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Paulo Velloso Ribeiro, presidente do Grupo Vellore, relatou os efeitos diretos do tarifaço entre EUA e China no setor de componentes elétricos. De Pequim, ele avaliou o impacto nas fábricas, estratégias logísticas e as possíveis oportunidades para o Brasil.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00E em meio à tensão tarifária entre Estados Unidos e China, Pequim aumentou o tom e agora ameaça retaliar os países que privilegiarem os Estados Unidos mediante acordos comerciais.
00:13A guerra comercial entre China e Estados Unidos acaba de ganhar um novo capítulo.
00:19O que acontece agora é que o governo chinês acusa o governo americano de tentar acordos com outros países, mas acordos que prejudicam a China.
00:29Isso veio depois que a agência Bloomberg publicou uma reportagem anunciando que o presidente Donald Trump está tentando estabelecer algumas penalidades para países que ligam para a Casa Branca em busca de negociações a respeito das tarifas americanas, mas que ainda mantém uma relação comercial com a China.
00:50Pequim disse que vai responder a tudo isso na mesma moeda, mas ainda não informou se vai responder através de tarifas retaliatórias.
01:00O que temos até agora é 145% de tarifas sobre produtos chineses e 125% de taxação sobre produtos americanos.
01:10De Washington, Louise e Maiana para o Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
01:16Mari, algumas semanas atrás a gente conversou também sobre a possibilidade do Brasil e de outros países serem prejudicados por terem melhores relações com a China.
01:27E agora quem fez isso foi a própria China, dizendo que vai retaliar países que priorizarem as alianças comerciais com os Estados Unidos.
01:35A gente pode dizer que agora a China de fato está mudando o tom, está ficando um pouco mais dura do que aquele tom que você mesmo dizia um pouco mais moderado?
01:43O que a gente pode dizer em relação a isso?
01:45Acho que sim, ela subiu um degrau aí na possibilidade, no debate sobre guerra comercial.
01:52A gente vinha falando o uso do termo da guerra comercial.
01:55Ela própria trouxe a ideia de que os Estados Unidos estavam usando as tarifas como arma.
01:59Então é isso, sobe o tom.
02:00E o que tem nessa subida de tom?
02:02A incorporação muito mais forte do aspecto político dos alinhamentos.
02:06Porque na medida em que a China estava ali reagindo e dialogando de maneira mais direta com os Estados Unidos,
02:12e eu usei mais direta porque não quer dizer que a China não estava dialogando com outros países até então, ela estava.
02:17Vamos lembrar que o Xi Jinping esteve em visitas a diversos países asiáticos na semana passada,
02:22já provavelmente organizando e estabelecendo relações associadas às possibilidades de fortalecimento,
02:28tanto de trocas comerciais quanto de acordos políticos.
02:30Bom, mas agora ficou mais público e nesse tom mais ameaçador, no sentido de que se houver alinhamento,
02:38coisa que o próprio presidente Trump tinha provocado,
02:40olha, quem resolver fazer triangulação com a China, quem fizer resolver fazer uma facilitação pelo lado de lá,
02:46eu vou pegar mais pesado, eu também vou fazer reação daqui.
02:52E aí o Xi Jinping foi lá e falou, olha só, também se alinhar primeiro com os Estados Unidos,
02:56vamos ter questões do meu lado.
02:58Como os dois são grandes potências, que são grandes focos comerciais de muitos países,
03:05a situação no globo acaba sendo, do comércio internacional, acaba ficando bastante delicada,
03:11algo que não é novidade para a gente agora.
03:13Mas que, voltando aqui à conversa, basicamente assim,
03:16bom, a gente tinha um equilíbrio que não era um equilíbrio positivo,
03:19onde tudo estava fluindo lindamente, mas era uma capa, digamos assim,
03:23de que todo mundo dizia que estava caminhando para um livre comércio,
03:27todo mundo dizia que ia usar mecanismos de negociação e todo mundo dizia que ia não usar tanto a política
03:34para interferir nos rumos da economia.
03:37Muito bem, esse equilíbrio muito fino que parecia existir no mundo explicitamente foi rompido.
03:42E o Trump abre isso para dizer, eu não quero mais, não vou mais me comprometer com o resto do mundo,
03:46com esse equilíbrio todo, às custas de eu ter que gastar, por exemplo,
03:50com questões humanitárias na África ou com defesa na Europa, chega, não tem isso.
