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A bancada do PDT na Câmara decidiu deixar a base do governo Lula (PT) após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social. Lupi, que também é presidente nacional do partido, afirmou que os deputados da sigla passarão a atuar de forma independente. A mudança ocorre em meio às investigações de fraudes no INSS, que motivaram a demissão de Lupi do cargo no governo federal.

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Transcrição
00:00Depois da saída do ministro Carlos Lupe do Ministério da Previdência, o PDT deixou a base do governo no Congresso.
00:06André Anelli, que vai trazer essas informações pra gente agora.
00:10Num primeiro momento, eles disseram que avaliariam, mas que a situação estava até bem.
00:15Agora o resultado veio e o PDT será o quê, André Anelli, no Congresso Nacional?
00:21Bem-vindo, meu amigo.
00:24Será independente, Evandro, nas palavras do próprio partido.
00:27Muito boa tarde a você, boa tarde a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:32Esse anúncio de que o PDT, que até então fazia parte da base aliada do governo, iria desembarcar do apoio ao Executivo,
00:40acabou não sendo uma grande novidade no Palácio do Planalto, que já esperava uma situação semelhante
00:46depois da saída de Carlos Lupe do Ministério da Previdência Social, ele que é, então, presidente do PDT.
00:53Houve a substituição dele por Volney Queiroz, ex-deputado federal, que era número 2 da pasta,
01:00era secretário executivo e também filiado ao PDT.
01:04Só que mesmo assim, o partido resolveu deixar o governo, porque na avaliação da sigla,
01:10a ocupação de Volney Queiroz nesse ministério acabou sendo uma indicação do presidente Lula
01:16e não especificamente do partido. E essa teria sido só a gota d'água para que a sigla deixasse o governo federal.
01:24Isso porque integrantes do partido acabam dizendo que já havia uma relação estremecida
01:30com o presidente Lula especificamente, como, por exemplo, no caso da liberação de emendas,
01:38em que o partido acabava ficando de lado e também na avaliação e apoio de projetos de interesse dos parlamentares
01:48e que foram apresentados pelo PDT, que também não contava com grande apoio do governo federal.
01:54Aqui no Congresso, o partido tem 17 deputados federais, 3 senadores, mas a avaliação é que não necessariamente
02:03vai começar a votar contra o governo. O partido disse que está aberto ao diálogo
02:10e a partir de então vai atuar de forma independente.
02:14A gente só contextualiza aqui, antes de devolver para você, né, Evandro,
02:17que nos últimos dias o União Brasil, que é considerado também da base aliada do governo federal,
02:23do chamado Centrão, se formou então com uma federação junto ao Progressistas,
02:28o União Progressista, o UP, e o discurso do lançamento dessa federação acabou trazendo
02:34uma oposição ao presidente Lula, uma vez que o partido, inclusive, já tem até um pré-candidato
02:41à presidência da República, que é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
02:45Então, na prática, seria pelo menos o segundo partido já se distanciando do governo
02:51há pouco mais de um ano das eleições. Evandro.
02:55Muito obrigado pelas informações, André Anelli. Ótimo trabalho para você em Brasília.
02:58A gente vai conversar mais ainda ao longo dessa edição do 3 em 1.
03:01Zé Maria Trindade, já quero falar desse remelexo aí em Brasília,
03:04porque o deputado Mário Heringer, né, que é líder do PDT lá no Congresso Nacional,
03:09na Câmara dos Deputados, mencionou o seguinte.
03:11Demos o primeiro passo, que é nos tornarmos independentes.
03:14Foi uma decisão unânime da bancada.
03:16Por que não vamos ficar na base do governo?
03:18Porque o governo não deu reciprocidade, não cuidou de proteger,
03:24dizendo e fazendo referência ao ministro.
03:26Já estamos em um clima muito ruim.
03:29Se existe a história da gota d'água, a gota d'água foi essa.
03:33O governo deixou o nosso partido fritando sem defesa.
03:39Que baque é esse, hein, Zé Maria Trindade?
03:41Pois é, eu vou explicar exatamente como está esse clima dos partidos políticos
03:48e a redistribuição ali entre governo e oposição.
03:53Foi um processo cuidadoso para tirar Carlos Lupe do Ministério da Previdência.
