Tudo começa em 1785, com a chegada da pequena infanta espanhola Dona Carlota Joaquina de Bourbon a Portugal para casar-se com D. João VI, que à época atendia por Infante Dom João de Bragança. Já em 1808, após muita indecisão, D. João VI resolve transferir a corte para o Brasil, para fugir dos ataques e do poderio bélico de Napoleão Bonaparte. Em paralelo à história dos monarcas, se desenvolve o romance da donzela Manoela com Francisco Gomes, o Chalaça - um dos melhores amigos de Dom Pedro de Bragança.
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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30Ainda não entendestes que só me sinto ameaçada pelos que amo?
00:43Induzido pelo pérfido Miguel, Dom Pedro enfiou de vez o pé na jaca.
00:48E um príncipe bêbado dá um trabalho.
00:51Oi! Apresento o Esmeralda.
00:55Não, Antônia!
00:56Não tem cerveja? Então o Esmeralda tem que estar por aqui.
01:00Que Esmeralda? Que Esmeralda? Nada!
01:03Levanta! Levanta a trabalhar com um sujeito qualquer!
01:06Mas a única coisa que funcionou pra dar juízo ao príncipe
01:10foi o nascimento de seu primeiro filho homem.
01:15Ainda terás muito orgulho de mim, filho.
01:20Juro, tio.
01:21Faz estoura a revolta da armada.
01:24As tropas portuguesas exigem que Dom Pedro seja enviado a Lisboa
01:28para submeter-se ao poder das cortes.
01:31E enquanto campeia a revolução,
01:33Francisco Gomes não sabe que tem um encontro marcado com seu destino.
01:39Não lasco!
01:58Vem!
01:59Sobe no cavalo!
02:01Queres o quê?
02:01Que me case contigo pra subir nesse cavalo?
02:03Não lasco!
02:03Não lasco!
02:03Não lasco!
02:03Não lasco!
02:03Não lasco!
02:03Não lasco!
02:09Virou o infernão!
02:16O mal-educado nem quis saber de minhas pequenas joias.
02:19Ah, apresento-vos minhas filhas.
02:22A senhora esquece que não sou tão mais velha do que elas.
02:25Brincamos muito quando meninas.
02:27Eu, Lá, Lelé e Lili.
02:29Ah, bem-vindos.
02:30Os manos tão lindos vão ser trocados.
02:32Maria Laura, Maria Emília e Maria Lila.
02:38Ah!
02:38Ah!
02:39Que estupidez, mamãe!
02:41Ah, essa gente tá cada vez mais grosseira.
02:43Também com o rei que se suja todo quando come.
02:46Uma rainha devassa.
02:52Malasco!
02:53Malasco!
02:55Malasco!
03:01Malasco!
03:02Malasco, preciso de sua ajuda.
03:04Vem de todos os santos.
03:05Dizem que tua cabeça está a pé.
03:07É honra demais para um pobre plebeu.
03:08Isso até o pescoço de Dom Pedro querem cortar.
03:10Essa gente também exagera.
03:12As cortes querem prender ele em um navio para mandar lá a Lisboa.
03:14Depois afundam o navio com o príncipe em todo.
03:17Pensava que não.
03:19Mas com o tom exaltado desses militares, começa a temer.
03:21E aí, quem vai.
03:26E aí, quem vai.
03:29Mas que nem vai.
03:32E aí, quem vai.
03:35Há muito mais soldados portugueses do que imaginava.
03:57Mas eles podem mandar no rei?
03:58Ninguém pode mandar no rei, a não ser quem tem os canhões.
04:02Eles os têm, raios.
04:03É um golpe de estado, mas pode querer tudo comandar.
04:07Nossa única chance é o general Moraes.
04:09Que a essa altura deve estar por aí, caída de bêbado.
04:12Isso é o que tem a mão, o general só tem atividade se consegue ficar só o seu cavalo.
04:15Mas mesmo assim, não lasco.
04:17Procurem tudo que é canto.
04:19Bate todos os lugares, é a única chance que dão pé do céu, o arrastam pra dentro daquele navio e o levam a Lisboa.
04:23Estou na Rua da Marmoura.
04:25Deus não pode ter colocado um pote de mel na minha frente e deixar-me com fome.
04:29Pode.
04:29Encontraram-nos em meia hora.
04:31E o príncipe? Onde está?
04:32Desmaiado e vigiado, em um quarto eu passo pra não fazer besteiras.
04:36Ah, não? Quem fez isso comigo?
04:46Gente que vos ama, príncipe cadiçudo.
04:49Não podem tratar-me como um boneco.
04:51Esse é o meu momento.
04:52Ah, momento de calares a boca.
04:54Já falasse muita besteira.
04:56Se sais daqui, fazes o quê?
04:58Enfrento a corja que quer obrigar meu pai a embarcar-me.
05:02Reúno tropas.
05:03Ah, e começas uma guerra.
05:05Eles já começaram.
