Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, avaliou de Nova York os impactos do acordo entre China e Estados Unidos para suspender tarifas por 90 dias. Ele também comentou a valorização do dólar, a queda do ouro e o potencial do Brasil para atrair investimentos na Brazilian Week.
Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump
🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!
Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasil
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00E a gente volta a falar sobre o acordo entre China e Estados Unidos para diminuir por 90 dias as tarifas recíprocas.
00:10Sobre o assunto eu tenho o prazer de conversar agora com o Will Castro Alves, que é estrategista-chefe da Avenue,
00:17que sempre nos atende de Miami, hoje está em Nova York, mas daqui a pouco eu chego nessa razão.
00:23Boa noite, Will. Queria começar a falar de tarifaço suspenso por 90 dias.
00:29Voltamos então às condições normais de pressão e temperatura ou a Bolsa ainda está com o pé atrás?
00:35Porque afinal, quando se trata de Donald Trump, a gente nunca sabe o dia de amanhã.
00:40Boa noite mais uma vez, Will.
00:43Boa noite, Marcelo. Boa noite a todos que estão nos assistindo.
00:46De fato, seria quase inimaginável se a gente voltasse no tempo e se eu estivesse aqui falando sobre o efeito do tarifaço,
00:54você disse, olha, não vai acontecer nada, daqui a 30 dias vai estar tudo resolvido.
00:59Não está tudo resolvido, é verdade, você postergou por 90 dias essa negociação entre Estados Unidos e China,
01:07mas o comentário, as declarações do Scott Bassett foram muito favoráveis e eu acho que é isso que deu o tom do mercado.
01:13O mercado gostou daquilo que ouviu.
01:16O secretário do Tesouro americano, ele veio com um tom amigável, dizendo que vão ter mais conversas,
01:20que daqui a algumas semanas vão se encontrar de novo.
01:23E a interpretação do mercado é que, bom, os dois gigantes, as duas potências globais,
01:27elas caminham para se entender que seria o razoável, seria o normal.
01:32Mas não necessariamente as coisas que são normais e razoáveis e racionais acontecem muitas vezes.
01:38E isso que foi colocado nos preços logo no início, né?
01:41Aquela postura dura da Casa Branca, tarifando o mundo inteiro, que foi sendo relativizado depois dos dias seguintes,
01:49hoje teve aí, digamos assim, um desfecho, entre aspas, final até aqui, e os mercados comemoraram.
01:57Final por quê?
01:58Um acordo que parecia bastante improvável, se falava muito em acordo com a Índia, se falava em acordo com a Coreia,
02:04a gente teve um acordo com o antigo amigo e aliado, o Reino Unido, né?
02:09Mas o acordo com a China, ele parecia bem mais distante, aquela ideia do, com a China o buraco é mais embaixo, né?
02:16E o que a gente teve ao final de semana foram conversas muito positivas entre as duas potências,
02:20que fizeram cair essas tarifas por 90 dias para negociar, e com uma postura de novo,
02:27que nem eu falei do secretário Scott Bassett, secretário de Tesouro americano, interlocutor principal da economia,
02:32uma postura muito positiva, dizendo que Estados Unidos e China devem caminhar aí, enfim, né?
02:38Para conversas avançadas, melhorando, enfim, para chegar a algum acordo.
02:43E aí o mercado comemorou, né?
02:45Agora, Will, sempre que a gente conversa, ou quase sempre, aparece o nome dólar.
02:51O dólar teve um fortalecimento do dólar hoje, o melhor resultado em mais de dois meses,
02:59uma queda na força do ouro, isso também é uma leitura importante.
03:05Porque a gente começou a falar de bolsa, ok?
03:07Os índices bastante positivos ali em Wall Street, Dow Jones, o Nasdaq, o SP500,
03:13mas olhando ali para os lastros da economia mundial, o ouro e o dólar, mais o dólar do que o ouro,
03:20o fato de um, a moeda, ter se valorizado, o ouro, ter perdido aquela potência que ele ganhou aí
03:28durante esses últimos 100 dias aí de governo Trump, também é uma sinalização importante para o investidor?
03:36O recado do mercado foi muito claro, né?
03:38Você tem uma reação em cadeia.
03:39Como assim, que reação em cadeia é essa?
03:41Bom, a interpretação é a seguinte, se as duas potências globais, elas não vão mais brigar,
03:44vão chegar a um acordo, toda aquela expectativa de que o PIB mundial,
03:48o PIB global ia sofrer muito, a atividade econômica, ela ia contrair, ela ia parar,
03:54porque China não compra mais Estados Unidos, Estados Unidos não compra mais da China e por aí vai?
03:57Tudo isso se desfaz, ou pelo menos se relativiza.
04:00E aí, se a gente vai continuar tendo o crescimento econômico,
04:04abre-se espaço para menos cortes de juros.
