No Sociedade Digital desta semana, o estrategista de comunicação do LinkedIn, Marc Tawil, debateu como será o comportamento humano nos próximos anos com o avanço da tecnologia e inteligência artificial. O especialista também alertou que precisamos nos adaptar às novas ferramentas para seguir progredindo profissionalmente.
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TecnologiaTranscrição
00:00O que mudou nos últimos anos? A gente viveu ali várias ondas de tecnologia e essas ondas vão nos modificando,
00:08nós vamos modificando a tecnologia e estamos aqui.
00:12Como é esse novo profissional, esse novo ser humano, influenciado por tanta tecnologia?
00:17Bom, primeiro é um profissional adaptado. Te agradeço pela generosa introdução.
00:23Estou imensamente feliz de estar aqui para falar desse que é um tema que está cada vez mais em voga.
00:27Eu acabei de voltar dos Estados Unidos, SXSW 2025, e a primeira palestra, André, foi sobre saúde social,
00:35que é um pouco do que a gente está fazendo aqui. Olho no olho, conversa.
00:38Se fala muito, a tecnologia não vai nos substituir, mas ela vai aumentar as potencialidades,
00:45ela vai matar as tarefas repetitivas. Isso não é novo.
00:48O que é novo é que a gente vive uma epidemia da solidão.
00:52E a epidemia da solidão também é causada pela tecnologia.
00:55Como? Ela mais afasta do que conecta.
00:59A gente nunca esteve tão conectado e, ao mesmo tempo, tão sozinho.
01:02Então, o profissional atual é um ser humano atual.
01:05É um ser humano que precisa se desenvolver, precisa aprender a mexer nesse pequeno equipamento
01:10que influencia tanto a nossa vida.
01:13É um profissional que precisa entender quais são as skills que ele tem,
01:19ou as competências, e como é que ele pode utilizar essas competências nos próximos dois, três anos.
01:25Porque não é mais sobre aquilo que eu sei.
01:28A minha autoridade, que eu demorei tantos anos para conquistar, vai durar três anos.
01:33Agora é sobre como eu consigo me adaptar.
01:36Então, eu vejo que a adaptabilidade é a grande chave desse momento.
01:40Que, na verdade, André, é uma grande ruptura do mundo.
01:42A gente vem vindo com essa ruptura.
01:44A gente teve, em 2020, claro, o grande divisor de águas,
01:48que nos fez mudar completamente de cenário,
01:51retrocedeu um pouco, arrefeceu a pandemia,
01:53mas já voltamos diferentes.
01:55E quando eu digo voltamos diferentes,
01:57não tinha nem chat GPT e a explosão da IA,
02:00que é de novembro de 2022.
02:02Então, na minha visão, a gente está no meio do que a Amy Webb,
02:06essa futurista americana, costuma chamar de superciclo tecnológico.
02:10E, à medida que a gente avança nessa tecnologia,
02:13na minha visão, a gente precisa resgatar aquilo que a gente tem de mais humano,
02:17que é a conversa, que é o pensamento crítico,
02:19que é a inteligência emocional, que é uma gestão desse caos.
02:23A gente está no meio de uma transformação,
02:25que é 2020 até 2030,
02:28uma explosão de tecnologia,
02:30e vai sobreviver, ou vai se sobressair,
02:33quem tiver mais humanidade.
02:35E olhar para a inteligência artificial e tudo isso,
02:38não como ferramenta, mas como paradigma.
02:41Marcos, tem um ponto nessa linha do tempo
02:45que a pandemia marcou de maneira muito contundente,
02:52que foi a construção dos anywhere offices.
02:56A gente viveu um momento de escritório convencional,
03:01depois os escritórios tentaram se tornar casas,
03:04botavam puf, mesa de sinuca, rede, um monte de coisa,
03:11que não necessariamente, de fato, refletia o espírito daquela empresa,
03:14mas era a moda do momento.
03:16Então, a gente foi para os escritórios se tornando casas,
03:19depois as casas se tornaram escritórios,
03:21estava todo mundo preso, não tinha jeito,
03:23precisávamos trabalhar de home office,
03:24e agora, uma ideia de anywhere office.
03:27Então, eu posso me conectar de qualquer lugar,
03:29trabalhar de qualquer lugar,
03:30inclusive, de vez em quando, passar na empresa.
03:32Algumas pesquisas, e a MIT Technology Review
03:35fez uma medição importante nesse sentido,
03:38apontam que, por mais que exista toda a questão de deslocamento
03:43e os benefícios de se trabalhar de qualquer lugar,
03:47jovens também gostam de ir para o escritório,
03:50e esse modelo híbrido acaba sendo interessante,
03:53porque pode ser que, sim, ele traga o melhor dos dois mundos,
03:56em função dos relacionamentos.
03:57E muita gente se sentindo sozinha, de fato.
03:59E os nômades digitais, por mais que tenham a prerrogativa
04:03de trabalhar de qualquer lugar,
04:05não necessariamente usufruem desse lugar,
04:07porque ficam enfiados em uma lanchonete...
04:11Não tem ergonomia.
04:12Não tem nada.
04:14O cara fica trabalhando meio capenga o tempo inteiro.
04:16Verdade.
04:17Como você analisa esse novo contexto de trabalho?
04:20Bom, primeiro, o anywhere office, eu adoro esse termo,
04:23trabalhar de qualquer lugar,
04:24te dá um pouco dessa impressão de modernidade.
