José Maria Trindade recebeu o deputado federal Eros Biondini no JP Ponto Final para comentar o cenário político. O parlamentar falou sobre a relação entre fé e política, destacando que ambas devem caminhar juntas, e sobre as pautas comuns entre cristãos. Ele também abordou a superação de jovens em relação às drogas, afirmando que sua missão é apoiar comunidades terapêuticas, que "salvam vidas". O deputado se mostrou confiante sobre as eleições em Minas Gerais, dizendo liderar a corrida ao Senado, e afirmou que "Bolsonaro definirá o rumo da direita". Ele também comentou sobre anistia e criminalidade.
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NotíciasTranscrição
00:00Salve e seja bem-vindo. Nós estamos falando diretamente dos estúdios da Jovem Pan aqui no
00:10Planalto Central do país, Brasília. E vamos falar de política. Você sabe que a política mexe com a
00:17sua vida. Defina a casa que você mora, a escola do seu filho, daí a importância de conhecer e
00:23acompanhar aqui o processo político. Hoje aqui no ponto final o deputado federal Eros Biondini.
00:30É um político muito influente, está no quinto mandato e será uma conversa muito boa. Deputado,
00:35obrigado por estar aqui nos estúdios da Jovem Pan. Querido José Maria Trindade, que alegria poder estar
00:42no seu programa aqui na Jovem Pan. E falando um pouco da minha história, eu posso dizer da minha vocação,
00:49desse chamado de estar em missão na vida pública, como você mesmo disse, buscando sempre o bem comum.
00:59Um ponto comum, né deputado. Agora deputado, é muito interessante, porque sou um grande líder católico,
01:04eu diria até um líder nacional. Como começou essa relação com a igreja católica e como é que foi
01:11essa aproximação? Você sabe que nos meus 16 para 17 anos, tocando em banda de rock, eu dei uma desviada e dei trabalho
01:23para os meus pais. A droga entrou no meu caminho e quase que fez eu perder a minha vida. E graças a Deus,
01:35em um encontro que tivemos de oração, como família, minha mãe fez esse convite, eu fui e ali realmente fui muito
01:47tocado. Começou ali a minha trajetória católica, de fato. Eu sou músico, então comecei a exercer esse que a gente chama
02:00de ministério na igreja. Rapidamente, graças a Deus, fiquei livre de tudo quanto era coisa ruim.
02:07E a igreja católica tem exatamente essa relação, né? Uma relação com artes, relação com a juventude, que é o seu caso, né?
02:16Claro. Uma ligação muito com a juventude.
02:18Eu completo 35 anos agora, em 2025, de música católica, na evangelização católica, com a canção nova, com os movimentos
02:27católicos, renovação carismática. Eu logo que entrei de cabeça nessa caminhada, fui recebendo também as inspirações de músicas.
02:37Hoje, muitas das músicas cantadas nos shows do padre Fábio de Mello, padre Marcelo Ross, que são mais conhecidos, são de minha autoria.
02:46Então, é uma longa jornada. Estou completando aí, nessa parte da música católica, mil shows em 2025.
02:54E, depois de 15 anos trabalhando intensamente, não só com a música, mas na evangelização e até mesmo em ações sociais,
03:02fazendo eventos beneficentes nos lares vicentinos, para as APAES, para associações comunitárias visando ajudar na assistência social,
03:16os segmentos católicos me indicaram, me convidaram. Eu não era filiado a partido político, eu não tinha pretensão política,
03:25mas vendo a capilaridade do nosso trabalho, então, fui indicado para ser primeiro deputado estadual.
03:32Acabei sendo eleito e bem votado. E, naquela legislatura, eu tive o maior número de leis sancionadas pelo governo,
03:44leis de relevância social. E, logo em seguida, então, eu disputei para deputado federal.
03:50Já estou no quinto mandato.
03:52Esse aqui é o campeão de votos, né, em Minas Gerais?
03:53Foi. Tive 208 mil votos. Quarto mais votado geral.
