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Antes mesmo do nascer do sol, eles já estão nas ruas, garantindo que o jornal Amazônia chegue às mãos dos leitores. Conhecidos como baderneiros, esses trabalhadores são essenciais na distribuição das notícias. No aniversário de 25 anos do jornal, baderneiros e jornaleiros relatam a importância desse ofício e como eles veem a beleza de levar informação para todos.

IMAGENS: ADRIANO NASCIMENTO
WAGNER SANTANA
REPORTAGEM: GABRIEL PIRES

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Notícias
Transcrição
00:00Olha, como Baderneira eu tenho, já vou fazer três anos como Baderneira, vou fazer três anos aqui na Bandeira.
00:06Mas você sempre trabalha nessa lida do jornal? Me conta um pouquinho como você começou.
00:10Sim, eu quando comecei a trabalhar eu tinha dez anos, eu já começava, e quando o jornal era lá na Gascoviana, né, de lá,
00:18eu comecei a trabalhar junto com a minha irmã, e quando eu tava com 17 anos eu comecei a trabalhar com o Milton aqui,
00:24que ele era o Baderneiro, né, eu trabalhei com ele todo esse tempo, até, no caso, ele passar pra mim, né,
00:31que ele passou pra mim a Baderneira.
00:34Mas antes eu era jornaleira?
00:35Antes eu era jornaleira, e encadernadora, eu trabalhava em encadernação também.
00:42Durante esse tempo que eu tinha um pouco de correlação com a Amazônia, sempre vender sua Amazônia nesse tempo?
00:47Sempre vender o Amazônia, já vai fazer vinte e cinco anos, e é vinte e cinco anos que tamo na venda da Amazônia também.
00:55E aí, aqui hoje, é no seu ponto da Baderneira, você atende quantos jornaleiros, como é a sua quantidade de gente aqui?
01:02É, eu tenho quinze jornaleiros aqui, né, deles, e o que eles mais levam mesmo é o Amazônia, eles mais gostam da Amazônia.
01:11Acaba rápido a Amazônia?
01:12Rápido, o Amazônia.
01:13Primeiro que o liberal?
01:14Isso, primeiro que o liberal.
01:15Olha, eu, assim, sou muito grata, né, ao jornal do liberal, ao Amazônia, tudinho, porque é um, acho que seja uma diversão nossa,
01:27porque a gente viveu já há muito tempo com o jornaleiro, e a gente gosta muito dele, a gente só uma família, né,
01:35só uma família aqui unida, entendeu?
01:37Então, eu sou muito grata pelo jornal, né, que a gente se sente muito bem aqui,
01:44que somos bem colhida pelo pessoal também do liberal, sempre que precisamos de alguma coisa, a gente for lá, a gente está bem atendida por eles.
01:52Então, é uma, para mim, uma diversão.
01:55Entrega na padaria para nós ali, que deixa jornal, acho que a padaria para vender, eu mesmo tenho um ponto fixo lá na 9 de janeiro, lá com a Gentil.
02:04Então, faço essas entregas por aqui, distribuo para alguns jornaleiros aqui, depois vou colar para o ponto fixo lá na 9,
02:10onde eu fico lá até umas 9 horas da manhã, mais ou menos, já dá para sair, para poder fazer a cobrança,
02:15para depois vir para cá trazer a sobra, para ela somar, amarrar, que é para levar a sobra no liberal.
02:22Eu sou muito mais antigo, tenho cerca de 40 anos de jornal, mais ou menos, quer dizer que a Amazônia vai fazer 25, né,
02:28por exemplo, por aí tu tira.
02:29Mas, é desde o primeiro dia da estreia, no caso, desde a estreia.
02:33Mas, de lá para cá, eu acho que veio para somar, né, então tudo que veio para somar é bom.
02:38Também, porque lá, a minha clientela, lá, é mais pessoas antigas, pessoas antigas não usam muito o celular ainda, né.
02:46E como também não tem muito tempo, tem que trabalhar, tem que ajeitar filhos, netos, essas coisas,
02:51então, preferir uma Amazônia justa para isso, já que ele vem resumido, né, muito mais rápido de se ler e entender.
02:58Não, eu não só trabalhava na Amazônia, eu sempre trabalhei em feira, né, vendendo outras coisas.
03:03Depois, que eu me meti no jornal para dar um apoio a ele, né, porque naquele tempo vendia muito,
03:12hoje em dia a quantidade já é menos, né, por causa da população.
03:17Hoje em dia tem muita internet, a Jamundi fica muito.
03:20É, tem a clientela fiel, tem aqueles que querem porque querem.
