O tarifaço promovido pelo governo americano e o fundo ambiental serão temas prioritários dos chanceleres do grupo Brics. Eles estarão reunidos nos dias 28 e 29, no Rio de Janeiro.
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00:01Os desdobramentos da guerra tarifária e a pressão sobre os países mais ricos para
00:06aumentarem investimentos em fundos de combate às mudanças climáticas são dois temas prioritários
00:11para a presidência brasileira do BRICS. Foi o que afirmou neste sábado o secretário de
00:16Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Maurício
00:20Carvalho Lírio. O embaixador também é Sherpa, do Brasil no bloco, que reúne 11 países,
00:26entre eles China e Índia. Os Sherpas são interlocutores que desempenham um papel estratégico
00:31na articulação de acordos, definição de agendas e mediação de interesses entre os países
00:37membros do bloco. Esses dois temas e outros serão abordados no encontro entre os chanceleres
00:43do BRICS nos dias 28 e 29 no Rio de Janeiro. Os ministros estão negociando uma declaração
00:51com vistas a reafirmar a centralidade, a importância do sistema multilateral de comércio e, portanto,
01:01das negociações comerciais multilaterais como o eixo principal de atuação nessa área do comércio.
01:08Nós estamos negociando para os líderes uma declaração justamente sobre financiamento do combate
01:15à mudança do clima. Então, esse é um tema central. O Ceará também é discutido pelo chanceleres,
01:20porque discutirão justamente o reforço da governança global e um dos elementos centrais
01:26da governança global é o regime de clima, de combate à mudança do clima e, obviamente,
01:30a questão do financiamento é absolutamente central em combate à mudança.
01:34Entre as propostas está a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com o objetivo
01:39de movimentar economias de baixo carbono. Países ricos, com histórico poluente muito superior
01:44aos demais, teriam de se comprometer a investir mais recursos na manutenção do fundo.
01:50Segundo o embaixador, outro tema que estará no centro das discussões é a reforma do Conselho
01:55de Segurança.