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Moradores da favela do Moinho, em São Paulo, realizaram um novo protesto nesta terça-feira (13), após a presença da Polícia Militar na região. A manifestação teve início com focos de incêndio nos trilhos do trem, o que causou a paralisação da circulação. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo, Marcelo Branco, comentou o assunto.

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Transcrição
00:00Olha, agora nós vamos voltar a falar sobre os protestos na favela do Moinho,
00:05que tá entrando agora, ao vivo, pra trazer informações aqui pro Linha de Frente, pra Jovem Pan,
00:11o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo,
00:16que é o doutor Marcelo Branco.
00:20Secretário Marcelo Branco, boa tarde, obrigado por acessar aqui a Jovem Pan,
00:24o senhor estava assistindo ao nosso programa, assistindo ao Linha de Frente,
00:29obrigado pela audiência, quais as informações o senhor tem a respeito disso?
00:32Por que que tá dando esse tumulto? As pessoas não tinham sido avisadas?
00:37Olha, Capês, boa tarde, boa tarde a Linha de Frente, a Jovem Pan,
00:41meus amigos da Jovem Pan, estavam realmente assistindo, quando vi você falar desse assunto,
00:45e tinha questão aí da gente poder prestar esses esclarecimentos.
00:50Veja o seguinte, lá nós temos em torno de 800 pra arredondar,
00:54vou falar números aqui mais arredondados, 850 unidades de habitação,
00:59seja barracos, casas e tal, 850.
01:03Ao longo desses últimos, digamos, oito meses,
01:06nós temos conectado com essas pessoas,
01:09chamado essas pessoas pra conversa,
01:12estamos fazendo um convencimento dessas pessoas todas
01:17de que existem locais e modos mais saudáveis e melhores
01:22pra essas pessoas viverem, tá certo?
01:25Lá é um local absolutamente insalubre,
01:29muito perigoso pras crianças,
01:31fica no meio de duas linhas de trem,
01:32já teve atropelamento, já teve fatalidade ali em atropelamento por trem,
01:37já tivemos mais de três ou quatro incêndios grandes ali dentro
01:41que colocam todas essas famílias em risco.
01:43As unidades funcionais são completamente inadequadas,
01:46escorpião pra todo lado,
01:48as construções têm risco de queda,
01:52então é um lugar absolutamente inadequado pras pessoas viverem.
01:55E nós, ao longo desses oito meses,
01:58criamos um escritório fora de lá, da CDHU,
02:01de propriedade da CDHU, mas fora da favela,
02:03pra que não houvesse exatamente esse constrangimento,
02:05as pessoas falarem que as pessoas estavam sendo constrangidas
02:09ou forçadas a se mudar, nada disso.
02:10Nós fizemos um escritório fora de lá
02:12e estamos, através dessas reuniões com a comunidade,
02:17ao longo desses meses, como eu estou citando,
02:20já fizemos mais de 2 mil atendimentos a essas pessoas
02:24fora de lá da favela.
02:25Escritório da CDHU mostrando quais são as possibilidades,
02:28quais são os projetos que nós temos,
02:30qual seria o atendimento pra essas famílias.
02:32E isso veio surtindo um efeito muito positivo,
02:37ao ponto de eu poder te contar que nós já temos quase 90% da população
02:41aderindo ao projeto da CDHU,
02:44aos diversos projetos que nós oferecemos a eles.
02:47Então, das 850, nós temos aí aproximadamente 750,
02:52um pouco mais, que aderiram ao projeto,
02:54que querem sair daquela favela.
02:57O que ocorre lá?
02:58Aquele lugar tem uma coordenação muito grande do crime organizado.
03:04Você que acompanha isso, um promotor público,
03:07um cara que conhece o centro da cidade,
03:08conhece o estado de São Paulo,
03:10conhece essas questões de segurança pública,
03:12sabe que o abastecimento, inclusive da Cracolândia,
03:16mas de toda a região central da cidade,
03:18é feito através de distribuição ali,
03:20que fica ali dentro da favela do Murilo.
03:22Isso não tem nada a ver com essas pessoas,
03:24que nós estamos falando dessas comunidades,
03:26dessa comunidade, mais de 2.500 pessoas de bem que vivem lá,
03:31750, 800 barracos, e que vivem aí 2.500 pessoas.
