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Com a Selic em 14,75%, o Copom sinalizou incertezas sobre os próximos passos da política monetária. Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, analisou o impacto nos juros futuros, inflação e nas expectativas do mercado.

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Transcrição
00:00Bom, e sobre essa decisão do Banco Central, a gente conversa agora com o Stefan Kautz,
00:03ele é economista-chefe da IKI Asset.
00:06Diferente das últimas reuniões, o comunicado dessa vez veio sem uma sinalização direta
00:12de nova alta, como a gente viu aqui nos comentários dos nossos analistas.
00:17Então, Stefan, boa noite para você, bom ter você aqui com a gente,
00:20obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:23Qual é a sua expectativa, o que mais te chama a atenção
00:26sobre o que foi comunicado até agora, Stefan?
00:31Bom, boa noite a todo mundo que acompanha a gente, prazer estar aqui com vocês.
00:34Acho que esse ponto do próximo passo, o presidente Galipo do Banco Central
00:39nunca foi muito fã de indicações de próximos passos.
00:43Então, o tal do forward guidance, ele repetiu isso algumas vezes
00:47nas comunicações desde que ele assumiu.
00:50E eu acho que a palavra que foi mais repetida aqui, por enquanto, até agora,
00:54no programa foi incerteza.
00:56Então, quando você não sabe o que vai acontecer ou tem dúvida de qual o caminho
01:00para onde seguir, você tende a ir mais devagar e tende a ir com mais cautela.
01:05Então, reduziu o ritmo para 50 e deixem aberto o que fazer na próxima.
01:10Eles falaram aqui em cautela adicional.
01:13Cautela adicional no passado, em outras administrações do Banco Central,
01:17foi uma sinalização para uma redução adicional, que poderia ser 25 na próxima.
01:21Mas ele também fala em flexibilidade, o que poderia ser zero.
01:25Então, não se compromete muito nesse cenário.
01:30Ele fala também da simetria, do balanço de riscos, que antes era uma simetria autista.
01:36Então, apesar de ter a projeção dele de 3,6 ou 3,7,
01:41ele falava que tinha uma simetria, de que se ele tivesse errado,
01:45esse número seria mais alto.
01:46Ele mudou isso também.
01:47Ele fala hoje que os riscos parecem mais equilibrados,
01:51tanto para cima quanto para baixo.
01:53Então, nesse sentido, a gente realmente está muito próximo do fim do ciclo.
01:57A curva de juros já tem R$14,75 precificado,
02:02então não tem nenhuma grande novidade em relação a essa comunicação.
02:06Se ele parar na próxima, inclusive, não deveria ser uma grande discussão.
02:10O tema agora vai ser, ok, se ele parou realmente,
02:14quando que vai começar o corte?
02:15E aí, no comunicado, ele fala por um período prolongado de taxas apertadas,
02:21sugerindo que talvez ele não queira que o mercado precifique tão logo
02:26o início do ciclo de flexibilização monetária,
02:29no sentido de que talvez ele queira manter esses juros estáveis
02:34por um período bastante longo, até realmente,
02:37tanto a projeção dele ou a inflação,
02:40os condicionantes da inflação apontarem para uma inflação mais baixa,
02:43olhando para frente.
02:44Mas, Stefano, vocês na EQI trabalham com quais números?
02:48A gente viu a Júlia falando que um integrante do próprio governo
02:51disse que pode ter mais duas elevações de 0,25 cada uma.
02:56Com quais números vocês trabalham?
02:59A gente estava trabalhando com mais uma de 50 para a próxima
03:02e depois da decisão de hoje a gente vai rever isso,
03:05porque eu acho que o sinal foi muito mais,
03:07talvez para mais uma só de 25 e encerrar o ciclo,
03:10do que continuar nesse ritmo de 50.
03:13Acho que a ATA na semana que vem vai dar para a gente uma visão um pouco mais completa.
03:18A gente já foi surpreendido algumas vezes pelo Banco Central
03:22no tom da comunicação entre o comunicado e a ATA,
03:27mas hoje o nosso viés é de reduzir a nossa Selic terminal de 15 e 25 para 15,
03:33ou seja, mais uma de 25 na próxima.
03:35Mas a nossa visão também é de que não há espaço para corte de juros esse ano.
03:40A gente acha que o corte de juros só deve acontecer no segundo trimestre do ano que vem,
03:46enquanto que a curva de juros hoje,
03:48o próprio Focus, que também já foi mencionado anteriormente,
03:51já coloca um corte de juros no final desse ano.
03:54Acho que essa inflação ainda é de 3,6 projetada,
03:59expectativas de inflação muito desancoradas, muito acima,
04:03uma reaceleração que a gente viu da inflação no início desse ano,
04:07especialmente em serviços,
04:09sugere que eles não vão ter esse espaço todo para cortes tão cedo.
04:13Provavelmente empurra isso mais para 2026.
04:17Vou passar para a pergunta dos nossos analistas,
04:19começando pelo Alberto Azental.
04:21Alberto, fica à vontade.
04:23Stefano, no começo do ano passado a gente tinha a taxa de juros selic em queda
04:28que acabou se acomodando em 10,5 lá pelo meio do ano
04:33e aguardando o que aconteceria.
04:36E depois ela de 10,5 subiu para agora até 14,75,
04:40que é uma subida forte.
04:42E a gente pode discutir se na próxima reunião pode ou não subir mais 0,25 ou não.
04:47É pequeno, é um ajuste fino comparado com tudo que já subiu a selic desde o meio do ano passado.
04:55O que mais me preocupa e a minha pergunta para você é,
04:59por quanto tempo mais para frente a economia brasileira vai lidar com inflação alta e taxas de juros altas?
05:08Eu acho que a gente agora, pelo menos até o final do ano que vem,
05:15eu ainda espero que esse juro esteja próximo de 13%.
05:18Os cortes que viriam no ano que vem provavelmente não seriam muito significativos
05:23porque a gente está falando, como foi mencionado,
05:25que a inflação continua ainda acima da meta,
05:30tanto na projeção do BC quanto no Focus.
05:32Então, acho que o espaço de corte para frente provavelmente também não é muito grande.
05:37Acho que os juros altos vieram para ficar pelo menos até o final do ano que vem.
05:43Acho que isso daí é incontestável.
05:45Um ponto adicional que eu mencionaria é que com o cenário internacional,
05:49onde os juros nos Estados Unidos também permanecem altos
05:52e essa guerra comercial, tarifária, vai fazer com que o mundo perca produtividade
05:59e os juros nos Estados Unidos não vai voltar a ser 2%,
06:02provavelmente vai ficar entre 4% e 6%,
06:04quer dizer que os juros no Brasil nos próximos anos também, 4, 5, 6 anos,
06:09independente do próximo governo, vai ser muito difícil ele vir abaixo de 10%
06:14se a gente não fizer nenhum tipo de reforma mais estrutural,
06:18seja do lado fiscal, de abertura comercial ou que ganhe produtividade.
06:22Então, acho que olhando para um horizonte mais longo, 4, 5, 6 anos à frente,
06:28a gente está falando de um juros de double digits,
06:31acima de 10% por um período bastante prolongado ainda.
06:35Vou pedir para você continuar aqui com a gente, Stefano.
06:38Você mesmo deu a deixa dos nossos próximos assuntos,
06:41que é claro, vamos falar de Federal Reserve, Estados Unidos,
06:44a gente quer voltar a conversar com você sobre isso.
06:46Então, daqui a pouquinho te chamo novamente.
06:48Obrigada por enquanto.
06:49Obrigada.
06:50Obrigada.
06:51Obrigada.

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