05:06As cortes querem que o rei os obedeça em tudo.
05:08Querem que o Brasil volte a ser coluna de novo.
05:11Pássaro, veja o papel ridículo que faço.
05:13Isso é maneira de se tratar um príncipe?
05:15Não.
05:16Mas acompanhar vosso enterramento seria pior.
05:19Se tu metes o nariz lá fora, levas um tiro.
05:22Sim, porque estão esperando uma chance pra matar-te.
05:24Deixa o meu menos falar com meu pai.
05:26Posso fazer-lhe entender?
05:28Se ele se curva, esse alvilês, que rei seria no futuro?
05:31Ah, como se adiantasse falar.
05:33O gordo treme.
05:34Vai ser difícil segurar a pena pra assinar a rendição.
05:38E para de se esfregar que estraga a calça.
05:40Rezem para que eu não me solte.
05:42Ou mato os dois.
05:44Salve, rainha, mãe de misericórdia.
05:46Se não me entrego aos revoltosos, não importa quem seja,
05:52melhor do que morrer esmagada por vós.
05:55Não há motivo para desespero, Carlotinha.
05:57Não há motivo.
05:58É só uma tropinha revoltosa que vem subindo o porto.
06:00Só isto, só isto.
06:02As cortes também não têm tantos destacamentos assim.
06:05É verdade.
06:05É só mais uma desordem.
06:07Logo passa, logo passa.
06:11Vê se que a coxa nos ataca, mami.
06:13Sai daqui, sai daqui, desgançado.
06:16Sai daqui.
06:18Ah, que foi assim que a Bastilha principiou.
06:22Foi assim a república por todos os cantos.
06:25Ah, quem sabe não aproveita e nos corta os pescoços.
06:30Então seria uma revolução bastante demorada.
06:34Porque só vós tens mais ou menos umas quatro papadas.
06:38Tu te divertes, não, Carlota?
06:40Eu tenho certeza que tem dedo teu nesta imboda.
06:42Eu tenho certeza que tem dedo teu nesta imboda.
06:44Imagina se eu me envolver com essa xertália estúpida.
06:49Isso tem a ver com você, que é um inepte.
06:52Um molesto.
06:53Um inepto.
06:54Que é isso?
06:55Estúpido.
06:56Mas como vão respeitar-lhe?
06:58Se todos me tratam como igual, hein?
07:00Todos já frequentaram leito da rainha.
07:04Frequentaram?
07:05Porque no trono não tem um rei capaz de satisfazer lei.
07:10Não me escrava.
07:11Você tem que tirar uma rainha?
07:14Sua vaca.
07:15Seu porco.
07:16Vadia.
07:17Ele é meu rei.
07:18Calma, calma.
07:20Um emissário diz que coronel Avilés deseja uma audiência com vossa majestade.
07:26O que estás esperando?
07:27Então manda chamar o homem.
07:28Monte de Geleia deve estar a tremer.
07:31Vai ter que aceitar todos os nossos termos.
07:33Nós temos que agir rápido, porque o velho rei é o especialista no subterfúgio do adiamento.
07:39Ai, Jesus, que estou cansado.
07:41Ai, Jesus, que tem muito o que fazer.
07:44Estou de bucho cheio, poderoso apapelado, Pedrinho, Pedrinho.
07:47Mas não com as minhas tropas a bater-lhe nas portas.
07:50Enquanto não prendermos a Dom Pedro, corremos um sério...
07:54Ele tem muitos admiradores na tropa.
08:04É que acreditam que o príncipe Pedro está escondido aqui.
08:07Como se ele fosse homem de se esconder.
08:09Mas se são portugueses como nós, devem ter a razão.
08:13Pedro deve ter cometido alguma bravata.
08:15E nem pensa nos riscos que expõem as próprias crianças.
08:18Se ele soubesse o que a gorda fez, enlouquecia.
08:21Não ficou apavorada, jogou os meninos numa carroça
08:24e se esmouque chega até a fazenda de Santa Cruz em plena noite.
08:27Ai, Jesus.
08:54O que é isso?
09:05Perdoe-me, mas um homem chegando por trás de uma noite dessas é um convite.
09:09Deixa eu ajudar.
09:09Se ao menos uma vez na vida estamos do mesmo lado.
09:11Descontra os portugueses.
09:12Venda a produção de minhas fazendas para os ingleses.
09:14Se os portugueses estabelecem monopólio de novo, vão pagar o que quiserem.
09:17Vou à míngua.
09:18Sei que queres ajudar, mas tem um destacamento inteiro militar no vosso quintal.
09:22Não.
09:23Então fica só na intenção, se nem eu mesmo consigo encontrar o comandante Martins Moraes.
09:27Tentaste o hotel?
09:28Onde mora a amante?
09:29O comandante Martins é quem mora na casa de vocês.
09:36É a Poçoce quando veio da corte.
09:39É uma grande honra ter o nosso lar escolhido.
09:42Sinal de que é digno da nobreza.
