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DiversãoTranscrição
00:00Olá, bom dia! Bom dia! Na prateleira do supermercado, com produto pronto, é difícil visualizar todo o trabalho feito antes no campo.
00:19Hoje vamos ao Nordeste conhecer a jornada de um pimentão que mudou com ciência e tecnologia.
00:25O aumento na produtividade do pimentão cultivado aqui na Serra Cearense está associado ao controle biológico de pragas.
00:35A gente tinha uma dificuldade em realmente fazer com que a planta tivesse mais qualidade e a partir do momento que a gente implementou essas ferramentas, a gente viu que a planta respondeu de forma extraordinária.
00:46E veja outros assuntos do programa de hoje.
00:48A safra da cana-de-açúcar já começou nas usinas de São Paulo e a expectativa é de queda na produção por causa da estiagem prolongada do ano passado.
01:00No Rio Grande do Sul, o excesso de calor do último verão fez a colheita do carqui começar mais cedo.
01:08Em Pernambuco, a falta de chuva causa perdas para pequenos agricultores.
01:12Você gosta do seu café mais clarinho, mais escuro? Será que tem um ponto ideal para a torra do café?
01:20A produção de cana-de-açúcar deve cair pela segunda safra seguida.
01:45A colheita começou na região sudeste, que concentra o maior cultivo do Brasil.
01:49Nesta usina em Pitangueiras, a moagem da cana-de-açúcar já está em ritmo acelerado.
01:56E o produto que chega aqui sofreu bastante com o clima.
02:00A gente teve problemas no ano passado com seca e com queimada e também a gente teve um verão abaixo da média, né?
02:06Onde a época cana que mais se envolve.
02:08Então o nosso desafio é praticamente conseguir moer o que a gente moeu no ano passado.
02:13A safra anterior já era de perdas por conta das queimadas, que só em São Paulo devastaram mais de 260 mil hectares.
02:22Tinha cana perto da colheita e também jovem, o que afeta o ciclo atual.
02:28Tiveram que passar por um novo processo de plantio.
02:30Então acaba diminuindo também levemente a área de corte de canaviais para esse ano, né?
02:36Porque as reformas, elas precisam de mais um ano aí para ter canavial pronto para a colheita.
02:41A falta de chuva impactou a brotação da cana de açúcar.
02:45E o resultado, a gente consegue perceber, neste espaço.
02:48Aqui era para ter cana, mas a estiagem prolongada fez com que a planta não se desenvolvesse.
02:55Na fazenda do seu Roberto Rossetti, em Ribeirão Preto, o canavial também foi afetado pelas queimadas no ano passado.
03:02E o agricultor já sabe que a produtividade vai ser menor.
03:06Uma queda de uns 10 a 15% comparado com a safra passada, devido a esses problemas climáticos do ano passado.
03:15A Conab estimou uma queda de 2% na safra deste ano em todo o Brasil.
03:20Já em São Paulo, por conta desse cenário que vimos, a queda deve ser de quase 6%.
03:26A pouca chuva também prejudicou pequenos agricultores em Pernambuco.
03:31Em alguns lugares, a perda no milho foi total.
03:33Uma roça de milho com as espigas assim, mal desenvolvidas.
03:39Cenário que entristece seu adalto, que tem 3 hectares em Serra Talhada.
03:45A minha espera era que ia ser totalmente diferente.
03:48Começou muito bacana, muito bonito.
03:50Eu não esperava esse cenário que a gente está vendo hoje aqui na roça.
03:53E eu fico muito triste de ver hoje uma roça deste tamanho, toda perdida, toda nesse sentido aqui.
03:58Nós estivemos na propriedade dele na época do plantio, em janeiro.
04:04Seu adalto estava animado com as chuvas e esperava tirar 150 sacos de milho.
04:10Mas a água não caiu.
04:13E a lavoura, que era para estar no ponto da colheita, teve perda de 90% da safra.
04:19Vai ficar um prejuízo aí, mais ou menos, de 8 mil a passar.
04:25Por isso aí, viu?
04:26O período de crescimento do milho dura 100 dias.
04:30Aqui no sertão de Pernambuco, o agricultor costuma plantar logo no início do ano.
04:36Para garantir um bom desenvolvimento da planta, é preciso chuva, principalmente nos meses de fevereiro e março.
04:44E foi justamente nesse período que a estiagem pegou o agricultor de surpresa.
04:51O ano até começou com uma boa precipitação.
04:54Em janeiro, foram registrados 124 milímetros de chuva.
04:58Mas em fevereiro, esse volume caiu drasticamente.
05:03Foram apenas 10 milímetros.
05:0690% abaixo da média esperada para o mês.
05:09Então, a gente teve aqui nesse período, em torno de 45 dias de falta de chuvas, né?
05:18Vamos dizer assim.
05:19Porque aquelas precipitações de 5, 10 milímetros não foram suficientes para fazer com que o milho tivesse um desenvolvimento bem.