03:36Mas a coordenação desses criminosos está ali dentro da favela.
03:41E essas pessoas que são os criminosos,
03:43alugam as casas para os moradores.
03:45Esses moradores, eles não são proprietários
03:47desses barracos, dessas casas.
03:48Eles pagam 600, 700 reais de aluguel.
03:51Então, se por um lado você tem um grupo muito grande,
03:54que é 90% da população que quer sair,
03:56e manifestou isso por escrito já para a CBHU,
03:59nesses diversos atendimentos que nós fizemos,
04:01também você tem um grupo de aproveitadores e oportunistas
04:05que não quer que essas famílias saiam,
04:06primeiro porque isso garante uma circulação e uma proteção a eles,
04:10essa circulação de pessoas que tem ali dentro,
04:13para que eles tenham mais resguardo nas suas atividades criminosas,
04:16mas também a questão do aluguel.
04:20Eles têm aí, tem pessoas lá dentro que têm 60, 70 imóveis alugados
04:25para essas pessoas exploradas.
04:26Então, nós estamos falando de duas realidades.
04:29Uma realidade de uma população de bem que quer sair daquele local,
04:33garanto a você que quer sair, nós temos isso documentado.
04:36E outra, que é uma mobilização aí de pessoas que não querem que essa favela
04:41saia do centro da cidade.
04:43Então, a nossa indignação hoje é que você, quando vê aí,
04:48veja as imagens de ontem à noite, quando eles fizeram uma manifestação,
04:52não tinha mais do que 15 ou 20 pessoas, que são os agitadores,
04:55são as pessoas mais perigosas, e que estão fazendo essa mobilização
04:59no sentido de criar uma imagem de que os moradores lá não querem sair.
05:04E o que não é a realidade, as pessoas querem sair, são pessoas que têm,
05:08elas já têm, nós temos mais de 590 famílias dessas 700 e 70
05:12que já aderiram aos problemas de BHU.
05:15Nós temos mais de 590 famílias delas, que já escolheram, inclusive,
05:19os imóveis para onde serão levados, alguns deles em construção,
05:24e, portanto, essas famílias serão levadas por um outro imóvel provisório
05:28em aluguel, e alguns outros já prontos, inclusive no centro da cidade.
05:32Então, é uma situação bastante diferente daquilo que esses criminosos
05:39querem demonstrar através dessas manifestações criminosas
05:42que você vê, inclusive, interrompendo linha de trem,
05:44botando fogo dentro da favela, do lado de fora, botando fogo nas linhas de trem.
05:49Mas, então, essa é a realidade ao qual nós estamos nos deparando
05:55nessa movimentação.
05:57Agora, digo para você o seguinte, o Estado tem obrigação
06:00de oferecer para essas pessoas a oportunidade de uma vida melhor,
06:04uma vida nova, uma vida digna, fora dessa comunidade
06:07e desse local onde eles vivem.
06:10Secretário, as casas que estão sendo demolidas
06:13e as casas que está havendo resistência para que não sejam demolidas,
06:20são casas que estão habitadas ou casas que já foram deixadas
06:25pelos moradores que entraram em acordo com a Secretaria.
06:30Todas as casas estão sendo demolidas, elas estão vazias.
06:35Todas as casas estão sendo demolidas.
06:37Os moradores que nelas habitavam deram uma autorização por escrito
06:41para a Secretaria que fizesse o demonte da casa
06:44e, portanto, não há nenhuma casa que esteja sendo demolida
06:49e que tivesse utilidade para essa família que já foi removida de lá.
06:53Secretário, se não há, são famílias que estão sendo retiradas,
06:58ou seja, são terceiros, baderneiros,
07:02o senhor está em contato com a Secretaria da Segurança Pública
07:05para que as pessoas que estão impedindo a demolição
07:08e não são moradoras sejam identificadas
07:11e sejam responsabilizadas?
07:14Porque nós vimos aí, deputados, o próprio ouvidor da polícia,
07:17o palco está ficando pequeno aí.
07:19Tem alguma forma de esclarecer a verdade?