09:44Sinal que a senhora e o papai são dois tontos.
09:47Se nem dinheiro para viver no hotel tem mais.
09:49Não é uma questão de dinheiro.
09:51É que Mariana ficou muito sozinha depois que a mãe morreu.
09:55E depois que a princesa me deixou assim, praticamente inutilizada, não é?
10:01Querem fazer o favor de tirar isso daqui?
10:03Meus pés vão ficar enrugados.
10:05Mamãe, mamãe.
10:07Dona Mariana não está casada?
10:08Ah, e muito feliz com o meu Fernão.
10:11Mamãe, nossa presença incomodaram casar o que tanto se quer.
10:15Imagina, já estão casados há tanto tempo e até agora não tiveram um filho.
10:19Por que Deus não quis?
10:23Mas falaram-me de preparados que os escravos fazem que iam de ajudar.
10:26Fora o mau gosto dessa gentalha de tentar fazer revolução na hora em que chegam.
10:32Gostaram, filhinhas, hein?
10:36Mas tem de desmobilizar as tropas, não és partidário de Dom Pedro?
10:39Sim, mas isso não quer dizer que eu possa entrar em confronto com uma tropa portuguesa já posicionada.
10:44E além do mais eu não tenho ordem do rei.
10:45E o rei sabe ordenar outras coisas que mais frangos.
10:48Se deixarmos que Dom Pedro seja embarcado como prisioneiro,
10:51quem há de defender o Brasil contra a senha reacionária?
10:54Eu fico muito honrado com a posição que querem me colocar nessa tragédia,
10:58mas acontece que eu não estou à altura.
11:00Manuel, daqui não sai para se expor.
11:02Minha senhora, é a única esperança dos brasileiros.
11:06Quem está preocupado com eles?
11:08Querida, é só um instantinho.
11:10Já não falei que não?
11:11Ah, passou.
11:13Queres que conte a vosso Augusto, amante,
11:17as tardes que passaste com Dom Pedro,
11:19o qual ele teve a oportunidade de mostrarte o cetro real,
11:24a coroa e todos os símbolos do reino,
11:27pelos quais a senhora dedicou justa e cívica adoração.
11:32Dois muito, pessoal.
11:41Ah, não há momentos na vida que...
11:42Ah, não há momentos na vida que...
12:12Ah, não há momentos na vida que...
12:42Perdão, senhora, eu a machuquei.
12:50Queres ajuda?
12:51Não, não estou bem.
12:53Está bem? Ficas aí parada ao chão.
12:54Só estou a recuperar o fôlego.
12:59O que foi, Francisco?
13:01Um momento, a voz dela.
13:03Não é uma noite para amabilidades.
13:04Vamos!
13:05Vamos, vamos, vamos.
13:08Francisco!
13:08Francisco não ia levar com mim.
13:13Chama-se Gomes.
13:14Francisco Gomes.
13:16Quero saber onde está, como está, com quem vive e o que conseguiu.
13:19Para poder tirar ele tudo.
13:20Mãe, me salva, Pedro!
13:39Desculpe.
13:40Mas, gente, também o que estão a olhar?
13:42O que é que está a olhar?
13:46Muito bem, general, veleixo.
13:53Em que o senhor pode ser útil ao rei?
13:55Ajudar o rei a governar em acordo às soberanas cortes de Lisboa.
13:59Dom João deverá jurar respeito a um conjunto de leis que Lisboa está a produzir.
14:04Mas como posso eu jurar sobre algo que nem pronto está, não é verdade?
14:09E se dizem lá que os reis devem vestir azul ou que estão proibidas as rainhas espanholas?
14:15Perdão, perdão, perdão. Muito bem, como vês, tenho esperanças que possam passar boas leis.
14:21Por que caças meu filho pela rua como se fosse um animal?
14:23É assim que as cortes vão tratar os reis de agora em diante?
14:27Carlotinha, não lhes dei ideias.
14:30Muito bem, general, quando as leis estiverem prontas, senhor volta.
14:34Na verdade, antevendo esse imprevisto, nós preparamos uma alternativa.
14:39Dom João pode jurar a Constituição Espanhola, que já está pronta.
14:44Ela ficará valendo até que seja afindada a redação da Constituição Portuguesa.
14:49Não, isso meu pai não pode aceitar.
14:51E que diferença faz?
14:53A jurar a Constituição de outro reino é assumir que não tem mais poder nem nunca mais o terá.
14:58Me desamarrem.
14:59A sobrevivência não só do Brasil, mas também a de Portugal estão em jogo.
15:02Quero que se freguem.
15:03Tu ficas vivo.
15:11João!
15:12Você não vai fazer, não é, João?
15:15O general perde com tanta educação, não é, general?
15:18Ai, Jesus!
15:19O que vais fazer quando não tiveres mais poder, João?
15:26Vais comer até explodir?
15:29Pelo menos acaba a ameaça de um banho de sangue, Carlotinha.