03:57Essa aproximação, deputado, das religiões, né, do mundo político.
04:03Eu devo confessar que eu me lembro ali do início, fazer a cobertura em Minas Gerais,
04:09e Tancredo Neves teve a ideia de chamar pastores evangélicos para o mundo político, né?
04:15Eram líderes, sempre foram líderes, né?
04:18Como é que o senhor vê essa aproximação das religiões, não é só evangélica, mas também católica,
04:24do mundo político, da política nossa de cada dia?
04:26É, tendo esse discernimento, essa compreensão de que a política é a ciência da busca do bem comum,
04:37e a religião é justamente também a congregação na busca do bem da comunidade,
04:47isso também cria essa identidade.
04:50E é uma linha tênue, porque precisa haver, primeiro, uma sinceridade muito grande no seu propósito,
04:58mas trazendo para a nossa igreja católica as primeiras universidades, os primeiros colégios,
05:09os primeiros hospitais, basta ver as santas casas, todos fundados pela igreja católica.
05:15Pois é, me dizem alguns bispos e pastores evangélicos,
05:20de que há certo ponto em comum ali com o católico e o evangélico, por exemplo,
05:27o padre Fábio de Mello, que é muito ligado ao senhor, tem as mesmas ideias,
05:33e que os evangélicos consomem produtos deles, no sentido de gostam e tal, de músicas, né?
05:39Na política é assim, ou evangélico vota em evangélico e católico vota em católico?
05:44Hoje em dia nós temos tido muita, vamos dizer assim, unidade e posso dizer até comunhão.
05:51Basta ver o Frei Gilson, que nos faz levantar às quatro horas da manhã para estar em oração,
05:58mais de um milhão e meio de pessoas despertando nas lives dele,
06:04transmitido também pelas TVs católicas e muitos evangélicos,
06:08que com momentos difíceis de perseguição, acabaram solidarizando com o Frei Gilson
06:17e estão acordando pelas madrugadas para também estarem em oração.
06:22Então, assim, nós temos realmente uma força muito grande e essa comunhão.
06:29Também na política temos causas que são comuns, como a defesa da vida, da família,
06:34a luta contra o aborto, a luta contra as drogas, são pautas comuns que nos unem a todos os cristãos, né?
06:43Católicos, evangélicos, pode até dizer também a frente espírita,
06:48pessoas que defendem realmente os mesmos princípios e valores, isso nos une.
06:52Agora, em alguns momentos, temos lá a reunião da frente católica,
06:57com pautas mais próprias da própria frente, como, por exemplo, as escolas confeccionais,
07:07como, por exemplo, a defesa dos lares de idosos vicentinos, os hospitais filantrópicos católicos e assim por diante.
07:16E a bancada evangélica também ali, em alguns momentos, tem as suas pautas próprias.
07:22Mas eu posso dizer que aqueles que são bem intencionados estão sempre buscando unir forças,
07:29porque o que nós propomos, com certeza, lá na ponta, nas famílias mais carentes,
07:36nos jovens que estão nas drogas, nas mães que estão preocupadas com seus filhos
07:40por causa da dependência química, essa nossa mensagem e essa nossa atuação política salva vidas.
07:47Eu conversei com o bispo recentemente, falando do crescimento da comunidade evangélica.
07:54Nós já estamos, ou caminhando muito aí, proximamente, para ser um país evangélico.
08:02Os evangélicos serão a maioria no Brasil, que antes era católico.
08:08E eu falava sobre uma reação da igreja católica e ele me dizia,
08:12Não, a gente tem mania de tudo o que a gente gosta, tudo o que a gente crê,
08:17a gente quer que as outras pessoas também gostem e acreditem, né?
08:22Então, não há uma competição, né?
08:24Não, o que nós temos que fazer é o nosso melhor.
08:29Temos que ser autênticos, verdadeiros, temos que ser eficazes no que nós realizamos,
08:36porque realmente as pessoas buscam seguir pessoas que são verdadeiras,
08:44que têm coerência no seu discurso com a prática.
