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NotíciasTranscrição
00:00Sociedade Digital
00:04Salve, salve habitantes da Sociedade Digital, sejam todos muito bem-vindos ao programa mais tecnológico do seu rádio, da TV e também da internet.
00:16No programa de hoje falamos sobre o lado das pessoas.
00:19Aqui no Sociedade, normalmente a tecnologia é o astro, é o assunto da semana.
00:26Hoje a gente vai falar sobre como as pessoas estão lidando com essa história toda.
00:31Vamos falar como as pessoas estão se preparando para esse novo mercado de trabalho e também para como inserir a tecnologia no dia a dia.
00:40De que maneira a inteligência artificial e o conhecimento de cibersegurança, redes sociais, como tudo isso faz parte do nosso conhecimento para todas as tarefas e naturalmente para as nossas profissões.
00:55Para ajudar a gente a entender essa história toda, está aqui o Mark Tawil, que é estrategista de comunicação, top voice do LinkedIn, palestrante.
01:03Enfim, o Mark tem uma vida associada ao estudo da tecnologia e da importância, do papel que isso tem para as pessoas.
01:12Quero começar, Mark, além de te dar boas-vindas e agradecer por estar aqui, te perguntando o que mudou nos últimos anos.
01:19A gente viveu ali várias ondas de tecnologia e essas ondas vão nos modificando, nós vamos modificando a tecnologia e estamos aqui.
01:30Como é esse novo profissional, esse novo ser humano influenciado por tanta tecnologia?
01:35Bom, primeiro é um profissional adaptado.
01:38Te agradeço pela generosa introdução.
01:41Estou imensamente feliz de estar aqui para falar desse que é um tema que está cada vez mais em voga.
01:45Acabei de voltar dos Estados Unidos, SXSW 2025, e a primeira palestra, André, foi sobre saúde social, que é um pouco do que a gente está fazendo aqui.
01:55Olho no olho, conversa.
01:57Se fala muito, a tecnologia não vai nos substituir, mas ela vai aumentar as potencialidades.
02:03Ela vai matar as tarefas repetitivas.
02:06Isso não é novo.
02:07O que é novo é que a gente vive uma epidemia da solidão.
02:10E a epidemia da solidão também é causada pela tecnologia.
02:13Como?
02:14Ela mais afasta do que conecta.
02:17A gente nunca esteve tão conectado e, ao mesmo tempo, tão sozinho.
02:21Então, o profissional atual é um ser humano atual.
02:24É um ser humano que precisa se desenvolver, precisa aprender a mexer nesse pequeno equipamento
02:28que influencia tanto a nossa vida.
02:31É um profissional que precisa entender quais são as skills que ele tem ou as competências
02:38e como é que ele pode utilizar essas competências nos próximos dois, três anos.
02:43Porque não é mais sobre aquilo que eu sei.
02:46A minha autoridade, que eu demorei tantos anos para conquistar, vai durar três anos.
02:51Agora é sobre como eu consigo me adaptar.
02:54Então, eu vejo que a adaptabilidade é a grande chave desse momento.
02:58Que, na verdade, André, é uma grande ruptura do mundo.
03:01A gente vem vindo com essa ruptura.
03:02A gente teve, em 2020, claro, o grande divisor de águas, que nos fez mudar completamente de cenário,
03:09retrocedeu um pouco, arrefeceu a pandemia, mas já voltamos diferentes.
03:13E quando eu digo voltamos diferentes, não tinha nem chat GPT e a explosão da IA,
03:18que é de novembro de 2022.
03:20Então, na minha visão, a gente está no meio do que a Amy Webb, essa futurista americana,
03:25costuma chamar de superciclo tecnológico.
03:28E, à medida que a gente avança nessa tecnologia, na minha visão,
03:32a gente precisa resgatar aquilo que a gente tem de mais humano,
03:35que é a conversa, que é o pensamento crítico, que é a inteligência emocional,
03:40que é uma gestão desse caos.
03:41A gente está no meio de uma transformação, que é 2020 até 2030,
03:46uma explosão de tecnologia e vai sobreviver, ou vai se sobressair,
03:52quem tiver mais humanidade.
03:54E olhar para a inteligência artificial e tudo isso, não como ferramenta, mas como paradigma.
03:59Marcos, tem um ponto nessa linha do tempo que a pandemia marcou de maneira muito contundente,
04:11que foi a construção dos anywhere offices.
04:14A gente viveu um momento de escritório convencional,
04:19depois os escritórios tentaram se tornar casas,
04:22botavam puff, mesa de sinuca, rede, um monte de coisa,
04:29que não necessariamente, de fato, refletia o espírito daquela empresa,
04:33mas era a moda do momento.
