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Donald Trump anunciou tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA. Mariana Almeida analisou os impactos econômicos e simbólicos da medida, destacando os riscos à indústria global, à concorrência e à democratização cultural.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00E o mercado cinematográfico é o novo foco de Donald Trump.
00:03O presidente dos Estados Unidos anunciou tarifas sobre filmes produzidos fora do país.
00:09Trump usou a rede social Truth para o anúncio.
00:12A indústria cinematográfica na América está morrendo muito rapidamente.
00:17Outros países estão oferecendo todos os tipos de incentivos
00:21para afastar nossos cineastas e estúdios dos Estados Unidos.
00:25Hollywood e muitas outras áreas dos Estados Unidos estão sendo devastadas.
00:30É um esforço conjunto de outras nações e uma ameaça à segurança nacional.
00:36Portanto, estou autorizando o Departamento de Comércio a iniciar imediatamente
00:41o processo de instituir uma tarifa de 100% sobre todo e qualquer filme
00:47que entre em nosso país e que seja produzido em terras estrangeiras.
00:51Queremos filmes feitos na América de novo, escreveu Donald Trump.
00:58Bom, Mari, não dá para a gente entender direito de que forma que essa tarifa seria imposta.
01:04Porque os filmes são de propriedade intelectual, não são bens.
01:08Então, eles representam um tipo de serviço que atualmente não está sujeito a tarifas.
01:12Sim, tem essa questão ainda de como fazer a aplicação, que isso faz parte também do Donald Trump.
01:18Ele anuncia os princípios e não necessariamente a forma de aplicação,
01:22como se fosse tudo obra fácil de desdobramento e implementação.
01:27Mas acho que tem dois pontos que vale a pena também comentar aqui.
01:29O primeiro deles é essa discricionariedade, que é algo que eu venho chamando a atenção aqui,
01:34que a gente tem que se acostumar com isso.
01:36Isso tem muitos efeitos na tomada de decisão econômica.
01:38Ou seja, decidiu que este setor é o próximo alvo.
01:42É uma decisão bastante arbitrária, discricionária e abrupta.
01:45Quem trabalha no setor vai ter que lidar com isso.
01:47Se vale para esse, quais serão os próximos?
01:49Então, isso só para comentar de novo essa pitadinha aí da política fortemente determinando a relação de preços.
01:57Mas fora isso, o outro aspecto é que quando a gente fala da indústria cinematográfica,
02:01quando a gente ouve para quem não está nos Estados Unidos, para quem está no Brasil,
02:04que historicamente consome basicamente a indústria americana, norte-americana de filmes.
02:10Ou seja, acho que é muito forte para a gente entender como assim não estão mais produzindo.
02:17O que aconteceu?
02:18O que aconteceu foi, de novo, olha só, a indústria americana é a indústria mais forte.
02:22Cinematográfica foi a indústria mais forte, que inclusive serviu de apoio para a disseminação de valores,
02:28aspectos de visão e de vida, de padrões de vida dos norte-americanos para o mundo todo.
02:36Mas esses valores, essas visões, eram valores pautados também no liberalismo e na possibilidade da construção livre e ampla para benefício de todos.
02:46Logo, teve também incentivos que aos poucos foram sendo criados para que a indústria cinematográfica de outros países também se desenvolvesse.
02:53Isso acirrou a concorrência, sim, em relação a essa indústria também.
02:58Então, nesse sentido, se acirra a concorrência, de alguma maneira há perda de espaço.
03:02Ainda que marginal nesse caso, mas há uma perda de espaço.
03:05E o Donald Trump é contra, portanto, essa ampliação da produção de outros lugares.
03:10Essa é a força que tem ali.
03:12Ele é contra essa criação e, portanto, uma ideia de que eu quero a minha first, a América bem primeiro.
03:18Isso, neste caso, eu acho que é muito simbólico, porque explicita para quem está do lado de fora a ideia de que não se trata de uma indústria que ia mal.
03:27Ela só não ia tão bem e de maneira hegemônica e única como ela viveu em algum momento.
03:32Ela estava vivendo a abertura de espaço para outras.
03:34Então, não estava mal, mas tinha o espaço de outras.
