Em entrevista a CNBC, Beth Hammack, presidente do Fed de Cleveland, afirmou que os efeitos reais das novas tarifas ainda não são claros e destacou a importância da cautela. A economista defendeu a independência do banco central e reforçou que o foco deve ser a economia real, e não as pressões políticas ou do mercado.
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NotíciasTranscrição
00:00Bom, a gente está vendo aí a presidente do Banco Central em Cleveland, Ohio, falando sobre a situação
00:11neste momento nos Estados Unidos. E ela já deu vários insights interessantes aqui, Rodrigo. Um
00:17deles é que ela ainda não sabe qual vai ser o impacto das tarifas sobre a economia real americana.
00:24E agora ela está falando que é um bom momento para tirar um tempo e para garantir que eles estejam movendo na direção correta.
00:32Ou seja, isso reforça aquela postura cautelosa que a gente já vê com o Jerome Powell, né?
00:37Exato, Marcelo. A gente ainda tem um cenário de muita incerteza quando a gente fala das tarifas.
00:44Tem uma parte da ala econômica que está muito pessimista, que acha que essas tarifas realmente vão derrubar a economia dos Estados Unidos
00:51porque vão limitar completamente as relações entre Estados Unidos e China, entre Estados Unidos e o mercado asiático em geral.
01:00E tem uma parte da ala econômica que acha que eventualmente a economia vai se estabilizar.
01:05E são duas correntes diferentes. Pelo que a gente está vendo, a presidente do FED de Cleveland,
01:10é importante a gente lembrar que o FED tem vários presidentes em cada região dos Estados Unidos, né?
01:15Exatamente. Essa que a gente está ouvindo é a Beth Hammack.
01:19Como eu disse, ela é a presidente do FED de Cleveland, uma cidade muito importante do estado de Ohio.
01:24E ela está falando que o FED, de maneira geral, em todos os Estados Unidos,
01:29ele fica observando sinais para ver como é que está a economia, como é que tudo isso está afetando a economia.
01:34E um dos sinais que ela falou aí é a questão da chegada de entregas, né?
01:38De navios vindos de outros países, né? A intensidade com que esses navios vêm e vão é um dos indicadores que eles têm
01:44para ver como é que está a questão das importações, as exportações e como é que a questão das tarifas está afetando o mercado americano.
01:55A gente vai ter que ver isso mais no longo prazo, né?
01:57Eu acho que qualquer resultado de agora ainda vai ser muito pouco para a gente conseguir analisar realmente quais serão os efeitos para a economia americana.
02:04Ela está continuando nesse argumento, né? De observar o que está acontecendo na economia,
02:25dizendo que as pessoas querem estabilidade para fazer negócios.
02:28Isso a gente sabe que é muito importante, né, Rodrigo? A tal da previsibilidade, né?
02:33Todo empresário quer. Ninguém gosta de um ambiente de incerteza para fazer negócios.
02:37Exato. Não gosta de um ambiente de incerteza, tanto no mundo dos negócios, tanto no ambiente fiscal.
02:43O empresário, ele quer um mar calmo ali para ele poder navegar e tomar as melhores decisões.
02:48Porque o empresário, ele vai olhar para o futuro.
02:50Então, ele vai planejar o seu negócio de acordo com as condições futuras.
02:54E aí, é melhor ter um cenário mais previsível do que uma instabilidade.
02:57Ela falou que está observando cenários, em vez de observar caso a caso.
03:05Do ponto de vista do mercado de trabalho, ela está dizendo que as empresas não querem deixar os funcionários irem embora,
03:10porque está muito difícil encontrar funcionários bem treinados.
03:15E ela falou que essa atitude pode ajudar a apoiar o mercado de trabalho nos meses adiante.
03:20Ou seja, Rodrigo, as empresas, mesmo sofrendo aí algumas perdas, elas demoram para demitir.
03:26Por isso, né?