07:22Que a melhor forma de esclarecer a verdade é identificar
07:25quem está criando o tumulto?
07:30A operação da Secretaria...
07:32Vou falar já da questão da segurança,
07:35mas a operação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação,
07:38a responsabilidade nossa,
07:39é da condição para que as pessoas que estão lá e queiram sair
07:43tenham o direito de sair.
07:45Essa é a questão.
07:46Não é que estão sendo forçadas a sair,
07:49mas nós temos ali praticamente 2.500 pessoas,
07:53eu falei para vocês 750 famílias,
07:55se você puser aí a três ou quatro pessoas,
07:57cada família nós estamos falando acima de 2.500 pessoas.
08:00Então, nós temos lá identificadas pessoas que assinaram documentos
08:05com a CDHU e com a Secretaria,
08:07manifestando o seu desejo de sair de lá
08:10se tiverem uma oportunidade do lado de fora.
08:12Bom, essas pessoas estavam sendo impedidas de sair.
08:16Ao longo das semanas que nós temos feito esse trabalho
08:19de remoção dessas famílias,
08:21é o Estado que vai lá,
08:22nós oferecemos caminhão de mudança,
08:24nós oferecemos os trabalhadores para carregar as coisas dessas famílias,
08:28nós levamos essas famílias até o destino,
08:31até a unidade habitacional onde elas vão ficar,
08:33seja provisoriamente ou seja de forma definitiva.
08:36Então, nós temos feito um trabalho acompanhando essas famílias
08:39e levando família à família.
08:41Então, nós queremos que essas famílias tenham o direito de escolha,
08:46o direito de sair de lá e não serem tratadas como
08:49pessoas manipuladas por esses criminosos.
08:54Bom, nós pedimos o apoio da polícia
08:56e a polícia foi nos apoiando na medida da necessidade.
09:01Na última semana, semana passada, a polícia estava lá também,
09:04do lado de fora da comunidade, da favela,
09:07só dando um apoio, caso houvesse alguma interferência dessas pessoas
09:13que estão com más intenções, de deixar as famílias saírem.
09:18Nesses dias de ontem e hoje, as pessoas começaram a ser ameaçadas,
09:23as pessoas queriam se mudar de lá, queriam sair,
09:26começaram a ser ameaçadas por aqueles que se dizem donos da favela.
09:30E aí, a polícia foi entrando na favela de forma, de novo,
09:35a dar o apoio para que essas famílias pudessem sair.
09:38Então, entravam equipes sociais da CVHU,
09:41iam lá na casa da família que já tinha a sua mudança agendada conosco,
09:45fazia o carregamento dessas móveis dessas famílias,
09:50ou dessa família, nas nossas vans ou nos nossos caminhões,
09:54para fazer o transporte da unidade habitacional.
09:57E as equipes de demolição também entravam lá e faziam a demolição das unidades habitacionais.
10:03Só para te dar uma ideia, ao longo dessas últimas semanas,
10:07nós fizemos praticamente 170 mudanças, 170 famílias nós tiramos de lá.
10:12E fomos fazendo o emparedamento das casas que eram desocupadas,
10:17de forma que não houvesse invasão.
10:18Nos últimos dias, começou a haver re-invasão dessas unidades,
10:22quer dizer, por essas pessoas que estão lá dentro
10:24e que fazem esse movimento comercial de locação dessas casas.
10:29Então, nós achamos por bem entrar com a Prefeitura,
10:32a Prefeitura fez um laudo dessas unidades todas,
10:34viu que todas eram unidades de risco, unidades mal construídas,
10:37que não tinham nenhuma estabilidade estrutural.
10:41E aí nós começamos a fazer a demolição.
10:43Quando nós começamos a fazer a demolição,
10:44aqueles que se achavam donos da favela
10:48e que queriam, por exemplo, se apropriar dessas unidades
10:51que estavam vazias para alugar para novos explorados,
10:54se sentiram, portanto, ameaçados no seu interesse econômico
10:59e começaram a agredir os funcionários da CDHU,
11:02onde tivemos funcionários agredidos fisicamente por essas pessoas.
