Na Super Quarta, o diretor de investimentos da Nomos, Beto Saadia, analisou, em entrevista ao Money Times Brasil, as expectativas para as decisões de juros no Brasil e nos EUA, e os possíveis impactos no mercado.
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NotíciasTranscrição
00:00E o mercado financeiro está na expectativa nesta quarta-feira esperando o anúncio do ajuste da taxa de juros no Brasil pelo Copom e lá nos Estados Unidos pelo FED.
00:11O diretor de investimentos da Nomos, Beto Saad, está aqui no Money Times para conversar com a gente sobre as expectativas em torno desses índices.
00:19Tudo bem, Beto? Boa tarde para você. Bem-vindo de volta.
00:23Tudo bom, boa tarde. É um prazer estar aqui novamente.
00:25Felipe Machado, nosso analista, participa da conversa também.
00:28Bem, Beto, quais são as suas expectativas para as duas decisões de hoje?
00:33Pode começar pelo FED, pelo Banco Central do Brasil.
00:37Você acha que o mercado já precificou nos Estados Unidos o ajuste da taxa de juros por lá?
00:44Sim, já precificou e nos Estados Unidos está até mais precificado essa decisão que ocorre daqui a pouquinho.
00:51Agora nos Estados Unidos, por parte do FED, de manutenção agora da taxa de juros americana.
00:57E provavelmente ainda é esperado mais uma manutenção na próxima reunião também, tá?
01:02Então, o que os Estados Unidos passam agora é um momento de bastante certeza em que, gente, vamos lá, é a primeira reunião, é a primeira superquarta que acontece depois daquele Liberation Day, daquele dia que o Trump mostra, aquele cartaz enorme, com todas aquelas tarifas para os países, inclusive como principal alvo a China.
01:23Então, esse é a primeira superquarta, por isso que vai ser muito curioso também a coletiva de imprenta depois com o Powell.
01:28E também para a próxima reunião a gente espera mais uma manutenção e uma expectativa maior de inflação por conta de tudo isso nos Estados Unidos.
01:35No Brasil, a gente tem aí uma expectativa de 50 pontos, não é tão óbvio assim, existe uma minoria do mercado que ainda está apostando numa alta menor de 25 pontos, mas a gente ainda acredita numa alta de 50 e, provavelmente, aí sim, na próxima reunião de junho, a manutenção dos juros chegando, depois de muito tempo, o fim de mais um ciclo de alta de juros no Brasil.
02:01Felipe, sua pergunta para o Beto.
02:03Legal, Beto, boa tarde.
02:05Não, você falou bem, uma minoria aí está acreditando que pode ser 0,25, mas a maioria, como você disse, também está no 0,50.
02:14Você acha que essa vai ser a última subida de juros pelo Copom nesse ano?
02:21Obrigado pela pergunta, eu não acho, eu acho até que é um pouco ingênuo a gente achar que a pressão inflacionária aqui no Brasil se encerrou, eu acho que não é o caso.
02:29Na verdade, existe uma ameaça até que pode vir de fora, eventualmente, numa recessão maior dos Estados Unidos, que pode levar o nosso dólar ao patamar muito próximo ao que estava ali próximo dos 6 reais.
02:42É um risco que está no radar e também do nosso lado aqui existe o risco fiscal.
02:47A demanda agregada ainda está muito forte.
02:50A gente vê cada vez mais estímulos fiscais e parafiscais vindos do próprio governo, sendo que a gente nem entrou em ano eleitoral ainda.
02:57Então, isso pode pressionar o consumo e acabar pressionando a inflação.
03:01Em relação à valorização da nossa moeda, é importante dizer que ela ocorreu sim, mas grande parte dessa valorização ocorreu em janeiro e fevereiro.
03:09Ou seja, a reunião anterior do Copom, de alguma forma, já estava incorporado toda essa valorização do real pós virada de ano.
03:19Desde a última reunião do Copom para esse dia que a gente está hoje, não teve uma valorização do real tão expressiva assim.
03:27Então, não acho que isso vai ser um ponto crucial dentro do comunicado como um todo.
