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00:00Olá, bom dia!
00:12Bom dia!
00:12Na prateleira do supermercado, com o produto pronto, é difícil visualizar todo o trabalho
00:18feito antes no campo.
00:19Hoje vamos ao Nordeste conhecer a jornada de um pimentão que mudou com ciência e tecnologia.
00:25O aumento na produtividade do pimentão cultivado aqui na Serra Cearense está associado ao
00:33controle biológico de pragas.
00:35A gente tinha uma dificuldade em realmente fazer com que a planta tivesse mais qualidade
00:39e a partir do momento que a gente implementou essas ferramentas, a gente viu que a planta
00:43respondeu de forma extraordinária.
00:46E veja outros assuntos do programa de hoje.
00:50A safra da cana-de-açúcar já começou nas usinas de São Paulo e a expectativa é de
00:55queda na produção por causa da estiagem prolongada do ano passado.
01:00No Rio Grande do Sul, o excesso de calor do último verão fez a colheita do caqui começar
01:07mais cedo.
01:08Em Pernambuco, a falta de chuva causa perdas para pequenos agricultores.
01:14Você gosta do seu café mais clarinho, mais escuro?
01:18Será que tem um ponto ideal para a torra do café?
01:25A produção de cana-de-açúcar deve cair pela segunda safra seguida.
01:45A colheita começou na região sudeste, que concentra o maior cultivo do Brasil.
01:49Nesta usina em Pitangueiras, a moagem da cana-de-açúcar já está em ritmo acelerado.
01:56E o produto que chega aqui sofreu bastante com o clima.
02:00A gente teve problemas no ano passado com seca e com queimada e também a gente teve um
02:04verão abaixo da média, né?
02:06Onde a época que a cana que mais desenvolve.
02:09Então, o nosso desafio é praticamente conseguir moer o que a gente moeu ano passado.
02:13A safra anterior já era de perdas por conta das queimadas, que só em São Paulo devastaram
02:20mais de 260 mil hectares.
02:23Tinha cana perto da colheita e também jovem, o que afeta o ciclo atual.
02:28Tiveram que passar por um novo processo de plantio.
02:30Então, acaba diminuindo também levemente a área de corte de canaviais para esse ano,
02:36né?
02:36Porque as reformas, elas precisam de mais um ano aí para ter canavial pronto para a colheita.
02:41A falta de chuva impactou a brotação da cana-de-açúcar.
02:45E o resultado, a gente consegue perceber, neste espaço.
02:48Aqui era para ter cana, mas a estiagem prolongada fez com que a planta não se desenvolvesse.
02:55Na fazenda do seu Roberto Rossetti, em Ribeirão Preto, o canavial também foi afetado pelas
03:00queimadas no ano passado.
03:02E o agricultor já sabe que a produtividade vai ser menor.
03:06Uma queda de uns 10 a 15% aí, comparado com a safra passada aí, devido a esses problemas
03:13climáticos do ano passado.
03:15A Conab estima uma queda de 2% na safra deste ano em todo o Brasil.
03:20Já em São Paulo, por conta desse cenário que vimos, a queda deve ser de quase 6%.
03:26A pouca chuva também prejudicou pequenos agricultores em Pernambuco.
03:31Em alguns lugares, a perda no milho foi total.
03:34Uma roça de milho com as espigas assim, mal desenvolvidas.
03:40Cenário que entristece seu adalto, que tem 3 hectares em Serra Talhada.
03:45Nós estivemos na propriedade dele na época do plantio, em janeiro.
04:04Seu adalto estava animado com as chuvas e esperava tirar 150 sacos de milho.
04:10Mas a água não caiu.
04:13E a lavoura, que era para estar no ponto da colheita, teve perda de 90% da safra.
04:20Vai ficar um prejuízo aí, mais ou menos de 8 mil a passar.
04:26Por isso aí, viu?
04:27O período de crescimento do milho dura 100 dias.
04:30Aqui no sertão de Pernambuco, o agricultor costuma plantar logo no início do ano.
04:36Para garantir um bom desenvolvimento da planta, é preciso chuva, principalmente nos meses de fevereiro e março.
04:45E foi justamente nesse período que a estiagem pegou o agricultor de surpresa.
04:51O ano até começou com uma boa precipitação.
04:54Em janeiro, foram registrados 124 milímetros de chuva.
04:59Mas em fevereiro, esse volume caiu drasticamente.
05:03Foram apenas 10 milímetros, 90% abaixo da média esperada para o mês.
05:10Então a gente teve aqui nesse período em torno de 45 dias de falta de chuvas, né?
05:19Vamos dizer assim.
05:20Porque aquelas precipitações de 5, 10 milímetros não foram suficientes para fazer com que o milho tivesse um desenvolvimento bem.
05:30Para a perda não ser total, seu Adalto está usando a palha do milho para fazer silagem,
05:37que vai servir de alimento para o gado na época que não tiver mais pastagem no campo.