15:33Não, meu pai!
15:34Não assine!
15:35Não te pegues assim!
15:36E pai!
15:38Mas não é a voz do Dom Pedro?
15:39Não, não, não, não!
15:41Não, não, não!
15:41Como não?
15:43Não é!
15:43João, quem fala assim?
15:44Não, não te pegues assim!
15:46Ah, é Dom Pedro sim!
15:48É Dom Pedro sim!
15:53As rainhas na presa, pelo amor de Deus!
15:56Que barulho é esta aqui?
15:58Ah, infeliz desse cervo que parece que tem duas mãos esquerdas.
16:02Tropeça, quebra vaso, desarruma o tapete.
16:05Eu sou homem livre, não sou escravo.
16:07Não vai permitir tratamento tão cruel.
16:09Finalmente alguém com senso nesta casa.
16:39Já contentei o general Moraes.
16:43Mas o que é isto?
16:44Foi isto que esse cavalo suco me obrigou a fazer.
16:47Estava pronto a se deixar pegar por uma tolice.
16:49Esta é maneira de se tratar um futuro rei.
16:52Deus é grande que ele o será.
16:54Se soltas a boca, estamos perdidos.
16:58Dom Pedrão é um homem inteligente.
17:01Ele sabe que há momentos para sermos
17:03extremamente heróicos
17:05e há outros para sermos extremamente defensivos, pois não?
17:08Então, não é de todo ímpeto e fúria.
17:12Para aí!
17:17Assim mata-o pelos portugueses.
17:20Deixe-me ao menos ir ao encontro de meus filhos.
17:22Leopoldini e as crianças devem estar apavorados.
17:24Precisa barcar cá!
17:26Precisa barcar cá!
17:28Precisa barcar cá!
17:30Precisa barcar cá!
17:31Precisa barcar cá!
17:33Precisa barcar cá!
17:35Precisa barcar cá!
17:36Precisa barcar cá!
17:38E Dom Pedro, onde está?
17:40É num lugar seguro.
17:41Se não saiu, eu ia fazer outra bobagem.
17:42Eu queria saber da princesa e dos filhos.
17:44Nem digas a ele.
17:45A mulher ficou com medo dessa tuba,
17:47pegou as crianças, jogou numa carroça
17:49e fugiu para a fazenda de Santa Cruz.
17:51A esta hora?
17:52Mas numa noite como essa?
17:54Calma, filha!
18:03Pelo menos aqui não há ninguém a nos ameaçar!
18:08Ora, mas o que é isto, meu?
18:09Entergas os clientes que não pagam!
18:12Esta é a área onde ficam os bêbados mais insistentes
18:14a apoiar-se entre o balcão e a parede.
18:16Você vai girar o estado em que fica o chão.
18:19Só a mão com a trova.
18:20Ah, o Moraes, lá está.
18:22Então, conseguiste as trovas?
18:24É mais difícil do que parece.
18:26O Alvelezer tirou os canhões da Fortaleza da Praia Vermelha.
18:28É, foi, foi.
18:29Mas há a força de vossa cavalaria.
18:31E há que o povo está com Dom Pedro.
18:32Nunca houve homem tão popular em todo o Brasil.
18:34É, mas o povo vai atirar o quê?
18:37Pedras?
18:44Mil perdoem-se.
18:46Não por isso.
18:47Acabo de chegar a esta terra e percebo tal confusão.
18:50Quem são os homens que se tinham o passo?
18:52Tropas portuguesas.
18:54Que querem prender Dom Pedro.
18:55Sabem que ele defende os interesses do Brasil.
18:57E isso é coisa só de generais?
18:58Na aparência.
18:59Todos sabem que por trás disso está o Conde dos Artos,
19:02enfurnado em seu quarto no hotel.
19:04Bom, Dom João não iria esconder o próprio filho.
19:08Aquele faz qualquer coisa para salvar a sua pele.
19:12Por via das dúvidas...
19:13Por via das dúvidas, mandem a pedra já o passo.
19:17Não, não é necessário, Conde.
19:19Dom João já assinou a Constituição.
19:21Com Dom Pedro solto, não confio na vitória.
19:25Então posso com certeza auxiliar-vos, meu Conde.
19:29Sabe onde Dom Pedro está, oh, bela rapariga?
19:33Não, mas onde seu braço direito está.
19:51Ficas com ele que vou buscar-lhe água.
19:53E deixa-o no tapete, porque com esse entra e sai,
19:57está ficando cada vez mais perigoso.
20:00Minha mulher, minhas filhas.
20:02Estão bem, meu príncipe.
20:05Eu já disse que estão bem, meu príncipe.
20:08Olha, só tem que ficar aqui e ficar quieto.
20:11Estão a vir tropas até de São Paulo.
20:13É carta de José Bonifácio.
20:14Nem se pode confiar.
20:15Oh, Bonifácio.
20:17Muito ar e pouca sustância.
20:19E quantos são?