03:58Ele não queria sair, mas até aliados do governo disseram,
04:02olha, isso aí é um caixão, um defunto na sala, não dá para ficar.
04:08E aí acharam por bem fazer essa negociação e dar a Carlos Lupe o direito de indicar o novo ministro,
04:15que é o Vonei Queiroz, que era o braço direito dele,
04:18o gerentão que administrava o Ministério da Previdência, né?
04:22Agora ele é ministro.
04:24E não consultaram o PDT.
04:27O PDT tinha outras opções.
04:29Tá, o Carlos Lupe dirige o PDT ali com as mãos firmes, né?
04:34Naquele estilão, brisola.
04:36Mas há limites para isso.
04:38O PDT já estava há muito tempo reclamando e chorando pelos cantos.
04:43E o Carlos Lupe controlava.
04:44O Carlos Lupe dizia, não, calma, nós vamos aumentar a nossa participação no governo.
04:49Qual é a história do PDT?
04:50É de que é muito fiel ao governo, faz a defesa do governo,
04:54vota com as pautas do governo e tem um ministério que não é, para eles,
04:59tão importante assim, que é o Ministério da Previdência.
05:01Então, queria mais espaço, representação nos estados.
05:05Então, essa resistência no PDT já estava antes, né, desse processo.
05:12A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann,
05:16foi, por determinação do presidente Lula, com todo o cuidado.
05:19Na tentativa de fazer essa substituição, não conseguiu.
05:24Mas veja bem, há uma mudança geral ali na Câmara dos Deputados.
05:29Primeiro, o PL.
05:30A turma, o grupo que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro, tomou conta do partido.
05:36Isso foi uma novidade silenciosa.
05:38Até então, o líder era indicado pelo PL raiz de Valdemar Costa Neto.
05:44E agora, o grupo do ex-presidente chegou forte demais.
05:48Eu perguntei para o líder sócio de Cavalcantes, né,
05:52o que está acontecendo?
05:54O senhor não está provocando ciumeira lá?
05:56O PL não está?
05:58Arrediu essa posição firme, agressiva do PL?
06:01É um novo PL que produziu uma nova oposição.
06:04Essa é a realidade.
06:05Ele disse, não, aqui ninguém faz nada, assim, sem consultar e sem programar, não.
06:11Então, esta é a postura da oposição e dá-lhe CPI, dá-lhe pedido de impeachment e anistia,
06:18ou seja, a oposição se reuniu.
06:20Essa união dessa federação, superfederação, União Brasil IPP, provocou pruridos.
06:26E eu estou sabendo que vários deputados desta federação vão para o PL.
06:31O PL vai ficar muito mais forte.
06:33Ou seja, a previsão de tempo do Congresso Nacional é de trovoadas, ventos fortes e tempestades contra o governo, viu?
06:43Ô, Piperno, você já achava interessante que o governo abra o guarda-chuva, então, desde já?
06:49Ô, Evandro, o governo, nesse tema, ele não tinha alternativa.
06:54Ele tinha que fazer uma faxina no Ministério.
06:57Então, ele afastou o presidente do INSS e o ministro.
07:02O ministro pediu demissão com uma saída honrosa, porque, afinal de contas, como o Zé lembrou,
07:07ele era, se tratava já de um cadáver político dentro do governo.
07:12Você acha que essa faxina não poderia passar por articulação com o PDT,
07:15por uma indicação que viesse também por vontade do partido, não sendo Carlos Lupe?
07:19Então, agora o discurso é esse, mas, naquele momento, o PDT tentou salvar o Lupe.
07:28Muitas lideranças regionais do PDT se manifestaram na defesa do Lupe.
07:32E, por mais fiel que o PDT tenha sido em muitas votações,
07:37não podemos esquecer que a mais popular, vistosa liderança do PDT, que é o Ciro Gomes,
07:48ele é um opositor do governo.
07:50Então, o discurso do PDT, na verdade, ele tem aí esses antagonismos.
07:57Então, não cabia ao governo uma outra alternativa, a não ser se livrar realmente do ministro Carlos Lupe.
08:04Agora, quer dizer que o PDT, então, está incomodado porque o governo tirou o Lupe?