05:44Para não perder de tudo, pelo outro lado tem um lucro aí, né?
05:47Pelo menos nesse, na silagem.
05:51Já na propriedade do seu Geraldo, a situação foi ainda mais grave.
05:57A produção foi tão baixa que nem para isso vai dar.
06:01Ele vai precisar contar com o alívio do Garantia Safra,
06:05programa do governo federal que auxilia agricultores que tiveram perdas na produção.
06:11Perdeu o completo.
06:14Não deu nada não.
06:15A gente faz todo ano o Garantia Safra, né?
06:17Vamos ver.
06:18Se sair...
06:19Já é uma ajuda.
06:20É uma ajuda, né?
06:21Mesmo com esses prejuízos, os agricultores mantêm um sentimento de fé e esperança no trabalho do campo
06:29e afirmam que vão plantar de novo no ano que vem.
06:33A gente não pode desistir, não.
06:34Tem que continuar, porque o agricultor é forte.
06:36O sertanejo, o nordestino é forte.
06:39O momento agora é de avaliar as perdas.
06:42Órgãos do Estado e União fazem vistorias para liberar o Garantia Safra.
06:47Veja outras notícias da Semana no Campo.
06:49Em Roraima, começou o plantio da soja.
06:54De acordo com a Associação dos Produtores do Estado, devem ser cultivados cerca de 130 mil hectares.
07:008% a mais que na safra anterior.
07:03O preço médio do leite recebido pelos produtores subiu pelo terceiro mês seguido e chegou a R$ 2,82.
07:10Apesar de o valor estar 15% acima de abril de 2024, ele é quase igual ao obtido no mês passado.
07:19Em São Paulo, foi realizada a 30ª edição da AgriShow, um dos mais importantes eventos do agronegócio do país.
07:27Entre os destaques estão máquinas agrícolas que usam a inteligência artificial para melhorar a produtividade das lavouras,
07:34pulverizadores com sensores que identificam as pragas e até um trator movido a etanol, que emite menos poluentes.
07:41O Brasil teve 2.185 registros de conflito no campo em 2024.
07:48O dado é da Comissão Pastoral da Terra e leva em conta, entre outras coisas, disputas fundiárias, casos de violência e de trabalho análogo à escravidão.
07:57O número é o segundo maior da série histórica, iniciada em 1985.
08:03E os preços do boi gordo.
08:05Em Arapongas, Paraná, a rouba à vista foi negociada na sexta-feira por R$ 315.
08:10Mesmo preço de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul e Lençóis Paulista, São Paulo.
08:16A média CPEA, com os preços do Estado de São Paulo, fechou a semana valendo R$ 318,85, uma queda de 1,6%.
08:26O Rio Grande do Sul está com uma boa safra de caqui.
08:31A colheita, inclusive, começou um pouco mais cedo.
08:34O clima ajudou. Tem muita fruta nos caquiseiros.
08:38A gente está com uma expectativa de ter uma fruta com uma qualidade bem superior e um rendimento muito maior do que o ano passado.
08:46Segundo a Emater, a safra deste ano deve ser 15% maior do que a anterior e chegar às 45 mil toneladas.
08:55Só Caxias do Sul, o maior produtor do fruto no Estado, é responsável por quase metade da colheita.
09:01A gente teve um inverno com bastante frio e depois, durante a floração e a formação dos frutos, a gente teve um clima mais seco, sem chuvas em excesso, como tinha ocorrido na safra anterior.
09:14Isso favoreceu bastante a qualidade da fruta e também a quantidade, a colocação dos frutos nas plantas.
09:22A chuva, abaixo da média, em fevereiro e março, fez algumas frutas amadurecerem mais cedo.
09:28Aí os produtores tiveram que antecipar a colheita.
09:32Foi o que aconteceu na propriedade do Diego.
09:35Eles começaram a colher 15 dias antes do esperado.
09:40A colheita, como nós somos pequenos produtores, eu, minha mãe, a gente colhe tudo ali a nossa safra.
09:46Vai amadurecendo mais, vamos colhendo até chegar à colheita final.
09:50Com cada vez mais caqui sendo colhido e a expectativa de uma grande safra, o preço da fruta deve ser mais baixo.
09:58O quilo da variedade Kyoto está sendo vendido a R$ 3,60.
10:03R$ 3 a menos do que na safra anterior.
10:06Os produtores buscam alternativas para tentar um valor mais atrativo.
10:11O Eduardo tem estrutura para manter o fruto resfriado por até dois meses.
10:16Aí dá para esperar o melhor momento para vender.
10:19Você não consegue, às vezes, ter venda para toda essa fruta.
10:22Se você consegue segurar ela um tempo a mais, você consegue agregar um pouquinho de valor.
10:28Dali a pouco, daqui a um tempo, daqui a 20, daqui a 30.
10:32A colheita do caqui no Rio Grande do Sul vai até a metade desse mês.