20:20Não diz.
20:21Provavelmente acha que se vier sozinho e fizer um discurso,
20:23vence a batalha.
20:24E é bem capaz, né?
20:26Porque chega, fala, fala, fala.
20:27Os soldados portugueses se desesperam todos,
20:29porque ele nunca se cala.
20:30Se atiram todos ao mar.
20:32Comandante Moraes, deixa até aqui.
20:34Larga esta bebida.
20:35És a única esperança do príncipe.
20:36Ah, então o príncipe está muito mal arranjado, meu amigo.
20:40Não faças isto.
20:41Não laxa.
20:42As tropas.
20:43E vem direto pra cá.
20:44Ah, que venham, que venham.
20:45Vão fazer o quê comigo?
20:47Não, comandante, não fazem muita coisa.
20:49Mas a minha, Vidigal e a Masmorra
20:50se batem de novo em meus tesouros.
20:52Não sei se consigo me arrepender.
20:54Ei, entende esta saída pelo telhado.
20:56Homens demais.
21:00Ai, que é grosso demais pra me enfiar aqui dentro.
21:03Ah!
21:03Ah!
21:04Ah!
21:04Ah!
21:05Ah!
21:05Ah!
21:06Ah!
21:06Ah!
21:06Ah!
21:07Ah!
21:07Ah!
21:07Ah!
21:08Ah!
21:08Ah!
21:09Ah!
21:09Ah!
21:09Ah!
21:10Ah!
21:10Ah!
21:11Ah!
21:12Ah!
21:12Ah!
21:13Ah!
21:13Comandante Moraes!
21:14Opa!
21:15E o tal de chalaço onde é que está, ah?
21:17O alcoviteiro do príncipe Lúbrico!
21:20Que garantiram-me que cá estava.
21:22Eu quero que revestem a todos!
21:24Um por um!
21:25Peraí, Vezerifei, não precisei do rapeto velho não.
21:29Toma, ele não tem pressa na vida nem pra chegar no céu!
21:32Vá, vá, vá, vá, vá, vá.
21:34Vá mais porra com ele.
21:36Vamos embora!
21:36O que é que não sai?
21:45Gomes, é insurpreendente mesmo.
21:47Surpreendente é meu destino, que até amigo de um rei consigo me tornar e volto sempre à condição de fugitivo.
21:52Consegue recuperar minhas roupas no passo?
21:54Pra quê?
21:54Pra pôr uns pés na estrada, ora.
21:56Vou ficar aqui de alvo desses poderosos.
21:59Nunca observaste que na luta entre o mar e o rochedo, o que cai antes é o caranguejo.
22:03E abandonas Pedro assim à própria sorte?
22:04Ah, ele é um príncipe que pode suceder.
22:07Cortam-lhe a cabeça.
22:08Não é o que fazem com príncipes indesejáveis.
22:23Desgraçado.
22:24Tinha que ter um sorriso tão franco.
22:29Ah, Jesus!
22:30Ah, Jesus!
22:30Foi assim que principiou a Bastilha.
22:32Mas podem querer mais.
22:34Já assinei tudo o que mandaram.
22:35Querem teu filho?
22:36Vai lá e eu mata.
22:37Entrega na ponta de uma espada.
22:39Vão te agradecer o trabalho.
22:41Tu me magoas até no momento 10, não é, Carlota?
22:44Tem muito.
22:45Se abaixa, a bunda oferece, João.
22:47Mas eu ia enfrentar o afluxo com o quê?
22:49Com o quê?
22:50Com a dignidade de rei que devias ter.
22:53Mas te agovardastes.
22:55Perceberam que podem tudo.
22:56Logo, invadem e te levam.
22:59E hão de descontar cada tapa que levaram na vida.
23:03Começam a bater para ver se tem um osso debaixo desta geleia.
23:07Já disse que não sou gordo.
23:09Sou apenas um pouco mais baixo do que devaria.
23:12Só isto.
23:12Por supuesto.
23:14Isto também tem conserto.
23:16É só pendurar-vos e puxar pelas extremidades.
23:20Também tem a tortura chinesa que coloca bambu entre a unha e a carne para descolá-las lentamente.
23:33Não é cruel, Carlota?
23:35Cruel foi o destino.
23:39Mas esta é minha última noite aqui.
23:40Não vou ficar perdendo o tempo conversando, certo, João?
23:44Isso sim, Carlota?
23:45Vamos ao que interessa, João.
23:46Isso sim.
23:48Ai, que uma trabalheira.
23:49Ah, Plácido, o que é que tem esse imprestável?
23:52Os escravos rebeldes estão nos atacando.
23:55Escravo, coisa nenhuma, sua italiana maluca.
23:57Sou eu, Gomes.
23:58Não devia somar tanto sol.
24:01E o príncipe?
24:01Precisamos tirá-los daqui.
24:03Estão todos impacientes, querem arrastá-lo.
24:04As tropas estão impacientes.