08:48Mas eu posso dizer que hoje os movimentos católicos estão muito fervorosos.
08:52Hoje os encontros da renovação carismática,
08:55hoje os encontros na Canção Nova, como nós veremos agora nesses próximos dias,
09:00mais de 80 mil, 100 mil pessoas ao mesmo tempo, no mesmo lugar,
09:04no Centro de Evangelização da Canção Nova.
09:08Volto a dizer do Frei Gilson, um milhão de pessoas em média,
09:12acordando pelas madrugadas e de 4 até as 6 horas da manhã,
09:16ali em oração, sem cessar.
09:19Os shows, Padre Fábio, Padre Reginaldo Manzotti,
09:22Padre Marcelo Rossi, Frei Gilson, nós mesmos, os leigos católicos,
09:26nossos shows, muitos deles lotados.
09:28Dia 18 de maio no Mineirinho, eu farei o meu show milésimo, milésimo show.
09:33Nós já temos, dos 15 mil ingressos, 10 mil ingressos já esgotados, vendidos.
09:39E ali teremos os ícones da música católica.
09:43Então, nesse dia mesmo, 18, nós estamos dando uma amostra
09:47do que é o movimento renovado católico que realmente tem transformado.
09:55Aqui, no Distrito Federal, nós teremos, no segundo semestre,
09:58o Desperta Brasil, no estádio de futebol Mané Garrincha.
10:02Vai estar repleto, lotado.
10:06E o mesmo perfil, o mesmo modelo, já fizemos na Arena Paracaembu,
10:12e vão ser realizados em outros estádios.
10:15Com toda certeza, não é questão de competir,
10:18é de ser melhor naquilo que você mesmo procura fazer.
10:22Se eu for melhor hoje do que fui ontem,
10:24e se amanhã eu for melhor do que sou hoje,
10:27então eu não preciso ficar querendo ser melhor do que você,
10:33ou pegar o seu público.
10:36Não.
10:36Tem o espaço para todos.
10:39Exatamente.
10:39Deputado, esteve aqui, nesse programa,
10:43o deputado Osmar Terra,
10:44e nós falamos muito sobre drogas,
10:47sobre esta incrível capacidade que as drogas têm
10:52de cozinhar o cérebro de quem usa, né?
10:56E a dificuldade é para sair e tal.
10:59E eu sei que o senhor não esconde, muito pelo contrário, né?
11:02Como é que foi a sua experiência com drogas?
11:04É, eu basicamente me detive na maconha.
11:11Então, assim, ainda bem que quando eu estava migrando para a cocaína,
11:17eu tive essa, o que a gente chama,
11:19esse encontro com Deus,
11:23e essa nova etapa da minha vida,
11:26esse novo começo,
11:27e tudo mudou.
11:29Então, isso para mim bastou,
11:31essa caminhada de fé bastou para que eu pudesse
11:34me ver livre de uma vez por todas das drogas.
11:37E sei que o senhor também faz um apoio muito grande, né?
11:40A prevenção e a tentativa de recuperação, né?
11:44Exatamente.
11:45Fiz desse, do meu próprio testemunho,
11:49o meu sentido de vida,
11:52da minha missão aqui na Terra,
11:55que é recuperar os jovens.
11:57Só na minha equipe, hoje, atualmente,
11:59eu tenho cinco ex-dependentes de crack.
12:02E milhares que já passaram por nós,
12:04que estão recuperando as drogas hoje.
12:07Nós acreditamos na recuperação,
12:09não existe caso perdido,
12:11existe realmente algumas situações muito difíceis,
12:14como desses nossos irmãos que perambulam pelas cidades,
12:17como nas Cracolândias,
12:19é muito difícil.
12:20Mas nós lutamos justamente para a recuperação das pessoas,
12:25também batalhando muito para a prevenção,
12:28e também a reinserção social.
12:30Porque depois que a gente luta tanto para recuperar um filho,
12:33um jovem, ele precisa ser acolhido no seio familiar
12:38e também no mercado de trabalho.
