O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, nesta quarta-feira (07), de 14,25% para 14,75% ao ano. Com a decisão desta quarta, o Banco Central coloca os juros no maior nível nominal desde julho de 2006, no primeiro governo Lula, quando cortou a taxa de 15,25% para 14,75%. O economista Pablo Spyer traz os detalhes.
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NotíciasTranscrição
00:00Volta aqui ao nosso Brasilzão, que também temos que pensar em casa, no nosso bolso também,
00:05que é a parte mais sensível do corpo humano, como a gente sempre diz aqui no Morning Show.
00:09E hoje, pessoal, o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou a taxa básica de juros do país
00:14em meio ponto percentual para 14,75% ao ano.
00:19É o patamar mais alto em quase 20 anos.
00:22O Brasil, nesse sentido, subiu para terceiro lugar no ranking de maiores juros reais do planeta,
00:28atrás apenas da Rússia e da Turquia.
00:31Agora, para entender o que isso significa na prática, no nosso bolso,
00:35eu proponho que a gente receba o sempre didático, sempre contundente, sempre aguerrido,
00:40Pablo Speyer, vai, Torinho, se juntando a nós aqui ao Vivaço no Morning Show.
00:43Fala, mestre, prazer em revê-lo.
00:45Traz aqui, por favor, para toda a nossa audiência entender, tintim por tintim,
00:49como que isso afeta a capacidade de contrair crédito, empréstimos e também o valor do nosso suado sustento.
00:57Vai que é sua.
00:58Olá, olá, Marinho e toda a audiência aí do Morning Show.
01:01Tudo bem? Bom dia.
01:03Ah, bom, a alta de juros, obviamente, restringe o crédito, né?
01:07Torna o crédito mais caro e acaba tentando desacelerar a economia.
01:11Por que que o Banco Central subiu a taxa de juros, né?
01:14O Banco Central já subiu, nas últimas três reuniões, tinha subido 1% a taxa de juros e subiu de novo.
01:20Subiu de novo porque a inflação continua muito quente, muito alta, muito forte.
01:24O IPCA, que é o índice oficial de inflação que o Banco Central utiliza pra decidir sobre a taxa de juros,
01:31tá em 5,50 ao ano, né?
01:33A meta da inflação é 3%, então tá muito acima da meta.
01:37Tá acima até do teto da banda de tolerância.
01:41Porque a meta da inflação é 3%, existe uma banda de tolerância de 1,5%, que daria 4,5%,
01:47e a inflação, o IPCA, tá acima, tá 5,5%.
01:50Então tá muito forte, essa é a razão, né, principal por trás da alta de juros.
01:54Mas claro que as incertezas da economia global gerado pelo tarifácio do Trump
01:59também, né, foi usada como o argumento pra alta de juros, tá bom?
02:05Mas a alta de juros foi menor do que nas últimas três reuniões, né?
02:10Ele subiu 3 vezes 1%, o Banco Central, e agora subiu só meio.
02:14Primeiro, porque os dados do Caged de março, né, a criação de emprego com carteira assinada,
02:20foi a mais baixa desde a chegada do Covid aqui no Brasil, né?
02:25Então por isso o Banco Central, a primeira razão pela qual o Banco Central subiu juros menos do que 1%.
02:31Outra explicação, né, por trás de uma alta de juros menor, né,
02:36que pode ser inclusive uma das, a última desse ciclo de alta de juros,
02:41pode ser que o Banco Central não suba mais os juros,
02:44a segunda razão é o dólar mais fraco, né?
02:47A gente viu no fim do ano, o dólar bateu 6,30, o dólar tá na casa de 5,70,
02:52isso arrefece um pouco a inflação, pressiona menos a inflação, né?
02:56Obviamente, né, o aumento da incerteza global por conta dessa guerra comercial, né,
03:01que pode resultar numa desaceleração da economia do mundo,
03:06também é uma razão pela qual o Banco Central pode ter decidido subir menos os juros,
03:11e a quarta razão é a queda das commodities,
03:14tanto o petróleo que mergulhou depois do aumento da produção da OPEP, né,
03:20tava 80 dólares e agora tá 60, como o minério de ferro também caiu bastante,
03:25tudo isso também afrouxa ajuda no trabalho do Banco Central,
03:29porque tira a pressão da inflação.
03:31Mas o resultado, a razão pela qual o Banco Central sobe os juros é pra tirar dinheiro da economia,
03:39esfriar um pouco a economia e assim arrefecer a inflação.
03:44É, meus amigos, a gente sabe, né, meu caro Pablo Spar,
03:48que qualquer subida da taxa de juros é tipo aquela sirene de ambulância em filme de terror, né?
