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Jarbas Thaunahy, professor da Strong Business School, analisou os impactos da guerra tarifária entre EUA e China nas decisões do Banco Central. Alta dos juros pode esfriar a economia e dificultar o crédito.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00Diante da guerra tarifária, o Banco Central do Brasil deve ter um desafio a mais para definir a nova taxa Selic
00:07que acontece na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o COPOM, e essa reunião está marcada para maio.
00:15Para a gente falar um pouco sobre esse assunto, eu convido para essa conversa aqui o Jarbas Taunay,
00:20professor de Finanças da Strong Business School.
00:23Boa noite, Jarbas.
00:24Vou parafrasear aqui um dito da crônica esportiva.
00:29Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
00:31A gente olha para o Banco Central Europeu, baixa nos juros.
00:36O Donald Trump está fazendo o que pode e o que não pode para apertar o Jeremy Powell,
00:41presidente do Banco Central dos Estados Unidos, para abaixar juros.
00:44Estamos falando de um outro universo.
00:47Aqui no nosso microcosmos, qual é a possibilidade da gente ter uma baixa de juros?
00:53Eu vou colocar aqui na equação o seguinte,
00:55vamos supor que sobrem produtos no resto do mundo, principalmente os mais caros, de alto valor agregado,
01:02por causa dessa guerra tarifária entre os gigantes Estados Unidos e China,
01:06e cheguem produtos aqui mais baixos, diminui o preço, pressiona menos a inflação.
01:11Isso pode ser um sinal de esperança para que a gente tenha uma baixa na taxa de juros?
01:16Ou essa equação não é bem assim como eu estou pintando?
01:20Boa noite mais uma vez, obrigado de novo por participar aqui da nossa programação.
01:25Boa noite, Marcelo, e a todos que nos assistem, né?
01:29É sempre bom começar com, parafraseando, algo que nos aproxima da população.
01:35E o futebol é um esporte de paixão nacional,
01:38assim como eu digo que tem coisas que só acontecem com o Botafogo, inclusive, né?
01:42Então, essa afirmação do Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central,
01:48tem mais um fator de refletir um momento de muita cautela
01:53e incerteza nesse cenário macroeconômico global.
01:57Essa guerra tarifária, esse pronunciamento de
02:01ora Donald Trump sinaliza para aumento das taxas,
02:06ora ele passa ali o assopra, né?
02:08Porque não cai bem, inclusive, para aqueles que os apoiam,
02:13até mesmo hoje, você já trouxe para os nossos telespectadores
02:18a sua desaprovação, tendo apenas apoio de 37% aproximadamente dos seus apoiadores, né?
02:25E isso nos países emergentes, como o Brasil, trazendo a sua pergunta,
02:31é muito difícil acontecer.
02:32Nós estamos às vésperas de mais uma reunião do Copom,
02:36para ser mais preciso, 6 e 7 de maio.
02:40Já havíamos na ata da última reunião
02:43uma sinalização de um acréscimo de em torno de um ponto percentual
02:47e o que o Galípolo traz é que continuará com essa política contracionista
02:53visando manter, inclusive, uma proximidade com o teto da inflação,
02:59que ela, anualizada, já está acima desse teto.
03:03Quando nós temos uma referência de 4,5 ao ano,
03:07já estamos alcançando 5,06 e isso reflete na população.
03:13É claro que, Jarbas, quem viveu um pouco mais como nós,
03:16vai lembrar dos anos 80, os anos 90,
03:19a hiperinflação em que chegava na casa do milhar, né?
03:23Mais de 2 mil por cento antes do plano real,
03:25chegou a inflação no Brasil, os mais jovens que se assustem,
03:28mas essa era a nossa realidade.
03:30É claro que, para essa herança, na memória do brasileiro,
03:34inflação dá arrepios para a gente.
03:36Só que alta taxa de juros também é uma areia na engrenagem
03:40em outros setores, né?
03:41Desenvolvimento industrial, o empreendedor não consegue crédito
03:47ou consegue muito caro, não cresce do jeito que a gente poderia crescer
03:51por falta de crédito.