03:25Já deixo logo de, olha, deixa o meu jornal, deixa o meu jornal, tem que deixar, porque é freguês fiel.
03:32Eu tenho uma faixa de 10 jornaleiros, né, 10 jornaleiros, mas cada um leva uma quantidade, né, é essa faixa.
03:41Dia de domingo eu tenho mais, tenho os 15.
03:44A importância do meu trabalho é, de vir trabalhar, ter que levar a notícia, né, e ter que também vir para ajudar os jornaleiros, né,
03:55porque tem jornaleiros que dependem daqui, tem jornaleiros que dependem desse jornal.
04:00Poucos, poucos, mas dependem.
04:02Como eu estou explicando, a venda diminuiu, né, a venda diminuiu, mas tem jornaleiros que dependem daqui.
04:11Aí, como o Mauro disse, que veio para somar o Amazônia, né, que é mais leve.
04:20Tem muita gente que não gosta, é só papel, só papel.
04:23Mas aí é mais leve, né, tem muita gente que não gosta dos outros jornais, gosta do Amazônia mesmo.
04:29O Amazônia hoje, quando ele surgiu, ele era um jornal colorido, assim, mais para a pessoa, para a classe mais média.
04:48A classe da elite, geralmente, era o liberal.
04:51E para a classe mais média, era esse aqui, porque era mais barato.
04:54Mas um jornal que tem um conteúdo muito importante.
04:57O que você quer aqui, tem aqui.
05:00Só que aqui é mais completo.
05:01Mas tem aqui na Amazônia.
05:03E depois que botaram essas gadas aqui na frente, o jornal melhorou mais ainda.
05:07O pessoal quer muito ver gata.
05:09A mais cabada que já está naquela idade de 50, 60 anos,
05:12ele aqui é colírio para os olhos, pô.
05:15É, pô.
05:17Essa é a vida do jornal.
05:19O Amazônia, ele veio para cumprimentar.
05:22Hoje em dia já não vende como antigamente,
05:23porque já era da internet, né?
05:26Uma concorrência muito desleal.
05:28Mas aquele povo, aquele público que é fiel ao jornal, continua.
05:33A gente vai levando a vida nesse tempo aí.
05:36Eu me acordo, três e meia.
05:38Aí eu vou para a bandeira.
05:40A empresa manda o jornal para a bandeira.
05:43É lá que eu pego, eu tenho um ponto lá.
05:45De lá eu saio distribuindo, fazendo essa entrega.
05:48Eu tenho um ponto fixo lá em Nazaré.
05:50Aí o pessoal chega, vão apanhar lá comigo o jornal.
05:54Aí fica mais fácil para distribuir esse jornal.
05:57E se eu for sair atrás de um cada um, ficava muito impossível.
06:00E lá não, eu chego lá e pego e vou embora.
06:02É um ponto fixo que eu tenho lá.
06:05É assim que é feita a distribuição do jornal.
06:07Eu considero isso uma coisa muito importante,
06:09porque eu aprendi a ter disciplina.
06:14Aprendi a ser mais responsável.
06:18Ser uma pessoa mais compreensiva que as outras.
06:22E criar família.
06:23Ser uma pessoa disciplinada.
06:26Apesar de eu ser ofendipado.
06:27ofendipado de pai.
06:29Mas uma coisa que eu quero pedir foi saber entrar e saber sair.
06:33Isso faz muito parte em mim e da minha jornada.
06:35Da compreensão que eu acho que a pessoa...
06:38Às vezes vem dinheiro, vem faltando.
06:41Mas a gente releva, porque as coisas às vezes não são fáceis, são difíceis.
06:45Mas depois de vem, repõe.
06:47É uma confiança mútua.
06:50Ele vai pegar a corda e leva depois.
06:51E a gente vai levando a vida.
06:54A gente faz família, são meus companheiros.
07:21A gente faz família, são meus companheiros.
07:24A gente faz família, são meus companheiros.
07:25A gente faz família, são meus companheiros.
07:26A gente faz família, são meus companheiros.
07:27A gente faz família, são meus companheiros.
07:28A gente faz família, são meus companheiros.
07:29A gente faz família, são meus companheiros.
07:30A gente faz família, são meus companheiros.
07:31A gente faz família, são meus companheiros.
07:32A gente faz família, são meus companheiros.
07:33A gente faz família, são meus companheiros.
07:34A gente faz família, são meus companheiros.
07:35A gente faz família, são meus companheiros.
07:36A gente faz família, são meus companheiros.
07:37A gente faz família, são meus companheiros.
07:38A gente faz família, são meus companheiros.
07:39A gente faz família, são meus companheiros.

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