando Collor de Mello?
11:31Olha, infelizmente sim.
11:33E até porque, Evandro, a gente percebe
11:35dois pês, duas medidas por parte do Poder Judiciário.
11:39Quando se trata de políticos identificados
11:42com determinado perfil ideológico,
11:45aí tem todo o rigor da lei.
11:48Mas, como o Segreda bem colocou aqui,
11:51a gente observou casos da Lava Jato
11:53sendo absolutamente anulados.
11:56E aí, OPP, até de questões de agora,
12:00os acordos de leniência,
12:02ou seja, a própria pessoa foi lá,
12:06a própria empresa fez a colaboração,
12:08completamente anulados.
12:10E isso virou até notícia internacional,
12:13chamando a atenção do mundo.
12:14Então, nem estou pegando o caso do presidente,
12:18nada disso.
12:18A gente está falando ali de outros políticos,
12:21de outros executivos,
12:24e que confessaram.
12:26Quer dizer, a corrupção existiu,
12:28mas daí, de repente, na canetada,
12:30e aí concordo contigo, OPP,
12:32de novo, numa decisão monocrática
12:34de um ministro do Supremo,
12:36toda aquela corrupção foi anulada.
12:39Então, o que chama a atenção
12:40é esses dois pesos, duas medidas.
12:43Para determinados políticos,
12:45todo o rigor e excessos da lei.
12:47para outros políticos,
12:49todas as benesses da lei.
12:52Zé Maria Trindade,
12:53teve uma situação que nos chamou a atenção
12:54e que nós trouxemos ali
12:55na participação da Janaína Camelo,
12:57que é o fato de o ex-presidente
12:59perguntar se 18 anos
13:00também entraria na categoria
13:02de menores de idade.
13:03Ou ele está tentando se agarrar
13:05a qualquer situação
13:06que impeça que ele vá para uma cadeia,
13:08que ele vá para uma prisão
13:09em regime fechado,
13:10ou, de fato, alguma situação
13:11de confusão está acontecendo ali.
13:14Como é que você avalia?
13:14Ele sabe,
13:17essa audiência de custódia,
13:19ela é importante para definir
13:21como foi a prisão,
13:23se ele foi maltratado,
13:25se ele está sendo respeitado na prisão,
13:29porque ele já está preso.
13:32E existem algumas condições,
13:35por exemplo,
13:35se ele é arrimo de família,
13:38se ao ser preso
13:39ele não deixou alguém abandonado,
13:41por exemplo.
13:41Não significa que ele vai ser solto,
13:44mas que é possível
13:46que a justiça
13:46determine uma guarida
13:48para um filho
13:49que, por acaso,
13:50o pai é preso
13:51e o filho está sozinho
13:53em casa, por exemplo.
13:54E o Collor tem um filho ali
13:56com 18 anos
13:57e é bem no limite.
14:00Mas é bom que todos saibam
14:02que no dia do aniversário,
14:04fez 18 anos,
14:05já passou a ser maior de idade.
14:08Isso é um caso muito específico,
14:11como você disse,
14:12não se trata do processo de impeachment,
14:14mas o domínio político
14:16que o Collor tinha
14:16na área de distribuição
14:18de combustíveis
14:19e ele ia receber
14:20uma propina
14:20de 20 milhões de reais.
14:23O Collor,
14:24na época do início
14:25desse processo,
14:26teve alguns carros,
14:27uns brinquedinhos
14:27muito interessantes, né?
14:30Lamborghinis,
14:31Ferraris,
14:32aprendidos,
14:33e foi um desfile
14:34de carros
14:35exatamente
14:37para garantir
14:38a devolução
14:39desses 20 milhões
14:40de reais.
14:41Collor de Mello,
14:42depois do impeachment,
14:43chegou a ser
14:44senador
14:45e continuou
14:46com poderes ali
14:47em Alagoas.
14:47Perdeu agora
14:48esse poder.
14:49Mas
14:50essa prisão
14:51é vista
14:52como uma prisão justa.
14:54Agora há pouco
14:55me mandou aqui
14:55uma mensagem
14:56o líder da oposição
14:58na Câmara,
14:59o Zucco,
14:59o deputado Zucco,
15:00que é o presidente
15:01da Comissão
15:02de Segurança
15:04da Câmara,
15:05dizendo que
15:06a prisão do Collor
15:07é necessária
15:08e que obedece
15:09a todos os processos
15:11que foram feitos,
15:12ou seja,
15:13foi respeitado.
15:14E aí ele exige
15:15que o ex-presidente
15:16Jair Bolsonaro
15:17tenha o mesmo tratamento.
15:19Ele faz,
15:20o líder da oposição
15:21faz essa comparação
15:22e diz que vai ficar
15:23vigilante
15:24e avaliar
15:25passo a passo
15:26do que vai acontecer
15:27com Bolsonaro.
15:29Isso aí
15:29é a fotografia
15:30do que todos
15:31dizem por aqui,
15:32de que se trata
15:33de um alerta
15:34para o ex-presidente
15:35Jair Bolsonaro.