03:56A verdade é que tem política e economia caminhando juntos e se esse caminho vai acontecer junto,
04:01eu quero que os Estados Unidos saia melhor do que estava, melhor do ponto de vista da indústria,
04:07de vender mais.
04:08E isso que ele colocou, a China agora está dizendo, então tá, é político mesmo, vai ficar lá perto dele,
04:12eu também não quero, não vou reagir igual e com isso aquela camada, aquela capa de certa estabilidade
04:19está rompida para vir o que no lugar?
04:21A gente ainda não sabe, isso que torna tão inseguro a caminhada aqui para frente.
04:25Pode ser que a China e os Estados Unidos acabem em alguma situação aí de meio de caminho,
04:30com os Estados Unidos vendendo um pouquinho mais e a China um pouquinho menos?
04:32Pode ser, pode ser que não seja catastrófico.
04:35Mas a verdade é que esse certo acordo que existia, uma certa fé de que daria para caminhar a economia de um lado,
04:42e a política um pouquinho do outro, acho que essa está enterrada e como que a gente vai nesse sentido
04:47reconstruir daqui para frente, mesmo que haja alguma estabilidade, certamente é um aspecto fundamental
04:53para pensar não só daqui a um ano, dois anos, mas para pensar as próximas décadas
04:57em termos de estrutura comercial e econômica do mundial.
05:01Paulo.
05:02Obrigada, Mari.
05:037,35 agora e um dos setores que passa por turbulências com o tarifácio dos Estados Unidos
05:10é o elétrico e também o de componentes.
05:12O Paulo Veloso Ribeiro, que é presidente do grupo Velore, vai contar para a gente as estratégias
05:18que podem ser implementadas nesse cenário de guerra comercial.
05:23Paulo, bom dia para você.
05:24Primeiramente, obrigada por participar ao vivo com a gente aqui no Agora.
05:28Olha, o que eu li aqui de informações é que o seu grupo tem um escritório há mais de 20 anos,
05:33no país asiático.
05:35A minha pergunta é, o fato de ter um escritório na China é uma estratégia também de vocês
05:42e ajuda, de repente, a dar uma driblada nessa questão toda do tarifácio de Donald Trump?
05:48Bom dia para vocês aí no Brasil.
05:51Boa noite aqui na China.
05:53É, o escritório, na verdade, a gente construiu ele aqui e tem há muito tempo,
05:57que é para cuidar dos embarques e controle de qualidade.
06:01Obviamente que com o escritório aqui a gente consegue entender mais rápido o que está acontecendo na China.
06:06Aparentemente, eu estou aqui há uma semana e rodei muito e falei com muitas indústrias e produtores
06:13que produzem para nós, e por enquanto é tudo muito incerto, tudo muito stand-by.
06:18O que a gente percebe-se aqui é que todo o mercado, todo mundo que fornece o mercado americano
06:23está totalmente parado, não se sai mais uma prego aqui para os Estados Unidos.
06:28Tudo parado, os navios estão vazios, sem ir nada para os Estados Unidos.
06:31Para os outros mercados, eles estão atendendo normalmente.
06:34O escritório, então, ele faz essa ponte de informação e acaba trazendo as informações
06:41que a gente precisa para tomar as decisões.
06:44Aparentemente, agora é muito cedo para a gente montar uma estratégia sobre o que vai acontecer
06:49no mercado mundial, porque é uma mudança muito brusta, principalmente para essa relação
06:54dos Estados Unidos-China, e para nós no Brasil, aparentemente, não muito,
07:00porque para o mercado americano são 10% que o Brasil foi taxado.
07:03E no negócio chinês demora muito para que eles mudem a produção para o Brasil.
07:09Não é tão rápido você pegar um produto que é para o mercado americano e ir para o mercado brasileiro.
07:13São características diferentes, são normas diferentes, são produtos que atendem o mercado
07:17totalmente diferente, exigente.
07:20O americano são produtos mais caros, com qualidade superior, não em tudo,
07:24mas em muitas coisas do Brasil, onde tem que atender normas, no nosso caso,
07:28por exemplo, em metro, que tem que atender.
07:30Então, eles não conseguem mudar rapidamente a produção.
07:34Isso vai demorar um tempo e também para ver o que os Estados Unidos vai fazer,
07:39porque se amanhã depois eles tiram a barreira e você monta uma estrutura pensando
07:44que a barreira vai ficar por muito tempo, você vai ter muito problema de custo e perda de dinheiro.