03:53Coisa boa não vem depois, coisa boa não vem depois.
03:56E claro, contratações vão esfriando, o pequeno empreendedor comendo capital de giro,
04:00enfim, de qualquer modo você financia carros e casas também cada vez mais caro,
04:05até o cartão de crédito ali na padaria pra você comprar o seu pãozinho cada vez mais difícil,
04:09mas então é só pra deixar bem traduzido aqui, pra gente não subestimar o que que isso representa.
04:14Mas eu não vou resistir, minha cara, Jess Peixoto,
04:16que dada essa decisão, já sob a gestão de Gabriel Galipo, nomeado por Lula e toda ali a diretoria em torno dele,
04:25não dá mais aquela história do negacionismo econômico de tentar apontar Roberto Campos Neto
04:30como a reencarnação, enfim, infernal de Lúcifer,
04:34acho que cai por terra dos negacionistas econômicos entre nós.
04:37Não tem mais Bob Fields pra culpar.
04:39Não tem mais Bob Fields pra culpar, Pablo, por aí.
04:42Jess, eu vou deixar o Jess aqui.
04:43É por aí, o Bob Fields.
04:43Fica à vontade.
04:44O Roberto Campos Neto foi eleito três vezes o melhor banqueiro central do mundo durante o mandato dele.
04:51Ele é um gigante, inclusive acabou de arrumar emprego, né?
04:54Fechou ali, vai ser vice-chairman, vice-presidente do conselho do Nubank.
04:58Jess Peixoto, por favor.
04:59Mas isso é só porque o PT não votava nesta eleição pra melhor do mundo aí no Banco Central.
05:05É verdade.
05:06Se votasse, não seria Roberto Campos.
05:09Mas a minha pergunta vai muito nessa linha aí da visão do mercado sobre o próprio Galipo, né?
05:15A gente sabe que em dados momentos teve muita uma ideia ali do que ele talvez fosse fazer diferente,
05:22abaixar a taxa de juros, ceder a determinadas pressões.
05:25Essa foi até uma pergunta que ele recebeu na Sabatina.
05:29Então, a minha pergunta é como o mercado tá encarando esta gestão e se eles veem um processo de continuidade.
05:35O que me parece que tá acontecendo.
05:37E uma segunda pergunta é como que o governo endereça esse problema agora que não há mais Roberto Campos Neto pra culpar.
05:44É, assim, na primeira pergunta, né?
05:49Bom, como endereça, o governo já não tá mais reclamando, né?
05:54Já ninguém mais tá reclamando com o Banco Central, né?
05:59Qual que foi a primeira pergunta? Desculpe.
06:02A primeira pergunta foi como o mercado vê a gestão do Galipo, se eles veem como uma continuidade.
06:08Assim, havia muita preocupação sobre a independência do Banco Central, né?
06:12Do Banco Central, né?
06:13Porque na virada, até a virada do ano, né?
06:17O Banco Central tinha cinco membros eleitos pelo Bolsonaro e quatro pelo Lula.
06:22Porque, na verdade, quando o governo bate no presidente do Banco Central, porque ele não baixa os juros,
06:27ele tá falando com quem não conhece.
06:29Não é o presidente do Banco Central que decide juros.
06:31Quem decide juros é um comitê de política monetária, chamado COPOM,
06:35que tem nove membros, né?
06:38E todos esses nove membros têm direito a um voto, né?
06:41Então, o presidente do Banco Central tem direito a um voto só.
06:44Então, o voto dele, ele só decide se empatar 4x4 e ele for o último a votar, né?
06:50Então, até a virada do ano, tinha cinco membros eleitos pelo Bolsonaro e quatro pelo Lula, né?
06:56Inclusive, o dia do estresse foi o dia que os cinco membros do Bolsonaro votaram por uma coisa
07:01e os quatro membros do Lula votaram por outra coisa, né?
07:04E aí deu um mega estresse e, na eleição seguinte, os quatro membros do Lula passaram a votar igual aos do Bolsonaro
07:09e passaram a votar nove votos iguais.
07:12E aí o estresse começou a passar e a preocupação era que, quando o Galípolo assumisse,
07:17como o governo Lula vinha batendo muito no Banco Central, dizendo que eles tinham que baixar os juros
07:22e haveria sete membros eleitos pelo Lula, a preocupação era que a independência do Banco Central acabasse.
07:28E isso não se confirmou, o Banco Central continuou subindo os juros como deveria ser feito para esfriar a inflação
07:34e acabou que o mercado está confiando nesse novo Banco Central, né?
07:40Pelo comunicado deles agora, eles dizem, pelo que eu entendi, né?
