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O real foi a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar em 2025, segundo um estudo que analisou 118 países. Além disso, uma possível guerra comercial após conflitos tarifários entre os Estados Unidos e
a China pode beneficiar exportadores de commodities e, assim, aliviar pressões inflacionárias em países como o Brasil.

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Transcrição
00:00O real brasileiro se destacou como a quarta moeda que mais se valorizou frente ao dólar,
00:05impulsionado por fatores como aumento da taxa Selic, crescimento das exportações
00:09e a entrada de investimentos estrangeiros.
00:11Esse desempenho positivo reflete a confiança dos investidores, ou refleteria,
00:16na economia brasileira e contribui também para a redução da inflação,
00:20fortalecimento do poder de compra no país.
00:22Vamos chamar a Valéria Luizete, que vai trazer os detalhes.
00:25Daqui a pouco a gente analisa com os nossos amigos aqui.
00:28Fala, Valéria, bem-vinda.
00:30Boa tarde, Evandra, a todos que nos acompanham.
00:34Pois é, esse levantamento foi trazido por uma agência classificadora de riscos,
00:40a Olsen Rating, que mostrou que apenas três moedas em todo o mundo tiveram, então,
00:45um desempenho melhor do que o real frente ao dólar.
00:49Foram elas rublo russo, CD de Gana e também a coroa sueca.
00:54Nós conversamos, inclusive, com o Alex Agostini, que é economista-chefe
00:58dessa empresa que fez esse levantamento a partir de dados do Banco Central.
01:03E ele respondeu para a gente que quatro fatores influenciaram principalmente
01:08a esse bom desempenho do real frente ao dólar.
01:11O primeiro deles, o risco externo menor.
01:13O FED, o Banco Central dos Estados Unidos,
01:16manteve os juros elevados depois de três reuniões consecutivas,
01:19mas o índice de preços ao consumidor dentro do país veio abaixo do esperado.
01:25E, com isso, tem gerado uma expectativa de corte nos juros americanos,
01:30o que acaba favorecendo o investimento em países emergentes, como é o caso do Brasil.
01:35O segundo ponto que ele demonstrou para a gente foi a trégua comercial entre os Estados Unidos e a China,
01:41que aconteceu agora no dia 12, reduzindo as tarifas bilaterais entre os países por pelo menos 90 dias.
01:47E a medida acabou sendo muito bem recebida pelos mercados
01:50e acabou contribuindo aí para uma valorização de outras moedas para além do dólar.
01:56O terceiro ponto foi o risco fiscal brasileiro, que tem sido um pouco menor.
02:02Apesar das expectativas, os resultados fiscais recentes foram melhores do que estava sendo esperado
02:10e isso acabou aumentando a confiança nos investidores,
02:13mesmo com os desafios que a gente ainda tem com a prestação de contas públicas.
02:18E o quarto fator seria o diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos.
02:23A última reunião do Copom bateu o martelo aqui numa Selic de 14,75% ao ano no Brasil,
02:30o que está bem acima da faixa de 4,25%, 4,5% nos Estados Unidos,
02:36o que também acaba atraindo mais investidores, com maior risco,
02:40mas acaba atraindo mais investidores aqui para o Brasil, Evandro.
02:43Obrigado pelas informações, viu?
02:45Valéria, um abraço para você.
02:46Daqui a pouco eu trago os dados aqui que a gente preparou uma ilustração.
02:49Antes eu quero contar também que economistas consultados pelo Banco Central
02:52disseram que a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos pode aliviar a inflação no Brasil,
02:58especialmente por meio do aumento nas exportações de commodities para a China.
03:02Commodities como soja, milho,
03:04que está tentando substituir os produtos que importava dos Estados Unidos
03:09pelo fornecido ou pelos fornecidos por outros países.
03:13Vamos então com a Danúbia Braga, que vai explicar um pouquinho dessa história para a gente agora.
03:17Bem-vinda, Danúbia. Boa noite.
03:20Olha só, Evandro, boa noite para você, boa noite a todos.
03:24De acordo, então, com uma pesquisa realizada com diversos economistas,
03:28em torno de 127 economistas,
03:31eles não conseguiram chegar num consenso a respeito, então,
03:36sobre a importância disso.
03:38Isso porque 63% acreditam que o impacto líquido seja desinflacionário no país.
03:4323% acreditam numa neutralidade.
