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Um ano após as enchentes históricas que devastaram o Rio Grande do Sul, moradores ainda temem passar pelo pesadelo de 2024. Especialistas não descartam a possibilidade de novos eventos climáticos extremos.

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Transcrição
00:00Após um ano das enchentes no Rio Grande do Sul, moradores ainda temem passar novamente pelo pesadelo de 2024.
00:08Especialistas não descartam a possibilidade de novos eventos climáticos extremos.
00:14Acompanhe no último episódio especial sobre a tragédia no Rio Grande do Sul com Beatriz Manfredini e Arthur Cipriani.
00:21365 dias depois do início da tragédia, o tempo parece que andou mais devagar para os gaúchos do que no resto do país.
00:34São muitos os desafios pela frente.
00:36A loja do Seco, comerciante enlageado há 36 anos, perdeu tudo nas sucessivas enchentes na região do Vale do Taquari.
00:46Ele tinha duas lojas no local.
00:48Depois de quatro meses limpando, conseguiu reabrir em um novo endereço, mais alto.
00:54Estava estável, hoje eu sou unendividado.
00:58É o que aconteceu com a enchente.
01:00É claro que a gente sabe que tem muita gente que perdeu mais,
01:05quem perdeu a casa, a família, tem gente que perdeu familiares.
01:10Então, graças a Deus que conseguimos recuperar.
01:14Mas ajuda de governo, a gente não teve nada e a gente tem saúde para tocar adiante, isso que é mais importante.
01:20Mas a única forma de superar esse tipo de situação é arregaçar as mangas, botar a cabeça para funcionar e não se entregar.
01:30O pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Giovanni Dolif,
01:37afirma que o Brasil progrediu em termos de preparo para eventos climáticos extremos.
01:42Para 2025, ele enxerga a baixa possibilidade de um fenômeno parecido no Rio Grande do Sul,
01:49mas não descarta totalmente a chance para os próximos anos.
01:53Nesse ano especificamente, a probabilidade é baixa.
01:57E um dos motivos que faz a gente acreditar nisso é que no ano passado,
02:02a gente tinha em andamento o fenômeno El Ninho,
02:07que se caracteriza pelas águas do Oceano Pacífico Equatorial mais quentes do que a média.
02:14E ele tem uma correlação alta com mais chuva na região sul do Brasil.
02:20Agora, um evento que já aconteceu, pode vir a acontecer no futuro novamente.
02:25Toda a população foi afetada de alguma forma.
02:28Até mesmo os voluntários, tão carinhosamente lembrados por todos a todo momento,
02:34ainda sentem as marcas daquele período.
02:36Como Andréia e Wagner.
02:38Quando tudo começou, uma família ligou para a gente e disse que a casa dela estava lagada aqui no nosso município.
02:46E aí, quando a gente foi ver, não era tanto estouro, mas a casa estava lagada.
02:52Fomos ajudar ali a tirar os materiais.
02:55Daqui a pouco foi uma chamada, duas chamadas, três chamadas.
02:58Daqui a pouco nós estávamos em outro município.
02:59E aí eu digo, já que estamos aqui, estamos com os barcos.
03:03Todo mundo pedindo ajuda.
03:04Estamos entre a galera e todo mundo pedindo ajuda.
03:07Bora para dentro da água.
03:08Isso era três horas da manhã.
03:10E começamos e daquelas três horas da manhã...
03:13Virou setenta e duas horas.
03:15Além da ação de voluntários e centenas de doações, a Secretaria da Casa Civil do Rio Grande do Sul coordenou a campanha PIX SOS.
03:24Mais de cento e quarenta e dois milhões de reais foram arrecadados.
03:27Cento e trinta e três investidos no Estado.
03:30O restante ainda não foi distribuído.
03:33Várias cidades e bairros inauguraram monumentos de recordação das enchentes.
03:39Porto Alegre recebeu alguns.
03:41Este aqui, por exemplo, encena pessoas sendo resgatadas em um barco carregado por voluntários.
03:48Ele fica na usina do gasômetro, às margens do Rio Guaíba, um dos principais pontos de resgate na época.
03:55Fernando Meirelles, que atua no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
04:01afirma que até agora o Estado não possui um plano contra enchentes concreto.
04:07A compreensão dos desastres naturais, ela começou a ser trabalhada repetivamente no Rio Grande do Sul
04:13com a construção de uma política estadual.
04:16Essa política estadual foi construída entre 2015 e 2017.
04:20Ela não foi aprovada, não foi implantada, mas o documento já existe.
04:23Então, assim, qualquer outra observação sobre um evento extremo, que não existia um plano de enchentes,
04:30não, não existe plano de enchentes.
04:32Apesar de muitas marcas visíveis, as invisíveis também fazem parte do dia a dia das pessoas.
04:39Depressão, pânico, coração acelerado quando a previsão fala em chuva.
04:44Muitos moradores relatam abalos psicológicos depois do trauma.
04:49Mário, morador do bairro Sarandi, em Porto Alegre, conta que é comum revisitar os sentimentos da tragédia.
04:57Hoje não, hoje eu sou um cara, mas sim, entendo melhor as coisas, compreendo melhor as pessoas.
05:04Sei que tem muitos sentimentos porque eu tenho o meu, né?
05:07E tem horas que eu deito a cabeça no travesseiro e me vem todo o cenário na mente.
05:11E eu me sinto, sim, inseguro.
05:13Me sinto triste.
05:13A psicóloga clínica Carolina Vila Nova Queiroga, que atua na capital gaúcha e esteve presente como voluntária no momento das enchentes,
05:23explica que boa parte da população ainda está emocionalmente acionada quando há episódios de chuva.
05:30Como um todo, acho que a nossa população ainda está acionada.
05:33Eu digo acionada porque a gente imagina que em algum momento pode ter uma outra enchente, né?
05:40Talvez não nas mesmas proporções, mas a gente sabe que quando chove muito forte, né?
05:44Aqui em Porto Alegre ou no interior do estado, as pessoas ficam emocionalmente abaladas.
05:48Em junho daquele ano, uma pesquisa da URGS apontou que a ansiedade afetou nove em cada dez moradores do estado.

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