04:34Então, a gente foi para os escritórios se tornando casas,
04:37depois as casas se tornaram escritórios,
04:39estava todo mundo preso, não tinha jeito,
04:41precisávamos trabalhar de home office,
04:43e agora, uma ideia de anywhere office.
04:45Então, eu posso me conectar de qualquer lugar, trabalhar de qualquer lugar,
04:48e, inclusive, de vez em quando, passar na empresa.
04:51Algumas pesquisas, e a MIT Technology Review fez uma medição importante nesse sentido,
04:56apontam que, por mais que exista toda a questão de deslocamento
05:01e os benefícios de se trabalhar de qualquer lugar,
05:05jovens também gostam de ir para o escritório,
05:09e esse modelo híbrido acaba sendo interessante,
05:11porque pode ser que, sim, ele traga o melhor dos dois mundos,
05:14em função dos relacionamentos.
05:15Tem muita gente se sentindo sozinha, de fato.
05:18E os nômades digitais, por mais que tenham a prerrogativa
05:21de trabalhar de qualquer lugar,
05:23não necessariamente usufruem desse lugar,
05:25porque ficam enfiados em uma lanchonete...
05:30Não tem ergonomia.
05:31Não tem nada.
05:32O cara fica trabalhando meio capenga o tempo inteiro.
05:34Verdade.
05:35Como você analisa esse novo contexto de trabalho?
05:38Bom, primeiro, o anywhere office, eu adoro esse termo,
05:41trabalhar de qualquer lugar,
05:43te dá um pouco dessa impressão de modernidade.
05:44Mas, André, a gente tem que lembrar o seguinte,
05:46a gente está na Vida Paulista.
05:47Se você descer aqui, 50%, 60%, 70% das profissões
05:52das pessoas que nos cercam,
05:54o chapeiro do restaurante, o garçom,
05:57a moça que atende, o homem que dirige,
06:00ou a mulher que dirige o ônibus,
06:02são pessoas que não têm essa possibilidade.
06:04Anywhere office pra quem?
06:06Pra quem trabalha, talvez, como um jornalista
06:08aqui da Jovem Pan, pode ser.
06:10Você trabalha com finanças, pode ser.
06:12Na MIT, pode ser.
06:13Mas muitas profissões braçais não têm essa possibilidade.
06:16Então, tem que tomar um pouco de cuidado
06:17pra gente colocar todo mundo no anywhere.
06:19Não é bem assim.
06:20A gente tem outros problemas, que são esses que você citou.
06:23Uma baixa iluminação, nem tudo é conectado.
06:27Tem uma questão mesmo de transporte,
06:29mas não tem ergonomia, os lugares são perigosos.
06:32À noite, a pessoa não tem como se deslocar.
06:34Ou estar em casa, né?
06:36Que pra muita gente é home office,
06:38e pra quem é mãe e tem muitos filhos,
06:40pode ser home office, que os filhos estão na cabeça.
06:43Então, acho que desmistificar um pouco isso.
06:44Por outro lado, sim, a gente vive um momento
06:47que possibilita de tudo isso.
06:50Agora, as empresas estão se questionando.
06:52Eu me lembro quando teve a explosão da Covid,
06:54cinco anos atrás,
06:56e há uma data dolorosa pro Brasil e pro mundo,
06:58pra mim em especial.
06:59Meu pai morreu de Covid, bem no começo.
07:02Agora fez cinco anos, dia 25 de março.
07:05Eu me lembro que algumas empresas,
07:08como na época Twitter, hoje X,
07:10mandaram todo mundo pra casa
07:11e não precisaram nunca mais voltar, se não quiser.
07:13E o tempo mostrou que não era bem assim.
07:15A cultura do olho no olho,
07:17que é o que a gente tá fazendo aqui,
07:18aliás, toca aqui,
07:19do olho no olho, importa.
07:21Importa.
07:22Eu trabalhei aqui na Jovem Pan,
07:24de 97 a 2000.
07:26Cruzei ali atrás com o Hinaldo,
07:28da técnica, dei um abraço nele.
07:30É um sentimento que ninguém te tira.
07:31Ali tá o Tiago Berrage, Daniel Leão,
07:34pessoas com quem eu convivi.
07:35Esse encontro vale mais do que mil encontros no Zoom.
07:39Então, essa saúde social,
07:41que é um termo muito atual,
07:42uma inteligência relacional,
07:44ela é necessária.
07:45Pra eu sempre perguntar,
07:46o que é Anywhere Office hoje?