03:37Agora é a fase do Liberation Day, ou seja, a fase onde ele se libera da necessidade de ter espaço para outras.
03:45Outras que somos nós, por exemplo, o Brasil.
03:48Outras que são todo o resto do mundo.
03:50Então, como que se reage em relação a isso?
03:52De novo, esse é o grande ponto.
03:54Frente a uma visão mais fechada, uma visão de que é cada um por si, como a gente reage.
03:58Nesse caso, é isso.
03:59É mais uma tentativa arbitrária, discricionária e, de alguma maneira, impondo a ideia de que eu quero o meu forte e o resto não é minha responsabilidade.
04:10Eu estou livre de pensar em quais os desdobramentos para a economia e para o desenvolvimento cultural, enfim, desenvolvimento da indústria mesmo nos outros países.
04:22É disso que ele se liberou e esse é mais um caso.
04:25Mari, eu estava prestando atenção aqui no seu comentário, né?
04:29Impor essas tarifas ou barreiras comerciais também não significa que isso iria facilitar e voltar a ter altíssimas produções lá em Hollywood, né?
04:38Porque foi o que você disse no seu comentário.
04:41Hoje, a indústria cinematográfica não é mais tão forte, a bilheteria, por exemplo, dos cinemas americanos não é mais tão forte como era antigamente,
04:49até por conta da pandemia que houve uma mudança de hábitos de consumo, né?
04:52As pessoas começaram a ver mais streaming dentro de casa e tudo mais.
04:56E essas produções que são feitas fora tornam as produções economicamente mais viáveis, né?
05:03Por isso que muitas delas estavam sendo feitas fora, né?
05:06Não necessariamente que a imposição de tarifas vai representar um auxílio para que os estúdios de Hollywood também voltem a ter mais produções em grande volume, não?
05:14Com certeza. O modelo de negócio do processo todo de entretenimento, inclusive o cinema, mudou radicalmente, Paula, como você estava observando.
05:21Ou seja, eu tenho... E mudou para que sentido?
05:23No sentido de maior possibilidade de democratização.
05:26Não é ampla democratização, mas é a maior democratização.
05:29Por quê? Porque a capacidade de acesso ao público, ela tem agora mais vias que o público pode acessar e, portanto, o nível de distribuição ainda é um pouco mais aberto.
05:42É bem complexo você conseguir resolver, fechar as contas perfeitamente de uma produção, exatamente por isso, porque como é mais democrático, também a concorrência aumenta.
05:53É disso que a gente está falando.
05:55Agora, é importante inverter também a relação, algo que você tinha me perguntado antes, sobre o tipo de serviço.
06:00Como que a indústria americana exporta bastante, na verdade, a sua produção e recebe em função disso.
06:06E eu acho que isso é um exemplo, é um símbolo de como acontece nas outras indústrias e é pouco dito.
06:11Quer dizer, cada vez que a gente importa, assiste e desenvolve esses filmes norte-americanos aqui no Brasil, por exemplo, tem uma remuneração para o lado de lá.
06:20E é que começou a ser minimamente equilibrada e facilitada pelos novos modelos de negócio e pelo próprio desenvolvimento tecnológico e da indústria.
06:31O que ele está querendo dizer é cortar exatamente esse fio, esse possível respiro de maior equilíbrio.
06:36Equilíbrio que, inclusive, na indústria ele vem defendendo do outro lado.
06:38Mas aqui é isso, é fortemente desequilibrado e se essa política que ele está colocando minimamente se realiza, a gente só vai caminhar para um desequilíbrio maior ainda.
06:48Vamos ver como se desdobra, como se implementa, enfim, são muitos capítulos ainda para a gente assistir desta novela.
06:54Este capítulo, Indústria Cinematográfica, só é bom para a gente entender do que se trata, acho que ele é muito simbólico.
07:00E aí você vai falar, ué, o que está acontecendo?
07:03Realmente a indústria norte-americana é um problema dela?
07:06Ela está perdendo para os outros ou está perdendo para uma visão que tínhamos nós?
07:10Quer o quê?
07:11Maior democratização, maior participação, espaço para mais gente produzir e ganhar com isso.
07:15Estava errado, será?
07:16Vamos acompanhar.
07:18É mais um entre tantos capítulos dessa novela de Donald Trump.

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