15:37É o terceiro
15:38ex-presidente
15:39da República
15:39a ser preso.
15:40Eu uma vez
15:41conversei com
15:42Michel Temer,
15:43Michel Temer
15:44disse que não foi preso,
15:45que ele foi sequestrado.
15:47Agora, Felipe Monteiro,
15:49você acha que abre
15:49um precedente também
15:50no caso de Jair Bolsonaro?
15:52Certamente, sim.
15:53E abre precedente
15:53pelo seguinte,
15:54o tribunal,
15:55o STF
15:56mostrou claramente
15:57que não vai aceitar
15:57recursos considerados
15:59por eles
15:59protelatórios.
16:01Ou seja,
16:01provavelmente assim
16:02que o STF
16:04decidir,
16:04a primeira turma
16:05do STF
16:06decidir
16:07pela possível
16:07condenação
16:08do Jair Bolsonaro,
16:10caso a defesa
16:10queira recorrer
16:12da decisão,
16:13vai recorrer,
16:14mas vai recorrer
16:15provavelmente
16:15com o Bolsonaro
16:16preso.
16:16Agora, Gani,
16:17a gente está falando
16:17muito sobre a necessidade
16:19de se ter uma sessão
16:20que ainda vai ser marcada
16:22e que leve
16:23para o plenário
16:24a decisão
16:24do ministro
16:25Alexandre de Moraes
16:26ou a continuidade
16:27na análise
16:27sobre o processo
16:28de Fernando Collor de Melo.
16:30Como é que você avalia
16:31a maneira como as decisões
16:33monocráticas são conduzidas
16:34pelo Supremo Tribunal Federal
16:36envolvendo autoridades
16:37assim como
16:38ex-presidentes?
16:39Neste caso,
16:40agora,
16:41Fernando Collor de Melo.
16:42Evandro,
16:43eu vou citar aqui
16:44a excelente reportagem
16:46da respeitada revista
16:47The Economist
16:48que chamou atenção
16:49para esse fato.
16:50Ou seja,
16:51o Brasil
16:51virou notícia internacional.
16:55A revista
16:55questiona
16:56o excesso
16:57de poderes
16:58por parte dos ministros
16:59do Supremo
17:00que decidem
17:01o rumo do país,
17:02que decidem
17:03o rumo da liberdade
17:04de uma pessoa
17:05com decisões
17:06monocráticas.
17:07Quer dizer,
17:08o bom senso,
17:09o entendimento jurídico
17:10diz que quando se trata
17:12de julgamentos
17:13de presidentes
17:14ou ex-presidentes
17:15da República,
17:16precisa passar
17:17pelo pleno.
17:19Isso é o razoável,
17:21isso é o que diz
17:22o bom senso.
17:23Não é possível
17:23que apenas um ministro
17:25decida monocraticamente
17:27questões
17:28que envolvem
17:30muitas vezes
17:32questões
17:32absolutamente
17:33complexas.
17:35Seja de escândalos
17:36de corrupção,
17:37seja de anulação
17:38de provas,
17:39seja de supostos crimes
17:41cometidos
17:42por presidentes.
17:44Então,
17:44é muita concentração
17:46de poder
17:46na mão de uma pessoa.
17:48Precisa ser julgado
17:49pelo Supremo
17:50como um todo
17:51e não por um ministro
17:52apenas.
17:53Fala, Sagré.
17:54Eu estava vendo,
17:54são oito em total
17:55os ex-presidentes
17:56que foram presos.
17:57Três nos últimos anos,
17:59mas Arthur Bernardes
18:00foi preso,
18:01Washington Luiz
18:02foi preso,
18:02José Lino Kubitschek
18:03foi preso,
18:04Hermes da Fonseca
18:05também.
18:06Já foram vários
18:06os ex-presidentes
18:07por diversos motivos,
18:08claro,
18:09que foram presos.
18:10Nesse caso agora,
18:11por corrupção,
18:12três.
18:12O ex-presidente
18:13Michel Temer,
18:14Fernando Collor de Melho
18:15e na época
18:16o atual presidente Lula.
18:18Mas seria muito importante
18:20que essa celeridade
18:21que agora está aparecendo
18:23seja em todos os casos
18:24e a possibilidade
18:26de recursar
18:27é uma questão permitida.
18:28Quando Cristiano
18:29Sanin era advogado
18:30do presidente Lula,
18:31colocaram mais de
18:32cem recursos.
18:33Então por que
18:34que alguns podem
18:35e não tem problema
18:36e vão mantendo
18:37e outros não
18:37e não aceitam mais recursos?
18:39Está ficando muito claro
18:40que tem duas visões
18:41diferentes para questões
18:43jurídicas.
18:44E eu lembro muito
18:45de Domingo Perón,
18:46Juan Domingo Perón,
18:47um fascista da Argentina,
18:49foi um desastre
18:50e a partir de aí
18:51catome a Argentina.
18:52E ele tinha uma frase
18:52que falava assim,
18:53para os amigos tudo
18:54e para os inimigos
18:55nem a justiça.
18:57E perigoso isso.