11:07Então, hoje optamos por pedir um a um recurso da polícia
11:10e a polícia foi entrando de grupos, grupos de oito policiais,
11:14acompanhando cada uma das equipes da CDHU,
11:17tanto aquelas que faziam a remoção das famílias,
11:20quanto aquelas equipes que iam lá para fazer a demolição,
11:23como você está mostrando aí nas suas imagens.
11:25Acontece que aí esses criminosos começaram a subir o tom,
11:29começaram a botar fogo nas linhas de trem,
11:33começaram a jogar pedra, houve tiro dentro da favela,
11:36pedir, portanto, para as nossas equipes saírem,
11:39e aí a polícia administrar esse conflito,
11:43que passa a ser um conflito de crime e não um conflito social.
11:47Isso que eu falei, secretário, não sei se o senhor tem informação,
11:51da necessidade desses agitadores que estão praticando crime
11:54serem levados à delegacia para serem identificados,
11:58para que não fique numa narrativa de que moradores estão sendo despejados
12:02contra a sua vontade, e sim de que o crime organizado está manipulando pessoas.
12:07Daí eu dizer se estava agindo a secretaria entrosada
12:11com informações que a Secretaria da Segurança Pública.
12:14Agora, eu tenho uma pergunta a fazer aqui para o senhor também.
12:19Alguns moradores estão dizendo que há uma confusão
12:23entre demolição e descaracterização.
12:26tem algum fundamento técnico nessa expressão que foi usada?
12:33Ou demolição ou descaracterização?
12:36E qual seria a relevância de fazer a distinção desse conceito?
12:41Estão aí falando muito alguns moradores ou falsos moradores
12:45estão usando essa expressão.
12:46Não, não é demolição, é descaracterização.
12:49É algum neologismo ou tem alguma base técnica nessa distinção?
12:53Secretário, não estou te ouvindo.
13:05Bom, nós estamos aguardando aqui, nós vamos fazer novamente um contato,
13:09são informações importantes.
13:10Rodolfo Maris, você foi em cima da pinta.
13:13Quer dizer, as casas que estão sendo demolidas
13:16são casas de pessoas que concordaram em sair,
13:19que fizeram a negociação, não estavam satisfeitas lá,
13:22e as casas estão sendo demolidas.
13:25E segundo o secretário, é uma denúncia gravíssima.
13:28As pessoas que estão aí impedindo, colocando fogo em trilho,
13:33são pessoas que estão sendo manipuladas pelo crime organizado,
13:37pressionadas pelo crime organizado,
13:39ou fazem parte de algum movimento político ideológico,
13:42ou são próprios membros da organização criminosa.
13:45Nesse ponto, essa é uma informação que parte agora.
13:49Nós estamos falando sobre fatos do secretário de desenvolvimento urbano,
13:52doutor Marcelo Brão Cardinale,
13:54que, aliás, é um secretário experiente.
13:56Eu pergunto a você, a polícia, então, não precisa deter essas pessoas?
14:00O capitão está sorrindo, está conversando,
14:03ninguém está falando em violência,
14:04mas conduzir até o distrito policial para identificação,
14:07para saber quem é quem.
14:08Capês, a desocupação sempre...
14:13Nas desocupações sempre ocorreram esse tipo de incidência.
14:17E a polícia militar, ela está agindo de forma estratégica,
14:21tendo em vista outras desocupações.
14:24Por exemplo, primeiro eles mapearam toda a comunidade,
14:28ao longo desses dias eles vão conversar com essas pessoas,
14:31líderes comunitários,
14:32e ao longo de que os dias avançam para essa desocupação,
14:36a polícia arma uma força-tarefa para fechar as bocas de drogas,
14:41bocas de fumo,
14:42a fim de desmantelar todo o comércio de drogas dentro dessa comunidade.
14:47E uma vez que o comércio de drogas, de ilícitos,
14:50nessas comunidades sejam cessados,
14:52aí sim há uma desocupação muito mais harmoniosa,
14:55e muito mais tranquila e pacífica.
14:57O papel da polícia militar nesse momento está correto,
15:00está em não criar mais alarde, não criar mais confusão,
15:04já tendo em vista que está uma balbúrdia aquilo ali,
15:06a polícia militar age de forma contundente
15:08e respeitando as ideias dos moradores,
15:11tentando colocar na cabeça dos moradores
15:12que eles estão ali para agir pacificamente,
15:14mediante uma ordem judicial.