03:31Roberto, quero aproveitar a sua presença aqui para te pedir para trazer para a nossa audiência a informação de por que essas decisões são tão importantes,
03:41por que a gente está todo mundo de olho nelas, como é que elas podem impactar o mercado financeiro e a vida das pessoas,
03:48ainda que elas não estejam ali tão ligadas ao meio econômico diretamente.
03:52Exato, e mais ainda quando acontece o que a gente está vivendo hoje, que é a super quarta, que é a combinação de duas reuniões extremamente importantes de bancos centrais,
04:05que é a nossa própria aqui, brasileira, quanto a americana, que também muito nos afeta, principalmente porque grande parte do nosso volume de investimentos,
04:14de bolsa de valores, de renda fixa e tudo mais, ele depende muito do fluxo estrangeiro e grande parte desse fluxo, sim, é americano.
04:21Mas essas decisões de bancos centrais, elas têm como objetivo final colocar a nossa inflação na meta.
04:29Eles são ali o arcabouço do nosso xerife da inflação e isso justamente atinge principalmente as camadas mais pobres da população.
04:41Quando a gente tem uma inflação muito próxima à meta ou uma inflação baixa, a gente tem uma economia com menos desigualdade
04:47e uma economia onde principalmente os passos mais baixos conseguem ter um poder de compra muito relevante.
04:55Perfeito.
04:56Felipe, mais uma só.
04:56Opa, Beto, eu queria te perguntar uma coisa que sempre quando a gente vê essa história de super quarta, com as duas decisões no mesmo dia, sempre me vem à cabeça.
05:04No Federal Reserve Bank, a gente tem um mandato duplo, ou seja, eles ficam de olho na inflação, mas eles também estão de olho no emprego.
05:13Então, eles têm duas tabelas, dois objetivos com a decisão da taxa de juros.
05:20No Brasil, como é que funciona?
05:21É apenas a inflação?
05:23Está na hora do Banco Central brasileiro ter também algum outro tipo de mandato duplo?
05:27Ter um olhar um pouco mais social?
05:28Ou apenas a inflação já é suficiente no caso do Brasil?
05:31Como é que você vê essa diferença entre os dois bancos centrais?
05:36Perfeito.
05:36E no caso do Brasil, mesmo se houvesse ali um olhar mais próximo em relação ao mercado de trabalho,
05:43ainda assim o Banco Central perceberia como o nosso mercado de trabalho está extremamente aquecido.
05:49Inclusive, um dos pilares ali da pressão na inflação através da inflação de salários.
05:53Ou seja, eu escuto muito que o Banco Central, principalmente daqueles...
05:57As pessoas um pouco mais leigas de que o Banco Central tem o interesse de gerar um desemprego estrutural
06:04para colocar a inflação na meta.
06:05Então, isso não é verdade.
06:06Na verdade, o objetivo do Banco Central é gerar um desemprego no curto prazo
06:10para que o emprego no longo prazo se mantenha estável e crescente.
06:15Então, em relação ao duplo mandato, obviamente o FED é muito mais à luz disso no FED,
06:22essa questão do duplo mandato, porque a inflação nos Estados Unidos existe um tratamento bem diferente.
06:29Lembra que a própria meta de inflação para o americano não é uma coisa muito antiga como é no Brasil,
06:34é uma coisa nova.
06:35O FED sempre teve um alvo de inflação.
06:38Só depois da virada dos anos 2010 que o FED passou a ter, de fato, uma meta cravada em pedra
06:43no seu estatuto, como é assim no Brasil.
06:46Então, para os Estados Unidos, a inflação, como é um país que não tem uma memória hiperinflacionária
06:52como nós brasileiros tivemos nos anos 90, não é tão necessário ser um guardião tão firme
06:57da inflação nos Estados Unidos, porque ela não dispara por qualquer motivo.
07:01É diferente um pouco no Brasil.
07:02E aí me vem, esse assunto me vem exatamente na cabeça aqui, agora a frase do Alckmin,
07:08de querer criar uma espécie de um núcleo de inflação para o Banco Central ter perseguido.
07:16Não existe isso, não deveria existir.
