O secretário adjunto da SEAPI/RS, Márcio Madalena, afirmou que o foco de gripe aviária em Monte Negro foi controlado com abate e desinfecção. Em entrevista, ele explicou os protocolos adotados, os impactos no setor avícola e reforçou que não há risco no consumo de carne de frango e ovos.
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NotíciasTranscrição
00:00Repito a saudação, Márcio. Obrigado mais uma vez por ter atendido o nosso pedido aqui para conversarmos.
00:05Nessa conversa que é fundamental para esclarecimentos, principalmente para o investidor, para o consumidor.
00:13Então, o que o senhor pode atualizar para nós sobre as últimas 24 horas na área em que foi detectado esse foco de gripe aviária?
00:24Boa noite mais uma vez, Márcio.
00:26Boa noite, Marcelo. Boa noite a todos que nos acompanham.
00:28Bom, vamos fazer então essa retrospectiva das últimas 24 horas.
00:33No dia de ontem, após a confirmação oficial do foco, a nossa equipe da Secretaria da Agricultura já se dirigiu à propriedade em Monte Negro.
00:41Essa propriedade que, como todos já sabem, é uma propriedade de genética, uma granja de matrizeiras, ou seja, produz ovos férteis.
00:49Nessa granja, com mais de 17 mil animais, nós encontramos mais da metade desse lote já havia sido morto, em função da doença.
01:02Nós realizamos o abate sanitário do restante dos animais.
01:05A partir daí, iniciamos a desinfecção dessa granja, já na tarde de ontem, no início da tarde de ontem.
01:12E hoje, nós fomos a campo de manhã para iniciar o trabalho de verificação nas propriedades num raio de 3 e mais 7 quilômetros.
01:20Ou seja, iniciamos o trabalho de visitação em loco nas propriedades num raio de 10 quilômetros dessa granja.
01:26E nesse momento em que nós estamos conversando aqui, a nossa equipe já está retornando de campo.
01:32Conversei há pouco com a nossa diretora do Departamento de Defesa Sanitária Animal.
01:36E já temos aí uma prévia de que visitamos mais de 10% das propriedades do raio de 10 quilômetros.
01:42E já encerramos a visitação no raio de 3 quilômetros.
01:46Então, assim, já temos uma boa varredura do local.
01:50A situação mantém-se sobre controle.
01:54Não temos motivo para pânico.
01:57É muito importante esclarecer isso para a população.
02:00E gostaria também de deixar muito claro que, apesar de ser uma situação extremamente delicada do ponto de vista de mercado, principalmente,
02:07e do ponto de vista sanitário, nós não fomos pegos de surpresa.
02:12Em 2023, nós já trabalhamos com influenza em aves silvestres.
02:16Em 2024, tivemos Newcastle e, no início desse ano, nós já estávamos nos preparando para o mês de maio.
02:24Porque sabíamos que, no mês de maio, nós temos aqui o cruzamento das aves migratórias que descem do norte do nosso continente,
02:33pelo Pacífico, passam pelo Uruguai e sobem pela nossa costa brasileira.
02:39Então, nós estávamos atentos para a questão de sinais clínicos, sinais clínicos de síndromes respiratórias nervosas, no caso influenza.
02:49E identificamos.
02:51Nossa equipe de campo identificou uma suspeita em Montenegro que acabou se confirmando.
02:55Márcio, a gente tem tratado minuto a minuto desse caso, até porque o nosso canal tem um DNA de negócio muito importante.
03:02Antes da gente esclarecer também essas barreiras sanitárias, eu acho também fundamental nós esclarecermos,
03:11é uma informação que nós estamos repetindo desde ontem, não há risco para consumo humano, correto?
03:17Zero risco. Zero risco. Zero risco para o consumo de carne, de frango e de ovos.
03:23Importante esclarecer isso nesse momento em que nós realizamos descarte de animais contaminados da granja
03:30e descarte de ovos por se tratarem de ovos férteis, de uma granja de reprodução.
03:36Não era uma granja produtora de ovos com fins de alimentação humana.
