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Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir drasticamente as tarifas sobre os produtos um do outro por um período inicial de 90 dias, de acordo com um comunicado conjunto divulgado pelos dois países nesta segunda-feira (12). Deysi Cioccari e Cristiano Beraldo analisaram.

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Transcrição
00:00Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para reduzir temporariamente as tarifas recíprocas,
00:06enquanto as duas maiores economias do mundo buscam encerrar a guerra comercial,
00:11que tem alimentado temores de recessão e deixado os mercados financeiros em alerta.
00:16Após conversas com autoridades chinesas em Genebra, o secretário do Tesouro Norte-Americano, Scott Besant,
00:23disse que os dois lados concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas
00:29e que as tarifas seriam reduzidas em mais de 100 pontos percentuais, para uma taxa básica de 10%.
00:36Vamos ouvir aqui os nossos comentaristas mais uma vez, Deise Sciocari e também Cristiano Beraldo.
00:43Bom, Beraldo, obviamente esse acordo traz um alívio, um respiro,
00:47tanto para os mercados como para as economias de ambos os países envolvidos, Estados Unidos e a China,
00:54mas também de uma forma geral para a economia global.
00:57Olha, Soraya, na verdade, o que Donald Trump queria, ele está conseguindo,
01:03que é sentar à mesa e renegociar acordos tarifários e dinâmicas de importação
01:09com os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.
01:13É óbvio que a forma com que isso está sendo feito é uma forma barulhenta,
01:17que gera muita especulação, coloca ele na posição de turrão,
01:21mas isso aí faz parte da dinâmica.
01:25Certamente os Estados Unidos tentaram buscar algum tipo de equilíbrio
01:29nessas relações comerciais por outras vias e, nesse momento,
01:34o governo Trump entendeu que essa via do quase conflito
01:38era a mais adequada para provocar essas negociações.
01:43E é o que parece estar funcionando.
01:44Não há possibilidade do mundo chegar numa realidade
01:49em que os Estados Unidos vão romper relação comercial com a China,
01:53porque hoje há uma interdependência desses dois países.
01:57Eles têm interesse, eles são tão grandes
01:59que eles têm interesses um no outro
02:01e também interesses comuns em determinadas regiões.
02:05Veja, esse conflito entre Índia e Paquistão, por exemplo,
02:09influencia os dois países.
02:10Eles se uniram ali para forçar um entendimento e um cessar-fogo.
02:14Então, claramente, esse movimento é um movimento esperado
02:18e que sinaliza que, depois de tanta turbulência,
02:22o governo Trump, parece, vai entregar alguma calma
02:25e perspectivas positivas para os mercados.
02:28Deise, queria te ouvir também nessa linha do Beraldo,
02:32porque há duas leituras.
02:33Essa que o Beraldo faz aí, de que o Donald Trump
02:36joga lá em cima o sarrafo e depois ele vai diminuindo
02:40para poder negociar, para poder as pessoas sentarem à sua mesa.
02:42Por outro lado, tem a questão também de ter recuado.
02:46Há uma linha de raciocínio que diz que ele recua
02:49à medida em que estava prejudicando a própria economia americana
02:53e isso não teria como se sustentar.
02:55Como é que você vê isso?
02:56Olha, Nonato, essa guerra tarifária entre Estados Unidos e China,
03:01ela tem sido para o Brasil, num bom português,
03:05uma faca de dois gumes.
03:06E por que eu digo isso?
03:07Porque, por um lado, os setores, por exemplo,
03:10como o agronegócio, se beneficiaram dessa guerra.
03:13O Brasil acabou exportando muita soja,
03:15isso acabou beneficiando muito o nosso agro,
03:18especialmente para a China.
03:21Mas essa volatilidade das relações globais,
03:24ela também mostrou que o Brasil depende
03:27excessivamente de um único mercado.
03:30Então, quem acompanhou aqui no Jornal da Manhã,
03:32logo que começou essa guerra tarifária,
03:34a gente falava muito de um problema que o Brasil apresentava,
03:37que era justamente essa dependência de um único mercado.
03:41Então, as oportunidades, elas se apresentam para o Brasil,
03:44mas o Brasil não sabe como transformar isso num caminho certo.
03:49Então, a gente acaba pendendo ali,
03:51a gente não sabe para que caminho seguir.
03:53E foi exatamente isso que aconteceu.
03:54Então, essa guerra tarifária,
03:56ao mesmo tempo que ela beneficiou o agronegócio,
03:58alguns estudos indicaram que ela pode ter causado um prejuízo
04:03de até 28 bilhões para o Brasil,
04:05justamente pelo fato da gente não ter esse planejamento a longo prazo.
04:10Então, o Brasil, ele fica muito à margem,
04:12ele reage muito em cima da hora.
04:14Então, as coisas acontecem,
04:15a gente apresenta um plano aqui a curto prazo,
04:17mas a gente não tem uma estratégia a médio e longo prazo
04:21para que essa oportunidade, ela fique com a gente.
04:24Então, esse é um dos grandes problemas do Brasil.
04:26E aí, o Brasil acaba permanecendo à margem das grandes decisões globais.
04:31Então, aquilo que poderia virar uma oportunidade de crescimento permanente
04:35para o Brasil, vira uma oportunidade de curto prazo.
04:39E é isso que essa guerra tarifária,
04:41ela mostrou sobre a nossa capacidade de adaptação.
04:46E foi uma coisa que a gente falou desde o início aqui na Jovem Pan
04:48e tem se comprovado cada dia a mais.
04:50Essa sessão de 90 dias da guerra tarifária é positiva?
04:55Claro que é positiva, mas o Brasil não está sabendo aproveitar isso corretamente.

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