05:30Para a perda não ser total, seu Adalto está usando a palha do milho para fazer silagem, que vai servir de alimento para o gado na época que não tiver mais pastagem no campo.
05:43Para não perder de tudo, pelo outro lado tem um lugar, né?
05:47Pelo menos nesse...
05:49Já na propriedade do seu Geraldo, a situação foi ainda mais grave.
05:57A produção foi tão baixa que nem para isso vai dar.
06:01Ele vai precisar contar com o alívio do Garantia Safra, programa do governo federal que auxilia agricultores que tiveram perdas na produção.
06:11Perdeu completo. Não deu nada, não. A gente faz todo ano garantia safra, né? Vamos ver. Se sair...
06:19Já é uma ajuda.
06:20Já é uma ajuda, né?
06:21Mesmo com esses prejuízos, os agricultores mantêm um sentimento de fé e esperança no trabalho do campo.
06:29E afirmam que vão plantar de novo no ano que vem.
06:33A gente não pode desistir, não. Tem que continuar, porque o agricultor é forte. Sertanejo, nordestino é forte.
06:38O momento agora é de avaliar as perdas.
06:42Órgãos do Estado e União fazem vistorias para liberar o Garantia Safra.
06:46Veja outras notícias da semana no campo.
06:50Em Roraima, começou o plantio da soja.
06:53De acordo com a Associação dos Produtores do Estado, devem ser cultivados cerca de 130 mil hectares.
07:008% a mais que na safra anterior.
07:03O preço médio do leite recebido pelos produtores subiu pelo terceiro mês seguido e chegou a R$ 2,82.
07:11Apesar de o valor estar 15% acima de abril de 2024, ele é quase igual ao obtido no mês passado.
07:19Em São Paulo, foi realizada a 30ª edição da AgriShow, um dos mais importantes eventos do agronegócio do país.
07:26Entre os destaques estão máquinas agrícolas que usam a inteligência artificial para melhorar a produtividade das lavouras,
07:34pulverizadores com sensores que identificam as pragas e até um trator movido a etanol, que emite menos poluentes.
07:41O Brasil teve 2.185 registros de conflito no campo em 2024.
07:47O dado é da Comissão Pastoral da Terra e leva em conta, entre outras coisas, disputas fundiárias, casos de violência e de trabalho análogo à escravidão.
07:56O número é o segundo maior da série histórica, iniciada em 1985.
08:02E os preços do boi gordo.
08:05Em Arapongas, Paraná, a Arroba Vista foi negociada na sexta-feira por R$ 315.
08:10Mesmo preço de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul e Lençóis Paulista, São Paulo.
08:16A média CPEA, com os preços do Estado de São Paulo, fechou a semana valendo R$ 318,85, uma queda de 1,6%.
08:26O Rio Grande do Sul está com uma boa safra de caqui.
08:30A colheita, inclusive, começou um pouco mais cedo.
08:34O clima ajudou. Tem muita fruta nos caquiseiros.
08:37A gente está com uma expectativa de ter uma fruta com uma qualidade bem superior e um rendimento muito maior do que o ano passado.
08:46Segundo a Emater, a safra deste ano deve ser 15% maior do que a anterior e chegar às 45 mil toneladas.
08:55Só Caxias do Sul, maior produtor do fruto no Estado, é responsável por quase metade da colheita.
09:01A gente teve um inverno com bastante frio e depois, durante a floração e a formação dos frutos,
09:08a gente teve um clima mais seco, sem chuvas em excesso, como tinha ocorrido na safra anterior.
09:14Isso favoreceu bastante a qualidade da fruta e também a quantidade, a colocação dos frutos nas plantas.
09:21A chuva, abaixo da média, em fevereiro e março, fez algumas frutas amadurecerem mais cedo.
09:28Aí os produtores tiveram que antecipar a colheita.
09:32Foi o que aconteceu na propriedade do Diego.
09:35Eles começaram a colher 15 dias antes do esperado.
09:39A colheita, como nós somos pequenos produtores,
09:42eu e minha mãe, a gente colhe tudo ali, a nossa safra, vai amadurecendo mais,
09:47vamos colhendo até chegar à colheita final.
09:49Com cada vez mais caqui sendo colhido e a expectativa de uma grande safra,
09:55o preço da fruta deve ser mais baixo.
09:58O quilo da variedade Kyoto está sendo vendido a R$ 3,60.
10:03R$ 3 a menos do que na safra anterior.
10:06Os produtores buscam alternativas para tentar um valor mais atrativo.
10:11O Eduardo tem estrutura para manter o fruto resfriado por até dois meses.
10:15Aí dá para esperar o melhor momento para vender.
10:18Você não consegue, às vezes, ter venda para toda essa fruta.
10:22Se você consegue segurar ela um tempo a mais,
10:25você consegue agregar um pouquinho de valor.
10:28Dali a pouco, daqui a um tempo, daqui a 20, daqui a 30.