07:48De novo, é uma adaptação.
07:50É uma adaptação pra todo mundo que fez isso
07:52e agora tá voltando pro eixo.
07:54É uma adaptação pras empresas
07:55que começaram a perceber que a cultura
07:57também foi se pulverizando.
07:59É uma adaptação pra novos medos.
08:03Você conhece o Forto?
08:04Você fala muito do FOMO, né?
08:06Você conhece o Forto?
08:07Não.
08:08Fear of returning to the office.
08:10Tem gente que tem medo de voltar pro escritório.
08:13Ah, que frescura.
08:14Não.
08:14Tem gente que tem fobia de trânsito hoje em dia.
08:17Tem gente que tem fobia até de micróbios.
08:20Tipo, vou pegar em todo quanto é lugar.
08:22Tem gente que não quer ficar longe dos filhos.
08:24Faz quatro, cinco anos que tá vendo a família crescer.
08:26Tem gente que não quer abandonar o idoso.
08:28Tem gente que se sente mais protegida dentro de casa.
08:31Então, é um medo.
08:32Eu acho que dores invisíveis, como diz a minha amiga Isabela Camargo,
08:36começaram a aparecer de um tempo pra cá.
08:39Eu vejo que, então, o Anywhere Office,
08:41ele é muito bom pra uma parcela,
08:43necessário pra outro,
08:45é um sinal dos tempos,
08:47mas esse retorno, como eu falei aqui,
08:49às coisas mais puras,
08:51à convivência, ao olho no olho,
08:52à comunicação,
08:53às coisas mais, talvez, puritanas
08:56que a gente viu acontecer na vida,
08:57também vale pro escritório.
08:59Também vale você se encontrar.
09:01Também vale falar de cultura,
09:02quando a gente tá junto.
09:04Também vale você ter uma reunião estratégica,
09:06olho no olho.
09:07Também vale você perder um tempo no trânsito
09:09pra escutar, talvez, uma notícia
09:11ou uma música que você não escutaria.
09:13Eu acho que a gente tem que se obrigar
09:14e se dar um pouco desse tempo
09:16de não encarar a vida até 2020
09:19como um grande fantasma.
09:20As coisas mudaram,
09:21a tecnologia se apoderou.
09:24Onde eu tô aqui,
09:25alguns anos atrás,
09:26era a central técnica da Jovem Pan,
09:28que era uma nave espacial.
09:30Hoje, tá super computadorizado.
09:32As coisas mudam.
09:33Maravilhoso.
09:34Mas eu acho que esse encontro,
09:35ele continua sendo necessário.
09:38Nesse processo de adaptação,
09:40de evolução cultural,
09:42as áreas de RH,
09:44as áreas de gente das organizações,
09:47precisam ser muito hábeis,
09:48porque as organizações que não se adaptam,
09:53e quando a gente fala essa frase,
09:55o que a gente tá dizendo, na verdade,
09:56é as organizações que não têm pessoas capazes de se adaptar
10:00vão ficando pelo caminho.
10:02E essas áreas responsáveis por pessoas,
10:06elas precisam impor um ritmo de mudança,
10:10estimular esse ritmo de mudança,
10:12sabendo, sendo muito pragmático,
10:14que vai ter gente que vai ficar pelo caminho,
10:16vai ter gente que não vai conseguir mudar,
10:18vai ter gente que não vai se adaptar
10:20à realidade que a empresa espera,
10:23e a empresa vai fazendo ajustes.
10:25Tem gente que não vai querer trabalhar
10:26num lugar com determinadas características
10:27que as empresas vão tomando,
10:30e tem empresas que não vão querer
10:31determinadas pessoas dentro dela.
10:33Os fatores culturais acabam sendo determinantes
10:36para a evolução das próprias organizações.
10:38Verdade.
10:38Como as pessoas podem, de alguma maneira,
10:42se impor a essas mudanças?
10:44Como elas podem selecionar aquilo que elas querem?
10:46De que maneira dá para um ser humano
10:49se adaptar a esse processo?
10:51De quem a gente tá falando?
10:52Do empregado ou do empregador?
10:53Estamos falando das pessoas selecionando
10:57aquilo que elas querem para as suas vidas.
11:00Do ponto de vista do colaborador?
11:01Do colaborador.
11:03A massa, a margem de manobra é pequena.
11:06Ela existe.
11:07Ela tem um pouco mais de flexibilidade
11:09do que já teve 10 anos atrás.
11:10Até por uma questão geracional, André.
11:12Quando a gente fala, por exemplo,
11:13de uma pessoa...
