"Isso não quer dizer que nós venhamos apoiar as falhas, patrocinar os erros, nada disso", frisou o docente durante a coluna Diário Educação, no programa Olho Vivo.
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00:00Diário Educação, o professor Ivo Lavô fala hoje sobre a importância da comunicação eficaz entre pais e filhos.
00:09Professor Ivo Lavô, seja bem-vindo aqui ao programa, boa tarde.
00:15Muito boa tarde, Neto, boa tarde a todos do programa Olho Vivo.
00:20Muito obrigado por esse espaço que a gente pode aqui traçar algumas questões relacionadas à educação.
00:30Ultimamente eu tenho me dedicado muito a essa pauta da educação dos pais com os filhos, por eu entender,
00:39inclusive eu estou lançando um livro chamado Pedagogia Única,
00:43que ele traça exatamente essa relação existente entre a educação que se acontece em casa e a educação que se processa na escola.
00:54Há uma necessidade de não descontinuidade do que se faz na escola.
01:00E a não descontinuidade do processo formativo, de forma assertiva, intencional, como é a escola,
01:07para que ele aconteça de fato, há uma necessidade de uma comunicação mais eficaz dos pais com os filhos.
01:15E aqui eu vou traçar algumas estratégias que podem ser adotadas pelos pais com os filhos.
01:23Veja só, nós poderemos educar os nossos filhos motivando, fortalecendo e nunca com uma comunicação negativa.
01:35Então, a comunicação, ela deve ser sempre positiva.
01:41Isso não quer dizer que nós venhamos apoiar as falhas, que nós venhamos patrocinar os erros, nada disso.
01:50Vou dar algumas dicas aqui para vocês.
01:54Diante de uma dificuldade dos filhos, vocês devem demonstrar a seguinte frase.
02:00Eu confio em você, mesmo que naquele momento seja um momento em que a criança esteja dizendo uma mentira, tá certo?
02:10Porque você fazendo isso, você fortalece a autoconfiança e a responsabilidade da criança.
02:18Quando a criança errar, você corrige, mas é importante você dizer, o erro faz parte do aprendizado.
02:25Então, você vai dizer para a criança, está errado, mas isso faz parte da vida.
02:31Vamos recomeçar e vamos fazer de novo e diferente.
02:36Quando a criança não conseguir fazer algumas tarefas, você pode...
02:42Muitos pais pensam, ah, mas eu já fiz de tudo.
02:45E naquele desespero tem uma linguagem negativa diante dessa situação.
02:50O importante é você dizer que a criança é capaz e que ela só precisa tentar de novo.
02:57E você deve se manifestar que está ali à disposição para ajudar,
03:03mas você deve ressaltar que há uma necessidade da criança fazer a parte dela.
03:10Quando você estiver educando o seu filho com relação à identidade, com relação à autoestima,
03:19você deve dizer para a criança, você é importante, você tem valor.
03:26Quantas e quantas vezes eu já tenho presenciado pais dizerem assim,
03:30eu não sei mais o que fazer com essa criança, eu não sei mais o que fazer com você,
03:34você é teimoso, você é isso, é aquilo.
03:38Então, essa linguagem, além de não ajudar a criança,
03:43ainda pode reforçar o comportamento negativo que ela estiver desenvolvendo.
03:49Outra coisa que a gente poderia também contribuir com os nossos filhos,
03:54você não é o que faz, é alguém que pode melhorar o que faz.
04:01Ou seja, muitas vezes as crianças fazem algumas coisas que são muito desalinhadas, né?
04:07E aquele fazer é, ah, você é corrupto, você é negligente.
04:13Não, você teve negligência, você mentiu, mas você não é mentiroso, você pode mudar.
04:21Você é um falho, não, você falhou, entendeu?
04:25Eu ressaltar a atividade e não dizer para a criança que aquilo é o que ela é.
04:33Muitas vezes a gente diz assim para os filhos, você não faz direito,
04:39eu resolvo tudo para você.
04:42Como é que pode?
04:44Isso vai durar para sempre, eu resolvo tudo para você.
04:46Bem, se você está dizendo que vai resolver tudo para a criança,
04:51ela vai continuar sendo uma folgada, né?
04:54E você não vai usufruir da autonomia dessa criança.
04:59Outra coisa que é negativo e é importante a gente não estar trazendo para as crianças,
05:05por exemplo, a mãe dizia assim, você é igual ao seu pai.
05:09Ou então a mãe fala assim, você...
05:10A mãe fala, você é igual ao seu pai.
05:13Ou o pai fala, você é igual à sua mãe.
05:15E aí coloca aquela comparação tóxica e desrespeitosa.
05:21Isso, inclusive, pode ser considerado até um crime, né?
05:25Quando você traça ali a alienação parental.
05:29Então tenha cuidado nesses comparativos.
05:31Se o comportamento...
05:33Se você quer mãe, cria seu filho sozinho e o pai não é aquele exemplo,
05:38não é que você vai mentir para a criança dizendo coisas que o pai não é.
05:41Mas você deve se esforçar no sentido do filho respeitar o pai e vice-versa.
05:50O interessante também é você não agir com ameaças, por exemplo.
05:55Faz isso, se não aquilo, né?
05:58A ameaça não é a comunicação mais eficaz.
06:04Por exemplo, eu não tenho tempo agora, mas depois a gente conversa.
06:08Conversa e nunca conversa.
06:11Então, assim, se você prometeu conversar com a criança para alinhar ela em algum ponto,
06:17pois leve essa conversa a sério e tire um momento na sua agenda para isso.
06:24Tchau.
06:25Tchau.
06:26Tchau.
06:27Tchau.
06:28Tchau.
06:29Tchau.