07:49O que vai nos favorecer, sim, é o frete marítimo, que vai cair muito.
07:55Já está a um nível baixo, mas a tendência é cair mais ainda, porque não tem carga.
07:59Então, as transportadoras, as companhias marítimas vão ter que buscar preços melhores
08:04para poder atrair os clientes.
08:08Agora, eu queria aproveitar um pouquinho essa caminhada que você falou que deu
08:11nessa semana na China e conversando com muita gente,
08:14porque a gente entrevistou algumas pessoas também que estavam na China
08:17e até a semana passada a sensação era mais ou menos de que, sim, tem uma crise,
08:22então, como você falou, tem uma paralisação, principalmente para quem exporta para os Estados Unidos,
08:27mas isso não estava gerando pânico, digamos assim.
08:30Tem uma sensação, e a partir, inclusive, das falas públicas do governo,
08:36tanto o governo central quanto os governos municipais,
08:39indicando que aguardem, mas instruções virão e apoio virá,
08:45assim que não precisaria de um pânico.
08:46Você concorda com essa sensação?
08:48Você também teve isso?
08:49Quer dizer, que uma fábrica parada, eu fico pensando e já me dá pânico,
08:52mas, assim, a fala e o clima chinês conseguem não gerar esse tipo de sentimento
08:58e tendo uma perspectiva de ação conjunta mesmo, do ponto de vista do país?
09:04É, a gente escuta que, sim, que o governo, as grandes, eles estão já ajudando.
09:07As pequenas e médias, ainda não.
09:10O que eles fizeram?
09:11Eles abriram o visto, aqui no China, você não precisa...
09:14Vários países do mundo, quase todos tinham visto para a China,
09:18eles abriram, tem uma lista enorme de países que já não precisa visto para a China,
09:22eles abriram também aquele sistema de você, como tem na Europa,
09:25nos Estados Unidos, de tax refund, que você compra,
09:28e você pega o seu imposto que você pagou no local para estimular um pouco o consumo,
09:32isso não resolve, obviamente, mas ajuda,
09:34pelo menos mostra que o governo está fazendo alguma coisa,
09:37mas, realmente, eles falam isso.
09:38O que a gente conversou com as fábricas é que o governo fala,
09:41não, fiquem tranquilos que nós vamos, se precisar, nós vamos ajudar.
09:44Vocês não estão sozinhos.
09:45Quando você falou de fábrica, as fábricas que eu trabalho,
09:48eu não posso falar por todas, mas pelo que eu trabalho,
09:51elas têm um mark share aí, nos Estados Unidos, de 20%.
09:55Então, 20%, 25%, então, não afeta muito o negócio deles.
10:00Não me demonstraram nenhuma preocupação, realmente,
10:03onde eu fui, onde eu rodei, todas as fábricas aqui estão tranquilos,
10:08assim, puxa, ou porque o governo vai ajudar,
10:10ou porque não tem uma demanda posicionada 100% para o mercado americano.
10:15Pode ser que, com o tempo, passe o tempo,
10:18continue essa briga aí entre os dois países,
10:20aí sim haja uma complicação.
10:22Mas é que, se você analisar o mundo,
10:25é uma interdependência muito grande entre os dois países,
10:27é uma briga aí de cachorro branco, como a gente fala,
10:29e que uma hora eles vão ter que sentar para conversar,
10:32porque um depende do outro, um depende do produto,
10:34outro depende de outros produtos, de comida e não comida.
10:36Então, no mundo, isso aí vai ter que resolver.
10:39O problema de não saber é quando.
10:41E por isso que você tem que ficar um pouco em stand-by,
10:43para não tomar atitudes precipitadas.
10:46Agora, Paulo, mesmo diante desse cenário que você mesmo respondeu,
10:50que está incerto, você tem o escritório na China,
10:53que também ajuda nessa questão do controle de qualidade e tudo mais,
10:56mas ainda assim, dentro desse cenário incerto,
10:59você vislumbra algum tipo de oportunidade para o setor?
11:05Acredito que sim, a nível que se ficar essa barreira muito grande
11:08para os Estados Unidos, realmente eles vão se preparar
11:10para atender mercados da América Latina e outros lugares do mundo.
11:14E com isso, sim, vamos ter produtos até de melhor qualidade,
11:16porque era para ofertar para o mercado americano
11:19que estão preparados para atender a gente,
11:20e vão ter que fazer preço de mercado sul-americano.