11:15Hoje a gente tem sete gerações trabalhando juntas.
11:17Sete.
11:18Quando a gente fala, por exemplo,
11:19das gerações mais digitais,
11:21Millennial, nascida entre 90 e 2000.
11:25Gen Z, nascida entre 2000 e 2010.
11:28E agora, Alpha trabalhando,
11:31que são jovens aprendizes,
11:32nascidos 15 anos atrás, em 2010.
11:35A gente tá falando de gerações que têm uma outra visão.
11:38É o chip.
11:39Ela não quer trabalhar numa empresa grande,
11:41só porque tem nome,
11:42num super escritório de advocacia,
11:44vai achar esse escritório tóxico.
11:46Ela não quer empilhar só dinheiro.
11:49Ela quer estar seis horas na porta pra sair,
11:51porque o horário dela é das 10 às 6.
11:53Então, pra essa geração,
11:54que não vê o dinheiro,
11:56a estabilidade,
11:58o diploma,
11:59a hierarquia,
11:59como outras, como a minha,
12:01eu tenho 51 anos,
12:02essa geração não tem tanto esse apego.
12:06Ela vai olhar e vai dizer,
12:07bom, se você não me quiser,
12:10você não quer trabalhar do meu jeito,
12:11então eu vou encontrar uma startup
12:13que tenha propósito.
12:14E eu vou ganhar um pouco menos,
12:16mas eu vou poder ir no Lollapalooza
12:17de final de semana curtir,
12:18porque é isso que é a minha vida.
12:19Uma pessoa que nem eu,
12:22que trabalho com hierarquia,
12:23olho no olho, presencial,
12:26sou um cara forjado
12:27pra poder trabalhar até mais tarde,
12:29e blá, blá, blá,
12:31eu tô muito mais preocupado
12:32com a minha estabilidade financeira,
12:33minha liberdade financeira lá na frente e tal.
12:35Então, de novo,
12:36eu acho que o papel mais difícil de todos
12:38é do selecionador,
12:40não de quem tá sendo selecionado.
12:42Porque quem tá sendo selecionado
12:43abre mão.
12:45Ela se aperta aqui e ali,
12:46bom, se eu preciso do dinheiro
12:47e eu preciso alimentar a minha família,
12:49eu vou engolir alguns sapos.
12:51Se eu tenho 20 anos de idade,
12:52eu não preciso de nada disso,
12:53eu vou pegar um carro
12:55ou um avião
12:56e vou trabalhar do outro lado do oceano
12:57e vou fazer o que eu gosto.
12:58Entre aspas.
12:59Se você puder.
13:00Pois é.
13:01Mas, pra quem é RH,
13:04me lembra uma frase de 2020,
13:06durante a pandemia,
13:07que é
13:07quem cuida de quem cuida da gente?
13:10Porque o RH também teve burnout.
13:11Aliás, teve mais que todo mundo.
13:13O RH também ficou preocupado
13:15em justamente cuidar do André,
13:16do Mark,
13:17da Michelle,
13:17do Augusto,
13:18naquele momento pandêmico.
13:20Mas ele também era funcionário.
13:22Ele também tava sendo cobrado.
13:23Ele também não sabia
13:24como era o dia de amanhã.
13:25Então, eu vejo que,
13:26cada vez mais,
13:28os selecionadores,
13:29e mais do que isso,
13:30os colaboradores de níveis hierárquicos
13:33diferentes,
13:34vão ter que aprender
13:35a serem multipotenciais.
13:37Não dá pra você esperar
13:38de um RH
13:38que ele não tenha,
13:39hoje,
13:40uma visão de marketing.
13:41Que ele não entenda
13:42qual que é
13:43o propósito,
13:45e também o propósito financeiro
13:46daquela empresa.
13:48Porque ele pode começar
13:49a botar pra dentro
13:50talentos, entre aspas,
13:51que não falam a língua da empresa.
13:53Então, acho que cada colaborador,
13:54hoje,
13:54tem que sair um pouco da baia,
13:56olhar um pouco pra fora,
13:58e serem super profissionais,
14:00multipotenciais.
14:01A gente vai ter
14:02uma espécie de fluxo
14:04de habilidades.
14:06Eu sou bom
14:07em
14:08Excel,
14:11tenho muito hard skill,
14:12mas eu também sou um cara
14:13que lidera bem.
14:14Eu sou muito bom
14:15tecnicamente
14:17de blockchain,
14:18eu sou um cara dev,
14:19eu sou um cara,
14:20sabe?
14:20Mas, ao mesmo tempo,
14:21eu tenho uma inteligência
14:22emocional forte
14:23pra ser resiliente.