12:40No mercado de trabalho social, né?
12:42Então, a gente trabalha isso,
12:43os pilares da política de drogas,
12:46que é prevenção, recuperação e reinserção social.
12:50O deputado Osmar Terra mostrou aqui,
12:53ele é o autor da lei, né?
12:54Que reformulou toda a abordagem com relação
12:58à prevenção e combate às drogas.
13:03E as comunidades terapêuticas apareceram por aí, né?
13:06E o senhor apoia as comunidades terapêuticas?
13:08Sim, eu presidi por 10 anos a Frente Parlamentar das Comunidades Terapêuticas.
13:13Não só presidi, mas fundei a Frente Parlamentar das Comunidades Terapêuticas
13:18ao lado do ex-deputado Givaldo Carimbão.
13:21Nós dois idealizamos.
13:23Givaldo disse que entrou na política para cuidar e combater o cheirador de cola.
13:29E ele dizendo, olha, hoje o cheirador de cola é um nada diante do crack,
13:34que é uma doença infernal e que mata e humilha.
13:38É exatamente isso.
13:39Então eu dedico a minha vida no meu dia a dia a apoiar as comunidades terapêuticas.
13:44Tanto é assim que dos 513 deputados e 81 senadores,
13:49se somarem todos, eu sou disparado o que mais indicou emendas
13:54impositivas individuais para as comunidades terapêuticas.
13:57E para os hospitais também, né?
13:59E também para os hospitais filantrópicos.
14:01O número de hospitais filantrópicos, 120 hospitais filantrópicos em Minas Gerais.
14:05Isso me torna também o deputado que ajudou o maior número de hospitais filantrópicos.
14:10A saúde, ela tem a saúde privada, são os hospitais privados.
14:15Tem o SUS, Super SUS, que é a área pública.
14:19E tem as filantrópicas que ficam ali no meio.
14:24É iniciativa privada, mas recebe dinheiro público, né?
14:27Mais conhecidas como as Santas Casas, que são realmente desta área de filantrópicas.
14:35A saúde não está preparada no mundo, e muito menos aqui no Brasil, para cuidar desta área, né?
14:43É, na verdade, os hospitais filantrópicos hoje, sem dúvida nenhuma,
14:48eles são responsáveis pelo maior número de atendimentos SUS no Brasil.
14:54E, realmente, além de um serviço de qualidade, existe por trás de um hospital filantrópico,
15:02de uma Santa Casa, toda uma doação.
15:06Muitos deles conduzidos por congregações religiosas, orientados pelas dioceses.
15:12Existem ali trabalhos voluntários, sem deixar cair a qualidade.
15:16Muito pelo contrário.
15:16Quando eu tive Covid, quase morri.
15:21Realmente, tive entre a vida e a morte.
15:23Em Belo Horizonte, eu poderia ter ido para o Hospital Mater Dei,
15:26que é o hospital particular mais conceituado, que ali todos estavam indo.
15:31O senhor chegou a ser entubado?
15:33Não, tive com aquela máscara mais forte e com a UTI reservada.
15:39Mas o meu médico optou e ia até o fim, tentando por esse tratamento.
15:48E eu fui para o Hospital Madre Tereza.
15:51Ao invés de ir para um particular, eu fui para o Hospital Filantrópico.
15:54Graças a Deus.
15:55Porque foi ali que a minha vida foi salva.
15:58Agora, esse processo de prevenção e de recuperação, ele é demorado?
16:08E o entendimento que eu tenho é que o mundo não está preparado para isso
16:12e também não está preparado para cuidar da saúde mental.
16:17E paga caro por essa dificuldade, né?
16:19É, olha, eu tenho, como eu te disse, já passei pelas drogas e tenho 35 anos de militância diária
16:28na recuperação de dependentes químicos.
16:30Eu tenho uma convicção.
16:31As comunidades terapêuticas são a salvação para a dependência química no Brasil.
