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  • 14/04/2025
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00:00Música
00:30De olho nas lavouras de soja, Giro da Safra percorre o planalto norte-catarinense.
00:39Equipes avaliam manejo, produtividade e estimam os números da colheita.
00:45SC Agricultura, entrevista, descubra como as panques podem ser aliadas poderosas
00:51para uma alimentação mais saudável, nutritiva e sustentável.
00:55A conversa com o pesquisador da Embrapa, Nuno Madeira.
01:00E tem também o quadro Dica Epagre, você confere os cuidados que devem ser tomados
01:05no momento do plantio do morangueiro, utilizando mudas de raiz nua.
01:11Olá a todos, SC Agricultura começando, sejam bem-vindos ao programa de TV Nacional da Epagre.
01:20A qualidade das mudas é um dos pontos mais importantes no cultivo do morango.
01:26Recomenda-se que o produtor adquira as chamadas mudas de torrão.
01:32Mas como elas são difíceis de encontrar e também são mais caras,
01:37a maioria das famílias usam o que costumam chamar de mudas de raiz nua.
01:43Na Dica Epagre de hoje, você vai ver os cuidados que devem ser tomados
01:47no plantio desse tipo de muda do morangueiro.
01:50São pequenos detalhes que garantem uma planta saudável e nutritiva.
02:03Meu nome é Francisco Gervini, eu sou pesquisador aqui na Epagre,
02:08Estação Experimental de Ituporanga,
02:10e trabalho com o cultivo do morangueiro fora do solo.
02:13Então, hoje eu vou mostrar para vocês como nós fazemos o plantio de mudas de raiz nua.
02:25O ideal é que nós tenhamos mudas de torrão,
02:28porque com a muda de torrão nós não perdemos a umidade,
02:32ela vem envolta em um substrato,
02:34então fica mais fácil tu não perder a muda e enraizar com maior facilidade.
02:38Mas é muito comum que nós tenhamos, os nossos viveristas nos entreguem as mudas de raiz nua,
02:45que são, no caso, essas mudas aqui.
02:47O que nós fizemos aqui?
02:49Nós pegamos, preenchemos um saco de substrato, com substrato,
02:55depois passamos, fizemos os orifícios,
03:00depois passamos a mangueira de gotejamento,
03:03com os gotejos espaçados de 10 centímetros cada um.
03:08Vocês notem aqui que as mangueiras,
03:10quando nós colocamos as mangueiras,
03:12os orifícios aqui, os emissores,
03:15eles ficam voltados para cima.
03:18A gente não deve virar esses orifícios para baixo.
03:22Bom, o importante é que,
03:25quando nós formos plantar as mudas,
03:26as raízes fiquem na vertical,
03:29e o plantio se dê nessa altura aqui.
03:33Por quê?
03:34Eu não posso deixar as mudas expostas
03:36e, ao mesmo tempo,
03:38eu não posso deixar que o substrato
03:39entre nos pontos de crescimento,
03:43o que pode matar o ponto de crescimento
03:45e inviabilizar o plantio,
03:47a vida das mudas.
03:48O primeiro passo antes do plantio das mudas
03:53é a realização de furos
03:56abaixo, aqui nos slabs,
03:58para a drenagem do excesso de água.
04:02Posteriormente, nós lavamos esse substrato
04:05até a condutividade elétrica
04:07estiver igual ou abaixo de 1 milissímen
04:09por centímetro na menos 1.
04:12Por que isso?
04:13Por causa que as mudas são muito sensíveis
04:15a excesso de sais.
04:16Então, se eu baixar a condutividade elétrica
04:19a valores de 1 a menos de 1,
04:22eu estarei garantindo que as mudas
04:23não sofrerão por excesso de sais.
04:27Um outro ponto fundamental
04:29quando nós utilizamos mudas de raiz nua
04:31é cuidar que elas fiquem sempre bem hidratadas.
04:35É comum que o produtor plante essas mudas
04:40e, por causa desses aspersores aqui,
04:43se forme aqui um canal onde a água desce
04:48e não alcança muitas vezes as raízes.
04:52Com isso as raízes secam
04:53e o produtor termina perdendo as mudas.