07:18Obviamente, o núcleo de inflação, que é aquela inflação que exclui alimentos e energia,
07:23ele é um instrumento extremamente relevante para a tomada de decisão do Banco Central,
07:27mas a gente sabe que o Banco Central tem que ter a meta de inflação,
07:30que é o IPCA, que é exatamente a cesta de consumo e representa, de fato, o que o brasileiro consome,
07:36e obviamente tem as suas evoluções e tudo mais.
07:39Nos Estados Unidos, você consegue usar outros instrumentos alternativos,
07:43você consegue, eventualmente, até ter, ser um guardião menor da inflação,
07:47porque a memória inflacionária do americano, ela é muito menor,
07:51a economia é menos indexada à inflação.
07:54Os salários lá, eles não evoluem conforme a inflação,
07:57os contratos de aluguéis nem sempre evoluem conforme a inflação,
08:01assim como a educação e tudo mais.
08:02No Brasil é diferente.
08:03No Brasil, tudo é muito indexado à inflação.
08:06Então, precisa de um carinho especial,
08:09considerando também que a gente é um país emergente,
08:11de uma moeda que não é tão forte quanto o dólar.
08:14Interessante esse ponto que você trouxe,
08:16do fator histórico, cultural, emocional até,
08:20como que tudo isso impacta nas decisões monetárias, financeiras.
08:26E, pegando em bala, então, na minha pergunta anterior,
08:29que eu te pedi para explicar,
08:30por que é tão importante a gente ficar de olho,
08:32como que a superquarta influencia na vida das pessoas reais,
08:35você explicou bem a questão do controle da inflação,
08:38a importância disso, o impacto que ela tem na vida das pessoas,
08:42especialmente de baixa renda.
08:43Agora, a taxa de juros também,
08:46que é o resultado, de fato, da superquarta,
08:50muda tudo no comportamento dos investidores
08:52e nas decisões das empresas.
08:54Beto, queria te ouvir um pouco sobre isso também.
08:57Pois é.
08:58E a superquarta, ou a reunião do cupom e a reunião do PED,
09:01ela, na verdade, acaba corroborando
09:03grande parte do que o mercado já espera.
09:06Então, se você for ver pela movimentação de mercado,
09:10pela volatilidade,
09:11e quem olha o dia inteiro na tela,
09:13percebe que a reunião do cupom,
09:16as reuniões de bancos centrais,
09:17elas não mexem tanto assim com o mercado no dia seguinte.
09:21Geralmente, essas mudanças ocorrem,
09:23por exemplo, do outro lado de Brasília,
09:25que é quando o governo,
09:27eventualmente,
09:28anuncia medidas que aí sim são inflacionárias.
09:31Ou, por exemplo,
09:31quando sai um índice de inflação
09:33um pouco acima do esperado,
09:35quando a gente tem, por exemplo,
09:36uma crise climática,
09:37como eventuais,
09:38como ocorreram alguns eventos no ano passado,
09:41e principalmente quando o governo,
09:44e aí eu estou falando do lado fiscal,
09:45não é mais do lado monetário,
09:47porque o Banco Central,
09:48ele tem um instrumento,
09:49ele tem poucos instrumentos
09:51para colocar essa inflação na meta.
09:53É praticamente a taxa de juros
09:54que ele tem como trabalhar.
09:55Grande parte do arcabouço de instrumentos
09:57que existe para colocar a inflação na meta,
09:59e aí sim uma inflação de longuíssimo prazo,
10:02mora do outro lado de Brasília,
10:04mora do lado fiscal,
10:05do governo, do Congresso,
10:06eles que têm que fazer as políticas públicas
10:08importantes para justamente
10:11colocar a inflação na meta,
10:13aí sim, para o longuíssimo prazo.
10:15E aí sim que o mercado se mexe
10:17quando acontecem esses eventos,
10:19por exemplo,
10:19do anúncio do Trump,
10:21de tarifas internacionais,
10:22de medidas fiscais
10:25e parafiscais do governo,
10:26que coloca a nossa dívida
10:27como,
10:29coloca a percepção
10:30de que a nossa dívida
10:31é insustentável,
10:33então o que mexe mesmo
10:34com o mercado
10:35e que aqueles contratos
10:36de juros futuros
10:37que negociam diariamente na Bolsa
10:38são esses fatos
10:40do que eu falei.