16:39Se você fizer um comparativo dos CAPs AD, que são equipamentos públicos,
16:44que tratam saúde mental, que muitas vezes tratam muito mais a redução de danos
16:50do que propriamente a recuperação e a reinserção.
16:57E se comparar o resultado das comunidades terapêuticas, há uma discrepância total.
17:03As comunidades terapêuticas, elas recuperam o ser humano.
17:06Nós temos hoje, como a Fazenda da Esperança, espalhada pelo Brasil inteiro,
17:11que chega a 60%, 65% o índice de recuperação.
17:16Que não é só o índice daquele que completou o tratamento de nove meses,
17:20é daquele que é monitorado durante anos e que não teve recaída.
17:25Então, se existe hoje uma esperança para as famílias na recuperação dos seus filhos,
17:31está nas comunidades terapêuticas.
17:33Agora, é claro que, vamos dizer ali, 5%, nós temos que lançar a mão
17:38de uma internação compulsória.
17:41Por exemplo, quando o indivíduo, ele começa a ameaçar a mãe,
17:46tentar matar o pai, começa a roubar a casa,
17:49começa a atentar contra a vida do filho,
17:53e ele não quer, por sua livre e espontânea vontade,
17:57se recuperar.
17:59Porque as comunidades terapêuticas são voluntárias,
18:01ou seja, você precisa querer.
18:03E quando, dentro de casa, existe alguém que está colocando em risco a família,
18:08e ele perde a capacidade de livre-arbítrio,
18:13a capacidade de decisão,
18:15então, nesse percentual pequeno,
18:18há necessidade de um juiz ou um médico
18:21determinarem que aquela pessoa, aquele irmão nosso,
18:26ele vá para uma clínica.
18:28É diferente de comunidade terapêutica.
18:29E existe também...
18:31Isso não é o Ministério Público.
18:33Exatamente.
18:34Porque o importante é salvar aquela vida,
18:37e também impedir que aquela pessoa
18:41coloque em risco a vida de outros.
18:43Nós sabemos que 80% daqueles que hoje cometem crimes,
18:48direto ou indiretamente, tem a ver com as drogas.
18:50Deputado, o senhor é um provável,
18:53um pré-candidato, um provável candidato ao Senado
18:56por Minas Gerais.
18:57Eu tento aqui na Jovem, para explicar ali a política de Minas,
19:00o ex-presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco,
19:05foi eleito ali para derrotar a Dilma Rousseff,
19:09mas depois a relação dele com o PT acabou decepcionando os eleitores,
19:16ele ficou fora de órbita ali em Minas Gerais.
19:19A política de Minas está muito mexida, né?
19:21Como é que é, eu queria que o senhor explicasse ali,
19:25como é que está a política em Minas Gerais?
19:27Quem é quem lá?
19:28Tem o Zema, que não pode ser eleito,
19:31será provavelmente candidato à presidência, né?
19:33Então, eu queria começar pela pesquisa, né?
19:37Porque isso...
19:38Ah, o senhor já tem pesquisa.
19:39Já temos duas pesquisas que foram publicadas.
19:42Uma da Veritar, do Instituto Veritar,
19:45que me coloca em terceiro lugar,
19:48porém, atrás da Marília, prefeita de contagem,
19:52que não será, provavelmente não será candidata,
19:56e também do próprio Rodrigo Pacheco,
19:57que também já afirmou que não será candidato ao Senado.
20:00Sendo assim, teoria...
20:01Ele pode ser candidato ao governo, né?
20:03Exatamente.
20:04Na prática, pela pesquisa Veritar,
20:07eu estou em primeiro, eu estou liderando.
20:08E aí, logo em seguida, vem o Instituto Paraná.
20:10Paraná Pesquisa, que também coloca na minha frente
20:14candidatos que praticamente...
20:17O ministro Alexandre Silveira é candidato também, né?
20:20É, mas está atrás de mim na pesquisa.
20:24É o ministro de Minas e Energia, né?
20:26É.
20:26Então, assim, realmente, depois de cinco mandatos,
20:29eu sou votado em todos os municípios de Minas Gerais.