04:56Então, o que a gente faz
04:58para prevenir isso e não haver uma grande perda de mudas?
05:02Que muitas vezes vários produtores
05:03chegam a comprar 50% de mudas a mais
05:05com medo de perder essas mudas.
05:07Nesse ponto aqui, as mudas só vão precisar absorver água.
05:13As reservas, os carboidratos estão na coroa
05:16e esses carboidratos é que vão fazer o enraizamento.
05:21O melhor enraizador que existe é a água nessa fase.
05:25É importante que nós, então,
05:27nos 10, 15 primeiros dias do plantio,
05:30após o plantio, nós irriguemos as mudas
05:34diariamente para que a gente possa
05:37mantê-las hidratadas.
05:41Então, esta é a dica e pagre de hoje.
05:44Para maiores informações,
05:46vocês busquem os escritórios municipais
05:48ou então aqui a estação experimental de Ituporanga.
05:51No próximo bloco, tem entrevista no SC Agricultura
06:14O tema, panques e como elas podem ser aliadas poderosas
06:19para uma alimentação mais saudável.
06:23E ainda hoje, o giro da safra na cultura da soja.
06:27Equipes avaliam condições das lavouras
06:29e geram dados para a cadeia produtiva.
06:32Fique com a gente e já voltamos.
06:34Quer saber mais sobre as plantas alimentícias não convencionais?
06:52Acompanhe agora a entrevista exclusiva do SC Agricultura
06:55com o pesquisador da Embrapa, Nuno Madeira,
06:59um dos maiores especialistas em panques do Brasil.
07:04Conheça os benefícios dessas plantas incríveis
07:07para a sua saúde e alimentação.
07:17Na entrevista de hoje, nós vamos conversar
07:20com o pesquisador da Embrapa, Nuno Madeira,
07:23que se destaca no campo do estudo
07:26e da promoção das panques,
07:29as plantas alimentícias não convencionais.
07:32E o Nuno conhece a realidade em todo o Brasil.
07:36Dessa vez, ele está em Santa Catarina,
07:38participando de oficinas, visitas a campo, estudos,
07:42conversas com agricultores, técnicos,
07:45a comunidade em geral.
07:48Nuno, para início de conversa,
07:50vamos falar o que são as panques
07:52e qual a importância para a agricultura
07:55e a alimentação do Brasil.
07:56Bom, panque, plantas alimentícias não convencionais,
08:00é um grupo de plantas dessas que não têm
08:04uma expressão comercial,
08:06que não têm cadeia produtiva estruturada,
08:08aquelas que não é todo mundo que conhece,
08:11muita gente não conhece essas espécies.
08:14Elas têm um regionalismo muito forte, talvez.
08:17Algumas nem isso.
08:18Muitas vezes elas são consideradas plantas espontâneas,
08:21invasoras, às vezes,
08:22e são capinadas e descartadas, né?
08:25E é um grupo muito disperso,
08:27é um grupo muito grande.
08:28E aí você tem a questão nutricional
08:30enriquecendo muito mais,
08:31a saúde,
08:32a questão de culinária e gastronomia,
08:35também trazendo uma oportunidade
08:37de paladares inusitados.
08:39Então, sempre que a gente faz
08:40uma dinâmica, uma oficina,
08:42uma capacitação,
08:43a gente vai e mostra a parte agronômica
08:45e depois a gente sempre tem alguma degustação,
08:48nem que seja um lanche pequeno, etc.
08:50E isso se torna, na verdade,
08:53talvez um fator mais atrativo
08:55e sempre que a gente tem agricultores,
08:56eles percebem a importância
08:58de conhecer, pelo menos conhecer,
09:01às vezes questões de mercado,
09:03de inserção de mercado,
09:04são mais difíceis, né?
09:05Tem outros fatores.
09:06Mas de trazer novas alternativas de mercado
09:09para serem apresentadas para a sociedade
09:11de uma forma geral.
09:12Você pode citar alguns exemplos de punks
09:16que são conhecidas e popularizadas
09:19no território brasileiro?
09:21É, o regionalismo é muito forte,
09:23então a gente vai viajar um pouquinho
09:25pelo Brasil quando fala disso.