10:31A colheita do caqui no Rio Grande do Sul vai até a metade desse mês.
10:36E daqui a pouco.
10:39Um projeto que transforma toneladas de lixo orgânico da cidade de São Paulo
10:43em adubo para as plantas.
10:45A gente volta já já.
10:46O município de São Paulo produz pelo menos 130 toneladas de resíduos orgânicos por dia.
11:07São frutas, verduras e legumes vindos de feiras livres, sem contar o que sai das casas.
11:13Pois é, Cris, mas parte disso pode virar um novo produto.
11:20Ela é mesmo uma cidade grande.
11:25Até um pouco caótica.
11:26São Paulo é essa caricatura exagerada.
11:32Tem luzes, sons.
11:36Tem cheiros.
11:38Se for de manhãzinha, cheiro de pão fresco.
11:42A Roberta começou cedo e se apressa para entregar a primeira encomenda.
11:46O Celso, bom dia.
11:48Bom dia.
11:51Jói, muito trabalho hoje?
11:52Muito.
11:53Então vai lá, um bom dia para você.
11:56Padaria e motoboy.
11:57Duas figuras para lá de paulistanas.
12:00Logo de cara, a gente imagina que a missão do Celso é entregar um pão fresquinho saído do forno.
12:05Nada disso.
12:06A sacola que ele leva está carregada de restos de alimentos, sobras do preparo de pães, salgados e doces.
12:18Uma vez por semana, o Celso leva esse lixo orgânico da Roberta para uma espécie de entreposto e segue caminho.
12:27Dali para frente, a tarefa é do Adriano, produtor rural.
12:30Ele então sai do bairro de Interlagos, na zona sul de São Paulo, e começa a voltar para casa.
12:40O destino é Parelheiros, no extremo sul da cidade.
12:46A avenida larga afunila, vira rua, vira terra e São Paulo já não é mais tão óbvia por aqui.
12:53E se São Paulo é conhecida por ser esse lugar absolutamente diverso, que tem de tudo um pouco,
13:03a zona rural não tem como ser muito diferente disso, não.
13:06Aqui não tem grandes criações, não tem implantação de muita coisa,
13:11mas o rolê que a gente viu acontecer é porque o produto dessa fazenda vai se dar da transformação,
13:17da matéria-prima que o Adriano está trazendo para essa estação de compostagem.
13:23Faz todo sentido você estar nessa localização, pertinho do centro urbano, é isso?
13:29Exatamente, a gente está dentro de São Paulo.
13:31As pessoas pensam no rural como se o rural fosse o interior, longínquo do centro.
13:36E a sua matéria-prima precisa da área urbana?
13:39Sim, a gente faz o processo de compostagem com resíduos sólidos urbanos.
13:44Aqui vai virar um insumo de extrema qualidade, que é um adubo orgânico.
13:50Tudo que entra nessa filha foi cuidadosamente selecionado.
13:55Os clientes que mandam o lixo para cá pagam para ver o resíduo orgânico bem aproveitado.
14:00Ideia que a Marina, esposa do Adriano, botou na cabeça ainda em 2009, quando morava na cidade.
14:06Veio de um incômodo meu de não mandar mais resíduo para o aterro.
14:10A gente começou com a minhocultura, vendendo o adubo,
14:14mas foi logo depois que o Adriano falou, não, eu tenho um lugar para você crescer.
14:17Foi então que esse sítio entrou na jogada.
14:22Ele era do bisavô do Adriano desde a década de 1940.
14:27Esse galpão era a possígua de uma criação de porcos.
14:30Abastecia um antigo matadouro da região.
14:33Com o tempo, o negócio mingou e o lugar passou anos sem uso.
14:37Em 2019 a gente viu esse lugar totalmente abandonado.
14:41Só que eu falei, ô louco, aqui tem uma grande possibilidade de a gente fazer algum tipo de empreendimento.
14:48A gente começou primeiro com a compostagem, mas a gente tem uma segunda frente que é a venda do adubo.
14:52Então a gente tem alguns lugares de revenda desse produto.
14:56E a gente tem a terceira que é a agrofloresta.
14:58Para mostrar que é possível ter essa integração entre a zona urbana e o rural.
15:03Estamos dentro da cidade de São Paulo com um espaço rural e que poucas pessoas ainda conhecem.
15:08O carro-chefe é a compostagem que cresceu de 4 toneladas de resíduos no primeiro ano para 100 toneladas em 2024.
15:17O material que chega da cidade passa primeiro por uma seleção.
15:21Só ficam os restos de alimentos que são misturados à serragem.
15:25E de pouco em pouco o Adriano enche as 4 leiras.
15:28Cada uma comporta 25 toneladas.
15:31A palhada de capim braquiária cobre a leira e serve de proteção para o trabalho das bactérias que vão decompor os resíduos.
15:40E esse trabalho gera calor.
15:42No momento da gravação, a temperatura nessa leira bateu 64 graus.