10:36O município de São Paulo produz pelo menos 130 toneladas de resíduos orgânicos por dia.
10:44São frutas, verduras e legumes vindos de feiras livres, sem contar o que sai das casas.
10:50Pois é, Cris. Mas parte disso pode virar um novo produto.
10:53Ela é mesmo uma cidade grande.
11:02Até um pouco caótica.
11:05São Paulo é essa caricatura exagerada.
11:09Tem luzes, sons.
11:10Tem cheiros.
11:15Se for de manhãzinha, cheiro de pão fresco.
11:19A Roberta começou cedo e se apressa para entregar a primeira encomenda.
11:24Celso, bom dia.
11:25Bom dia.
11:26É que lindo.
11:27Tem?
11:28Jói, muito trabalho hoje.
11:29Muito.
11:30Então vai lá, um bom dia para você.
11:33Padaria e motoboy.
11:34Duas figuras para lá de paulistanas.
11:37Logo de cara, a gente imagina que a missão do Celso é entregar um pão fresquinho saído do forno.
11:42Nada disso.
11:46A sacola que ele leva está carregada de restos de alimentos.
11:50Sobras do preparo de pães, salgados e doces.
11:53Uma vez por semana, o Celso leva esse lixo orgânico da Roberta para uma espécie de entreposto e segue caminho.
12:04Dali para frente, a tarefa é do Adriano, produtor rural.
12:11Ele então sai do bairro de Interlagos, na zona sul de São Paulo, e começa a voltar para casa.
12:17O destino é Parelheiros, no extremo sul da cidade.
12:23A Avenida Larga afunila, vira a rua, vira a terra, e São Paulo já não é mais tão óbvia por aqui.
12:34E se São Paulo é conhecida por ser esse lugar absolutamente diverso, que tem de tudo um pouco,
12:40a zona rural não tem como ser muito diferente disso, não.
12:42Aqui não tem grandes criações, não tem implantação de muita coisa,
12:48mas o rolê que a gente viu acontecer é porque o produto dessa fazenda vai se dar da transformação,
12:54da matéria-prima que o Adriano está trazendo para essa estação de compostagem.
13:00Faz todo sentido você estar nessa localização pertinho do centro urbano, é isso?
13:05Exatamente, a gente está dentro de São Paulo.
13:08As pessoas pensam no rural como se o rural fosse o interior, longínquo do centro.
13:13E a sua matéria-prima precisa da área urbana?
13:16Sim, a gente faz o processo de compostagem com resíduos sólidos urbanos.
13:21Aqui vai virar um insumo de extrema qualidade, que é um adubo orgânico.
13:28Tudo que entra nessa pilha foi cuidadosamente selecionado.
13:31Os clientes que mandam o lixo para cá pagam para ver o resíduo orgânico bem aproveitado.
13:37Ideia que a Marina, esposa do Adriano, botou na cabeça ainda em 2009, quando morava na cidade.
13:43Veio de um incômodo meu de não mandar mais resíduo para o aterro.
13:47A gente começou com a minhocultura, vendendo o adubo,
13:50mas foi logo depois que o Adriano falou, não, eu tenho um lugar para você crescer.
13:56Foi então que esse sítio entrou na jogada.
13:59Ele era do bisavô do Adriano desde a década de 1940.
14:04Esse galpão era a possígua de uma criação de porcos.
14:07Abastecia um antigo matadouro da região.
14:10Com o tempo, o negócio minguou e o lugar passou anos sem uso.
14:14Em 2019, a gente viu esse lugar totalmente abandonado.
14:19Só que eu falei, ô louco, aqui tem uma grande possibilidade, né,
14:22de a gente fazer algum tipo de empreendimento.
14:24A gente começou primeiro com a compostagem, mas a gente tem uma segunda frente, que é a venda do adubo.
14:29Então, a gente tem alguns lugares de revenda desse produto.
14:33E a gente tem a terceira, que é a agrofloresta,
14:35para mostrar que é possível ter essa integração entre a zona urbana e o rural.
14:40Estamos dentro da cidade de São Paulo com um espaço rural e que poucas pessoas ainda conhecem.
14:45O carro-chefe é a compostagem, que cresceu de 4 toneladas de resíduos no primeiro ano para 100 toneladas em 2024.
14:54O material que chega da cidade passa primeiro por uma seleção.
14:58Só ficam os restos de alimentos que são misturados à serragem.
15:02E de pouco em pouco, o Adriano enche as quatro leiras.
15:05Cada uma comporta 25 toneladas.
15:07A palhada de capim braquiária cobre a leira e serve de proteção para o trabalho das bactérias,
15:15que vão decompor os resíduos.
15:17E esse trabalho gera calor.
15:19No momento da gravação, a temperatura nessa leira bateu 64 graus.
15:24Essa primeira etapa vai durar de 35 a 40 dias, numa alta temperatura.
15:29A partir daí, ela começa a se estabilizar, a baixar essa temperatura.