09:27Eu vou me ater mais às hortaliças, né?
09:28Porque a riqueza de frutas no Brasil
09:31é gigantesca, as frutas aqui do sul,
09:33as frutas da Amazônia, da Caatinga,
09:35do Cerrado, então...
09:36E eu vou me ater mais às hortaliças.
09:37Mas, por exemplo,
09:38aqui é muito comum a mostarda,
09:41o creme, né?
09:42O creme é uma raiz, né?
09:44Aquela ardida que o resto do país
09:46quase não conhece,
09:47a gente encontra aqui na serra.
09:49A taioba também tem...
09:50Aqui no litoral tem bastante uso da taioba
09:52aqui na ilha, né?
09:53Do Florianópolis,
09:54na ilha de Santa Catarina,
09:55com a cidade de Florianópolis.
09:57E indo para...
09:58Mas onde mais se consome taioba é disparado,
10:00é no Espírito Santo, por exemplo,
10:02é assim, muito.
10:03Também onde se come muito inhame,
10:05que já tem uma certa inserção comercial,
10:07mas que a gente ainda considera punk, né?
10:09Aí tem a orapronobis em Minas Gerais,
10:13tem também a taioba no Rio de Janeiro,
10:15o inhame, a bertalha no Rio de Janeiro também,
10:18e São Paulo também, novamente, a mostarda.
10:20E em Goiás a gente tem a orapronobis,
10:23tem o pequi, que é meio...
10:24É fruta, né?
10:25Assim, um fruto, uma árvore,
10:27mas é consumido mais como um acompanhamento ali,
10:30como se fosse uma batata ou algo assim,
10:32acompanhando o arroz, acompanhando a galinha.
10:34A gente tem no Nordeste, né?
10:36O Cuxá do Maranhão, a gente tem o Cariru,
10:39ou língua de vaca,
10:40que é muito consumido em Belém,
10:42na região de Belém,
10:43e também no litoral do Nordeste.
10:45Tem o Jambu da Amazônia inteira,
10:47tem o Cariru também espalhado.
10:50Tem uma riqueza muito grande, né?
10:52A Chicória, que parece um coentro na região norte,
10:54também muito dispersa,
10:56como se fosse comum, quase convencional lá.
10:59A gente ainda considera não convencional,
11:01porque elas não têm exatamente uma cadeia produtiva estruturada.
11:06E por falar em qualidade da alimentação,
11:09quais são os benefícios nutricionais
11:11dessas plantas alimentícias não convencionais?
11:16A riqueza nutricional dessas espécies é enorme, tá?
11:20E isso acontece porque são plantas que foram desenvolvidas
11:24sem melhoramento genético,
11:26sem facilitação, vamos dizer,
11:28de muito adubo, de muita água, de muita irrigação.
11:31Então elas tiveram que sobreviver a diversidades.
11:33E para sobreviver a diversidades,
11:35a planta dispara processos metabólicos
11:37que levam à produção de compostos funcionais.
11:39E isso enriquece.
11:41Esses compostos funcionais são justamente
11:42os compostos que vão enriquecer a nutrição.
11:45De uma forma geral,
11:46quanto mais biodiversa for a nossa alimentação, melhor.
11:49E aí, trazendo alguns exemplos,
11:51a gente sempre fala da Oropronobis
11:52como fonte de proteína.
11:54Só lembrando que é mais na matéria seca, né?
11:56Quando a gente usa a farinha de Oropronobis,
11:59que aí é usada com um pouco de restrição,
12:00mas ela também é muito rica em minerais,
12:02em ferro, zinco, magnésio.
12:04A gente tem diversos problemas de deficiência
12:06de magnésio, de zinco,
12:08muita gente tomando cápsula.
12:09Assim como a bertalha também é muito rica
12:11nesses minerais,
12:12como a taioba, notadamente em ferro, né?
12:14Com um potencial muito grande aí
12:15para contribuir para questões de deficiência de ferro.
12:19A questão da ômega 3, né?
12:20Que a gente tem fontes como salmão, por exemplo,
12:23que é quase inacessível para a maioria da população.
12:25E a gente tem na beldruega
12:27e tem algumas outras plantas,
12:28na beldruega já com artigos publicados, né?
