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Transcrição
00:00Bem, hoje com o zootecnista da Quintia Brasil, o Gabriel Vilela Decimone.
00:10Aqui tá meio apagado o telefone, Gabriel, desculpe, tá meio clarinho.
00:15Faltou tinta ali, Decimone.
00:18Bom, bom dia, Gabriel, tudo bem?
00:20Bom dia, Otávio, tudo bom?
00:22Tudo bom.
00:22Nós vamos falar sobre a utilização de enzimas na suinocultura.
00:27E eu tava dando uma olhada aqui no material de pesquisa e eu me lembrei muito do que acontece hoje.
00:35E eu não sei se é uma boa comparação que eu vou fazer.
00:38Mas a gente utiliza alguns produtos, algumas composições, algumas fórmulas hoje pra melhorar a nossa qualidade de vida.
00:46Performance, adquirir massa muscular com a idade através de exercícios.
00:51E algumas formulações ajudam nisso, a reforçar cartilagem, ossos, etc.
00:55Seria alguma coisa...
00:58E isso proporciona que você tenha melhor saúde, mais defesas pra qualquer doença que você possa ter.
01:09Diminui gastos com remédios ou com médicos.
01:15Melhora o aproveitamento do que você tá comendo, fazendo com que o seu corpo aproveite melhor, comendo com qualidade.
01:21É mais ou menos a mesma coisa, tirando as devidas proporções.
01:28Otávio, primeiro gostaria de agradecer aqui a participação ao vivo aqui do Dia a Dia Rural.
01:34Agradeço o convite e tô bem animado pra esse bate-papo, né?
01:38Mas, assim, é parecido, mas não é igual.
01:42Na realidade, as enzimas, elas vão fazer com que haja uma melhor digestibilidade das matérias-primas.
01:51Então, através delas, você vai conseguir utilizar uma matéria-prima alternativa, por exemplo,
01:57no lugar de uma matéria-prima convencional, que tem um custo mais alto.
02:02E, com isso, você vai melhorar o desempenho do animal, ou, pelo menos, manter aquele desempenho com um menor custo.
02:12E, claro, como ela tá melhorando a digestibilidade, a gente sabe que, quando esse animal tá ingerindo mais nutrientes,
02:22tem mais cálcio, mais fósforo, mais minerais disponíveis, isso tudo vai afetar também a saúde desses animais.
02:28Tá. Quer dizer, melhora o trato intestinal dele, a absorção, e dá uma opção de diversidade de produtos.
02:36Às vezes, uma matéria-prima que você vai alimentar, que seria necessária, pode ser trocada por uma outra alternativa,
02:42porque o intestino do suíno tá melhor adaptado pra metabolizar isso.
02:49Desde quando... Isso é probiótico ou não? Ou o probiótico é uma enzima? Não. Não é probiótico? Tá.
02:55Não, não, não. As enzimas, na verdade, elas são compostos que são formados por micro-organismos.
03:03Elas podem ser fúngicas ou bacterianas, depende da enzima.
03:09Elas são subprodutos dessa fermentação desses micro-organismos,
03:14e elas vão fazer a digestão de alguns nutrientes que o nosso organismo, que eu falo do organismo do animal,
03:25e o nosso também como ser humano, não teria enzima para digerir.
03:29Então, assim, o animal, a ave, o suíno e o próprio ser humano, que são animais monogástricos,
03:39eles só têm a enzima ali para a carboidrase, que é a amilase.
03:46Tudo que não é o amido, o animal não consegue digerir.
03:49Então, a gente coloca essas enzimas através da alimentação
03:53para melhorar, de uma forma geral, a digestibilidade da ração como um todo.
04:00Estou com um problema no meu ponto aqui, está com um mau contato.
04:03Agora eu estou ouvindo.
04:04Entendi.
04:05Então, você melhora a digestibilidade, porque ele não é como o bovino.
04:11O bovino tem rumens, são quatro.
04:13Isso, então, o bovino já é diferente, porque o bovino já produz esses micro-organismos,
04:21ele já tem tudo dentro do compartimento dele.
04:24Então, para animais monogástricos, a gente faz essa fermentação fora
04:29e adiciona isso na alimentação.
04:34O humano também é monogástico, porque tem estômago, o suíno também tem,
04:37aves, etc.
04:38E aí você tem uma...
04:42Como é a utilização disso?
04:44Você vai utilizar isso preventivamente antes, já preparando o animal
04:48para uma possível necessidade de troca do produto?
04:52E você começa a fazer isso cedo, desde que o leitãozinho nasceu,
04:56já começa a se alimentar, para que ele tenha isso já predisposto no seu organismo
05:02para aproveitar melhor na hora que tiver a oportunidade?
05:06Como é que é o manejo dessa técnica?
05:10Então, na realidade, essa ferramenta que é a utilização de enzimas na alimentação animal,
05:18eu sempre gosto de trabalhar com blends enzimáticos.
05:22O que são esses blends enzimáticos?
05:24São associações de diferentes enzimas que vão ser adicionadas à dieta desses animais
05:31com o propósito de melhorar a digestibilidade.
05:36A gente sabe que, dependendo da fase, por exemplo, um suíno na fase inicial dele,
05:43ele tem pouca ação da protease.