15:16Ou seja, há todo o planejamento da polícia militar.
15:19Mas o que me espanta,
15:20e eu queria muito escutar isso do secretário,
15:22é o papel do líder comunitário nesse momento.
15:25Se o líder comunitário dessa comunidade
15:26está mais pró-rebilhão,
15:30ou se ele está, de fato, colaborando com a desocupação.
15:33Porque o líder comunitário, dentro de uma comunidade,
15:35ele exerce um poder de influência muito grande.
15:38O secretário Marcelo Branco restabeleceu o contato.
15:41Secretário Marcelo Branco,
15:43duas perguntas aqui para o senhor.
15:44Primeira pergunta.
15:46Algumas pessoas que estão aí,
15:48nós estamos com o nosso repórter,
15:49Misael Mainetti, que se encontra no local,
15:51estão falando que há uma diferença
15:53entre demolição e descaracterização.
15:56Tem algum sentido técnico nesta diferenciação?
16:02Alguma consequência prática nesta diferenciação?
16:05Ou é simplesmente um neologismo criado aí
16:08para criar confusão na cabeça das pessoas?
16:12Capês, normalmente nós consideramos descaracterização
16:16uma demolição mais manual.
16:19Então você começa tirando o telhado da casa,
16:22tirando as portas, tirando janelas,
16:23tirando a estrutura da casa,
16:26mas não chega a quebrar o piso
16:28depois da casa toda desmontada,
16:31vamos dizer, sem paredes, sem telhado,
16:32sem janelas, sem portas.
16:34Você não tira o piso, não tira as fundações e tal.
16:37Essa parte mais pesada,
16:39que é o que eles chamam de demolição,
16:41você entra depois com máquinas
16:42para fazer, depois quebrar esse piso,
16:45tirar essas peças mais pesadas,
16:47vamos dizer, da construção.
16:49Então, hoje nós estamos fazendo essa demolição
16:53ou essa descaracterização,
16:55que é uma demolição manual.
16:56Nós entramos sempre com as pessoas,
16:59com marreta, até com martelete e tal,
17:01mas não entramos com máquina.
17:03Não por qualquer motivo,
17:05senão porque, como as casas são muito próximas
17:08umas das outras,
17:10eventualmente se a gente entrar com uma máquina
17:12pode ferir aí ou abalar alguma construção
17:16que não é aquela que é foco da demolição.
17:18Então, existe uma certa diferenciação,
17:21mas não existe nenhum impedimento
17:23de que nós façamos a demolição.
17:26Nós optamos por fazer esse desfazimento
17:29ou essa descaracterização de forma manual
17:32simplesmente para que não haja um abalo
17:35das estruturas de outras unidades habitacionais.
17:38Algumas pessoas lá dentro estão usando isso
17:41como uma forma de dizer
17:42que o que nós estamos fazendo é equivocado
17:44ou é uma forma errada de fazer o desmonte dessas casas.
17:48Eu diria que é absolutamente infundado
17:51e é levantar mais uma questão
17:55simplesmente para confundir e tumultuar
17:58o processo de remoção dessas famílias
18:00que merecem sair de lá.
18:01É uma questão meramente operacional,
18:04é desmontar as casas que têm que ser desmontadas,
18:06chame de demolição ou seja descaracterização.
18:08A gente espera que o governo receba essas informações
18:11e atue entrosadamente
18:12e identifique quem são os criminosos
18:15que estão impedindo o trabalho da polícia
18:17e pressionando a população a fazer o protesto
18:19com base na informação passada pelo secretário.
18:22Muito obrigado pela sua participação
18:24no nosso Linha de Frente.
18:26Vamos encerrando então o programa de hoje,
18:28estendemos um pouquinho,
18:28agradeço a audiência
18:30e agora vocês viram com o 3 e 1
18:31com o Evandro Cine que já está na espera.
18:34Valeu, Capês.
18:35Um abraço para vocês aí do Linha de Frente.
18:36Acompanhávamos a entrevista por aqui.

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