No centésimo dia de mandato, Donald Trump afirmou à revista The Atlantic que governa os EUA e o mundo. Em Michigan, ele deve anunciar medidas para reduzir tarifas automotivas. O secretário Howard Lutnick antecipou um acordo com montadoras. Confira análise de Renan de Souza.
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00:00Em entrevista à revista The Atlantic, o presidente americano Donald Trump declarou que o governa não só os Estados Unidos, mas o mundo.
00:09Autoridades da Casa Branca garantem que serão anunciadas medidas para reduzir o impacto das tarifas automotivas.
00:16O comunicado está previsto para hoje, quando o presidente dos Estados Unidos cumpre o centésimo dia de mandato.
00:23A promessa do anúncio foi feita pelo secretário de comércio, Howard Lutnick.
00:28Em comunicado, ele disse que o presidente Trump está construindo uma importante parceria com as montadoras nacionais e com nossos grandes trabalhadores norte-americanos.
00:39Declarou também ser esse um acordo que leva a uma grande vitória para a política comercial, por recompensar as empresas que fabricam no país.
00:48O discurso deve acontecer durante a visita de hoje à Michigan, onde Trump escolheu para comemorar o aniversário dos primeiros 100 dias no cargo
00:57e onde estão localizadas as três grandes montadoras de Detroit, General Motors, Ford e Stellantis.
01:04O setor agrega na região mais de mil fornecedores automotivos importantes.
01:10Na semana passada, uma coalizão de grupos da indústria automotiva dos Estados Unidos pediu a Trump que não impusesse tarifas de 25%
01:19sobre peças automotivas importadas, alertando que isso reduziria as vendas de veículos e aumentaria os preços.
01:27Trump disse anteriormente que pretendia implementar as tarifas de 25% sobre peças automotivas até, no máximo, o dia 3 de maio.
01:37Em entrevista publicada pela revista The Atlantic, o republicano falou sobre os dois mandatos.
01:43Trump afirmou, na primeira vez, eu tinha duas coisas a fazer, governar o país e sobreviver.
01:50E na segunda vez, eu governo o país e o mundo.
01:55Ao ser questionado sobre tecnologia e pessoas influentes, Trump disse que o fato de ter captado apoio de bilionários da tecnologia,
02:03como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos, se dá talvez porque eles não me conheciam no começo e agora conhecem.
02:11A revista The Atlantic foi a responsável por revelar o primeiro grande escândalo da administração Trump,
02:18o vazamento de planos secretos de ataques aos rebeldes Houtis no Iêmen.
02:24O grupo é apoiado pelo Irã.
02:26Durante a conversa com The Atlantic, Trump também comentou sobre a possibilidade de um terceiro mandato,
02:33apesar da proibição imposta pela 22ª emenda da Constituição.
02:38Disse que a Trump Organization já começou a vender bonés Trump 2028.
02:43Bom, e quem já está chegando aqui no Money Times de hoje, viu, Filipe?
02:49É o nosso Renan de Souza, que vem direto de Abu Dhabi.
02:53Grande Renan.
02:54Grande Renan, que vem aqui para abrir e entrar, para acrescentar ainda mais as informações aqui na edição de hoje.
03:00Renan, muito boa noite para você por aí.
03:03Quer dizer, então, que segundo o Donald Trump, nós temos também um presidente do mundo?
03:09É isso?
03:09Seja bem-vindo ao Money Times.
03:15Eric, muito boa tarde para você, para o Filipe, para todos que nos acompanham.
03:19A questão é que o mundo inteiro não votou por ele, né?
03:23Se baseassem pesquisas que a gente viu na época, em muitos países do mundo não daria Donald Trump, né?
03:29A questão é como a gente não teve direito ao voto, então não pode ser o presidente do mundo.
03:34Mas para falar um pouco sobre o que são esses 100 dias de Donald Trump, né?
03:39À frente da Casa Branca, nesse segundo mandato, Eric, a gente pode dar uma olhada em alguns números bastante interessantes do que aconteceu até aqui,
03:48para a gente poder ver a direção que o presidente dos Estados Unidos está tomando.
03:52Eu queria salientar um número especialmente que choca, é o número de ordens executivas, 143 ordens executivas de Donald Trump assinadas até aqui,
04:04o que indica que o presidente está expandindo, sim, seus poderes, pelo menos dentro dos Estados Unidos, né?