15:47Essa primeira etapa vai durar de 35 a 40 dias em uma alta temperatura.
15:52A partir daí ela começa a se estabilizar, a baixar essa temperatura.
15:56É quando a gente vai misturar esse material e a gente vai entrar na segunda etapa.
16:01Que é a segunda etapa que a gente chama de descanso, que é de maturação.
16:04Na fase de descanso, o composto nem parece mais um resto de alimento.
16:09Depois de revolver e cobrir, são mais 40 dias de espera.
16:13As bactérias fizeram a primeira fase e os fungos vêm para a segunda etapa quebrando essas moléculas mais duras.
16:20A partir daí, essa temperatura começa a abaixar a fermentação.
16:25E a gente vai fazer o que?
16:26A gente vai levar para a parte interna, abrir, deixar perder a umidade.
16:30Tendo estabilizado um controle de umidade com oxigênio, não tendo mais alta temperatura,
16:36você tem um adubo pronto para ser peneirado e de repente utilizado na agricultura.
16:40Leva até 100 dias para o resto de comida virar adubo.
16:51E assim, o produto vai para clientes como Albert, agricultor de orgânicos da vizinhança.
16:57Adubo de resíduo orgânico é maravilhoso.
17:00Existe uma diversidade de nutrientes,
17:03não sendo reduzido a alguns componentes como nitrogênio, fósforo e potássio.
17:10É o que a planta precisa.
17:11Ela vai encontrar nesse composto o que ela precisa para germinar.
17:14Dessa vez, quem precisa do adubo são as sementes de abóbora e pimenta cambuci.
17:20Tem ainda as mudas de alface que vão crescer nos canteiros.
17:26Além das verduras, o Albert produz frutas como o metilo.
17:30E panques, plantas alimentícias não convencionais, como a taiobra.
17:34A gente está no distrito de Parelheiros, no bairro do Barragem.
17:38A gente ainda está em São Paulo.
17:40E a gente produzir alimento aqui é um desafio imenso.
17:45Ao fim da colheita, a cidade que cedeu os resíduos recebe de volta uma cesta cheia de alimentos.
17:53A gente tem a couve, o milho, nós temos abóbora, cebolinha como tempero e beterraba.
17:59A gente precisa de mais gente apoiando a nossa iniciativa para que a gente possa fazer exatamente com que isso tudo circule
18:08e retorne para o campo de uma maneira de adubo e transformar isso em alimento.
18:19Quando esse trabalho começou em 2020, a Marina e o Adriano tinham 27 fornecedores de resíduos.
18:26Hoje, esse número já é quatro vezes maior.
18:29E veja a seguir.
18:31A Dona Maria do Piauí quer saber como fazer o descarte adequado dos dejetos dos porcos.
18:38Será que tem um ponto ideal para a torra do café?
18:54Hora de responder as dúvidas que chegam aqui para a gente, Pedro.
18:57Pois é, Cris. A Dona Maria da Natividade, de Elesbão Veloso, Piauí, cria porcos e quer saber como deve ser feito o descarte dos dejetos dos animais.
19:07Ela se preocupa com o riacho que passa pela propriedade.
19:10A Caroline Dunley tem orientações para você.
19:13Esta é uma unidade de ensino e produção do Instituto Federal de Brasília que fica em Planaltina.
19:21Aqui, estudantes do ensino médio técnico de cursos de extensão e de nível superior aprendem na prática a lidar com a criação de porcos.
19:29Dona Maria, existem leis ambientais que definem onde e como a senhora deve construir um criatório de porcos como este aqui.
19:38Cada estado tem suas regras próprias.
19:41Explica a zootecnista da EMATER, Cláudia Coelho.
19:44A gente deve conhecer a legislação ambiental daquele local.
19:48Aqui no Instituto Federal, a gente vai de acordo com a largura do córrego.
19:52Por exemplo, se o rio tiver 10 metros de largura, é preciso manter uma área de preservação permanente de 30 metros.
20:00A partir dessa distância do córrego, você já pode construir um criatório.
20:05Escolhido o local do recinto, Dona Maria, a senhora precisa definir o que fazer com os dejetos dos animais.
20:12Quando a gente faz o planejamento da sinicultura, a gente tem que analisar também a quantidade de dejetos que vai ser produzido no dia.
20:20Normalmente, um leitão, ele está produzindo 7 litros por dia.
20:26Lembrando que dejeto é água, resto de alimentação, além da urina e das fezes.
20:32Então, esse cálculo facilita muito para a gente definir qual a melhor alternativa para estar utilizando na propriedade.
20:38Os grandes criadores costumam preferir os biodigestores, um sistema fechado que decompõe o esterco animal com a ajuda de micro-organismos.
20:48Outra opção é a fossa séptica.
20:51Ela separa a parte sólida da parte líquida dos dejetos por um processo de sedimentação, passando por três tanques, ou seja, três etapas de tratamento.
