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Direto da Agrishow, em Ribeirão Preto, o repórter João Carlos Borda destacou como a guerra comercial impulsionada por Donald Trump pode beneficiar o agronegócio brasileiro. Em entrevista ao Real Time, o presidente do conselho da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Gino Paulucci Jr, comentou as novas oportunidades no mercado internacional.

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Transcrição
00:00A guerra comercial imposta por Donald Trump pode gerar novas oportunidades de mercado
00:11para o Brasil e em outros países, principalmente no agronegócio.
00:14Nesse cenário desafiador, começa a AgriShow em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
00:19É a maior feira do ramo.
00:20Quem acompanha para a gente é o repórter João Carlos Borda.
00:24João Carlos, seja bem-vindo aqui a Real Time.
00:26É um prazer falar contigo.
00:27Acompanho o seu trabalho há bastante tempo.
00:29Bom dia para você.
00:32Olá, Marcelo.
00:33O prazer é todo meu e ainda mais falarmos sobre a AgriShow, que é a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina.
00:40A feira começou hoje com uma boa expectativa.
00:42Devem passar por aqui até sexta-feira perto de 200 mil visitantes.
00:46O faturamento deve ficar entre 14 e 15 bilhões de reais, cerca de 10% a mais que no ano passado.
00:53Em meio a tudo isso, também existe uma certa apreensão, como você acabou de falar,
00:57em relação a todas essas mudanças pelas quais o mundo vem passando.
01:01Nós vamos também falar sobre a expectativa que existe em relação ao setor de máquinas.
01:07A previsão é de que tenha um aumento em torno de 10% e que as vendas de máquinas alcancem 65 bilhões de reais.
01:15Para isso, nós vamos conversar agora com o Gino Paulucci Júnior, que é presidente do Conselho de Administração da América Latina.
01:22Bom, a AgriShow começa sempre com boa expectativa.
01:25O setor de máquinas não é diferente.
01:26Os senhores têm no radar aí uma previsão positiva.
01:31Temos sim.
01:31A previsão feita pelas próprias câmaras setoriais da BIMAC ligadas ao agro é que durante o ano cresçam 8%.
01:42No primeiro trimestre, cresceram 20%.
01:45Só que isso deve ir sendo diluído ao longo dos anos e a expectativa é que dê 8% de crescimento.
01:54Presidente, a gente vive uma situação hoje no mundo por conta dos tarifassos que fazem a balança das previsões aí não serem muito exatas.
02:02O Brasil pode ganhar ou o Brasil pode perder com essa situação.
02:05Especificamente, no setor de máquinas, qual é o horizonte que o senhor vê nesse momento?
02:09O horizonte que eu vejo é que há necessidade que essa tarifa do Trump com a China seja revista rapidamente.
02:21A China, todos nós sabemos, tem uma produção muito grande de máquinas em todos os setores.
02:28E se isso não for destinado aos Estados Unidos, que são seus maiores compradores,
02:34o segundo maior comprador da China é o mercado como o europeu,
02:38que também estão com restrições menores, porém com restrições à China.
02:44Nossa preocupação é que toda essa produção aconteça o que nós chamamos de desvio de mercado,
02:52seja direcionada a outros mercados do mundo.
02:55Como a produção já está feita, já está realizada ou está em fim de produção,
03:00eles vão ter que jogar o preço mais para baixo ainda para conquistar esses outros mercados.
03:05Isso pode prejudicar enormemente o Brasil, principalmente no momento que as taxas de juros do Brasil estão altíssimas
03:15e nós não teríamos qualquer chance.
03:18Porque hoje, em feiras internacionais, e a AgriShow é uma feira internacional,
03:24você ao ir solicitar uma consulta sobre uma máquina,
03:28a primeira coisa que dizem é que tem financiamento próprio do país de origem de fabricação
03:35e depois vai falar de máquina.