12:32A questão do selênio, então,
12:34João Gomes, Cariru, Major Gomes,
12:36tem vários nomes, né?
12:37Língua de Vaca, no Nordeste.
12:39Uma planta rica em selênio,
12:40que é um protetor da próstata.
12:42A gente tem a luteína na capuchinha,
12:44aquele composto funcional, né?
12:46Que é protetor macular,
12:48então, que ajuda a preservar a qualidade da vista,
12:51a preservar a longevidade de uma visão melhor.
12:54Então, são diversos compostos funcionais, né?
12:58Quanto mais diversa a gente tiver a alimentação,
13:00certamente, vitamina C tem várias que são muito ricas,
13:02como azedinha, como vinagreiras, né?
13:05Muito ricas em vitamina C.
13:06Então, inserindo esses alimentos na alimentação,
13:09fazendo um arroz com a vinagreira,
13:13fazendo um arroz com jambu,
13:14que tem a espilantina,
13:16que é um cicatrizante, anestésico, antifúgio,
13:18com antibacteriano,
13:19com diversas publicações sobre esses efeitos,
13:21a gente está enriquecendo a nossa alimentação
13:24do que só está comendo arroz, por exemplo,
13:26colocando a moringa no feijão,
13:28vai também muito rica em nutrientes, em minerais.
13:30Então, a gente está se alimentando
13:33com uma diversidade muito maior de plantas
13:35e trazendo várias cápsulas, digamos assim,
13:38de compostos funcionais, né?
13:40O que vai nos trazer, certamente,
13:43um potencial de levar uma vida
13:45com maior qualidade de tudo, né?
13:47Qualidade de mobilidade, de humor,
13:50de vigor, de energia e tudo mais.
13:52Como a pesquisa da Embrapa
13:54e o trabalho da EPAGRE aqui em Santa Catarina
13:57estão contribuindo na difusão do cultivo das PANC
14:01junto aos produtores?
14:04É fundamental essa presença, né?
14:06A EPAGRE aqui com a extensão rural
14:07e a pesquisa associada.
14:09Nós, lá na Embrapa,
14:10a gente faz mais a parte de pesquisa
14:12e desenvolvimento junto a diversos pares.
14:14É fundamental essa capilaridade
14:16que vocês têm aqui
14:17de chegar nos produtores
14:18apresentando, principalmente,
14:20oportunidades.
14:21Algumas eles conhecem,
14:22outras, às vezes, já até meio que esqueceram,
14:25ouviram falar,
14:26meu avô consumia,
14:27hoje em dia já não muito.
14:28Mas, e observarem, principalmente,
14:30o sistema de produção.
14:32Então, por exemplo,
14:32às vezes a gente leva o caruru,
14:35ah, meu avô consumia e tal,
14:37mas agora a gente faz uma releitura,
14:39inclusive, do sistema de produção
14:40e uma ressignificação,
14:43perdão, no prato
14:44com relação ao valor nutricional.
14:47Ele chega a ter 34% de proteína,
14:49às vezes mais do que a hora pronópolis.
14:52E a gente faz também um manejo dele
14:55de forma que fique extremamente fácil
14:58de produzir e saboroso.
15:00Então, a gente tem desenvolvido,
15:02inclusive, selecionado,
15:03com folhas mais graúdas,
15:05que não florescem precocemente.
15:07Então, ele forma como um pé de milho
15:09de dois metros a três metros
15:10e a gente faz o consumo
15:11na fase de espinafre.
15:13Então, a gente faz toda a seleção
15:15das melhores variedades locais,
15:18por meios tradicionais,
15:19de seleção massal,
15:20os melhores carurus,
15:21as melhores beldruegas,
15:23as melhores orapronobes,
15:24as melhores vinagreiras.
15:26e depois também trazer o sistema de produção.
15:30E essa parceria é muito frutífera nesse ponto,
15:32para que a gente tenha mais voz,
15:34mais pessoas nos ouvindo,
15:36mais capilaridade,
15:37chegar a mais produtores.
15:38Lembrando que,
15:39quando a gente fala produtores,
15:40a gente pensa principalmente no meio rural.
