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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Brasil se tornou "rico" ao cobrar tarifas sobre os produtos norte-americanos, chamando a estratégia econômica de "sucesso". A fala vem em meio a discussões sobre o impacto das tarifas comerciais no comércio internacional e as relações econômicas entre os países.

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Transcrição
00:00O presidente Donald Trump declarou à revista Time, publicada hoje, que países como Brasil, China e Índia ficaram ricos ao cobrar tarifas de importação dos americanos.
00:09Vamos então com o André Anelli, que vai trazer essas informações pra gente agora, porque Trump também afirmou que a política de taxação implementada por ele é uma medida pra proteger a indústria norte-americana, e que tá funcionando super bem.
00:22Fala, Anelli.
00:22É, pois é. Pois é, Evandro. Foram essas declarações mesmo do presidente americano Donald Trump, dizendo que China, Índia e Brasil, ele deu mais ênfase na China, é claro, que é o principal alvo da guerra comercial nesse momento dos Estados Unidos.
00:40Esses três países teriam ficado ricos, nas palavras dele, através das taxações que são impostas às importações americanas.
00:50Trump deu exemplos de taxações de 100% a 150%, se referindo à China e também à Índia, e não deu nenhum percentual de referência ao Brasil, mas acabou colocando, então, o nosso país dentro desse comentário.
01:07Ainda nessa mesma entrevista à revista Time, o presidente americano defendeu essa política de tarifaço, que é, nesse momento, imposta por ele.
01:16Afirmou que essa política acaba protegendo a indústria nacional, admitiu que essa política é protecionista, e disse ainda que a estratégia tem sido um sucesso,
01:27e também que, nos próximos dias, diversos países, inclusive a própria China, devem sentar com os Estados Unidos pra fazer negociações comerciais.
01:37A gente relembra que o dólar tem oscilado muito por conta das incertezas relacionadas à política tarifária do presidente americano Donald Trump,
01:47e ele que também acaba conseguindo coletar alguns inimigos políticos que antes o defendiam internamente,
01:56e que agora tem questionado, então, todo esse tarifaço, com medo, por exemplo, de que haja inflação e também a economia americana seja impactada.
02:06Evandro.
02:07Valeu, Anneli. Bom trabalho pra você.
02:10Alan Gani, quero começar contigo porque você tem sido um analista, assim, bastante intenso sobre as políticas adotadas pelo Donald Trump.
02:17Ele fala, tá dando muito certo, nós estamos arrecadando bilhões e bilhões.
02:23Esses bilhões e bilhões...
02:24Ô segredo, fazendo o sinal do dinheiro voando, pra quem nos escuta apenas.
02:29Esses bilhões e bilhões estão compensando a perda que os Estados Unidos estão sofrendo com essas medidas?
02:35Vou fazer uma conta rápida aqui.
02:37Vale.
02:37Eles arrecadaram 500 milhões de dólares em 15 dias, o que dá 1 bi num mês, o que daria 12 bi...
02:46Uma média de 12 bi.
02:4712 bi num ano.
02:48Não é nada.
02:49Não é absolutamente nada diante do estrago que foi feito.
02:54O valor de mercado das empresas norte-americanas houve perda, não foi na casa de bilhões, foi na casa de trilhões.
03:02Há uma grande desconfiança agora por parte dos consumidores norte-americanos, o índice de confiança caiu bastante, um receio de inflação combinada com perda de crescimento econômico, ou seja, estagflação.
03:19Os bancos ali aumentaram a probabilidade de estagflação.
03:23Então, eu pergunto, eu não sei que política tarifária é essa que está fazendo bem para os Estados Unidos.
03:30Pelo contrário, até membros do Partido Republicano têm criticado, o próprio Elon Musk tem criticado.
03:37E outra, Evandro, não existe prosperidade econômica num ambiente de incerteza.
03:43Para ocorrer prosperidade econômica, um mínimo de previsibilidade, você tem que ter.
03:49O que o Trump está fazendo o tempo inteiro, ele passou do ponto da negociação.
03:53Porque agora ele vai gerando imprevisibilidade atrás de imprevisibilidade.
03:58Ao ponto que ninguém mais confia em fazer um investimento de médio e longo prazo.
04:04Porque você não sabe, um tweet amanhã muda tudo.
04:07No final das contas, o americano acredita que toda essa guerra tarifária não vai ser, de fato, factível.
