A Shein aumentou significativamente os preços nos Estados Unidos, antecipando o fim da isenção para pacotes de pequeno valor. A estratégia reflete os primeiros impactos da guerra comercial China-EUA e poderá pesar no bolso dos consumidores. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.
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00:00E agora a gente vai dar uma olhada em um destaque do nosso site.
00:03A varejista chinesa de fast fashion Shine aumentou significativamente os preços de seus produtos nos Estados Unidos
00:10de roupas a utensílios domésticos, antecipando o fim da isenção para pacotes de pequeno valor.
00:18A medida que sinaliza os primeiros reflexos aí da escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China
00:24deve impactar diretamente o bolso dos consumidores americanos, segundo um levantamento da Bloomberg News.
00:31A maioria dos reajustes foi aplicada na última sexta-feira com altas expressivas em algumas categorias.
00:38O preço médio dos 100 produtos mais populares da sessão de beleza e saúde subiu 51% em relação ao dia anterior,
00:47com alguns itens mais que dobrando de valor.
00:50No segmento de casa, cozinha e brinquedos, o aumento médio passou de 30%,
00:55puxado especialmente por um kit de panos de prato, cujo preço disparou 377%.
01:03Já nas roupas femininas, o reajuste foi mais moderado, de 8%.
01:09Bom, Mari, a gente já está vendo aí então os reflexos dessa escalada da guerra comercial,
01:14começando pela grande varejista chinesa, que é a Shen ou Xi'in, para como algumas pessoas falam também.
01:21E a tendência agora é a gente ir vendo também em outros setores, né?
01:25Pois é, Paula, chegou, né?
01:26Chegou.
01:27A gente vai falando que vai, vem, vai, vem.
01:29Algumas das consequências do tarifaço são exatamente o que a gente está assistindo agora,
01:35que é esse forte aumento de preços.
01:36E aí a gente vê que não é linear, né?
01:40Isso é importante para também tentar compreender os efeitos da tarifa.
01:44Por que que não é linear?
01:44Porque os produtores têm diferentes margens, diferentes estratégias,
01:49mas embora não seja linear, ou seja, não se aplica totalmente o valor das tarifas,
01:55todos eles aumentam e aumentam de maneira significativa.
01:58E qual que é o dominózinho, né, que a gente espera acontecer?
02:01Em primeiro lugar, americanos passam a pagar mais por cada item.
02:04Se vão pagar mais, como pesa no bolso, você acaba comprando menos.
02:09Quando você compra menos, você tem o impacto aí de volta na China,
02:12que é o rebote, onde vai para lá e a produção acaba sendo retraída ou reorganizada.
02:18E essa é a consequência que sempre se fala, negativa do comércio,
02:22da redução do comércio para todo mundo.
02:24É aquele papo que muitos economistas têm dito.
02:26Aumento tarifário é o jogo do perde-perde.
02:29Perdem os consumidores dos Estados Unidos e perdem os produtores lá na China.
02:35E isso, por hora, é uma situação que a gente vinha esperando que realmente se efetivasse
02:40e agora foi efetivada.
02:42Lembrando que aqui a gente está falando de uma camada de consumo,
02:44que é uma camada que tem a variável preço como um grande aspecto de decisão de consumo.
02:50Porque alguns consumos são mais inelásticos, a gente fala,
02:53eles variam menos em relação ao preço porque são demandas importantes e com volumes mais estáveis.
02:58Ou, por exemplo, mesmo mercado de luxo.
03:01O mercado de luxo tem um efeito, mas quem compra, compra em função de um status
03:04e tem uma margem para poder gastar maior.
03:07Aqui não.
03:07Aqui é aquele que o preço faz toda a diferença.
03:09Você achar entropezado em vários mercados, inclusive aqui no Brasil,
03:13exatamente pelo diferencial que ela tem em termos de preço e competitividade.
03:18Então, é um mercado que reage mais rápido a isso.
03:22A gente deve ver consequências importantes em relação a isso.
03:25Resta saber se lá na China, como que isso vai impactar a produção
03:27e como que o governo vai apoiar e fazer-se efetivar as outras medidas que ele tem colocado,
03:33que são as medidas de apoio para que não se perca emprego lá na China.
03:38Então, tem espaço para um redirecionamento?
03:40Certamente não de toda essa produção.
03:42A gente tem debatido e visto que algumas empresas, em média,
03:45difícil falar essa média para o conjunto,
03:47mas assim, tem uma parcela, o mercado americano representa uma parcela
03:51de aproximadamente 20% para vários desses segmentos.
03:5420% é um peso significativo de vendas
03:57e não dá para você escoar rapidamente para outros lugares.
04:00Então, algumas empresas vão decidir migrar para outros países
04:04e aí cabe aquela dúvida, né?
04:05Migrar a sua produção desses 20% pelo menos para outros países
04:09justamente para ver se será que eu consigo fugir da tarifa,
04:12dar uma volta na tarifa.
04:13Outras vão tentar mudar a produção.