04:10trabalhando na canetada, essa é a tradução que a gente pode fazer, porque quando a gente olha o número de leis que ele assinou nesses 100 dias,
04:18são apenas cinco leis, e nenhuma lei muito grande, muito importante, ou que ele ajudou a apoiar, ajudou a passar.
04:26Essa lei é o menor número de leis assinadas nos Estados Unidos em 100 dias, desde a década de 50.
04:34E, obviamente, essas ordens executivas, elas expandem o poder do presidente dos Estados Unidos e elas se esbarram na justiça.
04:42E aí a gente tem mais de 220 ações na justiça dos Estados Unidos, contestando muitas das ordens executivas de Donald Trump até aqui.
04:53O que a gente percebe? O presidente que expande os seus poderes, né?
04:57Deixa o Congresso de lado, né? O presidente sempre foi muito crítico do establishment de Washington, da política de Washington.
05:06Então ele está trazendo para si a responsabilidade e atuando sozinho, contando com o que os republicanos estão apoiando.
05:13E, obviamente, é um experimento que a gente vai poder entender daqui a alguns anos o que vai acontecer de fato.
05:19Se ele vai expandir de fato os seus poderes a ponto de tentar um terceiro mandato, como ele vem dizendo,
05:26ou se ele vai se esbarrar aí na justiça e em outros marcos que regulam a democracia nos Estados Unidos.
05:34Então isso é um ponto bastante importante.
05:36Agora, o que eu acho interessante a gente salientar é que, nesses 100 dias, Donald Trump trabalhou muito para a sua base, né?
05:44O MAGA, o Make America Great Again.
05:46As promessas que ele fez para essa base, que o elegeu, ele está cumprindo.
05:51Tudo isso, ninguém pode negar que ele está satisfazendo a base eleitoral dele e esse movimento MAGA.
05:57Agora, a questão é que, quando você olha de uma maneira global, né?
06:01A população dos Estados Unidos não se sente muito representada pelo presidente.
06:06Ontem a gente trouxe aqui uma pesquisa e, hoje, justamente a média das pesquisas nos Estados Unidos
06:11mostram que o presidente Donald Trump é aprovado por 43% dos americanos e reprovado por 54% dos americanos.
06:21Ou seja, há uma diferença grande aí, né?
06:24Ele tem um número muito baixo de aprovação para esse nível, o menor dos últimos 100 anos,
06:30também da era moderna dos Estados Unidos.
06:33Então é algo que preocupa a Casa Branca, justamente porque esse é só o começo do governo.
06:38Tem muita coisa ainda para acontecer, amanhã a gente tem dados de inflação,
06:43dados econômicos dos Estados Unidos, que são importantes e podem revelar aí o destino do país
06:48de uma maneira que pode deixar o presidente Donald Trump um pouco assustado.
06:52Então, o que a gente percebe?
06:54Na questão econômica, Donald Trump está patinando, a questão de tarifas, manuseio da economia
06:59e as notas dele têm sido baixas nas pesquisas.
07:03Agora, a área que ele tem sido forte é na imigração, em que a nota da avaliação dos americanos
07:09é uma nota alta.
07:11Inclusive, o número de pessoas que tentam cruzar a fronteira sul dos Estados Unidos,
07:17esse número caiu vertinosamente, né?
07:20Então, é uma área que ele tem tido avanços.
07:23Então, você percebe que é um legado aí inicial muito complicado, muito conturbado
07:29e que vai deixar difícil a administração dele daqui em diante, porque ele já deixou claro
07:33qual vai ser a prioridade dele, né?
07:36Até agora não conseguiu cumprir algumas promessas, como acabar com a guerra na Ucrânia.
07:41Então, é uns 100 dias que a gente faz um balanço de bastante desmonte do governo federal,
07:46bastante desmonte das leis, da democracia, como a gente conhece.
07:51Então, é algo que a gente vai poder entender com contexto histórico daqui a algum tempo,
07:56mas que acende, assim, um sinal amarelo, né?
07:59Vai ser interessante, inclusive, a gente analisar o discurso de hoje à noite de Donald Trump,
08:05justamente porque ele vai para o estado do Michigan, né?
08:08Um estado de classe trabalhadora, né?
08:11E a Casa Branca já adiantou que esse discurso que ele vai fazer hoje à noite
08:15vai ser no formato rally, ou seja, no formato comício,
08:19que é aquele jeito que ele faz na campanha.