05:47Então, nós adicionamos uma protease nas dietas iniciais,
05:52e isso favorece a digestibilidade desses nutrientes, que é a proteína.
05:59E aí, a gente levando isso mais adiante, por exemplo, a gente sabe também que
06:05quanto mais velho o animal fica, ele vai necessitando de mais energia.
06:12Ele necessitando de mais energia, a gente pode trabalhar aí com uma xilanase, por exemplo,
06:17que vai disponibilizar essa energia dos ingredientes, como o milho.
06:23Vai quebrar esses arabinochilanos e vai disponibilizar a energia.
06:28Então, assim, esse blend enzimático, ele deve ser trabalhado desde o início até o final.
06:35Claro, respeitando, a gente sabe que a enzima é dependente do substrato.
06:40Então, a gente tem que sempre respeitar a quantidade de substrato na dieta
06:45para saber a quantidade e qual enzima nós vamos colocar.
06:49Então, depende da fase em que o suíno está.
06:53Trazendo para o lado humano, é mais ou menos nós.
06:56Quando tomamos complementos vitamínicos, eles têm uma formulação quando a gente é mais jovem,
07:01porque a gente não precisa de tanta coisa.
07:03Com o passar do tempo, a formulação muda.
07:05Então, é por isso que você tem os vários tipos de blends.
07:08Uma para cada...
07:09Blends de enzimas, no caso aí, que vocês utilizam para suíno.
07:12Uma para cada uma das fases.
07:14Isso pode ser usado aleatoriamente ou precisa de um conhecimento técnico,
07:19de um acompanhamento técnico?
07:20Como é que é?
07:21Porque os animais são praticamente os mesmos, mas não são os mesmos.
07:27É mais ou menos como o ser humano.
07:28O comportamento é um, mas cada um é um.
07:31Como é que é a utilização disso?
07:35Sim, é muito importante ter o acompanhamento técnico,
07:39porque esse blend enzimático, como eu falei, vai variar de acordo com a formulação da dieta.
07:49Tem ingredientes que são mais ricos em xilanos, no caso, por exemplo, o milho, o farelo de soja também.
07:56Tem alguns ingredientes que são ricos em xilanos, em galactosidase, por exemplo, que é o caso do farelo de soja.
08:09Alguns ricos também em fitato, que é o caso do milho e farelo de soja também.
08:15Tem o próprio DDGS como ingrediente alternativo.
08:19Então, tudo vai depender da quantidade que esses ingredientes estão entrando na dieta.
08:26E aí a gente faz o blend de acordo com aquele substrato que está disponível.
08:33E para a gente terminar, se você começa a fazer isso desde cedo num animal,
08:39já nos primeiros tempos de vida dele, já adaptando-o,
08:42você deve fazer isso durante toda a vida dele ou você pode interromper ou não?
08:48E se você interromper, tem alguma consequência?
08:50Como é que é essa fisiologia toda?
08:54Como essa adição de enzimas visa a redução de custo?
08:58Porque quando você melhora a digestibilidade, você precisa de menos ingrediente
09:04ou que o animal consuma menos ração para ter todo aquele aporte digestivo que ele precisa.
09:12Então, quando você retira as enzimas, você automaticamente vai aumentar o seu custo de produção.
09:20Então, por isso que é muito importante a gente levar do início ao fim a utilização dessas enzimas.
09:28E aí, só para fechar, a relação custo-benefício é boa.
09:34Me dá um exemplo, por exemplo, de crescimento, de engorda,
09:39quando você usa as enzimas ou quando você não usa as enzimas?
09:44Sim.
09:45Olha, a questão do resultado econômico, do benefício econômico vai depender muito da formulação.
09:54Então, nós estamos trabalhando só com uma ração convencional à base de milho e farelo de soja, por exemplo,
10:02a gente consegue fazer uma redução de custo.
10:07Só que nesse caso nós vamos conseguir principalmente um resultado zootécnico melhor.
10:13Mas quando a gente passa a utilizar um ingrediente alternativo no lugar do farelo de soja, por exemplo,
10:21que seja um DDGS ou no lugar do milho, você passa a utilizar um farelo de arroz, um farelo de trigo,
10:28você consegue reduzir o custo, porque está entrando uma fonte mais barata,
10:32adiciona a enzima e mantém o resultado.
10:38Agora, para a gente saber o quanto, vai depender de cada formulação.
10:45Muito bom, Gabriel.
10:47Obrigado pela participação, muito boa a sua explicação.
10:50E eu sei que muita gente vai querer saber mais sobre o assunto.
10:53Deixa um endereço de internet aí para a gente.
10:57Obrigado, gostaria de agradecer novamente, Otávio, pelo espaço aqui.
11:01Foi um prazer compartilhar com vocês um pouco da minha experiência
11:04e falar de um tema tão importante assim.
11:08E quem quiser entrar em contato, o meu e-mail é gabriel.de Simone, arroba kintia.com.
11:15E é isso, um abraço a todos os telespectadores e até a próxima.
11:20Até a próxima.
11:21E feliz Páscoa, para você e para todo mundo.
11:24Para vocês também.
11:24Estamos na Semana Santa aí.
11:26Abraço, Gabriel. Muito obrigado.
11:28Obrigado.

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