04:26Mas, André, a gente tem que lembrar o seguinte,
04:28a gente está na Avenida Paulista.
04:29Se você descer aqui, 50%, 60%, 70% das profissões
04:34das pessoas que nos cercam,
04:36o chapeiro do restaurante, o garçom, a moça que atende,
04:41o homem que dirige ou a mulher que dirige o ônibus,
04:44são pessoas que não têm essa possibilidade.
04:45Anywhere office pra quem?
04:47Pra quem trabalha, talvez, como um jornalista
04:50que dá Jovem Pan, pode ser.
04:52Você trabalha com finanças, pode ser.
04:54Na MIT, pode ser.
04:55Mas muitas profissões braçais não têm essa possibilidade.
04:57Então, tem que tomar um pouco de cuidado
04:59pra gente colocar todo mundo no anywhere.
05:01Não é bem assim.
05:02A gente tem outros problemas,
05:04que são esses que você citou.
05:05Uma baixa iluminação, nem tudo é conectado.
05:09Tem uma questão mesmo de transporte,
05:11mas não tem ergonomia.
05:12Os lugares são perigosos.
05:13À noite, a pessoa não tem como se deslocar.
05:16Ou tá em casa, né?
05:18Que pra muita gente é home office.
05:19E pra quem é mãe e tem muitos filhos,
05:22pode ser hell office.
05:23Que os filhos estão na cabeça.
05:25Então, acho que desmistificar um pouco isso.
05:26Por outro lado, sim.
05:28A gente vive um momento que possibilita de tudo isso.
05:31Agora, as empresas estão se questionando.
05:34Eu me lembro quando teve a explosão da Covid,
05:36cinco anos atrás,
05:37e há uma data dolorosa pro Brasil e pro mundo.
05:40Pra mim, em especial.
05:41Meu pai morreu de Covid, bem no começo.
05:44Agora fez cinco anos, dia 25 de março.
05:48Eu me lembro que algumas empresas,
05:50como na época Twitter, hoje X,
05:52mandaram todo mundo pra casa
05:53e não precisaram nunca mais voltar, se não quiser.
05:55E o tempo mostrou que não era bem assim.
05:57A cultura do olho no olho,
05:58que é o que a gente tá fazendo aqui,
06:00aliás, toca aqui.
06:01Do olho no olho, importa.
06:03Importa.
06:03Eu trabalhei aqui na Jovem Pan
06:05de 97 a 2000.
06:08Cruzei ali atrás com o Hinaldo,
06:09da técnica.
06:10Dei um abraço nele.
06:11É um sentimento que ninguém te tira.
06:13Ali tá o Tiago Berrage,
06:15Daniel Leão,
06:16pessoas com quem eu convivi.
06:17Esse encontro vale mais do que mil encontros no Zoom.
06:21Então, essa saúde social,
06:23que é um termo muito atual,
06:24uma inteligência relacional,
06:26ela é necessária.
06:27Pra eu sempre perguntar
06:28o que é Anywhere Office hoje,
06:30de novo,
06:30é uma adaptação.
06:32É uma adaptação pra todo mundo que fez isso
06:34e agora tá voltando pro eixo.
06:36É uma adaptação pras empresas
06:37que começaram a perceber
06:38que a cultura também foi se pulverizando.
06:41É uma adaptação pra novos medos.
06:44Você conhece o forto?
06:47Você fala muito do FOMO, né?
06:48Você conhece o forto?
06:49Não.
06:50Fear of returning to the office.
06:52Tem gente que tem medo de voltar pro escritório.
06:54Ah, que frescura.
06:55Não.
06:56Tem gente que tem fobia de trânsito hoje em dia.
06:58Tem gente que tem fobia até de micróbios.
07:02Tipo, vou pegar em todo quanto é lugar.
07:04Tem gente que não quer ficar longe dos filhos.
07:06Faz quatro, cinco anos
07:07que tá vendo a família crescer.
07:08Tem gente que não quer abandonar o idoso.
07:10Tem gente que se sente mais protegida dentro de casa.
07:12Então, é um medo.
07:13Eu acho que dores invisíveis
07:16como diz a minha amiga Isabela Camargo
07:17começaram a aparecer de um tempo pra cá.
07:21Eu vejo que o Anywhere Office
07:23ele é muito bom pra uma parcela
07:25necessário pra outro
07:26é um sinal dos tempos
07:28mas esse retorno, como eu falei aqui
07:30às coisas mais puras
07:32à convivência
07:33ao olho no olho
07:34à comunicação
07:35às coisas mais, talvez, puritanas
07:37que a gente viu acontecer na vida
07:39também vale pro escritório.
07:41também vale você se encontrar
07:42também vale falar de cultura
07:44quando a gente tá junto
07:45também vale você ter uma reunião estratégica
07:47olho no olho
07:49também vale você perder um tempo no trânsito
07:51pra escutar talvez uma notícia
07:52ou uma música que você não escutaria.
07:55Eu acho que a gente tem que se obrigar
07:56e se dar um pouco desse tempo
07:58de não encarar a vida até 2020
08:01como um grande fantasma.
08:02as coisas mudaram
08:03a tecnologia se apoderou
08:05pô, onde eu tô aqui
08:07alguns anos atrás
08:08era a central técnica da Jovem Pan
08:10que era uma nave espacial
08:11hoje tá super computadorizado
08:13as coisas mudam
08:14maravilhoso
08:15mas eu acho que esse encontro
08:17ele continua sendo necessário.