08:21Então, é quando o Donald Trump fala mesmo, ele não tem teleprompter,
08:25ele não tem PTP, ele não tem texto preparado, ele fala da cabeça.
08:29E aí, é aquele momento que ele gera muita notícia.
08:32Então, vai ser interessante analisar, porque ele virou o estado do Michigan na última eleição.
08:37É um estado de classe trabalhadora, berço da indústria automotiva dos Estados Unidos.
08:42Não à toa que ele vai fazer essa sinalização.
08:45Hoje à tarde, ele assina uma ordem executiva para mudar um pouco as tarifas de 25% da indústria automotiva, né?
08:53Essa tarifa de 25% vai continuar, mas ele vai impedir com que ela se some com outras tarifas,
09:01como a do ácido alumínio, por exemplo.
09:03Então, vai manter só de 25% e as empresas automotivas dos Estados Unidos
09:08vão poder pedir o reembolso retroativo.
09:11Isso devido a uma pressão das empresas, das companhias ali,
09:16fabricantes de automóveis nos Estados Unidos.
09:18Então, é um legado até aqui bastante complexo, bastante complicado
09:21e que a gente vê que a economia é o principal alvo, né?
09:26Que sai mais danificada desses 100 dias aí do legado de Donald Trump até aqui, Eric Felipe.
09:34É, Renan, como você estava falando, né?
09:35Da indústria automotiva, ele que vai em Michigan, né?
09:39Que é o berço da indústria automotiva.
09:42E a gente vê agora que, nesses 100 dias, em algumas decisões,
09:46ele está tendo ou que voltar atrás ou que rever como essa, né?
09:49Que ele deve aí flexibilizar as tarifas automotivas dos Estados Unidos, Felipe.
09:55Isso vai acabar sendo bom para todo mundo,
09:58que a gente já viu o reflexo da Renault, na Volvo.
10:02Vai ser bom, né? Ele flexibilizar, né, Felipe?
10:04É, na verdade, assim, Eric e Renan, eu acho que esse discurso de hoje,
10:08de 100 dias do Donald Trump, é mais ou menos uma coisa que simboliza bastante
10:12o que é o Donald Trump e como ele age.
10:14Então, ele vai chegar em Michigan, ele vai fazer um discurso
10:16e vai dizer que ele está cortando as tarifas e vai ser muito aplaudido pela sua base.
10:20Só que a base, ela não vai lembrar que, na verdade,
10:21quem colocou as tarifas foi o próprio Donald Trump.
10:24Então, ou seja, é uma forma dele manipular a narrativa
10:28de uma maneira que sempre coloca como se ele estivesse apresentando uma vitória
10:33para a sua base.
10:35Então, essa é a maneira, esse é o modus operandi do Donald Trump, né?
10:38A gente estava vendo aquela entrevista que ele deu para a revista The Atlantic,
10:41lembrando que a The Atlantic foi a mesma revista
10:43que o secretário de defesa, Pete Hegseth,
10:46acabou incluindo o editor da Atlantic num grupo ali de mensagens,
10:50onde ele estava comunicando o ataque, os ataques ali aos rutis e tal.
10:54Então, a The Atlantic está uma revista que acabou ficando muito popular nos Estados Unidos por isso.
10:58E essa matéria da Atlantic, que eu recomendo,
11:01quem se interessar, por mais por política externa e pela própria Donald Trump,
11:04leia essa matéria pela internet, ou enfim, ou ouça o podcast The Atlantic,
11:09que eu ouvi hoje de manhã, contando os bastidores dessa matéria.
11:12É uma coisa assim, é surreal.
11:14Os repórteres da matéria, só para ter uma ideia,
11:16só contar uma coisa rapidinho aqui.
11:17Ouviu, Eric, porque nas minhas horas vagas,
11:20eu também fico ouvindo o podcast do Donald Trump.
11:21Eu estava vendo ali você ouvindo.
11:23Então, só para ter uma ideia,
11:26os jornalistas da Atlantic pediram uma entrevista para o Donald Trump,
11:29e o Donald Trump ficou um tempão ali para responder,
11:31a Casa Branca, os assessores,
11:32e depois acabaram negando a entrevista,
11:34dizendo que ele não queria falar The Atlantic e tal,
11:37ele foi para a rede social e xingou a revista, os jornalistas e tal.
11:40Os jornalistas pegaram o celular e ligaram para o Donald Trump.