24:06Ele ficou quieto.
24:07Ou ele dormiu ou sufocou de vez.
24:10Ai, Jesus.
24:13Resite-me.
24:18Ai, que ele fugiu.
24:19Ai, que ele fugiu.
24:21Mami, agora eles vão invadir que acabou o prazo, mami.
24:28Carlotinha, eu acho que esse menino tem problemas.
24:31Essa machata.
24:33Esquecemos de caçá-lo.
24:35Agora nem nos deixa dormir direito, não?
24:38Ai, Jesus.
24:41Eu estou enfeitiçado, é isso?
24:43Tive pena de ti quando eu estive chorando.
24:45Não temos agora, terei eu para chorar, Carlota.
24:50E agora ninguém nos tentei.
24:56Só consegui tuas roupas dentinhas.
24:59Faz mesmo?
25:00E há outro jeito.
25:01Quem pode virar esta situação?
25:02É a mim que procuram?
25:19Vê só, olha.
25:20Olha.
25:20Filhote, não faça isso.
25:27Vão tratar feito um bicho.
25:30Pois então leva-me.
25:32Mas terás que passar por sobre essa gente toda.
25:35Podes ter um exército.
25:36Mas sei que os brasileiros comigo estão.
25:38As ordens das cortes portuguesas são soberanas.
25:40Soberano é o povo.
25:42E ele quer seu príncipe.
25:43Se me matas, não sairás daqui vivo.
25:46Se me levas inteiro,
25:48não serei um cordeiro a ser molado pelas cortes.
25:51Nasci para ser rei.
25:52E esse direito, só Deus pode me tirar.
26:08E os canhões que tiraste da praia vermelha,
26:11Vais ver se permanece onde os enfiaste.
26:33Se é parabéns de todos e felicidade geral da nação,
26:37diga ao povo que fico.
26:38Que fico no Brasil.
26:41O documento que obrigaste meu pai a assinar.
26:57É, já está assinado.
26:58E todos viram o selo do rei?
27:00Arrancado à força.
27:02Nem Portugal, nem Brasil serão governados por leis de outro reino.
27:05Pirateimo! Pirateimo!
27:07Como conseguiste o apoio das tropas?
27:09Um batalhão, meu pai. Um canhão.
27:11Mas pareceram muito mais com o povo a gritar meu nome, não?
27:14Tu fizeste o que eu deveria ter feito, filhota.
27:17Fiz o que pude, meu pai.
27:19Quero este homem e o Conde dos Arcos deportados.
27:21E os que estavam com ele também.
27:23O Conde dos Arcos nos prestou grandes favores, filhotinho.
27:26Todos, meu pai.
27:27Este é o filho de Carlota, o Aquino.
27:29Guadalhão, por que me prendem?
27:40Eu sou uma senhorita.
27:42Por que me prendem?
27:43Ele é o Conde dos Arcos.
27:45Não reconhecem minha bela cabeleira?
27:47Mas aquela é uma cabeleira de conde.
27:50Soltem-me!
27:51Foram levados só as cabeças.
27:52Então levaram o meu pobre Carlper?
27:54Ele não teria lugar menor em situação alguma.
27:57Eu não o vi entre os desterrados.
27:59Por que o mataram?
28:01Ai, que fiquei viúva.
28:04Minha Nossa Senhora.
28:05Quem vai velar por mim e minhas três filhinhas orvas?
28:16Tens certeza de que tudo se findou, Fernão?
28:21Leopoldina!
28:22Leopoldina!
28:25Só agora, Pássio, me disse o que fizeste.
28:27Eu falei para ela não sair, Dom Pedro.
28:30Você perdeu do meio do charco.
28:32Só encontrar agora cedo.
28:35Imagina o medo que te fizeste.
28:36Juro que não foi minha intenção, Pedro.
28:39Calma, não te condeno.
28:42Eu é que devia estar ao teu lado.
28:44E a guarda?
28:45Desapareceu.
28:48Subornaram os filhinhos da...
28:49Aconteceu alguma coisa com o Carlos?
28:53Está com febre, desde a madrugada.
28:55Você está ardendo?
29:04O médico.
29:04Já o atende.
29:05Saiu a providenciar mais remédios.
29:08Desde quando evitas me olhar, Dandara?
29:12É muito grave.
29:14Não se sabe se...
29:15Ah, filho.
29:41Eu queria dar meu coração a ti.
29:52Não tivemos tão pouco tempo.
29:56Tinha tanta coisa para te mostrar.
29:58A vida é tão bela, filho.
30:10Tão bela.
30:11Tinha...
30:11Tinha...
30:12Tinha...
30:13...
30:28Tchau, tchau.
30:58Eu não aceito que fiquem a me julgar.
31:04Ah, és perfeita, não?
31:06Abandonas teu marido,
31:08corre atrás de outro homem
31:09a quem te entregas em nossa casa.
31:11Abandonam o marido que escolhi por ser tola.