14:25E eu acho que
14:25esse hibridismo,
14:27que não é só presencial
14:28e remoto,
14:29ele me traz um pouco
14:30do conceito de real skill,
14:32habilidades híbridas,
14:34pra esse novo mundo.
14:35Antifragilidade,
14:36pensamento crítico,
14:38sabe assim?
14:38Uma visão
14:39de que o mundo
14:40não é mais só A e B,
14:42o mundo também é híbrido.
14:44E eu acho que
14:44esse profissional,
14:45que é o profissional de RH,
14:47que tem tanta responsabilidade
14:49quanto qualquer outro
14:50e até um pouco mais
14:51hoje em dia,
14:52porque ele que vai botar
14:53pra dentro,
14:54ou ele que vai tirar,
14:55ou ele que vai acolher
14:56quando essa pessoa
14:57não tá bem,
14:57ele vai reter um talento,
14:59esse profissional
15:00precisa estar melhor equipado.
15:01Você falou de real skills.
15:03Durante muito tempo,
15:05nós trabalhamos
15:06hard skills,
15:07aqueles conhecimentos
15:08técnicos
15:09pra executar
15:10as nossas tarefas
15:11ali no dia a dia.
15:12Depois veio
15:13a onda dos soft skills.
15:16Pessoas
15:16que são
15:18conscienciosas,
15:19empáticas,
15:20todas as questões
15:22do arcabouço
15:22psicológico
15:23que compõem
15:25cada um de nós
15:26enquanto profissionais.
15:28E aí você trouxe
15:29os real skills.
15:30Quero te pedir
15:31pra falar sobre o termo
15:32e de que maneira
15:33eles podem ser
15:34desenvolvidos
15:35em cada um de nós.
15:36Esse é um termo
15:37que surgiu
15:38antes da pandemia.
15:39O cara que trouxe
15:40esse termo
15:41chama Seth Godin,
15:42que é um super escritor
15:43do marketing,
15:44um carequinha de óculos
15:45simpático.
15:46E ele dizia o seguinte,
15:47soft é muito bom,
15:49né,
15:49você ser um cara empático,
15:51você ter algumas
15:52inteligências,
15:52algumas habilidades
15:53socioemocionais
15:55ou comportamentais
15:57vão te ajudar,
15:59essas habilidades
16:00vão te ajudar,
16:01mas elas podem
16:02ser melhoradas,
16:03elas precisam
16:04ser melhoradas.
16:04Não dá pra você ter
16:06uma pessoa que
16:07é muito legal,
16:08gente boa,
16:09que todo mundo adora,
16:11a alma da festa,
16:12mas ela não entrega.
16:13E não adianta você
16:14ser um gestor
16:15super técnico,
16:16capacitado
16:17e intragável.
16:18As pessoas vão embora.
16:19Você vai ter que ter
16:20o melhor dos dois mundos.
16:21E aí ele elencou algumas.
16:23Eu tenho as minhas,
16:25eu tenho as que eu julgo.
16:27Por exemplo,
16:27antifragilidade.
16:29É diferente
16:30do que ser resiliente.
16:32Eu vejo como
16:32uma real skill,
16:33que é o quê?
16:33é você envergar
16:34e não quebrar a resiliência.
16:37Antifrágil
16:37é o cara que é esmagado
16:39e ele sai mais forte.
16:41A gente viveu isso
16:42na pandemia.
16:43Gestão do caos,
16:44pra mim,
16:45é uma super competência
16:46hoje em dia,
16:46que é aquele caos
16:47organizado.
16:49Você tem,
16:49eu vejo,
16:50por exemplo,
16:51pensamento crítico
16:52sistêmico.
16:53Você tem um pensamento
16:54crítico em tudo
16:54aquilo que você faz.
16:56E pensamento crítico
16:57não é criticar,
16:58é você ter um olhar
17:00pra combater fake news,
17:01pra combater qualquer discurso.
17:03Você sabe,
17:04você é um empreendedor
17:05de verdade,
17:06você é um editor
17:07de verdade.
17:08O que tem de empreendedor
17:09de palco,
17:11vendendo projetos
17:12mirabolantes,
17:13coisas incríveis,
17:14te ensinando a ter
17:15empresa dos sonhos,
17:16sendo que eles não têm
17:17nem CNPJ.
17:18Então,
17:18você tem um pensamento
17:19crítico,
17:19você não cai nisso.
17:20E veja que curioso,
17:22quando a gente fala
17:23de saúde social,
17:25as pessoas mais vulneráveis
17:27são aquelas que não têm
17:28saúde social.