04:07Até porque a atividade econômica aqui nos Estados Unidos, ela está resiliente,
04:12a gente tem visto os dados de confiança do consumidor abalado,
04:15mas é verdade que os dados da atividade da economia e os próprios resultados corporativos
04:19mostraram que a economia segue bem, segue resiliente.
04:23Então, você tem uma economia que pode até estar desacelerando,
04:28mas tira-se aquele risco de uma recessão mais forte com Estados Unidos e China brigando.
04:33A gente viu os títulos de dívida, os yields, né?
04:36Americanos, todos eles subindo com a interpretação de que, olha,
04:38não tem tanto espaço assim para cortar juros, os juros devem permanecer elevados,
04:43porque a economia continua rodando.
04:46Se os yields sobem, isso acaba puxando também o dólar, fortalece o dólar,
04:51que foi o que a gente viu, o índice DXY que valorizou bastante frente a outras moedas do globo,
04:58em especial o euro, franco, suíço, as moedas europeias.
05:01E também, obviamente, que se o dólar se fortalece, os títulos de dívida americana se fortalecem,
05:08acaba que o ouro enfraqueceu, num cenário onde a geopolítica começa a se acalmar um pouco.
05:14A gente viu, inclusive, o índice de volatilidade também,
05:17cair abaixo do patamar de 20, que é um patamar já considerado baixo.
05:21Então, índice de volatilidade mais baixo, favorecendo ativos de risco,
05:26enfraquecendo um pouco o ouro, fortalecendo o dólar e os yields dos títulos americanos.
05:31Esse é um resumo da ópera.
05:33Agora, Will, na sua imagem de fundo, a gente vê a belíssima Nova York,
05:37numa noite primaveril.
05:39O Will está aí por causa da Brazilian Week.
05:42O que representa essa semana para nós criarmos uma vitrine para o coração econômico do mundo?
05:51Funciona esse momento para nós chamarmos investimentos para o Brasil?
05:56O Brasil está num bom momento para chamar investimentos, Will?
05:59Olha, eu diria que o Brasil sempre oferece boas oportunidades.
06:06Essa aqui é a verdade.
06:07O Brasil é um país com potencial gigantesco.
06:09Sei que a gente é brasileiro, é um pouco viesado.
06:12Mas eu que nasci no Rio Grande do Sul, morei no São Paulo, Rio, Sudeste,
06:17visitei já o Brasil inteiro.
06:19Quanto mais você visita o Brasil, mais você vê potencial no Brasil.
06:22Então, eu diria que sempre existe espaço para investimentos no Brasil.
06:26E é isso que a gente tem que explicar aqui para os gringos, né?
06:30Como a gente fala.
06:31E a Brasil Week é uma excelente oportunidade para isso, né?
06:33Você tem os grandes bancos brasileiros que estão fazendo eventos aqui.
06:37Você tem a CEO Conference do Itaú, tem CEOs das diversas empresas brasileiras.
06:41Nós, da Avenue, estamos presentes aqui também, participar de alguns painéis,
06:45de alguns eventos, para falar um pouco do que é mercado de investimentos no Brasil.
06:51Brasileiros que também têm descoberto a América e investido cada vez mais em dólar,
06:55com uma forma de proteção àquilo que sempre temos oportunidades,
06:59mas também sempre há riscos de se investir somente no Brasil,
07:03especialmente para os brasileiros.
07:05Agora, para os gringos, já tem uma parte, grande parte do patrimônio aqui fora.
07:08ter a alternativa e uma opção de investir no Brasil,
07:12ela é, sem sombra de dúvidas, interessante.
07:16Cenário econômico brasileiro, que não é lá dos melhores.
07:21A gente tem uma desaceleração de crescimento, uma inflação que ainda...
07:24Tem umas expectativas que não estão tão bem alcoradas,
07:27mas o Banco Central está fazendo trabalho para controlar através dos juros.
07:31Por outro lado, um governo que tem uma política fiscal mais leniente,
07:35a gente não sabe como é que vai ser, tem eleição ali na frente.
07:37Agora, de novo, olhando e pensando a longo prazo,
07:41o Brasil continua oferecendo, como sempre ofereceu, oportunidades para investir.
07:47Às vezes o que falta um pouco é a segurança jurídica, política,
07:50contrariando um pouco daquilo do discurso do presidente Lula,
07:53nem sempre o Brasil oferece todos esses pontos
07:57que são extremamente importantes para investidores globais.
08:00Queria agradecer a conversa que eu tive com o Will Castro Alves,
08:03estrategista-chefe da Avenue, está lá em Nova Iorque.
08:06Ao longo da semana a gente se conecta de novo com o Will
08:09para ele contar um pouco mais aí da Brazilian Week.
08:12Will, bom restinho de noite de segunda-feira, a gente se fala.
08:15Tchau.
08:16Tchau.
08:17Tchau.