03:38Então eles não vendem a máquina, eles vendem o pacote, o financiamento...
03:42É como se fosse um combo.
03:43É um combo, é um combo.
03:46Só que o sanduíche é o financiamento com taxas internacionais muito baixas.
03:53E a batatinha é a máquina.
03:55Agora o senhor está falando sobre a questão de juros.
03:58O Plano Safra, que ainda não foi anunciado,
04:01comenta-se que pode chegar aí a R$ 592 bilhões, que seria recorde.
04:07Esse dinheiro, com todo esse aporte chegando, o que traria de impacto para o setor?
04:11É, o setor consome muito mais que isso.
04:15Entendeu?
04:16Mas, por exemplo, o pessoal de grãos tem as tradings,
04:19que financiam adubo, que financiam defensivos agrícolas e tal.
04:25Até o óleo diesel que você vai gastar na propriedade,
04:27eles também financiam.
04:29E o produto de troca é o produto final do produtor rural.
04:34Isso já não acontece para outros tipos de cultura.
04:37Não funciona para a pecuária, não funciona para a agricultura familiar.
04:42Por isso, a agricultura familiar tem que ter realmente um tratamento diferenciado.
04:47Mas não podemos esquecer também que existe pecuária.
04:49E pecuária não é só boi.
04:52Você tem porco, você tem frango, você tem...
04:54E nós somos líderes na exportação desses produtos.
04:58Seria muito ruim que o Brasil deixasse de selo por falta de uma implementação,
05:05uma ajuda...
05:07Não é ajuda, porque no fim não ajuda.
05:09É para direcionar a produção, o suporte para que nós tenhamos condição de continuar
05:15nesse ponto de maiores exportadores de todos esses itens.
05:19Bom, a gente tem alguns indicativos muito interessantes em relação a um possível aumento
05:23da safra brasileira.
05:24Isso nos colocaria acima dos Estados Unidos, que hoje são os maiores produtores mundiais de alimentos?
05:30Os Estados Unidos ainda, e por algum tempo, produzirão mais que o Brasil, por exemplo, milho e soja.
05:39Só que eles têm um mercado interno muito forte, que consome bastante.
05:43Por isso, apesar do Brasil não ser o maior produtor desses grãos, ele é o maior exportador
05:49desses grãos para o mundo.
05:51Presidente, o senhor falou sobre o que pode ser negativo para o Brasil em relação a esses
05:56tarifatos e os reflexos disso do setor de máquinas.
05:59Agora a gente não pode olhar também para a questão mais otimista.
06:03O Brasil tem hoje 78 mercados conquistados.
06:06Será que, na reversão disso, nós não poderíamos ampliar ainda mais a presença brasileira
06:11fincando bandeiras em outros países?
06:13Isso é o que deve ser feito e o governo tem se empenhado nisso.
06:18O ministro Fávaro, por exemplo, está viajando mundo afora abrindo mercados, como o vice-presidente
06:25Alckmin, hoje presidente em exercício e ministro do desenvolvimento, indústria, comércio e
06:30serviço, tem feito também, viajando o mundo, para abrir novos mercados.
06:36Mas o mercado chinês é muito importante.
06:40Se continuar esse embate de tarifas, o Brasil vai se beneficiar.
06:44Mas eu não acredito, conhecendo os Estados Unidos como a gente conhece, tudo é chinês.
06:50Ele vai voltar atrás nessa negociação, vai voltar atrás nessa negociação, de alguma
06:56maneira.
06:58E nós temos que aguardar.
06:59É uma expectativa, né?
07:01Sim, não existe a menor dúvida.
07:02Tá certo.
07:03Muito obrigado pelas informações.
07:04Só lembrando, o Agrishow é a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina,
07:10Marcelo.
07:11João Carlos Borda falando com a gente, então, de Ribeirão Preto.
07:14Foi um prazer falar contigo, João.
07:16Bom dia para você.
07:16Bom dia.

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