20:33Caminho por toda Minas Gerais.
20:35Sou, como você mesmo disse,
20:36aquele que mais ajudou,
20:38o número maior de hospitais filantrópicos no meu estado,
20:42que mais recurso de emenda impositiva individual
20:45mandou para polícia militar, bombeiro, polícia civil,
20:49aquele que disparadamente mais ajudou
20:52as comunidades terapêuticas
20:53e a recuperação dos dependentes químicos
20:55nas famílias de Minas Gerais.
20:58Eu, depois desses cinco mandatos,
21:00realmente, os segmentos que me acompanham.
21:03E também eu vejo o próprio partido,
21:07que é o PL,
21:08com uma abertura grande,
21:11me enxergando como um potencial
21:15candidato ao Senado.
21:18Vejo que chegou realmente a minha hora
21:20de dar essa contribuição para o meu estado de Minas Gerais
21:23e para o Brasil.
21:24E quero, sim,
21:27se Deus permitir que eu esteja lá,
21:30contribuir para um Senado forte,
21:33independente,
21:35que realmente resguarde as prerrogativas do Legislativo
21:39e que freie qualquer tipo de arbitrariedade
21:44ou de invasão de competência
21:47por outros poderes,
21:49como, por exemplo,
21:51o Poder Judiciário.
21:52Muito bem.
21:54Minas Gerais é um estado muito importante,
21:57não só pelo número de eleitores,
21:59mas também é uma essência de Brasil.
22:01Tem fronteiras com Bahia, Espírito Santo,
22:05Rio de Janeiro, São Paulo.
22:06Ou seja, ali formam uma média
22:08de um pensamento muito importante
22:10e uma transição do norte para o sul do país.
22:13Então, é um estado de referência.
22:16Tradicionalmente,
22:17o candidato à presidência da República
22:19que ganha em Minas Gerais
22:21acaba vencedor.
22:23Daí a importância.
22:24O Zema será candidato à presidência, né?
22:27É.
22:27Conta com o apoio do seu grupo,
22:29do grupo liberal?
22:31Não, o nosso líder
22:33é o presidente Jair Bolsonaro.
22:36E ele que está definindo
22:38e que definirá o rumo
22:40do movimento de direita.
22:44E tem uma estratégia
22:45de dominar o Senado Federal, né?
22:47Me dizem os líderes do Pérez,
22:49que é chegar a 40 senadores dos 81, né?
22:53Exatamente.
22:53E nessa questão do governo,
22:56ele tem se aproximado
22:57do governador Zema,
22:58que tem pretensões aí
23:00como candidato a presidente
23:01ou vice-presidente.
23:02Mas, no nosso caso,
23:04nós temos uma convicção
23:05de que o presidente Bolsonaro,
23:07ele estará elegível
23:09e ele será, ao meu ver,
23:12o próximo presidente do Brasil.
23:15E dentro desta lógica,
23:19dessa composição,
23:20é que eu, hoje,
23:23estou sendo, vamos dizer assim,
23:26cotado para o lado dele
23:28ser um dos dois senadores
23:30de Minas Gerais.
23:30Os candidatos de Minas ao Senado.
23:32Eu vi que o senhor assinou
23:33o requerimento de urgência
23:34ao projeto da anistia, né?
23:36O que o senhor acha
23:37que o Congresso
23:39tem que mudar
23:40uma decisão da justiça?
23:43Você sabe que
23:44das 494 mulheres
23:48que foram presas,
23:5066 estavam dentro
23:52dos prédios públicos.
23:55As demais estavam em vigília
23:57naquele acampamento,
23:59sem fazer baderna,
24:01muitas delas em oração,
24:03muitas católicas
24:04de Minas Gerais,
24:05com as quais eu convivi,
24:06com as quais eu conversei.
24:09Dessas 66 que estavam dentro...
24:11O senhor visitou, né?
24:12Eu visitei mais de uma vez
24:14a colmeia.
24:16E é de doer o coração.
24:18Imagina.