17:29Porque se você não tem
17:30saúde social
17:31pra dizer o seguinte,
17:33pô, André,
17:33vamos tomar alguma coisa,
17:34vamos sair,
17:35não,
17:35vou ficar em casa,
17:36quero ficar em casa,
17:37quero ficar em casa,
17:38você vira uma pessoa
17:39mais suscetível a golpes.
17:41Golpes financeiros,
17:42mas também golpes emocionais,
17:44que são muito comuns
17:44nas redes sociais.
17:45A inteligência artificial,
17:49não poderíamos deixar
17:50de falar dela,
17:52muda a maneira
17:53através da qual
17:54a empresa se comunica
17:56com os seus clientes,
17:58mas também personaliza
17:59mensagens do B2E,
18:02o Business to Employee.
18:04Não conhecia esse termo, hein?
18:05É, é um, enfim,
18:07a Gênesis,
18:09a empresa de Customer Experience,
18:11trocou boa parte
18:12dos estudos
18:14que eram limitados
18:15à experiência do cliente
18:17pra Employee Experience.
18:19E essa relação
18:20de B2E,
18:21de Business to Employee,
18:22acabou aparecendo
18:23de uma forma
18:23muito contundente
18:24a partir do momento
18:27que os seus colaboradores
18:29estão na linha de frente
18:30e um funcionário
18:34feliz,
18:35estimulado,
18:35engajado,
18:37ele se conecta melhor
18:39com quem está do outro lado,
18:40com os pontos de contato
18:42entre a organização
18:43e os seus respectivos clientes.
18:44No final das contas,
18:45esses pontos
18:46são muito pautados
18:47na habilidade
18:49desses colaboradores.
18:51E aí,
18:51a empresa
18:51precisa
18:53tratar bem
18:54esses colaboradores
18:56sobre diversos aspectos
18:57e um deles
18:58é a informação.
18:59Sim,
18:59transparência.
19:01Sobre todos os aspectos.
19:02Sim, concordo.
19:02Ainda mais
19:03nesse modelo
19:04mais fragmentado.
19:06Então,
19:06estamos espalhados,
19:08não necessariamente
19:09aquele emprego formal
19:11onde um indivíduo
19:13trabalha
19:13unicamente
19:14para uma corporação.
19:16Enfim,
19:17tem uma estrutura
19:17mais complexa,
19:18mais granular
19:19de relacionamento
19:20entre as organizações
19:21e os seus
19:22respectivos colaboradores.
19:24Como você tem visto
19:25a inteligência artificial
19:27impactando a relação
19:28de empresas
19:29com colaboradores?
19:31De uma maneira
19:31muito pobre ainda.
19:33Pelo menos,
19:33as empresas
19:34com as quais
19:35eu tenho contato,
19:35eu tenho contato com muitas,
19:37não me parecem
19:38estar indo por essa linha.
19:40Eu acho que elas usam
19:40a inteligência artificial
19:41em dois campos.
19:42Primeiro,
19:43para se exibir.
19:44Então,
19:44assim,
19:44nós somos uma empresa
19:46drive,
19:49como é que fala?
19:50Direcionada
19:51pelos dados,
19:52inteligência artificial,
19:53estamos na lida.
19:55O que é muito bom
19:55para você tentar vender
19:56os seus produtos.
19:57E,
19:58do ponto de vista mesmo
19:59de aplicabilidade
20:00dos produtos
20:01e dos serviços.
20:02Mas,
20:02para falar com um empregado,
20:03tanto que eu nem conheci
20:04o termo,
20:05e eu rodo,
20:05vejo muito pouco.
20:07Vejo muito pouco
20:08porque,
20:08assim,
20:09muitas vezes,
20:09o interesse
20:10é da porta para fora.
20:12Empresas que compram
20:13outras empresas
20:14para que essas outras,
20:16para que pareçam maiores
20:17e,
20:18no futuro,
20:18façam IPO.
20:20Empresas que vivem,
20:23são minúsculas,
20:24mas tem aquela tese
20:24do Bill Gates,
20:25look bigger than you are.
20:26Elas precisam parecer leões,
20:28mas, na verdade,
20:28são gatinhos.
20:29E a preocupação
20:30com o colaborador,
20:32ela se restringe.
20:33Cara,
20:33a gente falou aqui
20:34do Puff,
20:35da rede,
20:35do Tobogã,
20:36agora talvez não,
20:38mas ela se restringe
20:38talvez a três,
20:39quatro coisas ali,
20:41criar um squadzinho
20:42de LinkedIn,
20:43ou fazer um encontro,
20:44ou fazer,
20:45como é que chama
20:45aqueles encontros fora?