21:02Mas tem um problema aí.
21:03Se a gente for colocar os custos, fazer o planejamento correto, a gente vai ver que a fossa pode ficar um pouco cara para o produtor.
21:13Se a gente colocar no papel, a gente vai ver que esse custo vai elevar a atividade de suínos.
21:19Uma alternativa para o pequeno criador é o uso da cama sobreposta ao piso do recinto.
21:25Segundo a zootecnista da Emater, uma solução mais fácil e bem mais barata.
21:31É onde a gente pega um material, pode ser uma maravalha, uma palha de arroz, o próprio capim seco que tem na propriedade e a gente forra a instalação da pocilga.
21:42E os animais são criados em cima dessa cama durante o ciclo de produção.
21:47A cama sobreposta deve ter entre 25 e 30 centímetros de altura e normalmente não precisa ser reposta ao longo do ciclo.
21:55O animal, ao andar, vai movimentando isso, essa cama, e vai fazendo esse manejo, essa compostagem natural.
22:05A gente só adiciona mais capim, se tiver muito molhado, a gente faz a troca.
22:09Essa palha, esse material que a gente chama de cama, vai estar absorvendo esses dejetos.
22:15Então, com isso a gente tem algumas vantagens.
22:17Diminuir as moscas, o odor e a gente está cuidando do meio ambiente.
22:22O uso da cama sobreposta, com certeza, proporciona um bem-estar do animal.
22:27É um passatempo para eles também, com certeza.
22:30Ao final do ciclo, essa cama pode ser usada como adubo, retornando ao meio ambiente, sem causar contaminação do solo.
22:38A gente pode pegar esse composto formado e usar diretamente nas frutíferas, em pastagem.
22:44É um excelente adubo.
22:45Aqui, o composto vai enriquecer o solo deste pomar, onde crescem jabuticabeiras.
22:52A Embrapa tem essa cartilha sobre a instalação de fossas sépticas.
22:59Você pode conferir lá no nosso site, g1.com.br barra Globo Rural.
23:04O Wesley Vieira, mineiro de Romaria, tem uma dúvida sobre café.
23:09Qual o ponto ideal para fazer a torra dos grãos?
23:12A Mariana Fontes conversou com um especialista.
23:16O calor transforma grãos crus em grãos aromáticos, prontos para serem moídos.
23:24Você escolhe o tempo e a temperatura para definir o ponto de torra do café.
23:30Para pegar essas manhas, agricultores fazem horas de curso aqui no Instituto de Desenvolvimento Rural, em Londrina, Paraná.
23:39Acho que a torra é o principal de todo o processo.
23:43Se eu fizer todo o trabalho que eu faço lá no clube, chegar na hora da torra, der errado, se perdeu tudo aquilo pelo caminho, né?
23:54Oi, Wesley.
23:55Esse aqui é o Denilson Pantin.
23:57Ele é especialista em qualidade de café.
24:00Trabalha avaliando os grãos.
24:03Ele vai explicar para a gente, né, Denilson?
24:05Qual que é a diferença entre essas torras?
24:07A gente está vendo várias colorações aqui.
24:09Isso.
24:09A gente tem alguns pontos de torra.
24:12Esse é o ponto de torra claro, o ponto de torra médio, o ponto de torra escuro e o ponto de torra extra forte.
24:20Basicamente são esses quatro com intermediários entre eles.
24:24Torra clara.
24:25Café de qualidade.
24:27Eu vou acentuar muito a acidez do café.
24:29Todas as nuances do café vão aflorar com essa torra.
24:33Mas a pessoa vai falar, ah, mas esse café está muito ácido, eu não gosto de acidez.
24:37Parece que está azedo.
24:38A torra média.
24:40Você mascara um pouco a acidez e carameliza mais o açúcar.
24:44E a torra escura.
24:45Que também você vai acentuar mais ainda o caramelo do café.
24:49E no caso da torra extra forte?
24:52Quando você tem uma matéria-prima com defeitos, você tem que mascarar esses defeitos.
24:57A forma de mascarar é você torrar mais forte.
25:00O Denilson moe os grãos do mesmo café, mas torrados em pontos diferentes.
25:06E põe a água para avaliar o sabor.
25:09Começando pela torra clara.
25:11Leve o corpo gostoso e a acidez está bem delicada.
25:16Muito gostoso, me agrada bastante esse tipo de torra.
25:18Isso.
25:19Vamos para a segunda.
25:21A acidez continua equilibrada, mas a doçura e o corpo é outro nível.
25:27Agora, a torra escura.
25:33Chocolate.
25:34A acidez já não está presente.
25:36Doçura ainda tem, mas a torra já começa a atrapalhar um pouco a característica do café.
25:42E por último, a extra forte.
25:47Realmente é um gosto bem forte.
25:49Um bom café, torrado em excesso.
25:51Não tem nada de extraordinário, mas esse é uma orgulha intenso.
25:55Isso atrapalha.