24:19Como essa menina do batom,
24:21que se tornou um ícone.
24:23Ao mesmo tempo que a gente vê
24:24o brasão sendo livre.
24:28E tanto clamor teve.
24:30Quem matou Marielle,
24:33mas está...
24:33Visão domiciliar.
24:34Visão domiciliar.
24:35E temos ali a Dalgisa,
24:37de 65 anos,
24:39que estava no acampamento,
24:42tomou um tiro de bala,
24:44de borracha,
24:45foi socorrida e levada
24:47para dentro do prédio.
24:49Ali ela foi presa
24:50e considerada como alguém
24:52que invadiu o prédio.
24:53Cada testemunho,
24:57cada realidade de pessoas
24:58que jamais fizeram mal
25:02a qualquer pessoa,
25:04que é de doer o coração.
25:07Independente se é de direita,
25:08de esquerda,
25:09é de doer o coração.
25:11Recordando que há poucos anos atrás
25:13nós tivemos o MST
25:14pôr no fogo,
25:16quebrando e estragando
25:19os prédios públicos.
25:21e nenhum foi preso ou condenado.
25:25Foram condenados a pagar
25:26os estragos e medidas sociais.
25:30Agora, 17 anos,
25:3130 milhões de reais
25:34por um batom escrito...
25:37Na verdade,
25:38ninguém é condenado
25:39há 14, 17 anos pelo batom,
25:41mas sim uma soma
25:42das condenações
25:44que poderá chegar a isso.
25:46Ainda não há conclusão
25:47sobre a condenação dela.
25:49Eu tenho a impressão
25:51que o projeto
25:52que se discute na Câmara
25:54é redução,
25:55não é perdão geral, né?
25:56Não é uma impunidade.
25:58A anistia
25:59quer mostrar que ali...
26:02O senhor defende
26:02a anistia geral mesmo?
26:04A anistia geral
26:05e a redução
26:08de penas
26:09daqueles que fizeram
26:11a chamada
26:11baderna.
26:13Quebra-quebra, né?
26:14Ou que tiveram
26:15alguma ação efetiva
26:17comprovada no dano
26:19do patrimônio público.
26:21Esse sim.
26:22Mas nas devidas proporções.
26:25Agora,
26:26para aquelas mulheres,
26:29mães de família
26:29que estavam no acampamento,
26:31onde o próprio general
26:32disse,
26:34eles foram dormir
26:35achando que estavam
26:36resguardados por nós.
26:38E durante a noite,
26:40quando amanheceu,
26:41nós prendemos mais de mil.
26:42Foram colocados nos ônibus,
26:44falando que eles iam
26:45para algum outro lugar
26:46para só deixar aquele local.
26:48De repente,
26:49estavam num galpão,
26:51todos presos.
26:52E isso realmente,
26:54hoje,
26:54internacionalmente,
26:55já está consolidada
26:58essa impressão
26:59de que houve
27:00um total arbítrio.
27:02Eu acompanhei esse momento,
27:03foi um momento
27:03muito complexo.
27:05Eu me lembro
27:06que um dos que estavam lá,
27:09aliás, vários,
27:10pedindo Wi-Fi
27:11para usar o telefone celular,
27:14e disseram para ele,
27:15preste atenção,
27:16você está preso.
27:17Ele olhou,
27:18eu preso?
27:19Sim,
27:19estava preso, sim.
27:21Deputado,
27:22eu sei,
27:23eu queria tocar
27:23num assunto muito importante,
27:25porque El Salvador
27:26se transformou
27:27num exemplo mundial.
27:30Acabou com a violência lá,
27:31que era absurdo,
27:33o país mais violento do mundo,
27:34com gangues
27:35mandando no país,
27:37as pessoas tatuando
27:39nomes de gangues
27:41no peito
27:42e tendo orgulho
27:44de colocar
27:44a tatuagem
27:45de quantas pessoas
27:46tinham matado.
