O debate em torno do fim da escala 6x1 pode chegar ao Senado. A senadora Eliziane Gama iniciou nesta semana a colher assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz de 44 para 36 horas a escala semanal de trabalho no país.
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00:00A discussão sobre o fim da escala 6x1 pode chegar também ao Senado.
00:08A senadora Elisiane Gama começou nesta semana a colher assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição
00:19que reduz de 44 horas para 36 horas a escala semanal de trabalho no país.
00:26Para que a proposta comece a tramitar, ela vai precisar do apoio de 27 senadores.
00:33Na Câmara, já está tramitando uma PEC parecida e não tem previsão de avanço na proposta.
00:42Vale lembrar que no pronunciamento do dia do trabalho, o presidente Lula afirmou que quer aprofundar debates sobre a proposta.
00:52Thaís Cremasco, eu ia com você, vou iniciar esse tema também com você.
00:59Você acha que tem condições no país para redução dessa jornada de trabalho para 36 horas?
01:05E aí a segunda pergunta é política.
01:07Se na Câmara não está andando um papo por posse que começou lá, você acha que a do Senado pode andar na Câmara?
01:13Bom, primeiro que a gente, qualquer análise que a gente faça sobre as questões trabalhistas e o impacto disso na economia,
01:23nós precisamos lembrar que 40% dos empregos hoje no Brasil estão na base da informalidade.
01:32Então essa ideia de que se diminuir a jornada vai quebrar o país, isso é um absurdo, isso é uma falta de técnica,
01:39isso é uma superficialidade que não pode ser repetida, porque nós estamos falando que apenas 60% dos empregos são formais no nosso país.
01:47Então a alteração da escala 6x1 não vai quebrar o país, a proibição da escala 6x1 não vai quebrar o país
01:54e a diminuição da jornada de trabalho também não vai quebrar o país.
01:58Essa análise do impacto na economia das questões trabalhistas é uma análise complexa que não pode ser tratada de forma superficial.
02:07Então o primeiro ponto é que a gente precisa entender que é possível sim.
02:12Eu não acredito numa escala de 36 horas, mas numa escala de 40 horas e tem uma coisa mais importante,
02:18que daí não é uma questão de opinião, é uma questão de interpretação da própria Constituição Federal e dos direitos humanos.
02:24Os direitos humanos, eles são progressivos.
02:26A partir do momento que você conquista um, você não pode retroagir.
02:28Então se nós estávamos desde a década de 60, desde a década de 80, com 44 horas semanais,
02:37a gente não vai agora tentar aumentar e a gente vai poder discutir, só dá para discutir redução.
02:42Então porque esse patamar mínimo civilizatório já foi alcançado.
02:46Então eu acredito que é muito importante que o trabalhador se enxergue enquanto trabalhador
02:52e não defenda uma pauta que justamente vai precarizar e vai violentar a sua própria vida.
02:58Muito bem.
02:59Olha, tem advogados trabalhistas dizendo que isso aí pode aumentar o custo da relação trabalhista.
03:06E a Federação das Indústrias de Minas Gerais afirma que 64% dos trabalhadores formais
03:12têm jornada já entre 41 e 44 horas.
03:16E dizem, Raquel Galinati, que reduzir para 36 horas sem ganho de produtividade
03:22pode gerar uma queda de até 16% do PIB.
03:26Perda de 18 milhões de emprego e redução de 2,9 trilhões de reais no faturamento das empresas.
03:33Olha, os números assustam.
03:35Eu não sei se a Federação da Indústria de Minas Gerais está certa ou está errada.
03:39Para falar a verdade, eu não tenho a menor ideia, porque eu não sou economista.
03:42Mas se existe essa possibilidade e tem gente falando isso, não é melhor sair um pouquinho
03:47da pauta dos políticos no ano pré-eleitoral e deixar o governo aprofundar o debate, fazer
03:54conta antes de dar mais essa benesse?
03:57Ou será que vamos continuar distribuindo benesses até quebrar de vez o país?
04:03Na realidade, eu não vejo como benesse.