25:57Qual que é o melhor café?
25:59O melhor café do mundo é aquele que eu gosto, que é diferente do que você gosta.
26:04É uma questão pessoal.
26:06De gosto.
26:09Wesley, o tempo e a temperatura para torrar o café dependem do tipo de torrador que você vai usar.
26:15Nessa semana foi comemorado o Dia Nacional da Caatinga, bioma brasileiro típico do semiário do nordestino.
26:24E a gente tem uma dica para quem quer saber mais sobre a vegetação desse ambiente.
26:28Aponte a câmera do seu celular para o código que aparece no canto da tela.
26:32Você vai ter acesso a essa publicação da Embrapa sobre plantas ornamentais da Caatinga.
26:37São espécies resistentes a altas temperaturas e de beleza exuberante.
26:43Olha só essas árvores, arbustos e flores.
26:46O livro é todo ilustrado e as descrições são em português e inglês.
26:52O link para baixar esse material também está disponível lá no nosso site e é de graça.
26:57Venha fazer o Globo Rural com a gente.
26:59Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
27:01O número é o 119-8895-5505.
27:07Vale enviar mensagens de texto, foto e vídeo.
27:10E lembre de colocar o seu nome e o do seu município.
27:14Vamos aos eventos da semana.
27:17Curso de Agricultura Regenerativa em Rio Verde, Goiás.
27:20Feira do Agronegócio em Santana do Araguaia, Pará.
27:24Exposições agropecuárias em Barra do Cor da Maranhão.
27:27E Camapuã, Mato Grosso do Sul.
27:29Em Campo Grande, tem seminário sobre defesa sanitária vegetal.
27:34Oficina sobre abelhas em Sorriso, Mato Grosso.
27:38Seminário sobre produção de frutas em Teresina.
27:41Dia de Campos sobre café arábica em Brejetuba, Espírito Santo.
27:45Em São Paulo, encontro de produtores de leite em São João da Boa Vista.
27:50E Feira da Reforma Agrária na capital.
27:53E depois do intervalo, a gente viaja ao Ceará.
27:56Você vai conhecer uma fazenda que aposta na tecnologia para produzir pimentão.
28:02O pimentão é um alimento muito sensível, difícil de produzir.
28:18Qualquer variação de temperatura e pragas e doenças aparecem.
28:22No Ceará, uma fazenda enfrentou esse desafio e se reinventou.
28:27Como mostram os repórteres Filipe Mancuso e Eduardo Apolinário.
28:30Subir a Serra da Ibiapaba, no Ceará, é deixar pra trás a aridez da Caatinga Sertaneja.
28:41E topar com um outro tipo de paisagem.
28:44Nas terras altas cearenses, quem dá o tom é o verde da Mata Atlântica.
28:49É na Serra que se destaca o Parque Nacional de Ubajara.
28:55Varanda natural que revela os encantos da região.
29:00Pertinho do parque, a uma meia hora de carro, fica o município de São Benedito.
29:06O clima serrano daqui, mais ameno, é propício a algumas culturas agrícolas.
29:11Como a do pimentão, por exemplo.
29:13Quem começou o cultivo do pimentão nessas terras foi o Paulo.
29:20Mas pra explicar a ligação desse gaúcho com a região, é preciso voltar algumas casas.
29:26Tudo começou com este gaúcho, Paulo Selba.
29:30Três meses depois, a planta vai estar assim, olha.
29:3314 anos atrás, a repórter Ellen Martins visitou a fazenda do Paulo.
29:37Quando ele era então um produtor de rosas.
29:40Quando vem um gringo, um cara que já é diferente assim e tal.
29:45Olha, comprou uma área de terra aqui.
29:46O que esse cara vai fazer?
29:48Aí surge aquilo lá, ele vai plantar flores, vai plantar rosas.
29:51Aí chegou um senhor aqui, ele veio assim, bem humilde, perguntou.
29:55Mas o senhor vai plantar rosa?
29:56Mas rosa é pra quê?
29:58Aí eu tinha que dizer, explicar pra ele.
30:00Aí ele olhou pra mim assim, mas isso não vai dar certo.
30:03Apesar da desconfiança de alguns, não é que deu certo.
30:11Foram 18 anos no ramo das flores.
30:14Só que o Paulo é daqueles tipos inquietos, sabe?
30:17Flores, dá mais flor de corte.
30:19É um belo negócio, um negócio fantástico, maravilhoso.
30:22Mas eu queria mudar, eu queria fazer alguma coisa de alimentos.
30:26O Paulo começou a pesquisar, até que numa feira de alimentos na Alemanha, descobriu a variedade de pimentão bloc.
30:34Eles falaram pra mim, não, no Brasil não deu certo.
30:37Eu falava com o pessoal da Holanda, o pessoal da França, os italianos.
30:42Nós tentamos um ano, dois anos, três anos, aí não deu.
30:44Aí resolveu tirar do mercado.