03:40Ovos e carne de frango estão liberados para consumo no país todo.
03:45Nós temos plena confiança no nosso sistema produtivo e não há nenhuma restrição em relação a isso.
03:50Perfeito.
03:50Muito importante frisar sempre.
03:52Márcio, agora falando sobre esses protocolos de cuidados fitossanitários,
03:57como você descreveu, inclusive ontem na nossa programação colocamos até um mapa,
04:02Montenegro, se não me falha a memória, está a 60 quilômetros aproximadamente da capital Porto Alegre
04:07e há uma região ali de municípios vizinhos em que essa atividade de produção aviária é muito forte.
04:16Você descreveu que há uma primeira barreira de 3 quilômetros, depois um outro círculo expandido de 7 quilômetros.
04:23Até ontem tínhamos a informação que havia 6 pontos para fazer essa circunferência,
04:32somando um raio de 10 quilômetros, mas são centenas de granjas que tem ali dezenas de milhares de aves.
04:41Existe um risco, quer dizer, por mais que o cerco seja muito bem planejado, talvez há pontos porosos.
04:49Onde que eu quero chegar com essa pergunta?
04:51Por quanto tempo existe essa atenção?
04:53É algo que é possível mitigar nas 24 horas, 48, ainda precisa de uma semana, um mês de atenção?
05:03Bom, essa pergunta é muito interessante.
05:06Por que existe um raio de 3 quilômetros, depois mais um raio de 7 que fecha os 10?
05:11Por óbvio, esse perifoco de 3 quilômetros está mais próximo da região onde tem a confirmação de circulação viral.
05:18Então, nós fazemos essa visita nos 3 quilômetros, repetimos uma revisita nessas propriedades em 3 dias,
05:26e naquelas propriedades que estão no raio dos 7 quilômetros, que completam os 10, a revisita se dará em uma semana.
05:33Então, na verdade, não existe um tempo fixo para a realização das visitas.
05:38Existe um protocolo que garante que nós faremos duas visitas nas propriedades circunvizinhas do foco,
05:45para que nós possamos ter certeza que não há animais com sintoma clínico após a desinfecção da área confirmada.
05:53Esse protocolo é que nos guia para um processo, então, de encerramento do foco.
06:00É importante dizer que nós trabalhamos no Rio Grande do Sul já há um certo tempo
06:04com uma tecnologia para se trabalhar em foco de doença,
06:08que nós acabamos utilizando, terminando de aprimorar ela no TAIM, no caso da influenza,
06:14e utilizamos ela já por completo, no caso de Newcastle, ano passado.
06:19Isso nos permitiu, em pouco mais de uma semana, em torno de 10 dias, se não me engano,
06:24fazer todas as visitas no raio de 10 quilômetros.
06:27Ou seja, nós temos condições, além de uma equipe técnica qualificada,
06:32nos valemos de sistemas tecnológicos que nos permitem, inclusive,
06:37que um colega que está no campo, um colega médico veterinário que está a campo,
06:40possa já mandar informação para a nossa sede, que vai computando quais propriedades
06:45foram visitadas, se houve animal com sintoma identificado, se é necessário
06:50se fazer coleta de material e envio para laboratório.
06:53E isso nos dá uma celeridade muito importante.
06:56E, claro, uma celeridade sem perder a qualidade técnica do serviço.
07:01Isso não era possível de ser feito alguns anos ou décadas atrás,
07:04quando se trabalhava sem geolocalização, aliás, sem georreferenciamento,
07:10sem uma tecnologia que permitisse envio de dados de um profissional
07:13para uma base de controle.
07:16E eu gosto sempre de frisar isso, porque os nossos protocolos sanitários,
07:21eles vêm evoluindo nos últimos anos, os nossos acordos internacionais,
07:26trazendo uma certa flexibilização dos países importadores,
07:30que alguns restringem país inteiro, outros estados, outros consideram
07:34um raio de 10 quilômetros.
07:35E essa flexibilização existe porque existe um avanço de estratégia
07:39e de tecnologia no combate às doenças.