04:05Na realidade, eu vejo como uma tentativa de camuflar a incompetência na gestão do governo
04:11e não deixar a economia cada vez pior e a população passando cada vez mais fome.
04:16Quando se pretende fingir que dará um descanso a mais para a população, não se informa,
04:22não vem em conjunto a seriedade ao falar que, obviamente, o salário será menor.
04:30Quando se pleiteia uma diminuição da carga horária, nada se fala da manutenção
04:36e se fala sobre a manutenção do salário, óbvio que vai ficar nas narrativas.
04:42O que a gente percebe é que hoje, na atualidade, o brasileiro tem três empregos.
04:47Ele tem o formal e um ou dois informais.
04:51Nunca se viu tantas pessoas em trabalhos informais, como, por exemplo, carros por aplicativo,
04:58motos por aplicativo e até bicicletas para entregas.
05:02O que a gente vê também são pessoas que não estão conseguindo ter a dignidade humana para si e para sua família
05:12com um salário, quando a gente fala como um assalariado.
05:18Então, o governo, ao invés de propor, de tratar propostas apenas populistas,
05:26ele deveria ter seriedade e resolver a real problemática da desigualdade social do nosso país.
05:33O Rodolfo Maris...
05:34Pois não, o Capês.
05:35Ah, a Raquel está inspirada hoje, hein?
05:36Obrigada, senhor.
05:37Porque é o seguinte, ela falou, tocou no ponto, você reduz para 36 horas.
05:42O brasileiro, em média, é um povo trabalhador.
05:45Claro.
05:45Isso não há nenhuma discussão, não é nenhuma demagogia, não vai fazer nenhum favor.
05:49É um povo trabalhador.
05:51Ele não vai trabalhar só 36 horas.
05:52Então, se não forem feitos os estudos, foi nessa base aí do Bumba, meu boi,
05:58você reduz a jornada, reduz o salário e vai ter que agora procurar um outro emprego.
06:03E se ele não conseguir o outro emprego, ele vai trabalhar menos e ganhar menos.
06:07E, além disso, as empresas podem também ter a redução do PIB,
06:11reduzindo o PIB, reduz a arrecadação.
06:13E para um governo que é, por natureza, assistencialista,
06:17reduzir a arrecadação é realmente comprometer uma série de programas sociais.
06:24Então, eu queria ouvir a sua opinião, mas por uma questão de cavalheirismo,
06:30e aqui a gente faz isso, apesar de elas serem mais competentes que a gente.
06:34Então, é até um risco fazer isso.
06:35Eu queria ouvir a Maria Decarne.
06:36Olha, primeiramente, eu ouvi o que as minhas colegas falaram aqui.
06:41Eu acho que é importante a gente entender o cenário atual econômico do Brasil.
06:46A delegada Raquel mencionou que atualmente o brasileiro tem três empregos
06:52e que, de fato, essa economia atual mudou.
06:55A gente vê uma economia mais dinâmica,
06:57onde o brasileiro atualmente se encontra num cenário benéfico para...
07:03Benéfico assim, entre aspas, é tudo muito complicado dizer aqui de maneiras genéricas.
07:07Mas o brasileiro atualmente quer essa questão de microempreender,
07:12de empreender, de ter a sensação de que ele tem a independência,
07:15de ser dono do emprego, do trabalho dele e tudo mais.
07:18E isso é devido, muitas vezes, a essa nova economia do aplicativo,
07:22essa economia digital.
07:24A gente viu o estouro que foi isso, até nos impactos políticos,
07:27com a ascendência do Pablo Marçal, que defendia muito essa pauta.
07:31Então, eu acho que isso é um debate que precisa ser muito aprofundado,
07:35discutido com muita proeza, analisar casos ao redor do mundo, sabe?
07:40E eu acho isso muito complicado.
07:41Eu acho que o Estado tem que dar a base,
07:45mas ele não precisa se intrometer até ali o último fio do cabelo
07:50do que o empregador e o empregado querem fazer.
07:52Se a pessoa quer trabalhar mais para ganhar extra, que trabalhe.
07:56Eu acho que é isso, entendeu?
07:57Tem que sim, claro, ter as, a gente sabe, tem que ter as regras do jogo
08:02para o coleguinha não ferir o direito do outro coleguinha.