15:32É quando a gente vai misturar esse material e a gente vai entrar na segunda etapa.
15:37Que é a segunda etapa que a gente chama de descanso, que é de maturação.
15:41Na fase de descanso, o composto nem parece mais um resto de alimento.
15:46Depois de revolver e cobrir, são mais 40 dias de espera.
15:50As bactérias fizeram a primeira fase e os fungos vêm para a segunda etapa,
15:54quebrando essas moléculas mais duras.
15:57A partir daí, essa temperatura começa a abaixar a fermentação.
16:01E a gente vai fazer o quê?
16:03A gente vai levar para a parte interna, abrir, deixar perder a umidade.
16:07Tendo estabilizado, um controle de umidade, com oxigênio, não tendo mais alta temperatura,
16:13você tem um adubo pronto para ser peneirado e, de repente, utilizado na agricultura.
16:19Leva até 100 dias para o resto de comida virar adubo.
16:23E assim, o produto vai para clientes como o Albert, agricultor de orgânicos da vizinhança.
16:34Adubo de resíduo orgânico é maravilhoso.
16:37Existe uma diversidade de nutrientes,
16:41não sendo reduzido a alguns componentes como nitrogênio, fósforo e potássio.
16:46É o que a planta precisa.
16:48Ela vai encontrar nesse composto o que ela precisa para germinar.
16:51Dessa vez, quem precisa do adubo são as sementes de abóbora e pimenta cambuci.
16:57Tem ainda as mudas de alface que vão crescer nos canteiros.
17:03Além das verduras, o Albert produz frutas como o mitilo
17:07e panques, plantas alimentícias não convencionais, como a taioba.
17:11A gente está no distrito de Parelheiros, no bairro do Barragem.
17:15A gente ainda está em São Paulo.
17:17E a gente produzir alimento aqui é um desafio imenso.
17:22Ao fim da colheita, a cidade que cedeu os resíduos recebe de volta uma cesta cheia de alimentos.
17:30A gente tem a couve, o milho, nós temos abóbora, cebolinha como tempero e beterraba.
17:36A gente precisa de mais gente apoiando a nossa iniciativa
17:41para que a gente possa fazer exatamente com que isso tudo circule
17:45e retorne para o campo de uma maneira de adubo
17:48e transformar isso em alimento.
17:56Quando esse trabalho começou em 2020,
17:59a Marina e o Adriano tinham 27 fornecedores de resíduos.
18:03Hoje, esse número já é quatro vezes maior.
18:06Hora de responder às dúvidas que chegam aqui para a gente, Pedro.
18:10Pois é, Cris.
18:10A dona Maria da Natividade, de Elesbão Veloso, Piauí,
18:15cria porcos e quer saber como deve ser feito o descarte dos dejetos dos animais.
18:20Ela se preocupa com o riacho que passa pela propriedade.
18:23A Caroline Daly tem orientações para você.
18:27Esta é uma unidade de ensino e produção do Instituto Federal de Brasília,
18:31que fica em Planaltina.
18:32Aqui, estudantes do ensino médio técnico de cursos de extensão e de nível superior
18:38aprendem na prática a lidar com a criação de porcos.
18:42Dona Maria, existem leis ambientais que definem onde e como a senhora deve construir
18:48um criatório de porcos como este aqui.
18:50Cada estado tem suas regras próprias, explica a zootecnista da EMATER, Cláudia Coelho.
18:57A gente deve conhecer a legislação ambiental daquele local.
19:00Aqui no Instituto Federal, a gente vai de acordo com a largura do córrego.
19:04Por exemplo, se o rio tiver 10 metros de largura,
19:08é preciso manter uma área de preservação permanente de 30 metros.
19:12A partir dessa distância do córrego, você já pode construir um criatório.
19:17E escolhido o local do recinto, Dona Maria, a senhora precisa definir o que fazer com os
19:22dejetos dos animais.
19:24Quando a gente faz o planejamento da sinicultura, a gente tem que analisar também a quantidade
19:30de dejetos que vai ser produzida no dia.
19:33Normalmente, um leitão, ele está produzindo 7 litros por dia.
19:38Lembrando que dejeto é água, resto de alimentação, além da urina e das fezes.
19:44Então, esse cálculo facilita muito para a gente definir qual a melhor alternativa
19:49para estar utilizando na propriedade.
19:51Os grandes criadores costumam preferir os biodigestores,
19:55um sistema fechado que decompõe o esterco animal com a ajuda de micro-organismos.
20:01Outra opção é a fossa séptica.
20:03Ela separa a parte sólida da parte líquida dos dejetos por um processo de sedimentação,
20:09passando por três tanques, ou seja, três etapas de tratamento.
20:13Mas tem um problema aí.
20:16Se a gente for colocar os custos, fazer o planejamento correto,
20:21a gente vai ver que a fossa pode ficar um pouco cada para o produtor.
20:26Se a gente colocar no papel, a gente vai ver que esse custo vai elevar a atividade de suínos.
