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Na Agrishow 2025, Tirso Meirelles, presidente da FAESP, alertou para o impacto do atraso no Plano Safra. Segundo ele, a falta de definição e os juros elevados geram insegurança no campo e podem comprometer a produtividade.

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Transcrição
00:00E o Plano Safra foi um dos temas mais debatidos na AgriShow, uma das maiores feiras agrícolas do mundo e a maior feira agropecuária do Brasil.
00:16O repórter João Carlos Borda traz os detalhes.
00:19A maior preocupação de quem participa nesta edição da AgriShow é em relação ao Plano Safra que ainda não saiu, o governo ainda não bateu o martelo.
00:26Sobre isso nós vamos conversar por Tiso Meires, que é presidente da FAESP.
00:30Isso cria no setor uma certa preocupação?
00:33Insegurança total. Isso aconteceu no ano passado.
00:36No ano passado eles não fizeram o lançamento do Plano Safra, demorou mais de 40 dias para anunciar.
00:42E nós, agricultura, precisamos ter datas corretas, porque o tempo é exato.
00:47Você tem de iniciar o plantio da sua lavoura naquele momento.
00:51Caso contrário, você perde a produtividade tão importante.
00:54O governo ficou de lançar, não lançou.
00:56Estamos preocupados, porque hoje existe um descontrole financeiro do governo.
01:03As taxas de juros elevadas hoje, para você pegar um financiamento aqui, você está com uma taxa de 20%, 21%.
01:09Então fica extremamente estrangulado o processo produtivo.
01:13Quem é aquele que prefere aplicar o dinheiro com 20%, 21% e aquele que quer jogar o dinheiro na terra
01:20e ficar esperando o retorno de 4, 5 anos?
01:22É muito difícil. Então isso traz realmente uma insegurança muito grande no setor produtivo.
01:28Existe a expectativa de um valor entre 500 bilhões e 600 bilhões de reais, mas isso por enquanto é só uma cogitação.
01:35Sim, essa é a luta que nós estamos querendo.
01:37Nós fizemos uma reunião com todas as federações de agricultura junto com a Confederação Nacional da Agricultura
01:42e estamos solicitando 600 bilhões.
01:44Nós temos de lembrar que o financiamento todo da agricultura do país é em torno de 1 trilhão e 350 bilhões.
01:52Então você vê que realmente isso representa que está sendo liberado em torno de 40%.
01:57Porém, nós temos de equalizar os juros.
02:00Nós estamos pedindo 4 bilhões de reais para equalização, para que você possa diminuir os juros,
02:05para que o pequeno e o médio produtor possam fazer os investimentos e manter a segurança alimentar e jurídica do processo como um todo
02:14e continuar exportando os nossos produtos internacionalmente para mais de... alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.
02:21Descapitalizados, muitos produtores passam a recorrer à locação de equipamentos para as fazendas.
02:26Sim, hoje tem duas vertentes.
02:29A locação é um projeto interessante, mas o produtor rural tem de ver as cláusulas do contrato.
02:36Porque se a manutenção desses equipamentos ficar por conta dele, às vezes quebra esse equipamento e a responsabilidade é dele.
02:43Então ele tem de verificar que quando ele aloca, a pessoa que está alocando tem de ficar responsável pela manutenção.
02:49Como você aloca um veículo naturalmente, você pega, você tem um plano de seguro, tudo que você organiza.
02:57E tem o lado do consórcio.
02:58O consórcio é muito interessante, mas tem de verificar a taxa de administração, o fundo de reserva,
03:04que acaba elacidando muito o valor em si do seu produto.
03:08Você acaba depois, no final de 5 anos, pagando uma quantidade muito grande.
03:12Então são alternativas que estão surgindo, mas que tem de olhar muito o plano de negócio para que não vire uma armadilha.
03:19Muito obrigado, presidente.
03:21João Carlos Borda, para o Times Brasil, licenciado exclusivo, CNBC.

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