03:27É difícil você achar bons funcionários para recolocar no lugar, para substituir aqueles que vão embora.
03:32É por isso que a gente vê também que, normalmente, aqui no Brasil, inclusive, em todo o mundo,
03:37que o mercado de trabalho é um dos últimos a sentir o impacto de uma crise.
03:41Quando chega no mercado de trabalho é porque a crise está enraizada em tudo.
03:45Já chegou naquele patamar que está muito grave, né, Marcelo?
03:49E a gente tem que lembrar que os Estados Unidos enfrentam ali um problema para a recontratação de profissionais.
03:54Então, quando a gente vê a geração Z, os profissionais mais jovens,
03:58muitos deles já estão abiticando dos empregos, preferindo outras carreiras, carreiras ali como autônomos.
04:05Então, há um problema geracional nos Estados Unidos para encontrar profissionais, novos profissionais.
04:12Uma coisa interessante que ela está falando agora aqui, Rodrigo,
04:14é que ela vai chegar em todas as reuniões do Fed com a mente aberta sobre se vai tomar ação mais rápido ou se vai ficar esperando.
04:23Porque a gente sabe que o Trump, ele criticou muito o Jerome Powell, dizendo que ele era muito devagar, né,
04:27que ele era o senhor tarde demais.
04:29E ela está dizendo que sim, o Fed pode tomar ação mais rápida.
04:33Ela sempre vai para a reunião com a mente aberta.
04:36Pode tomar mais rápido essa decisão?
04:38Não, desde que haja dados que a suportem.
04:40Não é tomar decisão rápida de qualquer jeito.
04:43Se a situação está incerta, se ainda não sabe o que fazer, sim, vai ter uma pausa, vai ficar observando.
04:48Mas se tiver motivo para agir rapidamente, vai agir.
04:51Lembrando que o Federal Reserve, ele tem um sistema parecido com o do Brasil aqui, do Copom, para definir taxa de juros.
04:57Tem um colegiado ali que vota, né?
05:00Não é uma decisão tomada apenas pelo Jerome Powell.
05:02E ela, a Beth Hammack, que é do Federal Reserve de Cleveland, é uma das pessoas que votam.
05:09Ela disse que sempre chega nessas reuniões com a mente aberta, sem nenhum dogma.
05:13Não tem assim um dogma.
05:14Não vamos fazer nada, como o Trump faz as pessoas quererem ter.
05:18Exatamente.
05:19E aí, essa talvez seja a grande discussão entre o Trump e o Jerome Powell,
05:23porque o Trump se apoia muito em dados recentes da economia americana,
05:26que mostra que a economia americana está precisando de um impulso, de uma aceleração,
05:31e que não estaria com um receio de inflação.
05:35Só que o Powell, ele olha para o futuro.
05:37Ele olha dados que apontam ali para o futuro de uma inflação crescente nos Estados Unidos.
05:43E aí você tem essa queda de braço.
05:45Então, a gente tem que ver como que esses presidentes de cada Fed,
05:48eles vão votar nas próximas reuniões, porque isso é muito importante.
05:52Qual vai ser a visão deles?
05:53Uma visão mais para o presente ou uma visão mais para o futuro?
05:56Uma visão mais para o Trump ou uma visão mais para o Jerome Powell?
06:00Essa é a grande queda de braço na economia americana.
06:04Outra coisa interessante que ela falou aí é relembrar algo que é fundamental na questão do câmbio
06:10e também da taxa de juros, que é o seguinte,
06:14os mercados se movem de maneira muito mais rápida do que uma autoridade monetária.
06:20Isso é óbvio e isso é algo que pessoas ligadas a bancos centrais do mundo inteiro sempre lembram.
06:27O Banco Central jamais pode seguir a velocidade do mercado, porque o mercado é intempestivo.
06:32O mercado age muitas vezes com emoção, fortes emoções, especulação para caramba.