31:13Por acreditar que o amor dele nos bastava.
31:16Mas o amor de Felice é como tudo que há nele.
31:19Medido, mesquinho e covarde.
31:21Ele está a exigir a guarda de tua filha junto ao juiz.
31:24Pois que venha ele e o juiz até mim tentar tirá-la.
31:26Tô mentira, minha filha.
31:28Não existe uma chance de reconciliação.
31:30Ora, pai, faça-me o favor.
31:32E ficas aqui?
31:35Fico.
31:36A não ser que o senhor me queira na rua junto das rameiras.
31:38Tô mentira.
31:39Olha, meu pai, depois do que Felice me fez,
31:41tapa na cara pra mim é muito pouco.
31:44E quanto a Pedro,
31:45eu me entreguei, sim.
31:47E foi a melhor coisa que eu já fiz em toda a minha vida.
31:50Se ele estivesse aqui,
31:54eu me entregava de novo.
31:59Doces, doces da terrinha.
32:01E para os interessados,
32:03há os salgados também.
32:04Eu não sei se tem dinheiro pra coisa tão fina.
32:06E o que seria do mundo sem o crédito?
32:09E quanto aquele seu amigo,
32:11de quem sempre falas,
32:12já voltou?
32:12O Xalassa viajou pelo reino com o príncipe.
32:14Dom Pedro já voltou.
32:16Mas o Gomes se conhece São Paulo.
32:17Vim justamente lhe trazer as roupas novas que lhe fizeram.
32:21E da onde vem esse apelido, Xalassa?
32:24É um contador de histórias.
32:26Pega da viola e toca a qualquer hora.
32:28É alegria de qualquer festa.
32:30Um homem muito feliz, sem dúvida.
32:33Pena que não há bem que sempre dure.
32:43Não podes trabalhar na frente de minha taberna.
32:46Por que não?
32:47Porque o ponto é meu.
32:48Não precisam dos seus docinhos aqui.
32:51Diga isso aos fregueses.
32:53Queres que chame a milícia?
32:55Pois chama.
32:56Especialmente o Vidigal,
32:57já que me conhece muito bem,
32:59há de ser um bom juiz.
33:05Verdade que o príncipe
33:06frequenta a vossa casa?
33:09Sempre foi a favorita dele.
33:12Então por que eu,
33:13em vez de me enxotar,
33:14eles não me põem para trabalhar aí dentro?
33:17Rainha?
33:22Perdão?
33:24Não sei.
33:25Não sei se devo te dar o perdão.
33:29Não sei mesmo.
33:31Se devo te dar o perdão?
33:32Não.
33:33Ai, é que é senhora, rainha.
33:44Ai, é que assim morro, rainha.
33:52Carlotinha, estou muito triste, estou triste demais.
33:57Estou muito triste.
33:59Vai, vai, vai, já fica o gordo, que é o problema, qual é?
34:06Carlotinha, antes tu fechavas a porta, filhota.
34:11Nós não estamos indo embora deste inferno?
34:14Você então, quero que todos se lembrem de mim exatamente como sempre.
34:18Desta vez tu armaste um dos grandes, hein, filhinho?
34:22Verdade.
34:23Carlotinha, todos só querem saber do padrinho agora.
34:26Querem resolver alguma coisa, padrinho pra cá, padrinho pra lá.
34:30Estamos sentindo mortos.
34:32Mas isso aconteceu já tem 30 anos, hein?
34:34Com a vossa licença.
34:35Não vai no carro nenhum, passa pra cá.
34:37Que é isso aí, graça.
34:38Trave-se a bunda, hein?
34:40Carlota, em Portugal eu seria mais útil.
34:44Claro.
34:45Ninguém obedece e se curva como vós.
34:48E Pedrinho, será que recuperou a morte do filho?
34:52Acho como sempre, pero algo nele mudou, viu?
34:56Ele é sentimental, saiu a mim, o filhata.
35:00Filhatinho é igual a mim.
35:01E Miguel, convenceste-te a ir conosco?
35:04Eu não sei de onde tirou tanta teimosia.
35:08Podia ficar do teu lado e ter as tuas graças.
35:11Ainda mais segura que Pedro vai ficar aí sozinho fazendo tantas besteiras.
35:14Mas não.
35:15Quer ficar grudado com o irmão.
35:18Não sei porquê.
35:19O que foi?
35:19Uma coisa, então, os lábios.
35:22Os lábios?
35:26Já, já pisou, já pisou.
35:28Já pisou.
35:29Graças.
35:31Não estou a entender.
35:33Vai!
35:33Perdão, cunhado.
35:40Se Pedro tivesse tio usado no dia do fico, não necessitaria de tropa alguma.
35:47Agora não paras mais de ter filho.
35:50Se correres, quem sabe não igualas o número de filhos que ele tem com as rameiras e com as escravas.
36:03O que foi?
36:22Reinião de família já tão cedo?
36:24Estás de ressaca.
36:25O sol já vai alto.
