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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, nesta quarta-feira (07), de 14,25% para 14,75% ao ano. Com a decisão desta quarta, o Banco Central coloca os juros no maior nível nominal desde julho de 2006, no primeiro governo Lula, quando cortou a taxa de 15,25% para 14,75%. Alan Ghani, Deysi Cioccari e José Maria Trindade analisaram.

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Transcrição
00:00O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, em meio ponto percentual, para 14,75% ao ano, a mais alta, desde julho de 2006.
00:17Assunto para o Alan Gani, que já está por aqui. Oi, Gani, bom dia.
00:20Bom dia, Soraya. O Banco Central justificou essa elevação em seu comunicado, dizendo que a atividade econômica continua aquecida, muito embora já tenha mostrado alguma desaceleração nos últimos meses, mas ainda é uma atividade econômica aquecida, com pressões principalmente no setor de serviços, pressões de consumo também trazidas pelo mercado de trabalho.
00:49Além disso, uma piora das expectativas de inflação, que podem contaminar a inflação presente, a inflação corrente.
00:57Se todo mundo acreditar que vai ter mais inflação lá na frente, isso pode levar a uma inflação agora, à medida que o mercado acaba se antecipando.
01:07E também uma incerteza em relação às políticas tarifárias de Donald Trump.
01:12A gente não sabe como é que vai ser o impacto inflacionário.
01:16Por conta disso, um aumento de meio ponto percentual na taxa Selic.
01:21É verdade que é um aumento menor em relação às outras reuniões, mas continua num patamar bastante restritivo.
01:30Agora, chamou atenção também nesse comunicado que o Banco Central, Soraya, não contratou um novo aumento da taxa Selic, como ele já vinha fazendo em outras reuniões.
01:41Deixou em aberto.
01:43Isso trouxe incerteza no mercado.
01:45Então, talvez a Selic fique em 14,75% até o final do ano.
01:50Então, eventualmente, talvez tenha até alguma redução, indo para 14,5% ou até podendo subir para 15%.
01:58Enfim, é o campo aí da incerteza na taxa de juros.
02:03Obrigada, Gani.
02:04Vamos ouvir mais uma vez os nossos comentaristas a respeito desse resultado.
02:08Zé Maria Trindade, então, esse resultado que até já era esperado pelo mercado,
02:13mostra que a grande preocupação da política monetária, ela é mais externa ou interna nesse momento?
02:22Ah, é mais externa, né?
02:24Há, nesse momento, um componente internacional muito forte, né?
02:28Com países como Estados Unidos e mesmo a Inglaterra e alguns países da Europa em dificuldade ali,
02:35ainda com problemas decorrentes, segundo analistas, da pandemia, para se ter uma ideia.
02:42Ainda não houve uma normalização do mercado.
02:45E agora, com esse tarifarço de Donald Trump, acabou provocando uma confusão muito grande na economia.
02:53O Alan analisou muito bem.
02:56Esses comunicados do Banco Central são analisados ali ponto a ponto, vírgula a vírgula,
03:01como analisar aquelas previsões de Nostradamus, né?
03:05Então, quando diz, olha, o sol poente, quer dizer, olha, isso aí quer dizer o fim do ciclo.
03:10E parece mesmo o fim de um ciclo de aumento da taxa de juros.
03:16É um comunicado que diz mais ou menos assim, olha, chegamos ao limite, até aqui fomos.
03:22Mais do que isso, seria imprevisível a reação na economia.
03:26Nós retornamos lá a outro governo, ao governo Lula anterior, né, de 2006,
03:31uma taxa de juros tão alta assim, e mesmo assim, ainda não desaquece a economia,
03:37que não tira a liquidez do mercado.
03:40Então, o importante aí foi, e era a grande expectativa, esse comunicado.
03:45Porque a alta, menor, mas alta, da taxa de juros, já estava precificado, como dizem os economistas, né?
03:53Desde esse Ocari, também com a gente aqui nesta manhã, eu queria te ouvir a respeito da parte política nessa história toda.
04:00Porque na presidência anterior, do Roberto Campos Neto, havia muita pressão em cima da questão dos juros por parte do governo.
04:08E imagino que agora tenha muita gente dizendo, peraí, mas os juros continuam subindo mesmo,
04:14sob uma presidência que é mais afinada, talvez, com o presidente Lula, apesar da independência do Banco Central.
04:20Como é que, politicamente, esses juros elevados vão continuar batendo em relação ao governo, hein, Deise?
04:26Pois é, Nonato, tem uma questão aí de sobrenome, né?
04:30Então, tem uma questão política muito forte no meio disso, né?
04:33Antes era o Campos Neto, indicado pelo ex-presidente, agora é o Galípulo.
04:36Então, existe uma seletividade aí que a gente tem que prestar atenção.
04:40Mas o Copom, ele subiu os juros não por capricho, mas por obrigação, porque alguém tem que ser o adulto no meio dessa sala.
04:50Por que eu estou falando isso?
04:51Porque enquanto o Banco Central, ele pisa no freio para tentar conter uma inflação teimosa,
04:57a Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, eles seguem gastando como se não houvesse inflação,
05:04como se não houvesse uma recessão, não houvesse desemprego, seria mais ou menos como tentar esvaziar uma banheira com balde,
05:12mas você deixa a torneira aberta, entendeu?
05:15Você tenta fazer uma contenção, o Banco Central até tenta, o Copom tenta ali,
05:19mas o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional não querem nem saber, eles seguem gastando.
05:24Só que quem paga a conta é o consumidor, porque o crédito encarece e o crescimento econômico do Brasil fica na UTI.

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