03:53Como é que o Banco Central talvez consiga fazer essa balança?
03:57Porque também a gente esticar há muito tempo com essa taxa de juros,
04:01a gente começa a cortar na própria carne.
04:03Na tua opinião, em que momento que a gente tem que mudar um pouco a direção
04:07para permitir um crescimento econômico aqui,
04:11por meio, por exemplo, de contratação de empréstimos
04:14para crescimento do parque industrial?
04:16A rigor, acompanhar o movimento internacional,
04:21trazendo a memória, nós chegamos em março de 99
04:24a uma selic a 45%,
04:27que só falarmos da inflação acima do teto do milhar
04:32antes do plano real.
04:34Então, um belo exercício de memória, inclusive,
04:36porque em economia e finanças, a gente diz que a história se repete.
04:41E isso é balizado pelos ciclos e esses movimentos
04:44que afetam o globo, o mundo como um todo.
04:47Bem sabemos dessa dificuldade de crédito,
04:50o custo do dinheiro aumenta,
04:53essa selic subindo via de regra,
04:56visando a contenção da inflação,
04:59impacta para o microempresário,
05:01para os investidores que buscam cenários mais seguros.
05:06E o pronunciamento do nosso presidente do Banco Central,
05:09Gabriel Galípolo, também tem essa conotação.
05:12dá um sentido de segurança para os investidores externos.
05:17Podemos ter um cenário de estagnação,
05:19inclusive, a médio prazo,
05:22porque, por bem, a nossa economia
05:25vem de um aquecimento do PIB do ano passado.
05:27Então, ainda há um registro de crescimento
05:31que pode se tornar conturbado no período curto,
05:34por conta dessa relação de novas parcerias internacionais.
05:40Bem sabemos que há uma comitiva do presidente,
05:43aqui há três semanas,
05:44indo até a China com empresários,
05:46para tentar aproveitar, inclusive,
05:49desse momento da guerra entre Estados Unidos e China.
05:53Agora, Jarvan, você tem uma expressão
05:54que eu até repito aqui com uma certa frequência,
05:57mas eu acho que, por mais que ela tenha esse tom jocoso,
06:00ela é bastante simbólica.
06:01Numa crise, existem aqueles que choram
06:04e aqueles que vendem o lenço de papel.
06:06Diante de uma alta taxa de juros,
06:08pegajosa, persistente,
06:10que a gente está tendo aqui no Brasil,
06:12o investidor que procura uma segurança
06:14vai ter boas opções
06:16ou vai continuar tendo boas opções?
06:18A princípio, esses títulos prefixados,
06:22vai continuar sendo uma boa?
06:24Não, perfeito.
06:25Nós temos hoje um cenário de rentistas,
06:29muito atrelados, inclusive, à Selic, em alta.
06:32Então, já é uma previsibilidade já anunciada anterior
06:36a esse tarifácio do presidente Donald Trump,
06:39com taxas interessantes na renda fixa.
06:44Hoje, por acaso, nós tivemos uma oscilação mínima,
06:47Bolsa de Valores e dólar,
06:49porque bem sabemos que buscar a dolarização
06:52também é um recurso interessante
06:54quando nós temos um cenário internacional incerto.
06:58e, de fato, é a mais pura verdade, né, Marcelo?
07:02Tem aqueles que aproveitam para vender o lenço de papel
07:06e aqueles que estão atrelados à crise.
07:08E, aqui no nosso Brasil,
07:10geralmente, essa percepção da crise
07:12ocorre mais para aquele que é vulnerável,
07:15que percebe a conta no supermercado,
07:18percebe a relação do combustível,
07:20que pode se tornar também mais caro,
07:22tudo fruto dessa instabilidade.
07:24Queria agradecer a conversa que eu tive com Jarbas Taunay,
07:28que é professor de Finanças da Strong Business School.
07:31Obrigado pelos esclarecimentos.
07:33Jarbas, até uma próxima oportunidade.
07:36E aí
07:41E aí

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