06:38O Banco Central não pode olhar para isso.
06:40Ele não pode agir com a mesma velocidade, senão ele quebra a economia.
06:42O Banco Central de qualquer país tem que manter uma linha racional.
06:47Ele tem que olhar para os indicadores econômicos e tomar as melhores decisões de acordo com aqueles indicadores econômicos.
06:53Se há uma desaceleração econômica, você tem que impulsionar a economia.
06:57Se há um receio de inflação, você tem que segurar um pouquinho.
07:00Ela está dizendo que sempre vai focar na economia real e no que está acontecendo.
07:07E ela fez uma brincadeira agora interessante.
07:09Ela falou assim, eu vou manter os meus fones com cancelamento de ruído enquanto eu tomo as decisões.
07:14Porque realmente, se ficar ouvindo para todo tipo de especulação, não vai ter tranquilidade para tomar decisão, né, Rodrigo?
07:20Não dá.
07:22E tem interessante lembrar uma frase do John Powell, que ele disse que o FED não está ali para resgatar nenhum mercado.
07:29Se as bolsas de valores estão caindo, se as empresas não estão indo muito bem no mercado de capitais,
07:34não é obrigação do FED fazer esse resgate.
07:36Ela está falando assim que, obviamente, opiniões políticas, né, no caso teve a opinião do Trump aí contra o Powell,
07:52isso pode ter impacto, sim, sobre os mercados.
07:54Só que o trabalho dela não é analisar os impactos sobre os mercados,
08:00é analisar o que está acontecendo na economia real.
08:02Então, mais uma vez entra essa ideia que ela passou agora há pouco de colocar o fone com cancelamento de ruído, né,
08:08para não ficar ouvindo tudo o que o mercado faz.
08:11E ela está dizendo, ela está concordando que a incerteza está pesando sobre os negócios e o planejamento dos negócios.
08:17Isso é economia real, né?
08:18O sobe e desce da bolsa é especulação, mas a partir do momento que você vê aí resultados de empresas já negativos,
08:25isso é economia real.
08:26A gente também dificilmente vai ver a Beth Hammack também se indispor, tanto com o FED quanto com a Casa Branca, né?
08:34Então, acho que ela vai manter um discurso ali mais conservador, viu, Marcelo?
08:37É, ela está dizendo aqui, Rodrigo, defendendo a independência dos bancos centrais.
08:41Ela está dizendo que países com bancos centrais independentes, eles tendem a ter uma economia mais equilibrada.
08:46E é muito, assim, sinal dos tempos.
08:48A gente vê que nos Estados Unidos tem que catequizar de novo as pessoas sobre isso.
08:52Um país que tem esse preceito de independência do Banco Central há tanto tempo, né?
08:57Esse é um debate recente aqui no Brasil, mas nos Estados Unidos, na Europa,
09:02a independência dos bancos centrais não era nem algo a ser discutido.
09:05E agora ela está tendo que reafirmar a importância disso, porque o Trump estava ameaçando a independência.
09:09Estava ameaçando demitir o Jerome Powell.
09:12Então, ela está nesse papel aí de ensinar de novo o beabá, né, para os mercados nesse momento.
09:17Olha só que tempo que a gente está vivendo, né?
09:20Quando a gente coloca um assunto como esse em pauta novamente, né?
09:23Discutir a independência do Banco Central é porque realmente há um cenário de caos econômico, né?
09:29O Donald Trump, ele chegou causando na economia americana, fazendo uma brincadeira aqui,
09:34mas a verdade é que ele gerou um tremor muito grande na economia americana, na independência do Banco Central.
09:39E outra coisa que eu acho curioso, Rodrigo, assim, toda vez que a gente vê alguma entrevista de presidente
09:43ou de integrante de Banco Central, a cautela deles para falar, né?
09:47A gente viu ontem aqui com exclusividade uma entrevista da Cristina Lagarde, que é a presidente do Banco Central Europeu.
