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Embora ainda não esteja confirmado, o presidente Lula (PT) não deve participar dos atos de 1º de maio, Dia do Trabalho. Lula havia planejado comparecer a dois eventos, mas avaliou que a presença nos atos poderia ser desgastante. A decisão deve ser confirmada nos próximos dias, mas já gera especulações sobre os impactos políticos dessa escolha.

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Transcrição
00:00Gente, eu quero retomar agora a nossa conversa sobre os atos do 1º de maio, que tem tradicionalmente a participação do Presidente da República.
00:06Ainda não há confirmação de que ele não participaria, mas tudo indica que não, até porque a Central Única dos Trabalhadores também não está organizando esse ato que vai acontecer aqui na Zona Norte de São Paulo.
00:16Porque, segundo as informações, a CUT não concordaria com a distribuição de brindes para atrair trabalhadores para esse evento.
00:22Então, diante também de uma agenda que, segundo a assessoria do governo, seria muito apertada, porque vai ter outra manifestação também acontecendo em São Bernardo do Campo,
00:33cidade com a qual o Presidente Lula tem muita identificação, até porque conduziu os sindicatos metalúrgicos lá por muito tempo, parece que essas agendas bateriam.
00:41Aí, diante de tudo isso, ele falou, acho que eu não vou participar, não.
00:44Então, tem a ver com o conflito de agenda ou tem a ver também com o fiasco que foi a manifestação e o ato do ano passado, hein, Gustavo Segret?
00:54Para mim tem a ver com o fiasco. Para mim tem a ver, e está certo, o Presidente não pode se expor a vir a um evento que não tenha ninguém.
01:01É o Presidente da República e deveria ter uma audiência, pelo menos, que mostre que ele tem poder de concentração de pessoas.
01:10Mas também tem outra questão que não está sendo divulgada, que é, nós falamos há dias atrás, e vale a pena lembrá-lo, que até depois da reforma trabalhista de 2017,
01:25acaba o aporte patronal, o aporte sindical, que era obrigatório.
01:30Aí passa a ser voluntário.
01:33O STF muda o nome e coloca a obrigatoriedade de novo, salvo que a pessoa vai lá no sindicato e diga, de próprio punho e letra, que ele não quer ter o desconto.
01:46O aporte sindical equivale a um ano, a um dia por ano, do salário do trabalhador.
01:52O sindicato de metalúrgicos de São Paulo, um dos sindicatos que certamente vai propor essa reunião, mudou a interpretação.
02:02E está obrigando agora a que aquele que não queira fazer o aporte tenha que ir uma vez por mês.
02:08Então o sindicato está atrapalhando o mesmo trabalhador, e o trabalhador vai falar,
02:12peraí, vocês estão me incomodando, eu tenho que aportar dinheiro e vocês querem ainda que eu vá bater palmas em sei lá quem no dia do trabalhador?
02:20Não, eu não vou, porque aí deixa esse efeito de o trabalhador falar, eu vou um dia por ano, vou perder o dia de trabalho, mas pelo menos não dou o dinheiro para o sindicato.
02:31Agora tem que ir uma vez por mês, e isso atrapalha o trabalhador.
02:36Então o que vai fazer?
02:37Não posso me abster de trabalhar uma vez por mês, vou ter que resignar esse dinheiro que vai para o sindicato.
02:42Ou seja, o sindicato está fazendo tudo errado, até porque os sindicatos participaram, alguns, dessa falcatrua do INSS.
02:49Então, os sindicatos aparecem por um monte de lugares, e agora vamos fazer uma concentração defendendo o trabalhador?
02:56Ninguém acredita nisso.
02:57E essa questão do INSS, ela também é um elemento a mais, uma camada dessa história,
03:01porque logo depois de uma operação que descobre que sindicatos estão retendo ou recebendo valores descontados
03:08de pensionistas beneficiários do INSS, aposentados e pensionistas, sem que eles autorizem.
03:13E toda a polêmica agora para a devolução desse dinheiro, aí tem um ato envolvendo sindicatos
03:18com a participação do presidente da república, sendo que todo mundo ali da liderança do INSS
03:23foi afastado, o presidente foi exonerado, pediu demissão.
03:28Enfim, você acha que isso pesa também, hein, Felipe Monteiro?
03:32Assim, eu tenho uma outra visão em relação ao SEGREA.