08:05Mas se você quiser trabalhar mais, que trabalhe.
08:07Eu acho que é um direito de todos.
08:08A gente estava noticiando, Capês, ontem, no dia do trabalho,
08:12uma greve na França, uma manifestação, perdão,
08:14uma manifestação na França, porque a lei francesa
08:17proibia os estabelecimentos de abrirem no dia do feriado do trabalho.
08:21E os empreendedores, os donos de café, os donos de comércio,
08:25não queriam fechar. Eles estavam justamente protestando
08:28porque eles queriam abrir, porque era um dia, claramente,
08:31queria render mais lucro para eles.
08:33E qual é o problema disso?
08:34E aí a lei, obviamente, protegendo em demasiada, em alguns aspectos,
08:39feriu o que alguns queriam fazer.
08:41Então eu acho que é isso. O Estado dá a regrinha lá para o colega,
08:44mas eu acho que a pessoa tem que ter flexibilidade,
08:46junto com o setor privado, de ver o que é bom para cada um.
08:48E aí ninguém se mais sai ferido dessa, entendeu?
08:51Rodolfo Maris, nós não estamos mais na primeira fase da Revolução Industrial,
08:57quando o trabalhador trabalhava 16 a 18 horas por dia,
09:02e a taxa média de vida em Liverpool era 15 anos e Manchester 17 anos.
09:07Crianças eram acordadas nas suas residências e em condições insalubres,
09:12trabalhar em minas de carvão, e seus pulmões eram rapidamente consumidos.
09:16Não tinha a legislação trabalhista.
09:20Desde a Carta Mexicana de 17, a Constituição de Weimar de 19,
09:23a situação tem que ser alterada.
09:25Será que a gente precisa, como bem observou a Maria De Carli,
09:28ficar tutelando cada relação?
09:31Porque não parece um pouco de demagogia?
09:33Você lembra da Constituição Federal de 88, quando veio?
09:35A Constituição Cidadã, tá, Escremasco?
09:39Era a Constituição Cidadã.
09:41Deu tudo o que se pediu.
09:43Sabe quantas emendas tem?
09:44Nós já estamos na emenda constitucional 135.
09:48Isso é uma desmoralização.
09:50Eu queria te ouvir.
09:50Coisa, né, cara?
09:52Capês, o fim da escala 6x1 é uma medida totalmente populista,
09:57de pessoas que pouco de verdade estão pensando na classe que trabalha.
10:01Mas, assim, como quem controla a massa controla a vota,
10:05é muito mais fácil manipular essas pessoas,
10:07dizendo que elas estão trabalhando de...
10:09Vou falar análogo à escravidão aqui, talvez seja até demais, né?
10:12Mas estão trabalhando de forma errada, estão trabalhando demais.
10:15Temos que ter mais tempo de descanso.
10:17Onde?
10:18Você que está em casa nos assistindo, minhas amigas de mesa aqui,
10:21me fala, me dê um exemplo de uma pessoa hoje
10:23que consegue manter uma família apenas com um trabalho.
10:26Sabe, ganhando um salário mínimo.
10:27Se a pessoa tem um salário mínimo,
10:29provavelmente ela vai fazer um bico de final de semana,
10:32ou ela vai pegar seu carro e vai colocar no aplicativo
10:34para completar a renda, para pagar uma faculdade.
10:38E olha que eu entendo do que eu estou falando nesse momento, tá?
10:40Porque não tem como.
10:42O Brasil, nosso salário mínimo é 1.500 reais.
10:46Quem ganha muito, 10% da população, ganha 5 mil reais.
10:50E existe uma bandeira, chamada bandeira do imposto de renda.
10:53A isenção do imposto de renda, que até agora não foi pautada.
10:56Vira e mexe se fala disso.
10:57Foi prometido lá em 2022.
10:59E nós temos aqui mais de 40 milhões de brasileiros
11:03que vivem em situação de informalidade no país.
11:10Ou seja, será que é só porque essas pessoas não conseguem emprego?
11:14Será que é só porque essas pessoas conseguem ganhar mais
11:17fazendo um trabalho informal?