15:43Então, existe esse sistema de produção
15:46e a gente tem trabalhado muito com agricultores,
15:48muitos de base agroecológica,
15:51quase sempre os que mais se interessam
15:52são os de base agroecológica,
15:53e sempre agricultores familiares,
15:55porque é uma escala menor de produção,
15:57de comercialização,
15:58mas também um outro circuito fundamental
16:00é o resgate daquele quintal produtivo.
16:04E em tempos, às vezes,
16:05de escassez de recursos,
16:06de mudanças climáticas,
16:08de emergências climáticas,
16:09é difícil, às vezes,
16:09produzir as hortaliças convencionais,
16:12ao passo que a gente traz essa alternativa
16:14de ter nos quintais produtivos,
16:17no paisagismo produtivo,
16:19no jardim comestível,
16:21utilizando diversas espécies
16:22de hortaliças punk,
16:23para enriquecer o seu quintal,
16:25produzindo também comida.
16:28A seguir, o giro da safra,
16:29chega à cultura da soja
16:31e percorre o planalto norte-catarinense.
16:35Veja como as equipes avaliam manejo,
16:37produtividade e estimam os números da colheita.
16:41Os detalhes depois do intervalo não saia daí.
16:43A safra de soja 2024-2025 no planalto norte-catarinense
17:02deve alcançar cerca de 806 mil toneladas,
17:07com mais de 165 mil hectares cultivados.
17:12Produtividade média estimada em 81 sacas por hectare.
17:17Os dados fazem parte do levantamento do giro da safra,
17:21iniciativa da EPAGRE e CICOB,
17:24para avaliar o desenvolvimento da cultura.
17:26Nós acompanhamos os técnicos do projeto a campo
17:30e mostramos como o giro funciona na prática.
17:34Acompanhe!
17:34Depois de duas edições do giro da safra na cultura do milho,
17:54chegou a vez das lavouras de soja serem monitoradas
17:57e avaliadas pelo projeto.
18:04Numa iniciativa da EPAGRE em parceria com o CICOB,
18:11o giro da safra percorreu 50 propriedades
18:14em oito municípios para o levantamento.
18:18Para isso, foi escolhida a região que é referência
18:21na produção de soja em Santa Catarina.
18:25Nós estamos no município de Mafra, no planalto norte-catarinense,
18:30região que é a maior produtora de soja do estado.
18:34Para ter ideia, no ano passado foram colhidas 586 mil toneladas
18:39numa área plantada de 171 mil hectares.
18:44O giro da safra vem para avaliar a produtividade das lavouras,
18:48além das características agronômicas e de manejo.
18:52Tudo isso para gerar dados precisos e atualizados
18:55que tanto ajudam a cadeia produtiva.
18:58O giro da safra, o sucesso dele se baseia justamente
19:02nessa aproximação com o setor produtivo.
19:05Nós temos dados que são levantados pelo CEPA
19:09já há 12 anos com acompanhamento da cultura da soja
19:12e agora com essa mensuração a campo,
19:15com dados mais objetivos da medição da produtividade
19:19realmente entrando na lavoura,
19:21não apenas com dados com informação de parceiros,
19:25a gente consegue ajustar as nossas estimativas
19:28e melhorar os nossos dados.
19:30Os nossos dados hoje estão na plataforma do Infoagro,
19:33na plataforma do Observatório,
19:35portanto estão para o mundo.
19:37Então cada vez mais a gente tem que ter cuidado
19:39com o número que a gente está disponibilizando para a sociedade
19:41e o giro da safra vem para isso.
19:44Vem para justamente a gente aproximar nossas estatísticas
19:47subjetivas e objetivas com medições a campo
19:50para cada vez melhorar a informação,
19:53dar uma informação mais precisa para o produtor
19:55e para os tomadores de decisão.
19:58De acordo com os dados do Observatório Agrocatarinense,
20:02ao longo dos últimos 12 anos,
20:04Santa Catarina aumentou em 93% a produção de soja
20:09e 60% a área plantada.
20:13Com o giro, a EPAGRE-CEPA,
20:15o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola,
20:18aprimora seu sistema de monitoramento
20:21com dados mais assertivos.
20:25Ele vem trazer uma informação mais real
20:29do que é a safra.
