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Durante os primeiros 100 dias de seu segundo mandato, Donald Trump tenta congelar mais de US$ 2 bilhões destinados a Harvard. Em entrevista ao Agora, Hubert Basques, CEO do Grupo Kefraya, analisou os impactos econômicos dos cortes e as possíveis consequências do processo movido pela universidade.

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Transcrição
00:00E a Justiça do Distrito de Massachusetts agendou para o dia 21 de julho a audiência do processo movido pela Universidade de Harvard contra o governo dos Estados Unidos.
00:11A ação busca impedir o congelamento de mais de 2 bilhões de dólares em verbas federais destinadas à instituição.
00:19Vamos analisar a relação de Donald Trump com o setor universitário, com o Hubert Basques, ele é CEO do grupo Kefraia.
00:26Oi, Hubert, bom dia para você. Muito obrigada por ter aceitado o nosso convite, participar ao vivo aqui do Agora.
00:33Hubert, quais são os impactos desse corte, desses aportes?
00:39Bom dia, Paula. Bom dia a toda a audiência.
00:42Então, quando traz um corte desse, isso é muito prejudicial ao desenvolvimento das pesquisas científicas.
00:48Nós sabemos que as universidades americanas, essas principais da AIP-Licta, estão nessa composição.
00:54Elas possuem um modelo de financiamento de fundraising, mas também elas são muito aportadas pelas agências americanas.
01:02E esse corte, ele atrasa e prejudica por demais o desenvolvimento tecnológico, o desenvolvimento científico que é produzido dentro das universidades.
01:12Hubert, a nossa economista e analista, a Mariana Almeida, está participando dessa conversa com a gente, hoje virtualmente,
01:19e ela vai fazer uma pergunta para você também.
01:21Muito obrigada pela sua participação aqui com a gente.
01:26Além dos cortes que estão mencionando agora, tem várias outras ações em relação às universidades, né?
01:32Que é um pouco, algumas tentativas de associar os cortes, também a posicionamentos políticos,
01:38com certo direcionamento, talvez, que pode ou não pode ser feito nas universidades.
01:42Queria escutar um pouquinho sobre esse efeito também, quer dizer, a questão mais da ideologia e o processo de construção de conhecimento científico.
01:52Então, as universidades, o meio acadêmico, eles são um grande farol para clarear o caminho que deve ser dado aos estudantes.
02:01Então, qualquer intervenção que haja, ela elimina ou dificulta a questão da liberdade acadêmica que as instituições de ensino devam ter.
02:12Isso é uma questão intrínseca ao desenvolvimento dos estudos.
02:16A liberdade acadêmica, quando ela é atacada por qualquer que seja o governo, qualquer que seja o viés ideológico,
02:22ela prejudica o desenvolvimento da educação e isso não é salutar de forma alguma às universidades, aos estudantes e muito menos à população, sociedade em geral.
02:33Nós temos que ter universidades livres que fomentem o pensamento, o pensamento crítico, o desenvolvimento tecnológico, o desenvolvimento da sociedade,
02:42sem que haja qualquer cerceamento por parte de governos.
02:45Agora, Hubert, a gente viu aí o Donald Trump, ele praticamente atirando para todos os lados e interferindo em coisas,
02:54não só na parte industrial, na parte econômica, agora tentando aí cercear a liberdade das universidades.
03:01Ao seu ver, esse processo aberto por Harvard, pode chegar à Suprema Corte dos Estados Unidos?
03:08Pode, pode chegar à Suprema Corte, como qualquer outra medida judicial.
03:13O caminho do judiciário, ele pode chegar até a última instância.
03:19Vai caber aí, nas instâncias intermediárias, qual vai ser o posicionamento do judiciário
03:24e quais serão as postulações que ambos os lados vão colocar.
03:30A judicialização, ela não faz bem a todo o processo, mas ela talvez possa servir como um freio regulatório
03:39para que a academia seja, de fato, relevante e mantenha a sua postura de liberdade de pensamento.
03:48Só confirmando, vocês estão me ouvindo, Paula?
03:55Estamos, estamos, Mari.
03:58Perdão, porque teve uma parada aqui, acho que eu quase interrompi, perdão.
04:04Não, queria perguntar um pouquinho sobre, porque teve uma posição que a gente começou a fazer,
04:08que eu vejo que os Estados Unidos sempre foram no campo universitário, o grande imã, né, dos melhores cérebros, né,
04:15você dizia que tinha uma grande atração de cérebro para os Estados Unidos, porque a produção universitária ali é muito ruim,
04:21as condições de trabalho lá são muito boas.
04:24Você vê que esse movimento já poderia agora, esses questionamentos que estão acontecendo nessa crise,
04:30pode começar ainda a reverter isso e ter uma certa fuga, por exemplo, em universidades europeias e em outras regiões?
04:36Isso tem já um efeito?
04:37As universidades americanas, Mari, elas sempre foram, principalmente após a Segunda Guerra Mundial,
04:45um grande centro de desenvolvimento tecnológico e de absorção de alunos estrangeiros.