07:43O tom foi bem mais suave, né?
07:45Se tudo continuar igual, essa é a última alta desse ciclo de alta de juros
07:50e, se nada mudar, não vão subir mais os juros, mas também não vão derrubar, não vai cair.
07:54Então agora a gente tem que esperar um pouco para ver novos dados econômicos
07:59para o Banco Central se posicionar.
08:01Mas o mercado está confiando, está dando um voto de confiança nesse novo Banco Central.
08:08Torrio, quando a gente fala de taxa...
08:10Mano Ferreira, brevemente, por favor.
08:12Mano Ferreira.
08:13Quando a gente fala de taxa de juros alta, é claro que os empreendedores não ficam felizes com isso,
08:19porque, como o crédito fica mais caro, fica mais difícil conseguir recursos para fazer investimento.
08:25Mas, culpar a taxa de juros é como se fosse culpar o termômetro pela febre, né?
08:31O que é que o governo deveria fazer para possibilitar que o Banco Central baixasse a taxa de juros?
08:39Acho que o principal assunto, porque a taxa de juros nada mais é do que o custo do dinheiro, né?
08:45E ela sobe quando tem muita demanda por dinheiro, né?
08:50Então, aí o preço sobe.
08:51Qualquer equativo que tem muita demanda, o preço sobe.
08:54Como o governo demanda muito dinheiro e faz muitos empréstimos,
08:58ele que concorre com o empreendedor, ele que concorre com as pessoas físicas
09:02que querem comprar um apartamento, querem fazer um crédito,
09:04um crediário em algum lugar para comprar um liquidificador.
09:07Como o governo pega muito dinheiro emprestado, ele joga a taxa de juros para cima.
09:13Na verdade, a taxa de juros é o resultado da quantidade de dinheiro que é demandado.
09:19O governo teria que arrumar a casa, gastar menos e demandar menos dinheiro.
09:24A gente tem algo preocupante, né?
09:27Como a gente já falou aqui atrás, mano, há uns meses atrás,
09:31que é quando o rombo fiscal, o rombo nas contas públicas é tão grande
09:36que acontece um negócio que chama dominância fiscal, né?
09:39A parte fiscal domina a parte monetária.
09:43E não adianta mais subir os juros porque a inflação não abaixa mais,
09:47porque não faz mais efeito.
09:49Então, a gente não está nessa situação,
09:52mas é algo que tem que estar sempre no radar de todos nós,
09:55porque não podemos entrar aí, porque se entrar aí não sai mais.
09:59Porque mesmo que subiu os juros, o estrangeiro saca o dinheiro,
10:01o dólar sobe e a inflação continua subindo.
10:05E eu acho que a maior preocupação deveria ser, Torinho,
10:08quando a gente olha nesse ranking das taxas de juros de momento,
10:11nesse maio de 2025, mundo afora,
10:13olha para cima e vê a rubla russa e a lira turca,
10:16que são moedas historicamente tidas como frágeis e não muito confiáveis
10:21e instáveis, para dizer o mínimo, né?
10:23Que beleza, que Deus tenha misericórdia de nosso real.
10:26O Banco Central não é independente.
10:28A Rússia está em guerra, olha isso.
10:31Bela companhia, hein, Torinho?
10:32Vai, Torinho, obrigado demais pela presença aqui.
10:34Pablo Speyer, sempre agregando muito para seguir o homem
10:37nas redes sociais e ter sempre essa leitura de análise econômica
10:40bem didática, bem divertida,
10:42é no arroba Pablo Speyer, com S-P-Y-E-R.
10:46É o homem, sempre agregando muito aqui no Morning Show.
10:48Valeu!
10:49Vai, Torinho! Vai, Torinho!
10:52Vai, Torinho. Vamos em frente!
10:53Tchau, tchau!
10:54Tchau, tchau!
10:54Tchau, tchau!
10:55Tchau, tchau!
10:55Tchau, tchau!
10:56Tchau, tchau!
10:56Tchau, tchau!
10:57Tchau, tchau!
10:57Tchau, tchau!
10:57Tchau, tchau!
10:58Tchau, tchau!
10:58Tchau, tchau!
10:59Tchau, tchau!
10:59Tchau, tchau!
11:00Tchau, tchau!
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11:01Tchau, tchau!
11:01Tchau, tchau!
11:02Tchau, tchau!
11:02Tchau, tchau!
11:03Tchau, tchau!
11:04Tchau, tchau!
11:05Tchau, tchau!
11:06Tchau, tchau!
11:07Tchau, tchau!
11:08Tchau, tchau!
11:09Tchau, tchau!