20:32Uma alternativa para o pequeno criador é o uso da cama sobreposta ao piso do recinto.
20:37Segundo a zootecnista da Emater, uma solução mais fácil e bem mais barata.
20:43É onde a gente pega um material, pode ser uma maravalha, uma palha de arroz,
20:49o próprio capim seco que tem na propriedade, e a gente forra a instalação da pocilga.
20:54E os animais são criados em cima dessa cama durante o ciclo de produção.
20:59A cama sobreposta deve ter entre 25 e 30 centímetros de altura.
21:04E normalmente não precisa ser reposta ao longo do ciclo.
21:08O animal, ao andar, vai movimentando isso, essa cama, né?
21:13E vai fazendo esse manejo, essa compostagem natural.
21:17A gente só adiciona mais capim.
21:19Se tiver muito molhado, a gente faz a troca.
21:21Essa palha, esse material, né, que a gente chama de cama, vai estar absorvendo esses dejetos.
21:27Então, com isso, a gente tem algumas vantagens.
21:29Diminuir as moscas, o odor, e a gente está cuidando do meio ambiente.
21:35O uso da cama sobreposta, com certeza, proporciona um bem-estar do animal.
21:39É um passatempo para eles também, com certeza.
21:42Ao final do ciclo, essa cama pode ser usada como adubo,
21:46retornando ao meio ambiente, sem causar contaminação do solo.
21:49A gente pode pegar esse composto formado e usar diretamente nas frutíferas, em pastagem.
21:56É um excelente adubo.
21:58Aqui, o composto vai enriquecer o solo deste pomar, onde crescem jabuticabeiras.
22:06A Embrapa tem essa cartilha sobre a instalação de fossas sépticas.
22:11Você pode conferir lá no nosso site, g1.com.br barra Globo Rural.
22:16O Wesley Vieira, mineiro de Romaria, tem uma dúvida sobre café.
22:21Qual o ponto ideal para fazer a torra dos grãos?
22:25A Mariana Fontes conversou com um especialista.
22:28O calor transforma grãos crus em grãos aromáticos, prontos para serem moídos.
22:36Você escolhe o tempo e a temperatura para definir o ponto de torra do café.
22:42Para pegar essas manhas, agricultores fazem horas de curso aqui no Instituto de Desenvolvimento Rural, em Londrina, Paraná.
22:51Acho que a torra é o principal de todo o processo.
22:55Se eu fizer todo o trabalho que eu faço lá no campo e chegar na hora da torra, der errado, se perdeu tudo aquilo pelo caminho, né?
23:06Oi, Wesley.
23:07Esse aqui é o Denilson Pantin.
23:10Ele é especialista em qualidade de café.
23:12Trabalha avaliando os grãos.
23:15Ele vai explicar para a gente, né, Denilson?
23:17Qual que é a diferença entre essas torras?
23:19A gente está vendo várias colorações aqui.
23:21Isso.
23:22A gente tem alguns pontos de torra.
23:24Esse é o ponto de torra claro, o ponto de torra médio, o ponto de torra escuro e o ponto de torra extra forte.
23:32Basicamente, são esses quatro com intermediários entre eles.
23:37Torra clara, café de qualidade.
23:39Eu vou acentuar muito a acidez do café.
23:42Todas as nuances do café vão aflorar com essa torra.
23:45Mas a pessoa vai falar, ah, mas esse café está muito ácido, eu não gosto de acidez, parece que está azedo.
23:50A torra média, você mascara um pouco a acidez e carameliza mais o açúcar.
23:56E a torra escura, que também você vai acentuar mais ainda o caramelo do café.
24:01E no caso da torra extra forte?
24:04Quando você tem uma matéria-prima com defeitos, você tem que mascarar esses defeitos.
24:09A forma de mascarar é você torrar mais forte.
24:12O Denilson moe os grãos do mesmo café, mas torrados em pontos diferentes.
24:18E põe a água para avaliar o sabor.
24:21Começando pela torra clara.
24:23Leve, o corpo gostoso e a acidez está bem delicada.
24:28Muito gostoso, me agrada bastante esse tipo de torra.
24:30Isso.
24:31Vamos para a segunda.
24:32A acidez continua equilibrada, mas a doçura e o corpo é outro nível.
24:40Agora, a torra escura.
24:45Chocolate, a acidez já não está presente.
24:48Doçura ainda tem, mas a torra já começa a atrapalhar um pouco a característica do café.
24:54E por último, a extra forte.
24:59Realmente, um gosto bem forte.
25:01Um bom café, torrado em excesso, não tem nada de extraordinário, mas esse amargura intenso atrapalha.
25:09Qual que é o melhor café?
25:11O melhor café do mundo é aquele que eu gosto, que é diferente do que você gosta.
25:16É uma questão pessoal.
25:18De gosto.
25:19Wesley, o tempo e a temperatura para torrar o café dependem do tipo de torrador que você vai usar.