04:51Hoje, a gente tem dificuldades em encontrar instituições que tenham um paralelo
04:58quanto a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mundo afora.
05:01Óbvio que existem grandes universidades na Inglaterra, no restante da Europa, na Ásia,
05:07mas é difícil a gente imaginar que todo o conjunto de universidades robustas que tem os Estados Unidos,
05:16e o grande chamariz é justamente essas oportunidades de desenvolvimento tecnológico,
05:21da pesquisa, do aprofundamento na pesquisa,
05:23Eu creio que talvez possa ter uma redução na atração de alunos internacionais,
05:31de alunos estrangeiros, mas as questões políticas são perenes,
05:37elas passam com o tempo.
05:40Então, eu creio que possa sim haver algum modelo de redução agora da captação de alunos estrangeiros,
05:46mas isso aí vai ser retomado até pela própria dimensão da academia americana,
05:51da forma com que as universidades trabalham e aquilo que elas produzem de fato,
05:57seja por injeção de recursos públicos ou também, como é comum nas universidades americanas,
06:03o investimento privado das grandes empresas que buscam determinadas técnicas e modelos de desenvolvimento
06:09e utilizam as universidades para isso, e com isso elas fomentam também economicamente elas.
06:15O Hubert, como que você avalia essa entrada desse processo por Harvard,
06:21uma universidade tão respeitada, reconhecida no mundo inteiro,
06:25que teve uma postura, inclusive, diferente da Universidade de Colômbia, né?
06:31É, isso aí são os movimentos que a presidência de Harvard tomou,
06:35ela está no justo direito de defender a autonomia dela enquanto universidade,
06:40e aí vai estar a própria gestão que cada instituição tem.
06:44Colômbia tomou uma decisão, Cornell tomou outra,
06:48e Harvard está buscando a judicialização.
06:50Então, isso faz parte de todo esse contexto,
06:53essa temperatura elevada do campo político misturado com as instituições de ensino superior,
07:01e, obviamente, tem que se buscar aí a resguardar os direitos que as universidades possuem,
07:07e, na outra ponta, o governo federal também está colocando o dinheiro,
07:12e ele tem as suas demandas com relação a como,
07:15o que vai ser feito com esses recursos dos contribuintes americanos.
07:20A Maria Almeida parece que tem mais um...
07:22Ah, aí.
07:24Perdão.
07:25Não, acho que talvez tenha um pequeno desleio ali,
07:27mas pensando exatamente sobre isso,
07:30sobre o volume de...
07:31A questão dos gastos públicos e a relação com as universidades,
07:33porque o governo, normalmente, o processo orçamentário,
07:37ele acaba tendo tempos mais curtos, né?
07:40Assim, todo ano ele é revisado,
07:41todo ano tem processo de aprovação,
07:43mas, para a geração de conhecimento,
07:45existe a necessidade de um certo conhecimento mesmo,
07:48prévio, de uma estabilidade,
07:50uma perenidade desse financiamento,
07:52que os Estados Unidos tinham alguns modelos para garantir.
07:54Tem o aporte direto,
07:56e também,
07:57o generalizar também conta muito com o seu endowment,
07:59mas que o Donald Trump também chegou a ameaçar com maior taxação.
08:03Você acha que tem um risco mais significativo
08:08de quebra da perspectiva mesmo de planejamento universitário
08:13em relação a essa possibilidade?
08:15Que pode ser o Trump, mas podem ser os próximos também.
08:17Essa ideia de que o orçamento não está garantido,
08:20de alguma maneira isso pode ser rompido ao longo do tempo,
08:22ou os endowments teriam que ter um papel mais forte?
08:25Como você vê esse financiamento universitário?
08:27Então, Mari,
08:30eu vejo como crucial, neste momento,
08:34até para que haja um arrefecimento das tensões,
08:37é que as partes voltem a conversar com a temperatura baixa
08:43e fazer com que o governo possa, de fato,
08:46repensar essa questão dos investimentos,
08:49que as universidades possam não abrir mão da sua autonomia,
08:53da sua autoridade acadêmica, de cátedra,
08:56mas que possam se juntar, sentar.
09:00Eu acho que sempre o bom caminho é uma boa conversa.
09:05A temperatura elevada agora, eu acho que ela não atende exatamente
09:10aos desejos nem da academia, nem do desenvolvimento tecnológico,
09:15e com certeza a médio e longo prazo do desenvolvimento científico,
09:19que é algo que é crucial.
09:21não sei se eu respondi o que você perguntou direito,
09:25porque o seu ódio está um pouco baixo para mim aqui.
09:29Hubert Basques, muito obrigada pela sua participação,
09:32ele que é CEO do grupo Kefraia,
09:35um ótimo feriado para você,
09:36bom restinho de semana,
09:38e até a próxima.
09:39Até a próxima, Paula, Mário, muito obrigado.
09:42A gente que agradece.
09:43Obrigada.

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