11:43Porque assim, o telefone do Donald Trump é um telefone comum,
11:46as pessoas têm o telefone do Donald Trump, e ele atendeu.
11:48E ele atendeu e começou a falar,
11:49não, mas vocês, a revista não gosta muito,
11:51vocês falam muito mal de mim.
11:52E daí eles convenceram, falaram, não, então tudo bem, vem aqui.
11:55E eles convenceram o Donald Trump a dar a entrevista,
11:57e eles foram para a Casa Branca.
11:58Olha como é, é alguma coisa amadora, né?
12:01Quer dizer, normalmente você entrevista um presidente,
12:03você faz todo um protocolo e tal, tem toda aquela formalidade.
12:08No caso do Donald Trump, não.
12:09Ligou, ah, tá bom, então vem aí.
12:10Passa em casa.
12:11Passa lá, vamos comer na horária.
12:13Então, assim, mas é uma entrevista muito interessante,
12:16principalmente nesse momento que ele fala o seguinte,
12:18a diferença entre o primeiro e o segundo mandato.
12:20No primeiro mandato, eu estava tentando sobreviver
12:23enquanto eu tocava o país, enquanto eu comandava o país.
12:26Agora, eu não comando só o país, mas também comando o mundo.
12:28Quer dizer, o Donald Trump viu que no primeiro mandato,
12:31ele se cercou de gente que obedecia a lei,
12:33quer dizer, que tinha preocupações institucionais.
12:37E daí ele falava assim, olha, eu queria fazer isso.
12:39As pessoas falavam, não, isso não pode, isso é contra a lei e tal.
12:42E ele acabava obedecendo, acabava tendo algum tipo de freio ali.
12:46Nesse segundo mandato, a gente já viu que ele só se cercou
12:49de gente que fala sim para ele.
12:51Então, é realmente um mandato muito diferente do primeiro.
12:55E essa coisa também, né, Renan, só para lembrar, assim,
12:57eu queria lembrar três ordens executivas,
12:59dentro das mais de 140 que ele promoveu, né?
13:03Muito importantes, que eu acho que vão ficar marcados realmente
13:06como os grandes feitos do Donald Trump nesses primeiros 100 dias.
13:09Primeiro, a mudança do nome do Golfo do México para o Golfo da América.
13:13Golfo da América.
13:14Desculpa, eu estou sendo irônico, tá? Só para avisar.
13:17A segunda, a permissão para o cancelamento dos canudos de papel,
13:23a volta dos canudos de plástico.
13:25É isso.
13:25Foi muito importante também para a economia mundial, né?
13:27Para o legado histórico do Donald Trump.
13:29E o terceiro foi a interrupção da fabricação dos pênis,
13:33aquela moedinha de um centavo americano,
13:35também uma coisa muito importante que o Donald Trump fez, Eric.
13:37É que o Donald Trump, parece que ele centraliza tudo
13:40e se preocupa com pequenas coisas que não precisariam se preocupar,
13:43como esses três aí que você falou, né?
13:47Essas três canetadas que ele deu.
13:49E ele não segue, né, Renan?
13:51Parece a liturgia do cargo.
13:52Como o Felipe descreveu para a gente,
13:55parece que é tudo, a gente diria, no vai da valsa.
13:58Ah, ligou, passa aqui, né?
14:00E eu acho que acaba sendo um governo um pouco profissional.
14:04Até por isso ele está enfiando os pés pelas mãos nessa questão tarifária,
14:08porque se ele se cercasse também de técnicos, né,
14:11que pudessem fazer uma avaliação com ele,
14:14talvez ele não tivesse que voltar atrás em algumas coisas,
14:16como agora nas tarifas automotivas, né,
14:21querendo negociar com todos os países,
14:23está vendo que a economia dos Estados Unidos está indo por água abaixo,
14:27ou indo mal lá.
14:29Então, assim, talvez um pouquinho mais de profissionalismo, né, Renan?
14:33Pudesse fazer com que os Estados Unidos
14:35tivessem um melhor desempenho nesses 100 dias de Trump.
14:41Só para, antes de passar para o Renan a bola,
14:44eu concordo totalmente com o que você está falando,
14:47mas eu acho que nesse caso é pensado, né?
14:49Quer dizer, ele se cercou de técnicos,
14:51mas técnicos que têm uma espécie de bias de validação
14:56do que ele já pensa, né?