11:19Ou existe um outro problema também que começou lá atrás,
11:22no governo, lá em 2012, quando foi sancionado,
11:26que um aluno não poderia mais repetir a sua série,
11:30a não ser por falta.
11:32Ou seja, foi instalado um planejamento aqui,
11:34um plano de que o aluno, se ele obtesse o número X de presença,
11:39automaticamente ele passava na escola.
11:42Sabe o que isso aconteceu?
11:44De 13 anos pra cá, nós aumentamos o número de pessoas
11:47que não conseguem simplesmente fazer uma ficha de trabalho.
11:51Pessoas analfabetas funcionais.
11:53Sabe por quê?
11:54Porque o governo, lá atrás em 2012,
11:56intitulou isso.
11:57Vamos acabar com o índice de analfabetos no Brasil.
11:59Agora, se você só frequentar a escola,
12:01pra nós tá ótimo.
12:03Maquiando, de verdade, um problema que nós temos hoje.
12:06Pessoas não conseguem trabalho,
12:08porque muitas reuniões de trabalho
12:09não conseguem colocar no papel,
12:12não conseguem fazer um texto.
12:14Sabe o que isso significa?
12:15Que o problema do país é muito mais sério
12:17do que uma escala, o fim da escala 6x1.
12:19Nosso problema tá na educação.
12:20Porque se você consegue planejar a educação,
12:23essas pessoas pouco vão se importar com 6x1.
12:25Sabe por quê?
12:25Porque elas vão almejar o trabalho que elas desejam.
12:27Eu acho que o Rodolfo Maris foi,
12:30pra dizer o mínimo,
12:31brilhante nesta sua colocação.
12:34Não falta vaga para trabalho.
12:37Não falta vaga para emprego.
12:40Falta qualificação profissional
12:42pra ocupar postos de trabalho.
12:45E não é nem aquele ensino tradicional
12:47da antiga república dos bachareis
12:49do século XIX e século XX,
12:51dos doutores.
12:53Não, são cargos técnicos
12:54que realmente hoje tem uma procura muito grande.
12:57Essa parte de TI.
12:59Sim.
12:59Então, Raquel Galinati,
13:02eu fico vendo,
13:03o governo fica distribuindo
13:04benesses aqui e ali.
13:06Cada hora é com uma narrativa nova,
13:07um presentinho que se cria.
13:09Alguém tem uma grande ideia
13:10que custa dinheiro
13:12e não fala de onde vai sair os recursos.
13:14E o déficit vai se aprofundando.
13:16Não tá na hora
13:17de botar o pezinho no chão.
13:19Não conseguimos nem
13:20indicar diretor de agência reguladora
13:22no Ministério das Minas e Energias.
13:25Vamos querer dar mais benesses ainda.
13:27Benesses que são justas.
13:29Justas.
13:29É importante que a pessoa possa
13:31ganhar a mesma coisa
13:32trabalhando menos.
13:35Porque ela vai arrumar um outro emprego
13:36e vai conseguir ganhar mais.
13:38É justo.
13:39Agora,
13:40é um governo que parece que não faz conta.
13:42É, eu acredito que já mirando
13:442026,
13:46o governo e a sua base,
13:48a sua base real, né,
13:49que pertence à legenda,
13:51que faz parte do governo federal,
13:53eles já estão com pautas populistas
13:55que nada atingem
13:57a realidade da população.
13:59São pautas polarizadas
14:01e eles estão fomentando essas pautas
14:03para tentar uma envergadura
14:04de campanha para o ano que vem.
14:06Já ficou nítido
14:07que o governo
14:08mostrou incompetência absoluta
14:12em quase todas as esferas
14:14de seus ministérios.
14:15Eu não vou falar em todas as esferas,
14:17mas em quase todas as esferas.
14:19Então,
14:20foram para o plano B.
14:21Vamos fomentar agora
14:22pautas
14:23que não vão impactar,
14:25não vão solucionar problemas reais,
14:27mas vão, sim,
14:29alimentar
14:30essa polarização
14:31ideológica
14:33que não impactam diretamente
14:34na resolução de problemas
14:35reais, sociais,
14:37econômicos
14:37e financeiros
14:39do país.
