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Com inflação pressionada e risco de recessão, o Fed mantém os juros inalterados por enquanto. Segundo pesquisa da CNBC, o mercado prevê cortes graduais, chegando a 3,36% até 2026. Veja a análise de Alberto Ajzental e Vinicius Torres Freire sobre o impasse monetário dos EUA.

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Transcrição
00:00A pesquisa da CNBC também revelou as expectativas dos americanos sobre a política do Fed, o banco central deles.
00:07Os entrevistados não esperam um corte nas taxas de juros amanhã, mas muitos acreditam que esse corte deve acontecer ainda esse ano.
00:17Em meio a previsões de inflação mais alta, mas com uma preocupação ainda maior com uma possível recessão,
00:23os participantes da pesquisa estão confiantes de que o Fed vai cortar as taxas de juros, mas não acreditam que ele vai agir de forma preventiva.
00:32100% dos entrevistados dizem que o Fed vai manter as taxas inalteradas nesta reunião, e 77% concordam que não é hora de cortar agora.
00:42Mas com o tempo, a taxa deve cair para 3,71%, o que é cerca de 60 pontos base abaixo da taxa atual.
00:49Ao longo do ano, esperam que a taxa básica vá recuar, e mais ainda no ano que vem.
00:54Uma queda total de 100 pontos base até o fim de 2026, chegando a 3,36%.
00:59Quando perguntados o que o Fed vai fazer diante de preços mais altos por causa de tarifas, mas com um crescimento econômico mais fraco,
01:07esse é o grande dilema do Fed, 65% dizem que o banco vai cortar os juros.
01:12Isso subiu de 44% na pesquisa anterior.
01:15Só 26% acham que o Fed vai manter os juros nesse cenário.
01:19Antes, essa era a resposta da maioria em março.
01:22A mudança de opinião parece estar ligada ao aumento nas chances de recessão, especialmente após o dia da libertação em 2 de abril,
01:29junto com uma projeção maior da taxa de desemprego e a crença de que a inflação causada por tarifas vai estar mais controlada em 2026.
01:37Eu vou conversar agora com o Alberto Azental, nosso analista de economia.
01:42Alberto, boa noite para você.
01:44Queria saber o que você espera desse resultado do Federal Reserve amanhã, dos juros.
01:50Boa noite e boa noite a todos.
01:54No começo do ano, falava-se em dois cortes de 0,25.
01:58Dois meses depois, lá para fevereiro e março, já se falava em um corte de 0,25.
02:02E hoje, muito provavelmente, amanhã não vai ter corte.
02:09São mais seis reuniões, a de amanhã, depois mais cinco, até o final do ano.
02:14Quais são os índices que o FONC leva em consideração para definir?
02:19Um deles é a questão da geração de emprego.
02:22A geração de emprego, ela vinha caindo ao longo do ano passado.
02:26Mas, nesse ano, ela está girando em 180, 200 mil empregos por mês.
02:32Então, não é a questão da geração de emprego que vai ser quem mais vai influenciar.
02:38Depois, tem a questão do PCE.
02:41A PCE é a inflação das famílias.
02:44E a gente vai chamar uma arte e a gente vai dar uma olhada e entender como tem variado o PCE.
02:51E é o índice que mais está volátil.
02:55Esse é o PCE.
02:57A linha vermelha é a taxa de juros.
03:00Então, ela vinha perto de 5,50.
03:03Ela vinha em 5,50 ao longo do ano passado.
03:06E ela começou a cair no final do ano.
03:08E olha como a inflação das famílias, a meta de inflação é 2%.
03:13E olha como a inflação que vinha em 2,6, 2,7, como ela precede a queda dela, precede a queda da taxa de juros.
03:23Três meses antes para o FONC tomar a decisão de começar a cair.
03:27Chegou a 2,1, lembrando que a meta é 2.
03:30Mas, quando chegou lá em outubro, ela voltou a subir para 2,6.
03:35Ela está caindo.
03:36Mas o que acontece?
03:37O que acontece é que com o tarifaço e com toda essa insegurança que está acontecendo,
03:43esse índice que é muito relevante na definição da taxa de juros, pode voltar a subir.
03:50Então, o FONC vai ser muito cauteloso em tomar qualquer decisão, quer seja para subir ou descer.
03:59Então, o mais provável amanhã é que não tenha nenhuma variação nessa taxa e eles vão ficar em compasso de espera,
04:10observando a inflação das famílias, Cris.
04:12Obrigada, Alberto.
04:14Bom, vamos voltar com o Vinícius Torres Freire.
04:16Também queria te ouvir, Vinícius, sobre isso.
04:18O Federal Reserve está num dilema?
04:21Está.
04:21O Alberto já apresentou qual o problema?
04:24Emprego e inflação.
04:25E essa conversa a gente vai ouvir durante muitos meses, provavelmente até depois de julho.
04:31Para começar, não existe ainda nenhum indicador preciso, relevante, de que a atividade econômica nos Estados Unidos começou a cair em tendência de queda firme.
04:42Então, é porque até que não deu tempo.
04:45O efeito das tarifas vai começar a aparecer nos preços lá por maio, no final de maio, junho e julho.
04:51Segundo, atividade econômica.
04:53As próprias empresas americanas, agora na divulgação dos balanços, estão dizendo o seguinte.
04:58A gente desistiu de dar perspectiva para o nosso faturamento e lucro, porque o cenário é muito incerto.
05:04Elas sempre fazem isso quando divulgam o primeiro balanço do ano.
05:07Hoje foi a Mattel, que fabrica a Barbie e o carrinho Hot Wheels.
05:12Fabrica não, né?
05:13Ela projeta e é fabricado lá na China e no Sudeste Asiático para a alegria do Trump.
05:18Então, as empresas não sabem.
05:19Os números decisivos, como eu falei, começam a aparecer só em meados do ano.
05:24E mesmo assim, o FED vai ter que pensar.
05:26O que está pesando mais?
05:28Inflação ou queda da atividade econômica e do emprego?
05:32Essa inflação fica?
05:34Ela é perigosa?
05:35Ela pode se multiplicar e ir até o ano que vem?
05:37Ou ela passa logo depois do efeito inicial das tarifas?
05:40Isso também depende das expectativas inflacionárias.
05:43O FED, em geral, vai se preocupar mesmo com mais inflação.
05:47Mas ele não sabe se essa inflação vai ser de que tamanho, e se vai ser passageira,
05:51e se ela vai contaminar o resto da economia e pode se estender até 2026.
05:56Então, a gente vai ficar nessa novela, a não ser que aconteça uma catástrofe,
06:00ou o Trump recue de tudo o que ele fez.
06:02A gente vai ficar nessa novela até lá por agosto.
06:06Obrigada, Vinícius.

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