03:35Então fale conosco, compartilhe.
03:37O grande problema da esquerda, do Lula e do governo, é que o trabalhismo já não existe mais.
03:43O trabalho, talvez na década de 40, quando surgiu a CLT, não existe mais hoje em dia.
03:49E a esquerda e o governo têm uma dificuldade enorme de dialogar com as novas classes de trabalhadores do mundo.
03:56Motorista de Uber, atendente de call center, entregadores de aplicativos,
04:01que é a nova forma de trabalho e nova forma da economia, né, que é muito mais informalizada e menos formal.
04:10Então eu sinto que o governo e a esquerda têm perdido espaço nessa discussão e nesse diálogo com essa nova classe de trabalhadores.
04:18Então, ao perder o espaço e ao perder o diálogo, por não entender o que está acontecendo no mundo, né,
04:22não tem nenhum sentido ele fazer atos de 1º de maio, porque fica completamente ultrapassado, completamente atrasado, né.
04:29Não adianta querer voltar à época do Getúlio Vargas, não adianta querer voltar à época da CLT, da forma como foi promulgada.
04:36Então, isso demonstra, na minha opinião, a total falta de conexão da esquerda, do governo, com essas novas classes de trabalhadores, né.
04:44Então o Lula não tem o que falar.
04:46A verdade é isso, o Lula e a esquerda não têm o que falar.
04:49Essas novas classes de trabalhadores têm ojeriza da esquerda, não gostam da esquerda, não gostam do governo.
04:55Então, ao invés do governo, da esquerda, do PT e do esquerdismo dialogar para essa população, o que ele faz?
05:02Não faz nada, não faz nada.
05:04O que é muito pior, o que é muito pior.
05:07Mas, se não tem o que propor, infelizmente, fica calado, né.
05:11Então, assim, esse é o meu ponto.
05:12Agora, o ponto que eu te colo do segredo é o seguinte, né.
05:14Na minha opinião, há possibilidade do sindicalismo voltar a ter uma certa importância.
05:20É só se modernizar, é só mostrar para os seus, para a sua base de trabalhadores, por que o sindicato é importante para eles.
05:27E isso o sindicato não faz.
05:28Então, concordo com o segredo.
05:30Se você prejudicar o trabalhador e você prejudicar a vida deles, tem que ir todo mês no sindicato para reivindicar, né, tirar a contribuição sindical,
05:40criando obstáculo para a vida dele, né, isso não vai criar conexão com o sindicato.
05:45O sindicato tem que se modernizar também, tem que falar por que é bem-vindo o sindicalismo atualmente no Brasil.
05:50É bom lembrar que, só para terminar, Cine, que recentemente, nos Estados Unidos, né,
05:55o sindicato dos atores teve um ganho muito grande ao colocar a discussão da inteligência artificial na economia, né.
06:03Mudou completamente o cenário de Hollywood por conta do sindicato lá.
06:06Então, o Brasil e o sindicato do Brasil poderiam fazer a mesma coisa, mas não.
06:09Então, fico com as práticas atrasadas e completamente ultrapassadas, que não tem no sentido hoje em dia.
06:15Que foi o segredo.
06:15Então, não entendia em que ele discordou de mim quando falou que estava de acordo comigo.
06:19Ou seja, ele falou, discordo com o segredo e não explicou por que discordava comigo.
06:22Ele discordou com o que ele discordou.
06:23E depois falou que estava de acordo com o sindicato.
06:24Você falou toda hora que o sindicato é ruim, sindicato serve para nada.
06:27Sindicato serve sim para muita coisa.
06:29E eu coloquei até aqui que sindicato serve sim para muita coisa.
06:31O problema é que o sindicato está atrasado em certas práticas.
06:34Mas você tem um exemplo de um sindicato nos Estados Unidos.
06:36Você teria algum exemplo de um sindicato aqui brasileiro que serva para alguma coisa, que seja relevante para o trabalhador?
06:41Ah, tem certamente sindicato bom aqui no Brasil.
06:43Mas não conseguiu...
06:44Ele não custou de sindicatos, mas deve ter certamente.
06:46Zé Maria Trindade, você acha que o fiasco também de manifestações,
06:51ou até mesmo o risco dessa nova manifestação não atrair a quantidade de gente que espera o presidente Lula,
06:56tem a ver com essa dificuldade que o PP falou da esquerda e do próprio governo se comunicar com a nova classe trabalhadora?