30:46Eu digo, pô, mas como?
30:49Se esse troço aqui no Brasil ninguém quer, a gente tem que fazer o pessoal querer, porque é um produto fantástico.
30:53Como é que tu vai não ter um produto desse?
30:58A variedade bloc foi desenvolvida nos Estados Unidos, resultado de décadas de cruzamentos e seleção de sementes.
31:06O bloc vem do inglês, por causa dessa forma quadrada do fruto.
31:10Vamos cortar.
31:11Bora, gente, dar uma olhada.
31:15Pra além da aparência, o fruto tem outras características marcantes, como explica o César, gerente da propriedade.
31:23Ele tem a casca mais grossa, ele tem a textura mais crocante, ele é mais adocicado e a gente não tem aquela sensação de ficar sentindo o sabor do pigmentão.
31:34O primeiro desafio do Polo foi convencer o consumidor de que a variedade era boa.
31:39Eu liguei pra um amigo meu, dono de uma grande rede de supermercado em Fortaleza, e disse pra ele,
31:45quero te fazer uma visita que eu vou te levar um produto fantástico aí pra ti.
31:49Foram muitos anos oferecendo degustações do produto em supermercados, até o Paulo conseguir um parceiro que acreditasse no projeto.
32:01Sete anos atrás, ele vendeu parte da empresa para o grupo empresarial da família de um amigo de longa data, o José Roberto, que tá sempre com ele.
32:10Rapaz, a colheita aqui tá boa demais.
32:16No ano passado, o grupo assumiu o controle integral do negócio.
32:21Nós viemos ajudar um amigo e viemos trazendo o conhecimento que nós tínhamos de produção de frutas em larga escala.
32:32E tivemos que aprender.
32:33Não é uma coisa rápida, não.
32:35Nós levamos quatro anos pra aprender a produzir pimentão.
32:43O ciclo de produção começa aqui no berçário.
32:46É a parte que as mudinhas ainda são bebê, ela chega aqui semente e sai mudas.
32:51A semente a gente traz de acordo com a programação do nosso comercial, né, se vai precisar de um pimentão vermelho ou amarelo.
32:58A partir daí a gente prepara o nosso substrato, fazemos o enchimento de bandejas.
33:03Cada bandejinha dessa tem aproximadamente 200 covas, né, então cada covinha dessa a gente semeia uma semente.
33:10Daqui as bandejas seguem para uma câmara de germinação, onde ficam durante uma semana no escuro.
33:21A falta de luz ajuda a manter umidade e temperatura constantes, o que é fundamental pra um desenvolvimento uniforme da planta.
33:29A gente vai entrar agora no espaço de produção de mudas aqui na estufa.
33:34E pra isso a gente tem que colocar um avental como esse, né, Jair, passar por um processo de sanitização, de asepsia. Por quê?
33:42Esse processo de sanitização é extremamente importante porque ele vai evitar a entrada de pragas e doenças na nossa estufa, né.
33:48Como essa parte é de berçário, então as mudas são extremamente sensíveis.
33:54Passado o processo germinativo, então a partir daí as mudinhas vêm pra cá, né.
33:58A gente já chama de mudas que elas germinaram, já emitiram a radícula.
34:02Aí elas vão ficar aqui em torno de mais 30 dias no nosso bloco de produção.
34:06Quando elas atingem, né, o tamanho legal, a arquitetura de muda boa, elas estão aptas aí pros canteirozinhos de produção.
34:16Quando chegam aos canteiros, as mudas são transplantadas.
34:20E passam por um manejo chamado tutoramento.
34:24Uma forma de auxiliar o crescimento da planta.
34:26Ribeiro, qual que é a função desse fitilho aqui de nylon?
34:30A função desse fitilho de nylon é pra gente fazer a condução, né, dessa arte.
34:35Vou fazer aqui um exemplo pra você, tá bom?
34:37Esse cuidado é importante, né, pra que a gente mantenha a nossa planta reta, sem risco de quebra.
34:42Eu faço esse movimento em forma de espiral pra que, né, eu transmita menos força pra arte.
34:48Se a gente não tivesse usando esse fitilho, a gente ia ter uma planta, né, com baixo vigor.
34:52Ia ter a arte crescendo mais, outras menos.
34:55Então, automaticamente, a gente ia ter um ciclo menor do que o que nós temos hoje.
35:03O Ribeiro também mostrou pra gente como é feita a irrigação da estufa.
35:09Nossa irrigação, ela é 100% feita via gotejo, né.
35:13É um sistema que a gente gera bastante economia.
35:16Atualmente, na fazenda, a gente tem alguns poços que a gente utiliza.
35:19Mas, hoje, a gente tem um sistema de captação de água em alguns tanques.
35:24Então, pra gente, hoje, é indispensável a captação da água das chuvas.
35:30Depois de uns 70 dias aqui nos canteiros, os pés de pimentão começam a produzir frutos.