14:57Então, a questão das tarifas, ele já fala há muitos anos,
14:59ele arranjou um Peter Navarro,
15:01que é um apoiador de longa data também,
15:03que também tem essa teoria das tarifas,
15:05tem até livros sobre a China que defendem isso,
15:08e se cercou dele, desses técnicos,
15:10para justamente validar as suas próprias opiniões.
15:12Só não deu muito certo com o Elon Musk, né,
15:14que ele trouxe mesmo as ideias e tal,
15:16só que aí o Musk ficou bravo com ele,
15:20porque viu as ações da empresa dele
15:22indo, se derretendo bastante, né,
15:25carros aí sendo queimados, mundo afora.
15:29Né, Renan, você não acha que o Trump
15:31poderia governar de uma forma mais profissional
15:34nesse momento?
15:36Acho que a gente teve um probleminha com o Renan,
15:38direto de Abu Dhabi.
15:39Daqui a pouco, então, ele volta.
15:41Você tem essa sensação de, talvez, pouco profissionalismo?
15:45O Renan está de volta aqui, gente?
15:51Só o áudio.
15:52A gente vai ajustar aqui a conexão direto com o Abu Dhabi,
15:56daqui a pouco o Renan volta aqui.
15:58Você tem essa sensação?
15:59Será que os americanos têm essa sensação
16:01de pouco profissionalismo?
16:03Porque a gente via o Biden,
16:04o Biden teve problemas, claro, né,
16:06uma rejeição grande ali no final do mandato,
16:09mas ele parecia mais profissional, né,
16:13seguindo, como eu disse, a liturgia do cargo.
16:16O Trump deixou isso de lado, Felipe?
16:19Com certeza, com certeza.
16:21Essa parte, quando você olha para o primeiro escalão
16:23do governo Trump, você vê ali, assim,
16:25qual que é a grande experiência profissional
16:29do Pete Hegset, que é secretário da Defesa.
16:31Ele toca, ele é o responsável pelo maior exército,
16:33das maiores forças armadas do mundo.
16:34Ele era comentarista da Fox News.
16:38Ou seja, então, ele foi um soldado,
16:40ele lutou no Iraque, desculpa,
16:42mas a experiência administrativa, de gestão,
16:45ele não tinha nenhuma.
16:46E ele era um comentarista da Fox News
16:48que o Trump gostava de assistir
16:49e concordava com algumas ideias,
16:51então convidou ele para ser secretário de Defesa.
16:53Então, assim, a Pam Bond, que é a Attorney General,
16:55que é a Procuradora-Geral,
16:57que, teoricamente, é a pessoa que defende
16:59os Estados Unidos do governo, né,
17:01a Procuradora-Geral, tem o papel de representar
17:04a sociedade do governo, né,
17:06em causas que defendem a sociedade
17:08em alguma ação, por exemplo,
17:09eventualmente contra o governo.
17:10A Pam Bond, ela não acredita
17:12que o Donald Trump perdeu a eleição
17:13por Joe Biden.
17:14Ela defende que o Donald Trump
17:15não perdeu a eleição por Joe Biden,
17:17ao contrário de todos,
17:18todo o sistema judiciário americano.
17:20Então, você vê, assim,
17:21com essas indicações,
17:23poderíamos falar várias outras,
17:25secretária de Educação,
17:27que era presidente de uma liga de wrestling,
17:30de luta livre,
17:31aquelas lutas livres americanas e tal,
17:32ela virou secretária de Educação.
17:34Depois, agora, até acabaram
17:35com o Departamento de Educação.
17:37Então, a gente vê esse primeiro escalão do Trump
17:39muito diferente do primeiro escalão
17:40do primeiro mandato,
17:41que era um escalão mais...
17:42era um governo um pouco mais previsível,
17:45no bom sentido, quer dizer,
17:46eram profissionais, eram técnicos,
17:48pessoas que falavam não
17:49de vez em quando para o Trump.
17:50E ali...
17:51Pelo menos ele mostrava
17:52uma outra perspectiva.
17:53Olha, presidente,
17:54se a gente fizer isso,
17:55existe também aí um reflexo
17:57para a gente, né,
17:59não vai ser totalmente bom para nós.
18:02Então, mostrava uma outra perspectiva.
18:04Hoje, não,
18:04só tem a perspectiva do Trump.
18:05Exatamente.
18:06Então, como todo mundo concorda com ele,
18:08ele se sente à vontade
18:09para seguir dentro do seu conceito.