07:42Não é uma flexibilização irresponsável.
07:44Por isso que nós defendemos.
07:46A regionalização, os embargos regionalizados,
07:50têm, sim, uma lógica técnica fundamentada.
07:53Nós, hoje, podemos dizer que nesse raio de 10 quilômetros
07:58teremos nos próximos dias aí na mão a questão do controle da doença.
08:02Estamos extremamente atentos em toda a área do Rio Grande do Sul.
08:06Gostaria, inclusive, de salientar que no primeiro trimestre deste ano
08:10nós realizamos o primeiro Fórum Estadual de Biosseguridade Avícola,
08:14com uma ênfase muito grande em influenza em Newcastle,
08:18porque nós sabíamos que existiu uma possibilidade
08:21de termos uma carga viral no nosso estado
08:25em função da questão das aves migratórias.
08:27Então, volto a frisar.
08:29É delicado, estamos trabalhando com muita seriedade,
08:31com muita técnica, mas não fomos pegos de surpresa.
08:35E se me permite, inclusive, Marcelo,
08:37eu tenho dito isso em todas as entrevistas.
08:39Nós sequer realizamos convocações de profissionais
08:42para trabalharem no Foco ontem.
08:44Assim que foi confirmado, 111 veterinários e técnicos agrícolas
08:49do nosso serviço se colocaram à disposição para atuar no Foco.
08:52Excelente.
08:53Márcio, agora, olhando para o produtor,
08:56claro, olhando o mapa daquela região de Montenegro,
09:00tendo a cidade de Montenegro como epicentro,
09:02sabemos e vimos com riqueza de detalhes que é uma região,
09:06repito, muito rica na produção de aves.
09:10E há diferentes tamanhos desses produtores.
09:13Uns mais robustos, outros de menor e médio porte.
09:18A gente entende que esses de menor e médio porte
09:21vão ser mais impactados,
09:23porque tem um colchão financeiro menor.
09:28Existe já um plano do governo do Rio Grande do Sul
09:31para um auxílio a este pequeno e médio produtor,
09:35mais o pequeno, claro,
09:36que vai ser fortemente impactado,
09:39porque se China, União Europeia,
09:41agora México, Uruguai, Argentina,
09:43não retirarem essas barreiras,
09:45talvez por dois meses,
09:47vai haver um impacto gigantesco
09:49naquele que vive da produção,
09:51mas a curto prazo.
09:55Bom, primeiro, em relação a esse ponto
09:57dos perfis de produtores,
09:58é importante se dizer que o trabalho sanitário
10:01é feito em todas as propriedades.
10:03Eu gostaria de salientar isso,
10:05porque, por óbvio,
10:06não visitamos só granjas de produtores integrados
10:08ou cooperados.
10:10Inclusive, propriedades de subsistência
10:12são visitadas,
10:13porque, por óbvio,
10:14existe o risco de contaminação.
10:16Em relação a propriedades
10:18que possam ser afetadas
10:19do ponto de vista sanitário,
10:21com relação à perda,
10:22ou seja, sacrifício de animais.
10:24Nós temos um fundo de defesa sanitária animal
10:27no estado do Rio Grande do Sul,
10:27que é um fundo privado,
10:29mas que trabalha com convênio,
10:31com acordo de cooperação com a nossa Secretaria,
10:33e esse fundo vai indenizar aqueles produtores
10:35que, por ventura,
10:38têm os seus animais sacrificados
10:39ou atingidos pela doença.
10:40Do ponto de vista de restrição de mercado,
10:43muito importante colocar, Marcelo,
10:44até pelo perfil da avicultura.
10:47A avicultura,
10:48mesmo a avicultura de grande porte,
10:50as grandes indústrias,
10:51sejam cooperativas ou indústrias convencionais,
10:54trabalham numa lógica de integração,
10:56basicamente,
10:57com pequena propriedade rural.
10:59Uma característica não só nossa do Rio Grande do Sul,
11:01mas os nossos vizinhos também,
11:03de Santa Catarina e do Paraná.