25:29Nessa semana, foi comemorado o Dia Nacional da Caatinga, bioma brasileiro típico do semiárido nordestino.
25:36E a gente tem uma dica para quem quer saber mais sobre a vegetação desse ambiente.
25:40Aponte a câmera do seu celular para o código que aparece no canto da tela.
25:44Você vai ter acesso a essa publicação da Embrapa sobre plantas ornamentais da Caatinga.
25:50São espécies resistentes a altas temperaturas e de beleza exuberante.
25:55Olha só essas árvores, arbustos e flores.
25:58O livro é todo ilustrado e as descrições são em português e inglês.
26:04O link para baixar esse material também está disponível lá no nosso site e é de graça.
26:09Venha fazer o Globo Rural com a gente.
26:11Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
26:13O número é 119-8895-5505.
26:19Vale enviar mensagens de texto, foto e vídeo.
26:22E lembre de colocar o seu nome e o do seu município.
26:26Vamos aos eventos da semana.
26:29Curso de Agricultura Regenerativa em Rio Verde, Goiás.
26:32Feira do Agronegócio em Santana do Araguaia, Pará.
26:36Exposições agropecuárias em Barra do Cor da Maranhão.
26:39E Camapuã, Mato Grosso do Sul.
26:41Em Campo Grande tem seminário sobre defesa sanitária vegetal.
26:46Oficina sobre abelhas em Sorriso, Mato Grosso.
26:50Seminário sobre produção de frutas em Teresina.
26:53Dia de Campo sobre café arábica em Brejetuba, Espírito Santo.
26:58Em São Paulo, encontro de produtores de leite em São João da Boa Vista.
27:02E Feira da Reforma Agrária na capital.
27:05O pimentão é um alimento muito sensível, difícil de produzir.
27:10Qualquer variação de temperatura e pragas e doenças aparecem.
27:14No Ceará, uma fazenda enfrentou esse desafio e se reinventou.
27:18Como mostram os repórteres Filipe Mancuso e Eduardo Apolinário.
27:22Subir a Serra da Ibiapaba, no Ceará, é deixar pra trás a aridez da catiga sertaneja
27:32e topar com um outro tipo de paisagem.
27:36Nas terras altas cearenses, quem dá o tom é o verde da Mata Atlântica.
27:41É na Serra que se destaca o Parque Nacional de Ubajara.
27:46Varanda natural que revela os encantos da região.
27:52Pertinho do parque, a uma meia hora de carro, fica o município de São Benedito.
27:57O clima serrano daqui, mais ameno, é propício a algumas culturas agrícolas.
28:03Como a do pimentão, por exemplo.
28:04Quem começou o cultivo do pimentão nessas terras foi o Paulo.
28:11Mas pra explicar a ligação desse gaúcho com a região, é preciso voltar a algumas casas.
28:18Tudo começou com este gaúcho, Paulo Selba.
28:22Três meses depois, a planta vai estar assim, olha.
28:2414 anos atrás, a repórter Ellen Martins visitou a fazenda do Paulo,
28:29quando ele era ainda um produtor de rosas.
28:32Quando vem um gringo, um cara que já é diferente assim e tal.
28:36Olha, comprou uma área de terra aqui.
28:38O que esse cara vai fazer?
28:40Aí surge aquilo lá, ele vai plantar flores, vai plantar rosas.
28:43Aí chegou um senhor aqui, ele veio assim, bem humilde, perguntou,
28:46mas o senhor vai plantar rosa?
28:48Mas rosa é pra quê?
28:49Aí eu tinha que dizer, explicar pra ele.
28:52Aí ele olhou pra mim assim, disse, mas isso não vai dar certo.
28:58Apesar da desconfiança de alguns, não é que deu certo?
29:02Foram 18 anos no ramo das flores.
29:05Só que o Paulo é daqueles tipos inquietos, sabe?
29:09Flores, ainda mais flor de corte, é um belo negócio, um negócio fantástico, maravilhoso.
29:14Mas eu queria mudar, eu queria fazer alguma coisa de alimentos.
29:18O Paulo começou a pesquisar, até que numa feira de alimentos na Alemanha,
29:23descobriu a variedade de pimentão bloc.
29:26Eles falaram pra mim, não, no Brasil não deu certo.
29:29Eu falava com o pessoal da Holanda, o pessoal da França, os italianos.
29:34Nós tentamos um ano, dois anos, três anos, aí não deu.
29:36Aí resolveu tirar do mercado.
29:38Eu digo, pô, mas como?
29:40Se esse troço aqui no Brasil ninguém quer, a gente tem que fazer o pessoal querer,
29:44porque é um produto fantástico.
29:46Como é que tu vai não ter um produto desse?
29:48A variedade bloc foi desenvolvida nos Estados Unidos,
29:53resultado de décadas de cruzamentos e seleção de sementes.
29:57O bloc vem do inglês, por causa dessa forma quadrada do fruto.