08:11Quer dizer, essa é uma posição que o partido vai ter que rever.
08:15sob pena, inclusive, não de ficar sem cargos, até porque o novo ministro também é do PDT,
08:22mas lá na frente, eleitoralmente, pagar por isso.
08:25Quer dizer, primeiro, foi o PDT, foi o ministro do PDT que atrasou o início das investigações.
08:32Porque se ele foi comunicado nove meses atrás e não tomou providência,
08:37ora, o que o PDT vai imaginar que o governo possa fazer?
08:42É óbvio que tinha que trocá-lo.
08:43Ô, Segreia, você acha que é livramento, então, para o governo federal?
08:48Não, não me parece. São 17 deputados, é muita coisa.
08:51Esse tipo de abandono aumenta o preço.
08:54Observar que o PDT, os seus deputados indicaram que vão ser independentes.
09:01Eles não falam de oposição.
09:02O fato de ser independente é, eu estou aberto à negociação.
09:06E essa negociação vai involucrar o cargo e o dinheiro.
09:11Agora, o governo, se quiser fazer coisa errada de propósito, não sairia tão bem quanto está saindo a coisa errada que estão fazendo agora.
09:20Porque foi nomeada uma pessoa do próprio partido que estava nas reuniões em que o Lupe como ministro e ele como vice-ministro
09:31estavam sendo alertados de que tinha irregularidades e coisas que chamavam muito a atenção no INSS, sem o aval do partido.
09:40E dentro das negociações, para não fritar tanto a Lupe, estava jogar a culpa no governo Bolsonaro, que, em teoria, essas fraudes teriam começado em 2016.
09:53Mas elas começaram em 2019, do Bolsonaro.
09:57Mas elas começaram em 2016.
09:58E aí vem, de novo, inclusive, coisas que quem hoje assumir a pauta do INSS, o Ministério da Previdência, ele pode se encontrar com muita coisa errada do próprio Lupe.
10:12Então, não deveria ser um ministério que seja dado para o próprio partido.
10:17Porque, óbvio, vai constar como tentativa de omissão.
10:21Vamos ver como conseguimos resgatar a honra e o trabalho do Lupe, que é nosso colega dentro do partido.
10:29Eventualmente, o PDT poderia ganhar outro ministério, mas o Ministério da Previdência não poderia, não deveria ir para o PDT.
10:37E muito menos sem avisar o PDT, que é o que aconteceu.
10:41Então, tudo saiu errado.
10:42Mas, tenham calma.
10:44Os erros podem se agravar em breve.
10:47Eu quero falar dessa tempestade com você, Gani.
10:49O Zé mencionou muito bem.
10:50União Brasil com o PP, que traz uma nova configuração.
10:54PL se tornando mais forte.
10:57Oposição esperneando muito mais e atingindo resultados a partir dessa estridência.
11:02E agora o PDT revoando, desembarcando.
11:05O que isso traz de consequências para o atual governo?
11:10Veja, o governo já estava bastante enfraquecido, com a popularidade em baixa,
11:15basicamente pelo problema inflacionário que atinge em cheio o governo e também o problema da segurança pública.
11:24E aí você tem mais essa.
11:25Agora, estoura um escândalo de corrupção.
11:29É verdade que isso começou em 2016.
11:31Mas a cifra aumenta absurdamente a partir de 2023.
11:38Vai para casa de bilhão.
11:40E estoura neste governo.
11:42Então, para a percepção da população, é natural que faça essa relação entre o estouro do escândalo de corrupção do INSS com a atual gestão.
11:55E isso enfraquece ainda mais o governo.
11:58O desembarque do PDT da base.
12:00Uma base que já era muito fragilizada, que depende muito de um apoio do centrão e não de apoio orgânico.
12:09Além do que, vamos lembrar que toda a briga de emendas com o Supremo continua.
12:15Não foi pacificada essa questão.
12:17Então, a situação do governo daqui para frente se torna muito mais difícil.
12:23E aí tem uma avenida para a oposição explorar.
12:28Que é justamente esse escândalo de corrupção do INSS.
12:32Agora, a oposição vai ter que fazer uma opção.
12:35Se vai colocar artilharia no PL da Anistia ou se vai colocar artilharia no escândalo de corrupção do INSS.

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