10:41Perfeito.
10:42Felipe, mais uma sua.
10:43Beto,
10:44a gente está vendo uma,
10:46desde a incerteza econômica
10:48que os Estados Unidos
10:49está provocando no resto do mundo,
10:51a gente tem visto o dólar
10:51dar uma desvalorizada.
10:53Você acha que se o dólar
10:53desvalorizar mais um pouco,
10:55a gente pode ter algum espaço
10:56para queda de juros
10:57aqui no Brasil,
10:59tendo vista que daí
11:00teria um pouco mais de dinheiro
11:01para investir na produção,
11:03na indústria,
11:04na economia local?
11:08Pode sim.
11:09E a gente já viu
11:10até algum fluxo estrangeiro
11:11entrar no Brasil.
11:12Eu não gostaria
11:13que a melhora da nossa inflação
11:14viesse pelos ventos externos,
11:16mas ele está acontecendo,
11:18não tem como negar isso.
11:18De fato,
11:19a nossa moeda,
11:20que é o real,
11:20se valorizou bastante
11:21em relação ao dólar
11:22e de fato também
11:23a gente não pode deixar
11:24de levar em conta
11:25o preço do petróleo
11:26que caiu mais de 10 dólares
11:27desde a última reunião do Copom
11:31e o preço de outras commodities
11:33também que vão acabar ajudando
11:34na inflação dos alimentos
11:36e acabar entrando
11:37nos produtos secundários
11:39a essas commodities,
11:41petróleo e real.
11:43Eu gostaria que a gente
11:44fizesse nosso dever de casa
11:45do lado fiscal
11:46para aí sim a gente ter
11:47uma inflação controlada
11:48durante mais tempo.
11:50Mas o que está acontecendo
11:51é exatamente isso
11:52e talvez até seja
11:53uma vontade do Trump
11:54querer desvalorizar o dólar.
11:57Dado que ele queira,
11:59dado que ele quer
11:59fomentar
12:02o mercado secundário
12:05de indústrias
12:06dentro do seu próprio país,
12:07é interessante
12:08que ele coloque o dólar
12:09num patamar
12:10mais desvalorizado,
12:11assim como fez
12:12diversos países exportadores,
12:14para não dizer
12:14a China até,
12:15que artificialmente
12:17durante muitas décadas
12:18desvalorizou
12:20sua própria moeda.
12:21O Trump quer fazer isso,
12:22grande parte dos ataques
12:23que ele faz ao pau
12:24são ataques quase que teatrais
12:26até para desestabilizar
12:28um pilar tão importante
12:30da economia americana,
12:31que é o Banco Central
12:31e que é a meta de inflação.
12:33Eu não acho que ele tem
12:33nenhum interesse
12:34em demitir o pau.
12:35O que eu acho que ele tem interesse
12:36é desestabilizar a economia,
12:38gerar essa incerteza adicional
12:40da economia
12:40para desvalorizar
12:41a própria moeda.
12:42E aí sim,
12:43ele conseguir
12:44esse fomento
12:46agora
12:46à indústria americana
12:48e a essa classe média
12:51americana
12:52com maior renda.
12:54Beto,
12:55as superquartas
12:57costumam vir acompanhadas
12:58de algum tipo
12:59de movimentação
13:00entre os investidores,
13:03nas bolsas de valores.
13:05O que você imagina
13:06que deve acontecer hoje?
13:07Qual conselho você daria
13:08para os investidores
13:09que estão acompanhando
13:10a superquarta
13:11e a nossa programação aqui?
13:14Perfeito.
13:15Eu costumo, sim,
13:16não tanto pela decisão em si,
13:17mas pelos comentários,
13:19pelas entrelinhas
13:19que acontecem.
13:20No comunicado,
13:21na decisão do Copom,
13:24essas pistas
13:25moram no próprio comunicado.
13:26Existem especialistas
13:27em ler comunicado,
13:29existem especialistas
13:30também em aplicar
13:30inteligência artificial
13:31para ler comunicado
13:32e o comunicado,
13:33aí sim,
13:34ele fala sobre o futuro,
13:35porque a decisão em si
13:36já está muito precificada.