20:47Quando você tem um encontro
20:48da empresa,
20:48assim.
20:49Uns happy hours,
20:50né?
20:50Não, não é happy hours,
20:51quando você pensa,
20:51leva para um sítio
20:53ou para um hotel.
20:54Enfim,
20:55engajar,
20:55modelos de engajar,
20:57passar o final de semana,
20:58construir uma canoa.
20:59É isso,
21:00é isso.
21:01E aí é isso,
21:02você enche a parede de,
21:03como é que fala?
21:04De post-it.
21:05De post-it,
21:06vamos fazer,
21:07design thinking,
21:07que bom.
21:08Mas no dia a dia,
21:10quando essa pessoa está sofrendo,
21:11porque ela tem uma questão amorosa,
21:13porque o pai está doente,
21:14porque não está mais aguentando
21:16morar com os filhos,
21:17porque está com uma doença,
21:19eu não sei onde que entra
21:20a inteligência artificial aqui.
21:21Sim.
21:22Sabe,
21:22tem um professor do MIT
21:24que fala que é,
21:26que a gente está num momento
21:27que é como sexo no segundo grau.
21:30Todo mundo fala,
21:30pouca gente faz,
21:31e quem faz normalmente
21:32não faz direito.
21:34É um pouco disso,
21:36assim,
21:36do que a gente vive,
21:38muito utilizando como copiloto,
21:40ainda, né,
21:41ali para tratar determinadas tarefas
21:43mais específicas,
21:45analisar texto.
21:45É verdade, né?
21:46Eu estava no SGSW,
21:48um dos super especialistas,
21:50que é o Ian B. Craft,
21:50que você deve conhecer bem,
21:52ele falou,
21:53gente,
21:53assim,
21:54em outras palavras,
21:55ninguém sabe nada.
21:56É tudo tão novo.
21:57Claro.
21:58Já o GPT,
21:59ele desce para a Terra
22:01em 30 de novembro de 2022.
22:05Dois?
22:05Foi ontem.
22:06Claro.
22:06Não tem três anos de vida.
22:07Sim.
22:08Então, assim,
22:08é tudo muito novo.
22:10Não dá para a gente dizer,
22:11não tem ninguém,
22:12ninguém,
22:13claro que,
22:14salvo exceções,
22:14que está realmente
22:15trazendo algo
22:16de outro mundo.
22:17Pode ter uma empresa ou outra
22:19que está fazendo algumas coisas,
22:20claro.
22:21Mas estou dizendo,
22:21do ponto de vista pessoal,
22:22o cara fala assim,
22:23não,
22:23eu uso o IA para isso
22:24e minha vida avô.
22:25Você quebra algumas tarefas,
22:27você otimiza,
22:28você corta custos,
22:29você personaliza.
22:29Não é a produtividade.
22:30Mas ninguém reinventou a roda.
22:32Claro.
22:32Entende?
22:33Você estava falando dos indivíduos e eu fico pensando nesse movimento de redes sociais
22:41e marcas pessoais.
22:43A gente vive um momento de CEOs do C-level se colocando como alguns popstars.
22:51são influenciadores digitais.
22:52São influenciadores digitais e aí aparecem fazendo esportes, participando de eventos sociais.
23:02É, color 1990.
23:03Pois é,
23:04bem por aí,
23:04bem por aí,
23:05de kimono e faixa preta.
23:09Essa pressão para que a marca e o executivo tenham uma relação quase simbiótica e que a marca,
23:19de alguma forma, consiga colher os frutos de executivos que consigam, de fato, influenciar o mercado,
23:27está pasteurizando esse comportamento executivo, tornando uma coisa meio mambembe?
23:33Como você enxerga essa questão?
23:35E o quanto isso, de fato, traz valor para as organizações?
23:38A gente tem dois pontos aqui.
23:39O primeiro deles é que, sim, a gente vive uma era do CEO influenciador.
23:45Muitas vezes, o CEO influenciador do seu próprio negócio.
23:47Se você pega o Rony, que acabou de sair da reserva,
23:50que é, para mim, talvez o maior CEO do país,
23:53em termos de qualidade de visibilidade, entrega,
23:57nesse lado influenciador, da própria marca,
24:01essa simbiose,
24:03você vai ter alguns que fazem isso bem.
24:05Alguns que exageram um pouco, mas fazem isso bem.
24:08João Adib da CIMED, faz bem.
24:10Faz bem, cara.
24:11Onde ele vai, ele faz o negócio acontecer.
24:14O Alê da Cacau Show, faz bem.