30:02Vamos cortar, bora a gente dar uma olhada.
30:07Pra além da aparência, o fruto tem outras características marcantes,
30:12como explica o César, gerente da propriedade.
30:14Ele tem a casca mais grossa, ele tem a textura mais crocante,
30:18ele é mais adocicado e a gente não tem aquela sensação
30:22de ficar sentindo o sabor do pimentão.
30:25O primeiro desafio do Paulo foi convencer o consumidor
30:29de que a variedade era boa.
30:31Eu liguei pra um amigo meu, dono de uma grande rede de supermercado
30:34em Fortaleza, e disse,
30:36ele, quero te fazer uma visita que eu vou te levar um produto fantástico aí pra ti.
30:41Foram muitos anos oferecendo degustações do produto em supermercados.
30:48Até o Paulo conseguir um parceiro que acreditasse no projeto.
30:52Sete anos atrás, ele vendeu parte da empresa
30:55para o grupo empresarial da família de um amigo de longa data,
30:59o José Roberto, que tá sempre com ele.
31:02No ano passado, o grupo assumiu o controle integral do negócio.
31:13Nós viemos ajudar um amigo e viemos trazendo o conhecimento
31:19que nós tínhamos de produção de frutas em larga escala.
31:23E tivemos que aprender.
31:25Não é uma coisa rápida, não.
31:27Nós levamos quatro anos pra aprender a produzir pimentão.
31:34O ciclo de produção começa aqui no berçário.
31:38É a parte que as mudinhas ainda são bebê,
31:41ela chega aqui semente e sai mudas.
31:43A semente a gente traz de acordo com a programação do nosso comercial, né?
31:47Você vai precisar de um pimentão vermelho ou amarelo.
31:49A partir daí, a gente prepara o nosso substrato,
31:52fazemos o enchimento de bandejas.
31:54Cada bandejinha dessa tem aproximadamente 200 covas, né?
31:59Então, cada covinha dessa, a gente semeia uma semente.
32:05Daqui as bandejas seguem para uma câmara de germinação,
32:09onde ficam durante uma semana no escuro.
32:12A falta de luz ajuda a manter umidade e temperatura constantes,
32:16o que é fundamental para um desenvolvimento uniforme da planta.
32:20A gente vai entrar agora no espaço de produção de mudas aqui na estufa.
32:26E pra isso, a gente tem que colocar um avental como esse, né, Jair?
32:30Passar por um processo de sanitização, de asepsia. Por quê?
32:34Esse processo de sanitização é extremamente importante
32:36porque ele vai evitar a entrada de pragas e doenças na nossa estufa, né?
32:40Como essa parte é de berçário, então as mudas são extremamente sensíveis.
32:46Passado o processo germinativo,
32:47Então, a partir daí, as mudinhas vêm pra cá, né?
32:50A gente já chama de mudas, que elas germinaram, já emitiram a radícula.
32:53Aí elas vão ficar aqui em torno de mais 30 dias no nosso bloco de produção.
32:58Quando elas atingem o tamanho legal, a arquitetura de muda boa,
33:02elas estão aptas a ir pros canteirozinhos de produção.
33:06Bom dia.
33:07Quando chegam aos canteiros, as mudas são transplantadas
33:11e passam por um manejo chamado tutoramento,
33:15uma forma de auxiliar o crescimento da planta.
33:18Ribeiro, qual que é a função desse fitilho aqui de nylon?
33:21A função desse fitilho de nylon é pra gente fazer a condução, né, dessa arte.
33:27Vou fazer aqui o exemplo pra você, tá bom?
33:28Esse cuidado é importante, né, pra que a gente mantenha a nossa planta reta,
33:32sem risco de quebra.
33:34Eu faço esse movimento em forma de espiral,
33:36pra que, né, eu transmita menos força pra arte.
33:39Se a gente não tivesse usando esse fitilho,
33:41a gente ia ter uma planta, né, com baixo vigor.
33:44Ia ter a arte crescendo mais, outras menos.
33:47Automaticamente, a gente ia ter um ciclo menor do que o que nós temos hoje.
33:51O Ribeiro também mostrou pra gente como é feita a irrigação da estufa.
34:01Nossa irrigação, ela é 100% feita via gotejo, né,
34:05é um sistema que a gente gera bastante economia.
34:08Atualmente, na fazenda, a gente tem alguns poços que a gente utiliza,
34:11mas hoje a gente tem um sistema de captação de água em alguns tanques.
34:16Então, pra gente hoje, é indispensável a captação da água das chuvas.
34:21Depois de uns 70 dias aqui nos canteiros,
34:24os pés de pimentão começam a produzir frutos.
34:28A colheita é toda manual.
34:32E feita, geralmente, duas vezes por semana.
34:39Último estágio do pimentão dentro da propriedade é o setor de processamento.
34:51São algumas etapas.
34:53Limpeza com água e cloro nessas piscininhas.