13:37E, em relação ao FED,
13:40é até mais interessante,
13:41por que não dizer,
13:41até mais divertido,
13:42porque você tem
13:44não só a decisão,
13:45como você tem
13:45a coletiva de imprensa,
13:47que é um,
13:48talvez,
13:48um ritual até
13:50super perigoso
13:51para o próprio
13:51presidente do FED,
13:53porque você tem
13:54uma série de jornalistas
13:55ali insistindo
13:56em perguntas
13:58muito habilidosas
13:59até,
14:00e, eventualmente,
14:01o pau acaba soltando
14:02alguma coisa.
14:03Grande parte dos movimentos
14:04de mercados
14:05mais bruscos
14:05em relação ao FED,
14:07por exemplo,
14:08não foi na decisão
14:10e não foi nem
14:10no comunicado oficial,
14:12que ele vem
14:12todo trabalhado,
14:13é quase que litúrgico até,
14:15ele vem na entrevista,
14:17que é um freestyle,
14:18como a gente pode dizer,
14:19é um improviso
14:21ali do próprio pau,
14:22em muitos momentos,
14:24o pau consegue ser
14:25muito habilidoso
14:26na sua fala,
14:28mas,
14:29depois de um tempo,
14:30depois de quatro
14:30ou cinco perguntas iguais,
14:32ele acaba,
14:33eventualmente,
14:33respondendo uma coisa diferente
14:35e aí o mercado se mexe.
14:36Então,
14:37nesse sentido,
14:37é até tudo muito interessante,
14:39por isso que a gente
14:40tem que acompanhar
14:40a coletiva do pau
14:41logo mais.
14:42E o comunicado
14:43do Banco Central,
14:44a gente tem que entender
14:45se ele vai dar
14:46alguma pista
14:46para aí sim
14:47onde mora
14:48a incerteza maior
14:49que é na próxima reunião.
14:50Eu ainda acho
14:50que a gente precisa
14:51de um acréscimo adicional
14:52de taxa Selic,
14:53mas é possível
14:54que o comunicado
14:56deixe essa janela aberta.
14:59Tem dois caminhos
15:00que o Copom
15:01pode tomar hoje
15:02com o comunicado.
15:02um de deixar
15:03as portas abertas
15:04para uma incerteza
15:05tão grande
15:06como a gente está vivendo
15:07e o outro
15:07é tomar uma decisão
15:09de maior rigor.
15:11Dado as incertezas,
15:12vamos ser mais rigorosos
15:14porque para o Brasil
15:14é diferente,
15:15como eu falei.
15:16O Brasil,
15:17você não pode abrir
15:18nenhuma brecha
15:19para ter um Banco Central
15:21não confiável
15:21pelo próprio mercado,
15:22pela própria população.
15:24Lembrando que o mercado
15:25não são só os agentes
15:26do mercado financeiro,
15:27são empresários
15:29da economia real também
15:30e os seus executivos.
15:32então você precisa
15:33transmitir
15:34uma confiança
15:36ainda maior
15:37aqui no Brasil
15:37em relação
15:38à meta de inflação
15:39enquanto nos Estados Unidos
15:40já é uma tarefa
15:42mais fácil.
15:43Tá certo.
15:44Então,
15:44Beto Saadja,
15:45diretor de investimentos
15:46da Nomos,
15:47muito obrigada
15:47pela entrevista,
15:50participação aqui
15:51no Money Times,
15:52trouxe para a gente
15:53motivos de sobra
15:54para continuar ligados
15:55na programação aqui
15:56aguardando
15:57tanto os números
15:58quanto as falas
16:00e esse jogo
16:00das habilidades
16:01do Powell
16:03versus os jornalistas
16:05nessa coletiva
16:06de imprensa.
16:07Obrigada,
16:07boa tarde para você.
16:09Boa tarde,
16:10eu que agradeço
16:10e vamos acompanhar
16:11aqui na CNBC.
16:12Tchau,
16:13Tchau.
16:14Tchau.
16:14Tchau.
16:14Tchau.
16:14Tchau.
16:14Tchau.