20:31Quando vocês coletam dados,
20:32é diferente do que estar no escritório
20:36e falar alguma coisa.
20:38Então coletando dados de várias áreas,
20:40vocês chegam a um resultado,
20:42a um equilíbrio,
20:47um equilíbrio, um ponto de equilíbrio,
20:49mais ou menos é o real,
20:51não é um suposto número.
20:55Ano passado nós tivemos uma quebra de safra muito grande,
20:58que vários produtores ficaram pendentes
21:01por causa da quebra.
21:03Eu acho que esse ano vai ser um ano muito bom.
21:07A gente já tem relatos de produtores colhendo muito bem.
21:10A minha expectativa é que se fechar nos 80 sacos por hectare
21:14já está excelente.
21:16A gente colheu um pedaço para baixo aqui,
21:18medimos e fechou em 77 sacos por hectare.
21:20Mas é uma área que estava mais baixa a produção ali.
21:25Então, no geral,
21:26a gente espera nos 80 sacos por hectare.
21:28Eu acredito que já dá para o agricultor
21:31se manter bem no negócio dele.
21:35As equipes foram formadas por extensionistas e pesquisadores da EPAGRE,
21:41engenheiros agrônomos e profissionais do CICOB,
21:44bolsistas do Instituto Federal Catarinense
21:47e técnicos das cooperativas de produção Cooperalfa e Copérdia.
21:52As lavouras amostradas, a gente entra o talhão,
21:57passa toda aquela parte ali de bordadura da soja,
22:00chega numa parte mais homogênea do talhão,
22:03mas para ter aleatoriedade dos dados,
22:05no momento que a gente chega no ponto do talhão,
22:09a gente anda mais cinco fileiras para o lado.
22:12Aí ali sim é o ponto que a gente vai fazer a amostragem.
22:15Nesse ponto, esticamos uma corda que ela tem 15 metros.
22:19Nesses 15 metros são contadas todas as plantas.
22:22E são colhidas três plantas para levar depois para o laboratório.
22:26Além disso, a gente também faz a plantabilidade.
22:29O que é a plantabilidade?
22:31Esticamos a trena em três metros.
22:33E nesses três metros é anotada a posição de cada planta
22:36para saber se teve falha de plantio,
22:39como é que está a distribuição das sementes ao longo da linha de plantio.
22:44Além disso, também a gente estica a trena.
22:48As linhas de plantio estão nesse sentido,
22:50a gente estica no sentido ao contrário,
22:52entre 11 linhas de plantio,
22:55para daí fazer a média e saber qual é o espaçamento entre linhas.
23:01As amostras foram encaminhadas para a estação experimental de canoinhas
23:05para processamento e avaliação.
23:09Além de estimar a safra atual,
23:11essas informações serão utilizadas para sugerir melhorias
23:15nos ciclos posteriores da cultura da soja.
23:19Informações que são coletadas com o giro da safra
23:22vão além da estimativa de produtividade.
23:25Nós estamos avaliando plantabilidade,
23:28espaçamento entre linhas da cultura,
23:30estamos avaliando a questão da sanidade das plantas,
23:34presença ou não de fungos,
23:36estamos avaliando também a possibilidade de doenças fitopatogênicas,
23:41estamos avaliando a cultura anterior,
23:45se há presença ou não de esteva da cultura anterior,
23:50que isso é muito importante
23:51quando a gente fala em conservação de solo e água.
23:54Cada vez mais a cultura tem que ser produzida,
23:57considerando o sistema de produção,
24:00cultura de inverno e cultura de verão.
24:02E, portanto, essa conciliação dos dois
24:04é o sucesso dos produtores
24:06que utilizam as boas práticas agronômicas.
24:08E o SC Agricultura de hoje chega ao fim,
24:29mas os nossos vídeos seguem movimentando o canal
24:32youtube.com.br epagri tv.
24:34As contas oficiais da Epagri também te deixam atualizado
24:38sobre tudo o que é notícia no agronegócio catarinense.
24:43Semana que vem tem mais.
24:44Muito obrigado por estar com a gente.
24:46Tchau!
24:47Tchau!
24:48Música
24:49Música

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