14:40Ô Maria Decai,
14:41Sim.
14:42Enquanto a Raquel Galinati falava,
14:44você ficava balançando a cabeça
14:46negativamente
14:47Não.
14:47querendo criar
14:48uma confusão aqui.
14:49Por que você discorda
14:51da Raquel Galinati?
14:52Porque depois
14:53a Thaís Cremato
14:54pediu a palavra também.
14:55Eu vi você fazendo
14:56uma cara de desgosto
14:58quando ela falava.
14:59O que está acontecendo?
15:00Não, não era da Raquel.
15:01Posso te dizer que não era,
15:02mas eu gostei
15:02do que a Raquel falou.
15:03inclusive, infelizmente não era,
15:07mas eu gostei do que a Raquel falou,
15:09que inclusive é o governo
15:10também tentando achar pautas
15:12com capilaridade política
15:13para conseguir embarcar aí
15:16numa candidatura competitiva
15:18para 2026.
15:20E outra coisa que eu acho aqui,
15:21ontem eu vi o pronunciamento
15:22do Lula
15:23no Dia do Trabalhador,
15:25inclusive ele não esteve presente,
15:27né,
15:27em nenhuma das manifestações
15:28que tiveram aí
15:29ao redor do Brasil,
15:31os sindicatos e tudo mais.
15:32Acho que mais
15:33por uma posição política
15:34do que qualquer outra coisa.
15:36Mas eu achei
15:37um pronunciamento
15:38que me remeteu
15:39aos tempos áureos
15:41do PT.
15:42A figura,
15:43a imagem ali do vídeo
15:45me remeteu
15:46às propagandas eleitorais
15:48e marqueteiras ali
15:49quando o Lula
15:49estava bombando.
15:51Então eu vejo
15:51um retorno
15:53para uma pauta
15:54que é competitiva,
15:55que tem apelo
15:56e capilaridade
15:57com os sindicatos
15:57e todos os defensores
16:00que defendem
16:01essa questão
16:01mais do direito
16:02trabalhista
16:03e tudo mais.
16:04E essa dinâmica,
16:07essa figura,
16:08essa figura
16:09que remete
16:10aos tempos áureos
16:11petistas de 2002.
16:13Thaís Clemato.
16:14Não é verdade
16:15dizer que
16:16falar sobre
16:16as questões
16:17de direito
16:18do trabalhador
16:19é uma pauta política.
16:21Nós estamos falando
16:21de 7 milhões
16:23de pessoas,
16:236,6%
16:25da população
16:25está desempregada.
16:26Então falar
16:27sobre a jornada,
16:28estabelecer limites
16:29para que o capital
16:30não destrua
16:31o trabalho humano
16:32é algo também,
16:34é uma pauta
16:35totalmente aliada
16:36aos direitos fundamentais,
16:37aos direitos humanos
16:38e é impossível
16:39pensar num trabalhador
16:40que trabalhe
16:416 dias por semana,
16:4212 horas por dia,
16:43descanse 1.
16:44Então isso é urgente
16:45e a gente precisa
16:45discutir essa pauta.
16:46Eu vou falar só,
16:47acrescentar uma coisa.
16:48Eu acho,
16:49Thaís,
16:50que tudo nessa vida
16:51é político
16:52e principalmente
16:52quando a gente trata
16:53sobre questões de direito,
16:54advocacia,
16:55direito trabalhador,
16:56direitos humanos,
16:57direitos fundamentais
16:58que você mencionou.
16:58Então tudo é político
17:00e a gente sabe
17:01que atualmente
17:02qualquer uma dessas pautas
17:03vira mercadoria
17:04para discurso de político
17:06se promover aí
17:06ao redor do Brasil.
17:08Muito bem,
17:09eu concordo com as duas,
17:10aliás.
17:11Eu acho que a pauta
17:13é política,
17:14mas tratar dessa pauta
17:16sem cálculo
17:17e com irresponsabilidade
17:18é uma pauta político-demagógica
17:22e não uma pauta política.
17:24E de demagogia
17:25o Brasil está cheio.
17:25E de demagogia