11:05A restrição de mercado, sim,
11:06nos preocupa muito,
11:07porque nós temos, principalmente,
11:09algumas empresas médias, inclusive,
11:12que têm um foco na exportação muito forte.
11:15E esse redirecionamento de produção
11:17para o mercado interno,
11:19por óbvio, não é algo muito simples.
11:21Então, nós estamos estudando algumas alternativas,
11:25estamos, neste momento,
11:26trabalhando na questão de comunicação
11:28para enfatizar a questão da segurança no consumo,
11:31isso é fundamental,
11:32ou seja,
11:33porque, além da restrição do mercado externo,
11:35uma baixa no consumo interno
11:36é prejudicial por demais a questão da cadeia.
11:39Mas, em relação ao mercado,
11:41o nosso foco hoje,
11:43a nossa determinação,
11:43está sendo em passar segurança
11:45aos parceiros internacionais.
11:47Estamos à disposição,
11:49inclusive, de embaixadas,
11:51de todos os serviços de consulado,
11:53os colegas do Ministério,
11:54e, por óbvio, fazem essa frente
11:56de forma institucional,
11:58mas nós temos convicção
11:59que temos condições de demonstrar
12:01com muita transparência
12:02a eficiência da nossa defesa sanitária animal,
12:05para que a restrição de mercado
12:07possa ser a menor possível.
12:10Ou seja,
12:11se todas as restrições
12:12fossem regionalizadas
12:14nas questões dos raios,
12:16nós teríamos, sim,
12:17um reposicionamento
12:18de produção muito mais rápido
12:20para colocar a nossa produção.
12:22Agora, sim,
12:23a restrição de mercado
12:24do Estado todo
12:25atinge em cheio
12:27a nossa cadeia produtiva.
12:28Não é simples de resolver
12:30no curto período,
12:31como tu colocaste,
12:3260, 90 dias
12:33sem exportar
12:34para um grande parceiro comercial,
12:36é algo que acaba
12:37não sendo suprido
12:38por um plano B de emergência,
12:40porque nós estamos falando
12:41em muito volume
12:42de carne enviada
12:44a esses países.
12:46O que nós estamos observando
12:47é que alguns parceiros
12:48importantes aqui do Rio Grande do Sul
12:49estão sinalizando
12:52a questão de restrição
12:53do embargo.
12:55Ou seja,
12:55mesmo o acordo
12:56sendo do ponto de vista nacional,
13:00nós observamos já na Newcastle
13:01que alguns parceiros
13:02como a China, por exemplo,
13:03manteve a restrição
13:04ao Rio Grande do Sul.
13:06Isso é muito em função
13:07desse capital
13:08que nós temos
13:09de uma defesa sanitária eficiente.
13:11Nós esperamos
13:12poder demonstrar isso
13:13com muita clareza
13:14nesse caso de influenza
13:15para que os acordos
13:16internacionais
13:17possam ser flexibilizados.
13:19e volto a frisar,
13:21flexibilizados,
13:22baseados na eficiência
13:23da atuação no foco.
13:25Márcio Madalena,
13:27que é secretário
13:29da...
13:30Ele é secretário adjunto
13:32da Secretaria da Agricultura,
13:34Pecuária,
13:35Produção Sustentável e Irrigação
13:37do Rio Grande do Sul.
13:39Eu repito os meus agradecimentos,
13:40Márcio,
13:41obrigado por ter nos atendido
13:42aqui no sábado.
13:43Esse esclarecimento
13:44que você prestou,
13:45ele foi fundamental,
13:46seja para o investidor,
13:47seja para o consumidor.
13:48Então,
13:49todo mundo aqui
13:51bem balizado
13:52com as informações
13:53corretas e oficiais
13:54vindas aí
13:55de um integrante
13:56do governo do Rio Grande do Sul.
13:58Tenho certeza
13:58que nós vamos nos falar
13:59em breve aí
14:00porque esse assunto
14:01ainda vai render bastante.
14:03Obrigado mais uma vez,
14:04bom restinho de sábado
14:05para você.
14:06para você.
14:06Obrigado.
14:07Obrigado.