04:16Então, eu mantenho a produção na China, mas tento vender para outro local.
04:19Então, eu mudo onde eu produzo ou eu mudo para onde eu vendo.
04:22E aí tentar essa reorganização.
04:24De qualquer forma, tem custo de realocação, tem custo de reorganização
04:27e frente à grande instabilidade, à volatilidade de saber se fica ou não fica essa tarifa,
04:33é assim ou não é assim, é para mais países ou não é,
04:35esse tipo de decisão é difícil e aí o cenário deve ser, como eu estava dizendo,
04:39aquele dominal negativo.
04:41Vamos continuar com preços mais altos e compras mais baixas,
04:44o que deve significar menos produção, menos emprego
04:47e um ciclo negativo mais global em termos de consumo e produção.
04:52Paula.
04:53Ô Mari, pegando esse finalzinho aí da sua explicação, né?
04:56De tentar mudar a produção para outros locais.
04:58Eu estava lendo aqui, né?
04:59Enquanto você falava que a Xen tem incentivado os fornecedores
05:02a transferir parte da produção para o Vietnã, já que as tarifas são menores.
05:07E aquela concorrente, a Temu, também tem utilizado um depósito nos Estados Unidos
05:11para tentar minimizar o impacto das mudanças tarifárias
05:14e usando uma estratégia que eles chamaram aí de meia custódia, né?
05:18Para poder receber os volumes maiores nesses depósitos já nos Estados Unidos.
05:22Então, a gente tem visto essas empresas grandes varejistas já agindo aí
05:27para tentar minimizar ao máximo o que já está acontecendo,
05:31como a gente disse no começo da sua explicação, né?
05:34Sem dúvida, Paula.
05:35Muito bem observada, porque aquilo que a gente falou aqui já algumas vezes,
05:38que é o quê?
05:38A economia não para.
05:40Então, assim, você não vai ficar ali parado observando o que está acontecendo
05:43e sem reagir.
05:44Então, existem ações, existem reações por parte das empresas
05:48e essas ações são de curto prazo e de médio prazo.
05:51As de curto prazo, você destacou a questão dos depósitos.
05:54A gente assistiu um imenso, um super aumento das exportações
05:59para tentar fazer chegar produto antes das tarifas começarem a valer.
06:04Isso aconteceu, teve inclusive um processo das próprias plataformas de venda nos Estados Unidos
06:09de fazer um grande desconto, sabendo que ia aumentar os preços.
06:14Foram feitas campanhas de, olha, comprem agora porque depois vai aumentar.
06:18E isso teve um volume, então, de vendas mais significativo,
06:22que no curto prazo tenta equilibrar as margens e fugir.
06:25Só que isso não se sustenta no médio prazo se o cenário de tarifas permanecer.
06:30E aí essas mudanças da produção vão acontecendo.
06:33Existem algumas mudanças que são mais simples.
06:36Quando a gente fala do Vietnã, por exemplo, ou mesmo do Cambódia, ou mesmo da Índia,
06:40existem plantas produtivas nesses países que podem,
06:45mais facilmente adaptáveis para esse tipo de produção.
06:48Então, elas não exigem um volume de adaptação tecnológico muito significativo,
06:53nem uma formação de mercado de trabalho tão diferente do que aquele que já está instalado.
06:58E isso você consegue adaptar e, eventualmente, ampliar, por exemplo,
07:02turcos e processos produtivos e, com isso, resgatar um volume de vendas
07:06a partir dessas outras localidades.
07:08Mas isso não necessariamente é sustentável no médio prazo,
07:12principalmente se as tarifas forem colocadas até para o Vietnã,
07:16como foram anunciadas inicialmente.
07:17Vietnã teve tarifas bastante altas, até mais altas do que as primeirinhas lá da China.
07:21É que já ficou bem para trás.
07:23Mas eram bastante altas, o que traria bastante dificuldade dessa migração.
07:27Então, esses ajustes estão apostando agora no respiro.
07:30Respiro prometido até começo de julho.
07:32Para onde vai isso?
07:33Vão ser mesmo espaços aí possíveis de fuga?
07:36Se for isso, a primeira demanda de Donald Trump não será realizada,
07:40porque vamos lembrar, o que quer Donald Trump com as tarifas?
07:43Segundo ele, produção nos Estados Unidos e vender a partir do Vietnã,
07:47a partir da Índia, a partir de outros territórios não é o resultado esperado.
07:51Então, vamos ver se ele observa esse movimento e mantém a baixa para esses outros países
07:56ou se esse movimento vai ser exatamente um gatilho para que,
08:00no momento em que vençam os 90 dias, tenha um retorno da tarifa
08:04para poder justificar o desejado crescimento, retomada da indústria norte-americana.
08:10Vamos ter que observar, porque por hora,
08:12os ajustes não estão incluindo voltar aos Estados Unidos,
08:15pelo menos não para esse grande segmento de competitividade e preço forte,
08:19como é o caso das vendas de uma plataforma como a Shine.