07:03É uma reflexão muito importante que o Felipe faz.
07:08Muito importante essa reflexão.
07:10Eu não acho que há risco de não ter adesão.
07:13Eu acho que com toda certeza não haverá adesão.
07:17Para sair de casa e ir a uma manifestação assim, é preciso muito impulso.
07:23É preciso muito motivo, né?
07:25E não existe esse motivo hoje em nenhum setor da sociedade para ir lá no 1º de maio,
07:35numa manifestação dessa, para bater palma de um discurso do presidente da República, Lula,
07:40que passa por um desgaste claro, evidente, e está muito exposto aí.
07:45Houve um momento, sim, em que o 1º de maio era um momento ali de reivindicar mais,
07:51comemorar algumas conquistas e assim por diante.
07:55Aí depois houve um ocaso.
07:58Sorteavam até carro, grandes shows para atrair pessoas.
08:02E isso ficou muito caro, mas os sindicatos nadavam em dinheiro através de contribuição obrigatória.
08:09A partir da falta desse dinheiro, os sindicatos não conseguem mais mobilizar.
08:13Eu sinto que alguns políticos desta área da esquerda ainda veem o trabalhador como aquele de macacão,
08:22de capacete, com a marmita debaixo do braço e que ia lá bater ponto.
08:27Esse tipo de funcionário ou não existe ou é uma raridade.
08:32Está acabando.
08:34E é assim o mundo, né?
08:35As leis trabalhistas surgiram na Revolução Industrial quando realmente existiam jornadas
08:42insinuantes de trabalho, muita gente morria literalmente de trabalhar.
08:47Então foi preciso regulamentar e fazer leis.
08:50Hoje não.
08:51Hoje eu entendo que a lei está velha, está protegendo poucas pessoas que têm todos os direitos e outros não.
08:58Mas eu acho que o sindicato tem que ser livre, não pode ser obrigatório e necessário para defender setores da sociedade.
09:07É preciso.
09:08Os sindicatos, eles são importantes.
09:11Eu vejo aqui em Brasília representações sindicais muito boas, como essas confederações CNI, CNA, que fazem um grande trabalho.
09:20CNT, a Confederação Nacional dos Transportes, né?
09:23Que são os sindicatos empresariais e também os sindicatos dos trabalhadores que andam perdidos.
09:29Então eu acredito que num futuro próximo haverá uma união nova, um sindicato novo, que eu disse, não é?
09:38Com novas propostas para representar os motoboys, para representar os motoristas de aplicativos,
09:46representar os motoristas de táxi, que agora tem uma nova visão.
09:50Então o motorista de táxi mudou em decorrência do aparecimento dos aplicativos.
09:56Não fossem os aplicativos de transporte, nós estaríamos nas mãos dos taxistas numa outra concepção, né?
10:04Com preços que a gente não sabe onde e o tratamento também que a gente não sabe onde.
10:09Então o mundo mudou.
10:10Então se o mundo mudou, os sindicatos têm que mudar e não estão fazendo isso.
10:15Estão perdidos.
10:15Evandro, eu vejo que o esvaziamento dessa manifestação e também a incapacidade dos sindicatos de atrair multidões
10:25mostra um enfraquecimento da velha esquerda, do lulopetismo e do próprio movimento sindical aqui no Brasil.
10:33Isso porque, como o PP bem colocou, né?
10:36Defendem ideias muito retrógradas e aí precisam evidentemente se modernizar.
10:42Agora, o Brasil, ele não precisa, na verdade, de mais sindicatos.
10:46O Brasil já tem um excesso de sindicatos.
10:49O que o Brasil precisa é justamente diminuir o poder dessas corporações,
10:54flexibilizar mais o mercado de trabalho, modernizar o mercado de trabalho.
11:00A gente tem essa tal de CLT anacrônica, né?
11:03É um dinossauro isso daí e justamente modernizar essas relações de trabalho
11:08para trazer crescimento econômico e redução estrutural da taxa de desemprego.
11:15Há evidências que mostram que quanto mais flexível for esse mercado de trabalho,
11:20menor vai ser a taxa de desemprego.
11:23Menos sindicatos e mais emprego.

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