11:23Então, quem sabe, a gente consiga uma oportunidade
11:26de ter produtos de melhor qualidade por um preço bem acessível.
11:29Então, é isso que eu vislumbro, se continuar, obviamente,
11:32por muito tempo, essa barreira comercial para os Estados Unidos.
11:36Fora isso, as fábricas vão fazer uma produção mais rápida para nós.
11:40Hoje, quando você faz um pedido aqui na China de 60 a 90 dias,
11:43porque eles estão com as fábricas cheias,
11:45e se começar a não fornecer os Estados Unidos,
11:49obviamente que eles vão ter um pouco de ociosidade de fábrica
11:51e vão entregar para nós mais rápido os produtos.
11:54Isso também ajuda.
11:55E o frete marítimo também, que vai ficar um pouco mais barato,
11:58que também nos ajuda.
11:59Então, nós temos...
12:00O Brasil, nesse ponto, ele está...
12:02Só vejo vantagens.
12:03Obviamente, que se o mundo, com essa crise em torno dos Estados Unidos e China,
12:09diminuir a demanda e entrarmos numa diminuição de PIB mundial,
12:14obviamente que daí o Brasil será afetado.
12:16E aí afeta o nosso negócio também.
12:20Perdão.
12:21O setor de componentes elétricos, ele é um setor que vem sendo muito mexido,
12:25foi muito mexido por inovação.
12:27E nesse cenário de incerteza, duas pressões podem acontecer,
12:31duas questões podem acontecer.
12:33De um lado, as empresas serem pressionadas a, como você falou,
12:36tem que entregar mais rápido, tem que entregar melhor,
12:38tem que entregar, enfim, com mais qualidade,
12:41e isso pressionar positivamente a inovação.
12:43Ou de outro, tem uma depressão tão grande do ponto de vista de rentabilidade
12:46que isso pode desestimular investimentos
12:49e com isso dar uma parada nesse processo evolutivo.
12:53Como que você vislumbra aí?
12:54O que você acha que está mais provável no setor?
12:57Você vê ainda uma pressão, principalmente na China,
13:01para continuar o processo inovador e de criação de novas tecnologias nessa área?
13:08É monstro.
13:09Aqui vai continuar, eles vão investir, eles continuam investindo.
13:13Aqui, cada ano, eu venho aqui para a China desde 94.
13:17Já são 31 anos que eu venho para a China.
13:21Eles evoluíram demais em 30 anos.
13:24E cada vez que eu venho aqui,
13:25ultimamente eu vi em 23 e agora voltei em 24,
13:28parece que é outro país.
13:29As estruturas de inovação e de computador e de automação,
13:34as fábricas passaram por um processo nos últimos dois anos de automação muito forte
13:38por falta de mão de obra,
13:39apesar que muitas pessoas acham que o preço da China
13:43é porque tem mão de obra barata e sobrando.
13:45Ao contrário, eles estão com um problema muito sério de mão de obra.
13:47Por quê?
13:48Porque a juventude não quer trabalhar em fábrica.
13:52Eles querem trabalhar em escritório,
13:53querem trabalhar com computação, com essa parte melhor.
13:56Então, eles tiveram que automatizar todas as fábricas.
13:58Então, fábricas que eu conhecia,
14:00que tinham lá 2 mil funcionários, 3 mil,
14:02hoje tem 600, 500 e ninguém na linha de produção,
14:05é tudo automático.
14:06Então, eles vão continuar com isso e a salvação,
14:07não é a salvação, mas é a tendência deles aqui na China,
14:11eles vão ser, se não for o número 1,
14:13vão ser quase o número 1 nessa parte de desenvolvimento tecnológico,
14:15porque tem mão de obra, tem educação,
14:17tem uma infraestrutura maravilhosa,
14:20tanto é que eles mudaram o modelo de carro para elétrica
14:22e tem energia para esses carros.
14:23Outros países do mundo que tentaram fazer isso
14:25não conseguiram porque não tem nem energia.
14:28E eles, então, é uma coisa absurda
14:30o que eles crescem, o que eles fazem,
14:32principalmente baseado na infraestrutura,
14:34que é fantástica.
14:35Qualquer lugar que você vai aqui tem metrô,
14:37cidades pequenas tem metrô,
14:38cidades que não tinham metrô quando comecei a vir aqui,
14:41aqui em 20, 30 anos atrás,
14:42mas mesmo há 20 anos atrás que não tinha nenhuma linha de metrô,
14:45a cidade que eu estou hoje, que é Nimbo,
14:47tem cinco linhas de metrô.