04:15Não nessa escala.
04:17Caso contrário, se acreditasse, era para a Bolsa ter caído 50%.
04:21Gustavo Segreira, até agora o Brasil estava se precavendo, adotando algumas medidas,
04:25passando questões no Congresso que possam dar o poder ao governo federal de devolver
04:31qualquer tipo de medida que nos prejudique em termos de tarifa.
04:34Mas estava meio que escondido ali na moita, na expectativa de que Trump não olhasse para cá.
04:39Aí ele vem agora e fala, países como Brasil, China e Índia enriqueceram a base de impostos cobrados dos Estados Unidos.
04:48Isso significa que a lupa pode se aproximar aqui do nosso país?
04:52Eu não vejo que se aproxime.
04:53E quando você estabelece riqueza, eu gostaria de saber onde está o dinheiro que foi feito.
04:58Não, o que teve foi impostos de importação que faziam parte da estrutura de arrecadação do governo.
05:03Mas daí a falar que se enriqueceram os países, se enriqueceram é muito distante.
05:08O prejuízo geral de toda essa bagunça que o Trump fez foi 9,5 trilhões de dólares.
05:16Quando você observa, porque isso é lógico, soa muito dinheiro e é muito dinheiro.
05:21Mas para que a audiência interprete em proporção o quanto é isso.
05:26É a metade do PIB anual da China e um terço do PIB anual dos Estados Unidos.
05:32Olha o prejuízo que gerou isso, sem contar o que muito bem falou o economista ultrapassado,
05:41que está à minha direita, segundo o governo inteiro.
05:43Que é essa falta de previsibilidade.
05:49Quando você vê e fala, aonde que nós estamos indo?
05:51E vamos um pouco para a esquerda, um pouco para a direita, um pouco para cima, um pouco para baixo.
05:55A pessoa diz, não, até não saber aonde que estou indo, eu não vou colocar dinheiro.
05:59Eu não vou investir nesse país.
06:01E lógico, Elon Musk está furioso com isso, porque dentro das empresas que perderam um monte de dinheiro,
06:09também está as dele.
06:10E fala, peraí, eu estou colaborando com o governo, eu participei da campanha, apoiei para perder dinheiro.
06:16Não, peraí, não é bem assim, né?
06:19Então, isso está provocando algumas reclamações.
06:21Não, perfeito o que o Segret falou.
06:23E muita gente fala o seguinte, ah não, essa perda trilhardária que está ocorrendo
06:28vai prejudicar o George Soros, vai prejudicar os ricos de Wall Street.
06:33Esse pessoal está tão bem diversificado, tem dinheiro em tudo quanto é lugar do mundo,
06:39tem imóveis, tem ativo real, que não vai acontecer absolutamente nada com esse pessoal.
06:44Você sabe quem é que é prejudicado?
06:46É o americano médio, porque lá nos Estados Unidos é muito comum você investir no mercado de ações
06:52para a sua aposentadoria, para a faculdade dos seus filhos, que é muito cara.
06:56Então, quem está perdendo não é o trilhardário, não é o banqueiro.
07:02Esse aí nunca é, exatamente, Evandro, nunca é.
07:05Quem está perdendo é justamente o pobre e a classe média.
07:08Nunca é o Pedro Monteiro que perdeu, nunca é o estudante de Harvard.
07:11Como é que você analisa, hein, Zé?
07:14Zé, eu acho ainda que é uma grande interrogação onde é que isso vai dar.
07:20Já existem, sim, vários pontos sem retorno.
07:24Eu acredito, por exemplo, que a China está num desses.
07:27A China não volta com os Estados Unidos no mesmo pé antes de Trump, né?
07:32Ou seja, já é um ponto sem retorno.
07:35E não acredito também que ele vá aumentar aí as retaliações contra o Brasil,
07:40já que ele colocou os 10% para o Brasil.
07:43E isso é um bom posicionamento.
07:47E hoje todo mundo avalia que o Brasil está em vantagem, né?
07:51E que pode, inclusive, se beneficiar com relação à China.
07:54E teme a chegada de muita quinquilharia chinesa por aqui.
07:58E não dá isso aqui de produtos chineses.
08:01Os Estados Unidos funcionavam como entreposto.
08:03Importava da China e aí o pessoal ia nos Estados Unidos e comprava.
08:07Agora, a China está vendendo diretamente para cada país.