03:46Já 14% acreditam que a guerra comercial vai fazer com que a inflação suba aqui no Brasil.
03:54Essas respostas desse levantamento foram enviadas no dia 25 para o Banco Central,
04:00ou seja, antes do acordo comercial entre Estados Unidos e China.
04:05E aí, serviram, então, de subsídio justamente para a ata do Copom,
04:09que na última decisão elevou, então, para 14,75% ao ano a taxa Selic,
04:16o maior patamar dos últimos 20 anos.
04:19No último encontro, então, do Copom,
04:22ele incluiu no seu balanço de riscos entre vetores que puxariam ali os preços para baixo
04:27a chance, então, de queda nos preços de commodities.
04:32Cenário que agora fica mais incerto depois, justamente,
04:36desse acordo comercial entre China e Estados Unidos.
04:40Volto com você, Ivan.
04:41Valeu, Danúbia.
04:42Agora, para a gente arrematar nossa conversa,
04:44eu vou trazer aqui um pouquinho daquela valorização das moedas em relação ao dólar.
04:47O real ficou entre as principais moedas que mais valorizaram agora nos últimos dias.
04:52Nós preparamos uma ilustração para você entender essa sequência.
04:55Dentre as moedas que mais valorizaram em relação ao dólar,
04:58nós temos, em primeiro lugar, a moeda russa, com 34,2%,
05:03a variação do ano até o dia 13, agora, de maio,
05:07a moeda de Gana, com 16,6%,
05:09aí vem a coroa sueca, com 13,5%,
05:12o real brasileiro, com 10,1%,
05:14a coroa norueguesa, com 9,8%,
05:17e a moeda da Hungria, com 9,5%,
05:21na variação, agora, até 13 de maio.
05:23Por que que isso acontece?
05:25Gani, como que a gente deve avaliar o Brasil em quarto lugar?
05:30Olha só, basicamente, por fatores externos.
05:33Então, a taxa de juros no Brasil está muito atrativa,
05:37a Selic está em 14,75% ao ano,
05:41enquanto lá nos Estados Unidos,
05:42a taxa fica no intervalo de 4,25% a 4,5%.
05:45E há uma perspectiva de queda,
05:48porque os índices de inflação têm vindo,
05:50pelo menos o último, abaixo do esperado.
05:53Então, o FED cogita em reduzir a taxa de juros.
05:58Então, aumentou o diferencial de taxas de juros
06:01entre o Brasil e os Estados Unidos.
06:04Em outras palavras, a renda fixa brasileira
06:06se torna muito atrativa,
06:09numa operação que a gente chama de carry trade.
06:11Então, o estrangeiro vem para cá,
06:13compra reais, ou seja,
06:15aumenta a demanda por real,
06:16o real se valoriza perante o dólar.
06:19Esse é o primeiro fator.
06:20O segundo fator seria uma percepção dos investidores
06:25que, nessa guerra tarifária,
06:27o Brasil seria menos atingido.
06:29Primeiro, porque ele recebeu a tarifa mínima dos Estados Unidos.
06:33Segundo, que ele exportaria mais para a China.
06:37Então, ele é menos atingido pelos Estados Unidos
06:39e, por outro lado, aumenta as exportações para a China.
06:42Se ele vende mais para a China
06:44e o dólar continua sendo a reserva global,
06:47a principal moeda comercial nas transações econômicas,
06:51ou seja, entra muito o dólar,
06:53aumenta o fluxo de dólares aqui para o Brasil,
06:57portanto, isso também acaba valorizando o real perante o dólar.
07:01O mercado age, Evandro, se antecipando a movimentos.
07:05Então, ele se antecipou a esses dois movimentos que eu falei.
07:08Agora, em relação à questão fiscal,
07:11eu discordo um pouco da consultoria,
07:12porque eu não vi essa melhora do ponto de vista fiscal.
07:15Agora, se a gente tiver uma grande melhora do ponto de vista fiscal,
07:20aí há possibilidade do real se valorizar ainda mais
07:25e cair mais perante o dólar.
07:27Nessa lista de valorizações em relação ao dólar,
07:30temos mais.
07:31Em sétimo lugar, Marrocos,
07:32a Polônia em oitavo,
07:33seguida de República Tcheca,
07:35depois Suíça,
07:36a Zona do Euro e também Reino Unido
07:38já ficaram um pouco mais abaixo.