35:01Pesagem.
35:05E embalagem.
35:07A partir disso, é colocado o número de rastreio.
35:14Cada fruto tem seu número.
35:16Quando o cliente faz a leitura,
35:19lá ele consegue ter as informações do bloco,
35:21a data de colheita,
35:23a data de embalagem.
35:25Se tiver algum pimentão que tenha algum determinado tipo de problema,
35:29eles enviam pra gente o número da rastreabilidade,
35:32a gente vai fazer todo o acompanhamento
35:35e diretamente as estufas
35:37que estão relacionadas àquele problema,
35:39já pra poder resolver e acabar realmente com o foco.
35:43Os focos de infestação já foram uma dor de cabeça na propriedade.
35:48O pimentão é uma das culturas mais sensíveis
35:51ao ataque de pragas e doenças.
35:54O controle na fazenda era feito com agrotóxicos.
35:57Mas quatro anos atrás, essa chave virou.
36:00A gente viu que num determinado momento
36:02a nossa produtividade não conseguia evoluir.
36:05A gente tinha uma dificuldade em realmente fazer com que a planta
36:08produzisse bem, tivesse mais vigor, tivesse mais qualidade.
36:12Então, introduzimos o controle biológico.
36:15E a partir do momento que a gente implementou essas ferramentas,
36:18a gente viu que a planta respondeu de forma extraordinária.
36:21Aqui nessa biofábrica são produzidos milhões de ácaros por mês.
36:31São aliados naturais que combatem um outro tipo de ácaro,
36:35o rajado.
36:36Esse, sim, um perigo pra plantação.
36:40Quem cuida do setor é a Rosênia,
36:42que tem pós-doutorado em ácaros predatórios.
36:45Aqui a gente inicia todo o processo de produção,
36:49desde as plantas, a produção do próprio ácaro rajado,
36:54até a produção do ácaro predador.
36:56A gente faz a inoculação com o ácaro rajado.
36:59Depois de um certo tempo, a gente faz a liberação dos predadores
37:03que a gente já mantém aqui na nossa biofábrica,
37:06pra que eles se multipliquem até atingir o nível populacional
37:10que a gente precisa pra fazer o envase
37:12e levar pra o setor de pita-sanidade fazer o controle do ácaro rajado
37:16nas estufas do pimentão.
37:21Todos os investimentos em genética e manejo
37:24ajudaram a aumentar a produtividade.
37:28Eu tô aqui há seis anos, né, trabalhando na fazenda.
37:31Quando eu cheguei, a gente produzia na faixa de 15, 16 frutos por planta.
37:36Isso era o normal.
37:37Começamos a trabalhar e fomos melhorando
37:39e incrementando toda essa tecnologia.
37:41E hoje a gente tá produzindo em torno de 25, 27 frutos por planta.
37:46Esse é o foco.
37:47Na hora que a gente vai chegando no limite,
37:49a gente começa a trabalhar pra que a gente consiga superar esse limite
37:51e assim sucessivamente.
37:54As três estufas da fazenda produzem todo mês
37:58200 toneladas de pimentão.
38:00Isso dá mais ou menos um milhão de frutos.
38:03Nos próximos dois anos, pra ampliar a produção,
38:06o plano é construir mais três estufas
38:09e reestruturar as que já existem aqui.
38:16Isso requer um investimento muito grande.
38:18Estufas importadas, tecnologia.
38:21Cuidando também de aumentar a capacidade de produção das estufas que nós temos.
38:26Ah, estufo que era pra flor, era muito baixo.
38:29Estamos fazendo alterações pra nos adequar melhor à necessidade do pimentão.
38:37Simplesmente obedecer a fruta.
38:43Ela que manda.
38:44Que bom que conseguiram obedecer a fruta
38:51e com ciência, tecnologia, se reinventaram.
38:55Muito bacana.
38:56Domingo que vem, o Globo Rural traz uma reportagem especial.
39:00Como estão os agricultores do Rio Grande do Sul
39:02um ano depois das chuvas de maio.
39:05Eu fui até lá.
39:06Dá uma sensação de desamparo, assim,
39:13porque a gente sempre fica com muito medo.
39:17Na região metropolitana da capital, Porto Alegre,
39:20acompanhamos a primeira colheita pós-tragédia
39:22do arroz orgânico do MST.
39:25Depois tu perde uma safra cheia,
39:27tu não recupera tão fácil, né?
39:30No vale do Rio Taquari,
39:31uma das regiões mais atingidas,
39:33agricultores que tiveram que deixar a lida na roça.
39:37Aquele gostinho da terra falta.
39:40E ainda, quem ficou no campo e tá recomeçando.
39:43Tem que ser no braço mesmo.
39:45Tua força, tua garra.
39:49Não perca, então, Globo Rural,
39:51domingo que vem, às 8h30 da manhã.
39:53Um ótimo dia pra você.
39:54Bom domingo e até lá.
40:03Bom domingo e até lá.