08:11O mundo mudou completamente.
08:13A avaliação que ele fez nessa entrevista é uma avaliação muito geral
08:18de informações que ele recebeu do mundo inteiro,
08:23sem particularizar exatamente o Brasil.
08:26Ele colocou o Brasil como um país rico, que ficou rico em cima de Itália.
08:29Isso é um equívoco, né?
08:30O Brasil não ficou rico e, mesmo se ficasse rico,
08:35não seria cobrando taxas de importação dos Estados Unidos.
08:39Isso não é uma realidade.
08:41Mas, de qualquer maneira, mostra que ele ainda está
08:44num posicionamento de negociação, um posicionamento equivocado.
08:48Está fazendo uma negociação muito agressiva
08:51e isso vai deixar adversários fortes para os Estados Unidos,
08:55que trabalharam durante muito tempo para amenizar
08:58esta imagem de poderoso, de usurpador, né?
09:03E isso aí está sendo quebrado e volta-se a estaca zero.
09:08Ou seja, se houver um novo presidente
09:11para restabelecer essa imagem dos Estados Unidos,
09:14vai ter que gastar muita desconto de tarifa.
09:18O que você avalia, PP?
09:20O Sininho, primeiro, quero deixar claro o seguinte,
09:22o Gani, quando fala sobre política internacional,
09:24como economia internacional, ele acerta.
09:25Mas, quando eu olho para o Brasil, ele é um economista ultrapassado,
09:28de fato, mesmo.
09:30Só em minha defesa, que o Gustavo Franco
09:33também seria um economista ultrapassado,
09:35o Alexandre Schwarz, o Paulo Guedes.
09:38Então, me honra.
09:39Me honra o segredo.
09:41Me honra o Paulo Guedes.
09:43Me honra estar nesse time.
09:44Do pessoal do Plano Real.
09:47Eu fico feliz de estar ultrapassado com esse pessoal.
09:4996, 96.
09:51Cabeça 96, é isso mesmo.
09:52Vai, PP.
09:53O Sininho, primeiro o seguinte, primeiro que o Trump,
09:56ele quer voltar ao passado.
09:58É bom lembrar que os Estados Unidos, na sua fundação,
10:02ele sempre foi protecionista.
10:03Na escola Hamilton, a escola americana,
10:05sempre via a possibilidade e a necessidade de ter um mercado interno,
10:10bem protegido de ameaças externas.
10:12Até que os Estados Unidos sempre teve um imposto de importação
10:15muito elevado na sua história.
10:17Isso ajudou a acelerar a economia dos Estados Unidos.
10:20Mas agora, em 2024, quando você vê o Trump querendo voltar para essas práticas,
10:25você vê que, de fato, não tem sentido algum.
10:29As empresas americanas que o Gann e o Segre falaram aqui
10:31que perderam o valor de mercado,
10:33são empresas americanas que investem em inovação.
10:36Hoje em dia, a economia está muito voltada para o conhecimento
10:39e menos para a economia industrial, da época da Revolução Industrial.
10:41Então, o Trump querendo voltar à ideia de ressuscitar a industrialização dos Estados Unidos,
10:48a industrialização de base, siderúrgica,
10:50é uma indústria completamente ultrapassada.
10:52Ele esquece que os Estados Unidos têm a maior arma comparada com a China,
10:56que é a inovação.
10:57Então, até que as empresas mais valorosas do mundo,
10:59Amazon, Apple, Nvidia e outras tantas,
11:03são empresas que não têm uma fábrica,
11:06mas criam inovações a todo tempo.
11:08Então, ao invés do Trump olhar para esse mercado,
11:11que é muito mais valoroso e muito mais forte
11:13do que o mercado industrial, siderúrgico,
11:18ele erra em muito e mudar completamente a ordem da economia mundial,
11:23criando incerteza e imprevisibilidade
11:25que não mexe só com os Estados Unidos,
11:27não só com a China, mas com todo mundo.
11:29E, de fato, isso vai se voltar contra os Estados Unidos.
11:33E o Trump falando que o Brasil enriqueceu
11:36por conta das cobranças de tarifas dos Estados Unidos é um absurdo.
11:39O Brasil continua pobre.
11:41É bom lembrar que o Brasil continua pobre.
11:43E é pobre muito por conta também do mercado protecionista
11:46e fechado que é o mercado brasileiro.

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