36:26Há meses não bebo, minha mãe.
36:28Desde a noite da morte de meu filho.
36:30Vou fazer a barba.
36:31Queres uma navalha, avós também?
36:38Que ridículo!
36:40Quem colocou isso aqui?
36:42Ouso dizer que Deus.
36:43Para lembrar quem é que usa calças nessa família.
36:47Horrendo.
36:52Fico a achar beleza em cada pedaço do teu rosto.
36:55Sabias que já sonhei contigo?
36:56É.
36:57Mas tinhas um bigode.
36:59E era longo.
37:00Vinha até aqui.
37:01Era perna.
37:07Miguel!
37:09Miguelito!
37:10Chegaste em boa hora.
37:12Vamos à nova ginástica.
37:14Anda, plástico!
37:15Um rapaz tão jovem sem fôlego!
37:17Pra que corres tanto se não há ninguém atrás?
37:20Para melhorar a condição do corpo como um todo!
37:22Não sente o oxigênio entrar em teus pulmões?
37:24É só correr ao contrário que só se saindo!
37:26Precisa de tantas roupas também?
37:27Ah, você é um príncipe!
37:29Pode parecer um morango!
37:30Já eu se passo a correr assim, todo desnudo ou a milícia me prende!
37:32Olá, sois novo aqui na corte?
37:50Não lembro do senhor de minha época por aqui quando menina.
37:53Tem certeza que é comigo que queres falar?
37:57Com quem falaria?
37:59Vosso servo?
38:00Meu servo?
38:01Meu não!
38:01Ele não é meu servo!
38:02Sou a filha da senhora Calper.
38:06Passe qualquer dia para nos fazer uma visita, mas arrume roupas para esse animal ou ele terá
38:12que esperar do lado de fora.
38:16Qual é o teu problema?
38:18Não é uma graça?
38:19Aproveita a chance que o destino te deu.
38:21Olha, Plácido!
38:25O que estava procurando para a máquina de ginástica?
38:28As pedras, às vezes, são irregulares demais, travam o movimento, mas os livros são perfeitos!
38:34Sou um boçal que nem deve saber ler para fazer tal uso de coisa sagrada como livros.
38:39Dá licença.
38:41Ai, que demoraste!
38:42Ficaram de me mandar um servo a horas?
38:44Pega essas coisas rápido lá pra dentro.
38:46Já não chega a dois meses de atraso com as nossas coisas?
38:49Custava só a meros!
38:52Ai, Jesus!
38:55Chega de tanta agitação!
38:57Esse vestido é meu, lá lá!
38:58Eu quero vocês três lindas e arrumadas, porque hoje nós vamos ao passo!
39:06Mas está mais do que na hora de apresentar as três a família real.
39:10E o príncipe Miguel continua solteiro.
39:12E como a rainha não se dá o luxo de responder aos meus pedidos...
39:17E se não gostarmos dele, mamãe?
39:19Sem amor não há chance.
39:20Dizem que é outro estúpido como Dom Pedro.
39:22E essa família real é muito provinciana, mamãe.
39:26Mamãe, por que apontas o carregador?
39:29Pedro!
39:31O príncipe!
39:33Dom Pedro!
39:35Dom Pedro!
39:39Foi um imenso prazer ser útil.
39:41Até mais ver.
39:42São três esnobes, não há dúvida.
39:47Mas esnobes muito interessantes.
39:51Chico!
39:52Dom Pedro, quanto tempo?
39:55Vossa família como está?
39:56Vossa irmã?
39:57Domitilo agora está bem.
39:58Já se recuperou.
39:59Do quê?
39:59Ela não vos escreveu?
40:01Entreveram há meses com Felício.
40:03Ele aferiu com um punhal.
40:04Punhal?
40:05Cristo, Gomes sabia?
40:08Fica louco por quê?
40:10Tinha medo que largasse tudo e fosse correndo até ela?
40:12Mas ela vem se está aí em casa.
40:14Foi ficar com uma tia nossa em Santos.
40:16Mas se nem o príncipe ainda for ver, é?
40:21Severidade correta, nunca conheceste.
40:23Tem a minha.
40:26Pois é, é nele que eu pensava.
40:28Ah, recebemos uma coisa de primeira nesta casa.
40:31Daquelas que ele não gosta de perder.
40:33Ah, e queres que ele seja o primeiro, é?
40:34Ah, sempre teve esse privilégio.
40:36Ah, mas como o seu secretário particular tem o dever de examinar o presente antes
40:40para ver se vale a pena ou se poupa o tempo do já ocupado príncipe.
40:48Te prepara.
40:50Vai receber um cliente muito especial.
40:52Estarei pronta num instante.
40:53Gustavo, a chover?
41:14Só louco.
41:29Amor como eu amei.
41:39Só louco.
41:43Quis o bem que eu quis.
41:48Oh, insensato coração
41:54Por que me fizeste sofrer?
42:03Por que de amor para entender?