07:40Em décimo segundo, a Zona do Euro
07:41e, no caso do Reino Unido,
07:43que é a Libra Esterlina,
07:44em vigésimo segundo lugar, com 6,1.
07:46Piperno?
07:48Tem tudo isso que o Alan falou
07:49e é óbvio que o Brasil,
07:51no caso da guerra tarifária,
07:54eu acho que o Brasil ficou bem posicionado.
07:57E o Brasil tenta todo dia ampliar mercado,
08:01isso é muito importante,
08:02novas exportações e investimentos estão sendo anunciados.
08:06Se há investimentos aqui,
08:08é sinal que o Brasil ainda provoca,
08:10no mínimo, alguma confiança por parte desses investidores.
08:14Isso também se reflete na Bolsa,
08:16que bateu o recorde nessa semana,
08:18139 mil pontos e tal.
08:20Agora, também mostra o grande movimento especulativo
08:26do qual o Brasil foi vítima no final do ano passado,
08:29quando ocorreu aquela disparada
08:31sem nenhum lastro no mundo real.
08:34Não, não, não, não.
08:35Teve lastro, sim, no mundo real.
08:37A disparada, Fábio Piperno,
08:39para refrescar a sua memória,
08:41ocorreu justamente com o pacotinho fiscal.
08:43Quando veio o pacotinho de figurinha lá,
08:45o pacotinho fiscal.
08:46A hora que abriu o pacotinho fiscal,
08:49aí tiraram uma figurinha.
08:51Qual que era a figurinha?
08:52A isenção do imposto de renda.
08:54E aquilo gerou...
08:55Ah, mas o mercado se antecipa.
08:58Aí, falou,
09:00da onde que vai vir o dinheiro
09:01para ter isenção do imposto de renda?
09:02Aí o dólar disparou.
09:03O mercado, ele não tem lado,
09:05não é esquerda, direita,
09:06ele age racionalmente.
09:07O mercado...
09:08Sabe o pacotinho de figurinha?
09:09Você sabe que o mercado está parecendo grávida
09:11de 13, 14 meses, né?
09:13Nossa Senhora.
09:13Fala, Segre.
09:15Eu estava vendo o tempo
09:16que ficava disponível para comentar.
09:18O dólar era um ambiente transável,
09:20dependendo da oferta e da procura.
09:21Finais do ano passado,
09:23o dólar fechou 6,19.
09:26Desvalorização,
09:26respeito de 31 de dezembro de 2023,
09:3027,8%.
09:32Agora estamos comemorando,
09:33está certo, é do jogo.
09:35Melhorou 10%,
09:36é 9,50 e pouco por cento.
09:39Mas mesmo assim,
09:40por que que é isso?
09:40E nós alertamos sobre isso
09:42no final do ano passado,
09:43no 3 em 1.
09:44Quando mencionamos,
09:45a partir do mês de fevereiro,
09:46quando comece a aumentar de novo
09:48a taxa de juros selic,
09:49vai acontecer o que Alan
09:50perfeitamente indicou.
09:51Chama carry trade.
09:52Vem o americano,
09:53tem 200 dólares,
09:55coloca 100 dólares nos Estados Unidos,
09:57no final do ano,
09:5712 meses,
09:58vai ter 104 dólares.
10:00Menos a inflação,
10:01vai ter o que ele
10:02vai ganhar realmente.
10:03Aí chegou esses 100 dólares,
10:05trouxe para aqui,
10:06vendeu a 6,19,
10:08final do ano,
10:10colocou em taxa de juros,
10:12aumenta a oferta de dólares,
10:13diminui a cotização em relação ao real,
10:16ele vai ter 114,
10:18equivalente, né?
10:20Mais a diferença de câmbio,
10:21é um negócio fechadíssimo.
10:23E por que que isso acontece também?
10:25Porque vem muito dólar de fora para isso.
10:27O problema é que em algum momento,
10:28esse dólar que chegou,
10:30volta a sair,
10:31porque não é direto,
10:32não é investimento direto do exterior.
10:34Mesmo assim,
10:35investimentos direto do exterior
10:36formam parte da oferta.
10:38E superávit da balança comercial
10:40também faz parte da oferta.
10:42Então, não é uma questão de que,
10:43aleluia,
10:44que coisa boa fez o governo
10:46para que isso aconteça.
10:47É simplesmente questão internacional
10:49e de especulação.
10:49Mesmo que o PIP não não goste.

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