35:35A colheita é toda manual e feita, geralmente, duas vezes por semana.
35:48Último estágio do pimentão dentro da propriedade é o setor de processamento.
35:53São algumas etapas.
36:01Limpeza com água e cloro nessas piscininhas.
36:09Pesagem.
36:13E embalagem.
36:15A partir disso, é colocado o número de rastreio.
36:23Cada fruto tem seu número.
36:25Quando o cliente faz a leitura, lá ele consegue ter as informações do bloco,
36:30a data de colheita, a data de embalagem.
36:33Se tiver algum pimentão que tenha algum determinado tipo de problema,
36:37eles enviam pra gente o número da rastreabilidade.
36:40A gente vai fazer todo o acompanhamento e diretamente as estufas
36:45que estão relacionadas àquele problema, já pra poder resolver e acabar realmente com o foco.
36:52Os focos de infestação já foram uma dor de cabeça na propriedade.
36:57O pimentão é uma das culturas mais sensíveis ao ataque de pragas e doenças.
37:02O controle na fazenda era feito com agrotóxicos.
37:06Mas quatro anos atrás, essa chave virou.
37:08A gente viu que num determinado momento, a nossa produtividade não conseguia evoluir.
37:14A gente tinha uma dificuldade em realmente fazer com que a planta produzisse bem,
37:18tivesse mais vigor, tivesse mais qualidade.
37:20Então, introduzimos o controle biológico.
37:23E a partir do momento que a gente implementou essas ferramentas,
37:26a gente viu que a planta respondeu de forma extraordinária.
37:29Aqui nessa biofábrica são produzidos milhões de ácaros por mês.
37:39São aliados naturais que combatem um outro tipo de ácaro, o rajado.
37:45Esse sim, um perigo pra plantação.
37:48Quem cuida do setor é a Rosênia, que tem pós-doutorado em ácaros predatórios.
37:53Aqui a gente inicia todo o processo de produção, desde as plantas,
37:59a produção do próprio ácaro rajado, até a produção do ácaro predador.
38:04A gente faz a inoculação com o ácaro rajado.
38:08Depois de um certo tempo, a gente faz a liberação dos predadores que a gente já mantém aqui,
38:13na nossa biofábrica, pra que eles se multipliquem,
38:16até atingir o nível populacional que a gente precisa pra fazer o envase
38:20e levar pra o setor de criatossanidade fazer o controle do ácaro rajado nas estufas do pimentão.
38:29Todos os investimentos em genética e manejo ajudaram a aumentar a produtividade.
38:36Eu tô aqui há seis anos, né, trabalhando na fazenda.
38:39Quando eu cheguei, a gente produzia na faixa de 15, 16 frutos por planta.
38:44Isso era normal. Começamos a trabalhar, fomos melhorando e incrementando toda essa tecnologia.
38:50E hoje a gente tá produzindo em torno de 25, 27 frutos por planta.
38:55Esse é o foco. Na hora que a gente vai chegando no limite,
38:57a gente começa a trabalhar pra que a gente consiga superar esse limite e assim sucessivamente.
39:03As três estufas da fazenda produzem todo mês 200 toneladas de pimentão.
39:09Isso dá mais ou menos um milhão de frutos.
39:11Nos próximos dois anos, pra ampliar a produção, o plano é construir mais três estufas e reestruturar as que já existem aqui.
39:24Isso requer um investimento muito grande.
39:27Estufas importadas, tecnologia.
39:29Cuidando também de aumentar a capacidade de produção das estufas que nós temos.
39:34Ah, estufo que era pra flor, era muito baixo.
39:37Estamos fazendo alterações pra nos adequar melhor à necessidade do pimentão.
39:45Simplesmente obedecer a fruta.
39:51Ela que manda.
39:52Que bom que conseguiram obedecer a fruta e com ciência, tecnologia, se reinventaram.
40:03Muito bacana.
40:04Domingo que vem, o Globo Rural traz uma reportagem especial.
40:08Como estão os agricultores do Rio Grande do Sul, um ano depois das chuvas de maio.
40:13Eu fui até lá.
40:14Dá uma sensação de desamparo, assim, porque a gente sempre fica com muito medo.
40:25Na região metropolitana da capital, Porto Alegre, acompanhamos a primeira colheita pós-tragédia do arroz orgânico do MST.
40:34Depois tu perde uma safra cheia, tu não recupera tão fácil, né?
40:38No vale do Rio Taquari, uma das regiões mais atingidas, agricultores que tiveram que deixar a lida na roça.
40:45Aquele gostinho da terra falta.
40:48E ainda, quem ficou no campo e tá recomeçando.
40:52Tem que ser no braço mesmo.
40:53Tua força, tua gás.
40:57Não perca então o Globo Rural, domingo que vem, às oito e meia da manhã.
41:02Um ótimo dia pra você.
41:03Bom domingo e até lá.
41:08Bom domingo e até lá.
41:38Bom domingo e até lá.