14:48toda a população, ruas boas, estradas boas, aeroportos enormes.
14:55Então, isso facilita o investidor.
14:57Fora que, comparando com o nosso Brasil, é o juro.
15:01O juro aí, se liga que é 14,25,
15:03mas para quem toma dinheiro para investir,
15:06paga 20, 21 aí, para um prazo de cinco anos,
15:09enquanto eles pagam aqui com um prazo de 10 anos,
15:11a 3% ao ano.
15:13Então, como é que você vai competir com uma turma dessa?
15:14Isso é impossível.
15:16Eles estão muito na frente da gente e do mundo mesmo,
15:19porque eles realmente fizeram um trabalho de base.
15:22Eles estão crescendo,
15:23claro, não crescem mais,
15:24quando eu vim aqui no passado era 13, 14% ao ano,
15:28hoje eles crescem 4, 5,
15:29mas, puxa, uma base muito maior.
15:32Então, é um país estupendo nessa parte de produção,
15:35eu não vou aqui entrar politicamente,
15:37que daí não é o caso,
15:39mas na área industrial, na área de comércio,
15:41e na área de produção e de infraestrutura,
15:43eles são fantásticos,
15:44não tem nem o que dizer isso,
15:45eles vão continuar fazendo,
15:47mesmo com a dificuldade com o mercado americano,
15:48é um mercado importante para eles,
15:49claro, super,
15:50para quem não quer o mercado americano,
15:53mas se tiver briga aí de foice,
15:56os dois ficarem brigando,
15:57eu tenho garanto que o chinês vai ganhar,
15:59porque eles não piscam.
16:00Eles têm calma,
16:01eles sabem fazer negócio,
16:03há 5 mil anos que eles fazem negócio,
16:04o resto do mundo faz aí há 500, 600 anos,
16:07eles fazem 5 mil,
16:08eles são bons nisso,
16:09eu tenho garanto.
16:10Então, assim,
16:11eles vão ter que sentar na mesma hora
16:12e acertar,
16:14é muito difícil.
16:15Realmente,
16:16o governo americano,
16:17acho que entrou numa briga,
16:18claro que ele tem as razões dele,
16:20também não vem ao caso eu falar,
16:21mas para nós aqui,
16:22que só temos que andar com essas informações
16:26e com essas atitudes,
16:28seria o momento do Brasil
16:30fazer uma lição de casa,
16:31primeiro,
16:32qual?
16:33Investir na indústria brasileira,
16:34eu não compro da China
16:35porque eu amo a China,
16:36eu compro da China
16:37porque o preço aqui é melhor,
16:38a qualidade é boa,
16:39tem fornecedor,
16:42diferente é no Brasil,
16:44é difícil você investir lá
16:45com juros de 20%,
16:46e todo ano,
16:47quando começa a melhorar,
16:49como era o caso ali em 2020,
16:50que chegou a 2,
16:51a Selic,
16:52que todo mundo ficou desesperado,
16:53vamos aplicar em alguma coisa
16:55para deixar no banco,
16:56não dá nada,
16:57mas logo depois voltou
16:58e para tudo,
16:59e daí gera inflação,
17:00então nós estamos nesse ciclo
17:00há muito tempo,
17:01e eles não,
17:02eles vão continuar inovando,
17:03vão continuar investindo,
17:04as fábricas aqui,
17:05cada vez que você vai,
17:06são fábricas maiores,
17:07tem várias fábricas,
17:08e aí isso faz a competição,
17:10faz eles também aqui dentro,
17:12ter que ter inovação
17:13para ser melhor que o vizinho,
17:15que são vários vizinhos,
17:16porque aqui cada fábrica
17:17tem mil para cada produto.
17:19Paulo Veloso Ribeiro,
17:21ele que é presidente
17:22do Grupo Velore,
17:23muito obrigada,
17:24viu,
17:24pela sua participação
17:25e gentileza de estar aqui
17:26com a gente,
17:27para nós aqui é bom dia,
17:29como você mesmo disse,
17:30você está na China,
17:31então boa noite para você,
17:32muito obrigada,
17:33viu?
17:34Obrigado,
17:34bom trabalho para vocês,
17:35aproveitem o dia aí no Brasil.
17:37Muito obrigada,
17:38tchau, tchau.

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