27:48Aí chega um governo
27:49e coloca
27:51uma quantidade imensa
27:53de gente
27:54nas cadeias,
27:55é questionado
27:56por grupos
27:57humanitários
27:58pelo mundo afora,
27:59mas resolveu o problema,
28:00isso foi lá.
28:02Como é que é a situação?
28:03É admirável
28:05hoje você
28:06ter a oportunidade
28:07que eu tive
28:07de ir a El Salvador
28:09com o presidente Bukele.
28:12Não estive diretamente
28:13com o presidente Bukele,
28:14mas estive ali
28:15com parlamentares
28:16e com pessoas
28:17que trabalham
28:18no governo.
28:19Realmente ele mudou
28:20como poucas vezes
28:23se viu no mundo.
28:23Encheu as cadeias,
28:25mas mudou.
28:25Ele construiu presídios,
28:28fez as pessoas,
28:30realmente ele conseguiu
28:31separar.
28:31Ele prendeu um quarto,
28:32é isso?
28:33Um quarto da população?
28:34Um quarto da população,
28:3520% da população.
28:41O senhor defende
28:42isso aqui no Brasil?
28:43Defendo
28:44no critério Bukele.
28:48Ele identificou realmente
28:50quem era...
28:51Tinha tatuagem
28:52de facção criminosa,
28:54você já ia para a cadeia?
28:55É,
28:56mas estava claro ali
28:57o histórico,
28:59estava claro
29:00a ligação.
29:01Então,
29:02ele realmente transformou.
29:03eu fui lá.
29:05Eu caminhei à noite
29:06na cidade.
29:07Eu fui à missa
29:08na cidade.
29:09Eu fui
29:09nos restaurantes,
29:11porque inclusive
29:11lá também tem uma característica
29:13de receber em bitcoin.
29:15E eu sou o autor
29:16do projeto
29:17que propõe
29:18uma reserva
29:19estratégica e soberana
29:20de bitcoin
29:21no Brasil.
29:22No Banco Central.
29:23Alguma coisa
29:23totalmente inovadora.
29:26E nessa oportunidade
29:28de estar em El Salvador,
29:29nós percebemos
29:30que o país
29:31que era o mais violento
29:31do mundo,
29:32hoje é o país
29:33mais seguro,
29:34um presidente
29:35que tem 90%
29:36de aceitação.
29:38Esteve agora
29:39com o Donald Trump,
29:41foi lá
29:41para eles
29:42compartilharem
29:43políticas públicas.
29:45Um presidente
29:46que parece
29:48que,
29:49assim,
29:49quem olha
29:50o número
29:50de prisões,
29:51que é um cara
29:52ditador,
29:53truculento,
29:54uma pessoa
29:55extremamente sensível,
29:57sensata,
29:58uma pessoa
29:58temente a Deus,
30:00mas que realmente
30:01teve que ser,
30:02teve que ter
30:02tolerância zero
30:03com o crime.
30:04Inclusive,
30:05ele faz uma crítica
30:06no Brasil.
30:07Ele diz que
30:08violência existe
30:09em todos os países,
30:10crime existe
30:12em todos os países,
30:13agora,
30:14guetos
30:15dominados
30:16por facções
30:17aonde
30:18o poder
30:19público
30:20não é permitido
30:21entrar,
30:22isso
30:23só existe
30:24em países
30:25aonde
30:25há
30:26conivência
30:27de algum,
30:28de alguém
30:29que esteja
30:29de alguma
30:30forma
30:30no poder.
30:32Muito bem,
30:33uma conversa
30:34boa com o deputado
30:35federal por
30:36Minas Gerais,
30:37Eros Binhodini,
30:38queria agradecer
30:38muito o deputado
30:39e agradecer
30:40a você
30:41que esteve
30:41aqui
30:41nesta conversa
30:43boa.
30:43Isso aí,
30:44obrigado.
30:50A opinião
30:52dos nossos
30:52comentaristas
30:53não reflete
30:54necessariamente
30:55a opinião
30:56do Grupo
30:56Jovem Pan
30:57de Comunicação
30:58Realização
31:02Jovem Pan News
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