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Neste domingo, a primeira edição da Rota Ancestral movimentou o ecoturismo em Icoaraci com um circuito gratuito que uniu cerâmica, natureza e cultura local. A atividade, promovida pelo Coletivo Chibé, reuniu 40 pessoas em um trajeto cheio de história e pertencimento

REPORTAGEM: Bianca Virgolino (especial para O Liberal)
IMAGENS: Wagner Santana

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Transcrição
00:00O projeto nasce desde o ano passado, uma parceria com o Eco Museu de Belém,
00:04que pretendia valorizar a memória daqui de Coraci.
00:08Ele fez uma catalogação muito importante sobre as olarias, os mestres,
00:13e a gente chegou a fazer uma rota geoturística ali naquele momento,
00:16e já desde ali começou a plantar essa sementinha de que a gente tinha que fazer
00:20o Rota Ancestral nascer e acontecer de forma maior,
00:24abarcando tanto o espaço do Paracuri como esse espaço ancestral,
00:27mas também outros espaços educacionais, culturais daqui de Coraci.
00:31Então o Rota nasce para ampliar essas vozes que nasceram lá no Eco Museu,
00:36e que hoje ganham mais espaços, mais vidas, para contar essas outras histórias de Coraci.
00:41A gente gosta de pensar que um corpo que sabe de onde vem,
00:45um corpo que conhece a sua história, ele entende a importância de preservar ela.
00:49Então o Rota nasce nesse sentido de contar as histórias das próprias pessoas.
00:53A gente fala com pessoas que são daqui de Coraci, pessoas de bairros próximos,
00:58pessoas de Belém de modo geral, entende que ao perceber a riqueza cultural e ancestral da sua história,
01:04ela passa a entender a importância de preservar essa história, preservar essa memória.
01:08E falando do barro, da cerâmica, ele vem direto de uma conexão com os rios,
01:13com as beiras de rios, com os igarapés que a gente tinha e hoje vem morrendo aqui dentro do território.
01:19Então falar da importância dessa cerâmica, é não só reconhecer a importância dela,
01:24mas falar do quanto ela está diretamente conectada com a natureza.
01:27Porque quando o rio morre, isso daqui tudo pode morrer junto também.
01:31Então tudo está conectado para a gente pensar essa continuidade nossa no território,
01:36que não começa agora.
01:37Ela já é muito, já vem de outras histórias, de outros sussurros das nossas ancestralidades,
01:44que devem ser continuadas a partir da gente, a partir do nosso corpo, história, memória.
01:48É um conhecimento a mais, que eu insiro na minha teia de conhecimentos, no meu retalhos.
01:58E para mim é muito bom estar participando.
02:00Quer dizer, saberes a mais ancestrais nunca é demais.
02:05Com certeza.
02:07Como é que está sendo a experiência até agora para ti?
02:10Está sendo bem aceita, né?
02:13E os pontos que nós estamos indo são pessoas mesmo que têm aquele trabalho há muitos anos, né?
02:20Aqui na Vila Sorriso.
02:21E que eu tinha vontade de sentir conhecimentos pessoalmente, apesar de morar na vila.
02:25Mas o tempo, ele é muito corrido.
02:27Então, domingo, domingo de folga, domingo de prejudicar a rota.
02:32Eu vi o anúncio através das redes sociais do Chibé, fiquei interessada.
02:36E depois fiquei surpresa com o convite para ser madrinha do projeto, né?
02:39Então, a gente tem esse conhecimento da cerâmica tapajônica.
02:43E por eu já estar na área da cultura, as meninas acharam que seria interessante a gente fazer essa troca mesmo.
02:49Como é que está sendo a experiência até agora para ti nessa rota?
02:53Então, tem sido muito completo, né?
02:55Basicamente, a gente faz uma viagem no tempo.
02:57E ao mesmo tempo, a gente conhece e resgata as nossas histórias, né?
03:01Eu acho que a galera tem saído com várias sementes plantadas, né?
03:05Não só sobre Icaraci, mas em busca das suas próprias raízes, né?
03:09Eu acho que é um momento de resgate, de falar sobre ancestralidade.
03:14E também de falar sobre memória, né?

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