24:16A Renata Witt, da Copenhagen, vai lá e fala bem.
24:19E você começa a entender um pouco da marca e da empresa
24:23pelos valores dessas pessoas.
24:25Às vezes, uma conversa que ela tem aqui,
24:27e às vezes, como ela se comporta na rede.
24:29Esse é um ponto.
24:30Agora, é o que você falou.
24:32Virou, desculpa o termo, carne de vaca.
24:35Todo mundo agora é obrigado a ser um super CEO.
24:37Quando, na verdade, às vezes ele te indica livros que ele não leu.
24:41Então, o erro não está só no CEO de aceitar
24:44ser a pessoa que ele não gostaria de ser, mas ele é obrigado.
24:46O erro está nas pessoas que eles contratam.
24:49Que são, normalmente, pessoas que pasteurizam
24:53uma linha de produção e vão aplicando a todos os CEOs.
24:58E aí, eu erro.
24:59Então, o que falta?
25:00Eu sei que eu posiciono pessoas
25:03para terem sua marca pessoal mais bem posicionada.
25:06E eu acho que o primeiro erro e o primeiro elogio
25:09que eu escuto quando isso acontece é
25:10não me escutaram.
25:12Sim.
25:13Que é uma coisa que a gente está fazendo aqui.
25:15Se escutar, estar presente.
25:16Se a pessoa te diz, olha, não sou essa pessoa.
25:19Não, mas tem que fazer.
25:20Tem que fazer porque, meu, o esporte é vida.
25:22E a pessoa não quer.
25:23Claro.
25:23Ela não quer.
25:24A pessoa não quer mostrar os filhos.
25:26Ela é obrigada.
25:27Ela tem uma pressão social para dizer,
25:29pô, mas você é um baita pai.
25:30Se você não falar que você é um bom pai,
25:32ninguém vai entender a empresa como sendo uma empresa família.
25:34O cara é obrigado a botar, sabe assim?
25:36Então, existe uma pressão social para que ele se tome.
25:39Mas, na minha visão,
25:40faltam profissionais qualificados para isso.
25:42E existe uma cultura que, infelizmente,
25:46os CEOs estão cedendo.
25:47Marques, a gente tem um minutinho para fechar.
25:50Já passou.
25:50Já passou.
25:51É rápido.
25:52Eu quero...
25:53Eu te perguntei do CEO.
25:54Vou te perguntar rapidinho para quem está começando.
25:57Uma dica para quem está começando a se posicionar...
26:00Isso é muito fácil.
26:00...claramente nas redes e, enfim.
26:03Vamos nessa.
26:03Arroba, M-A-R-C-T-A-W-L, Mark Itaweo.
26:08Gente, fora brincadeira.
26:10Existem inúmeros conteúdos.
26:12Existem inúmeras pessoas.
26:13A minha sugestão é...
26:14Modele.
26:15Tenha modelos de pessoas que você gosta,
26:17que você admira.
26:18Sejam grandes influenciadores,
26:20sejam micro influenciadores
26:21ou só pessoas que você gosta.
26:23Que não sejam influenciadores.
26:25Mas fala, pô, aquela pessoa fala bem.
26:26Aquela ali, eu gosto das fotos.
26:28O terceiro ali, escreve de um jeito.
26:30E começa a estudar um pouco isso.
26:32Começa a entender.
26:33Usa a roupa da rede social.
26:35Se eu estou no LinkedIn,
26:36não adianta colocar o prato do dia.
26:37Também não adianta falar só de trabalho.
26:39Porque as pessoas querem isso aqui.
26:41Querem ver nosso tom de voz.
26:42Varia o formato.
26:43Não é só texto.
26:44Não é só vídeo.
26:46Faz um pouco dos dois.
26:47E, claro, seja você.
26:49É difícil ser você.
26:50A autenticidade é difícil de conquistar.
26:52Mas a gente só consegue conquistar testando.
26:55Então, se testam.
26:56Perde um pouco o medo do julgamento.
26:58Está todo mundo começando.
27:00É isso.
27:00Você sendo você.
27:02A gente se encontra por aqui
27:04na semana que vem
27:05para falar mais sobre os mistérios
27:07da nossa sociedade cada vez mais digital.
27:10Marta Will,
27:11muito obrigado pela conversa.
27:12Semana que vem.
27:13Estamos aqui.
27:14Um abraço para você que nos ouve ver.
27:16Tchau, tchau.
27:16Sociedade Digital
27:27A opinião dos nossos comentaristas
27:30não reflete necessariamente
27:32a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
27:39Realização Jovem Pan News
27:41E aí