09:52Assim, não é que eles não falem coisas interessantes, mas eles têm vários mantras que eles gostam de repetir, né?
09:57Eles sempre falam assim, que eles não agem de acordo com o mercado, que eles não observam a especulação,
10:02que o Banco Central tem o papel XYZ.
10:05Porque eles não têm muito espaço ali para falar muito além do que eles podem, né, Rodrigo?
10:11É porque eles sabem também que qualquer frase má interpretada pode gerar um reboliço no mercado financeiro como um todo, né?
10:18Então, eles precisam ser muito polidos no discurso, precisa ser um discurso muito bem ensaiado,
10:24porque qualquer frase, qualquer palavra que possa ser má interpretada,
10:28aí isso vai gerar um grande tremor no mercado financeiro.
10:31A gente vai ver as bolsas de valores se movimentarem muito para cima ou para baixo.
10:35Então, é um discurso que é muito ensaiado, é um discurso que é muito pensado
10:39e tem que ser um discurso neutro, né? Não pode tomar lados.
10:43A gente viu uma discussão muito grande do Powell com o Trump,
10:46mas principalmente o Trump atacando o Powell.
10:48O Powell tentando ele manter até uma posição um pouco mais neutra,
10:51tentando defender a independência do Banco Central americano,
10:54em vez de atacar o presidente americano.
10:56O presidente americano, por outro lado, chamou o Powell de senhor grande atrasado,
11:01falou que ele é um grande perdedor, enfim, fez críticas duras
11:05ao presidente do Fed.
11:06Aquele bullying de quinta série, né?
11:07Exatamente.
11:08Então, o Fed tenta se manter adulto nessa relação, digamos assim.
11:12Agora, Rodrigo, então vamos tentar fazer um resuminho do que a Beth Hammack falou aí.
11:18Como os americanos gostam de dizer, o takeaway dessa entrevista,
11:21se eu esquecer de alguma coisa você me lembra.
11:23Skip points.
11:23Skip points.
11:23Exatamente, skip points.
11:24Ela disse que ela está olhando para os dados reais da economia e não para a especulação do mercado.
11:31Ela falou que sim, que tudo isso que está acontecendo pode ter impacto na economia real.
11:38Disse também que isso afeta bastante o planejamento das empresas.
11:42E ela falou sobre a ação do Fed que ela vai ficar olhando para os dados concretos do mercado,
11:48não para a especulação do mercado.
11:49Ela disse que vai entrar em cada reunião de decisão de taxa de juros com uma mente aberta,
11:55mas sempre olhando para dados e não para especulação.
11:58E ela reafirmou, ela voltou a catequizar o mercado aí sobre o papel de um banco central independente.
12:05Eu acho que basicamente foi isso, né, Rodrigo?
12:07Falou que o Fed pode agir de forma um pouquinho mais rápida também, não descartou essa opção.
12:12Não chega a ser uma crítica ao Jerome Powell, mas também deu essa impressão de que o Fed pode agir um pouquinho mais rápido.
12:17Desde que haja dados reais.
12:19Exatamente, desde que existam dados que comprovem que precisa de uma ação mais rápida.
12:26Mas vamos ver o que o Fed vai fazer nos próximos encontros, Marcelo.
12:29Vamos acompanhar com bastante interesse, né, Rodrigo?
12:31Vai ser emocionante.
12:33Vai mesmo.
12:34Vai ser emocionante.
12:35Vai ser emocionante.
12:36Vai ser emocionante.
12:37Vai ser emocionante.
12:38Vai ser emocionante.
12:39Vai ser emocionante.
12:40Vai ser emocionante.
12:41Vai ser emocionante.
12:42Vai ser emocionante.
12:43Vai ser emocionante.
12:44Vai ser emocionante.
12:45Vai ser emocionante.
12:46Vai ser emocionante.
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