Com tarifas americanas pressionando a China, o Brasil surge como parceiro estratégico para ampliar exportações. Henry Osvald, presidente da BraCham, destaca oportunidades em commodities, veículos elétricos e tecnologia. Relação com Pequim pode avançar com apoio do Banco dos Brics.
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NotíciasTranscrição
00:00Diante das altas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a China,
00:04a indústria brasileira tem o potencial de se tornar uma parceira ainda maior do país asiático,
00:09recebendo mais produtos chineses.
00:12Sobre esse assunto, eu converso agora com o Henry Oswald,
00:15presidente da Associação de Empresas Brasileiras na China para a Indústria, Comércio e Tecnologia.
00:20Henry, boa noite, tudo bem?
00:22Boa noite, tudo bem.
00:23Obrigado pela sua presença aqui, viu?
00:24Obrigado.
00:24Henry, antes de mais nada, já estão havendo conversas,
00:29já está havendo conversas com a China no sentido de aumentar a venda dos nossos produtos para eles?
00:34Sim, estão bastante intensas, inclusive até recentemente o próprio presidente Lula
00:38confirmou a ida à China no próximo mês, não somente de commodities,
00:43mas a própria Embraer, até com embargos com a indústria aeronáutica americana.
00:48E esperamos que isso possa se diversificar para produtos de maior valor agregado,
00:52até porque nós sabemos que somente commodities não é o mais benéfico,
00:56tanto para a indústria nacional quanto para o próprio governo em termos de tributação.
01:01E quais produtos, por exemplo, estariam mais no radar?
01:04Se fala, obviamente, hoje existe uma movimentação muito maior da China até vindo para o Brasil
01:10para tentar ajudar o país a agregar valor através dos seus commodities.
01:15Infelizmente, a competitividade que o país tem para produtos de valor agregado para a exportação da China,
01:20ela é ainda um pouco baixa, então há interesse inicial imediato da China realmente a aumentar essa importação de commodities,
01:29mas esperamos que o governo consiga ir a acordos para atrair cada vez mais tecnologia e investimento chinês no país,
01:35porque existe um apetite muito grande da China para tentar realmente suprir essa queda de demanda com os Estados Unidos
01:42para países como o Brasil, que é uma das prioridades.
01:45E aí o mercado automotivo é um dos focos, então?
01:48Sem dúvida, tanto a eletrificação, onde existem mais montadoras com interesse para virem ao Brasil,
01:55não somente as montadoras, mas a cadeia de suprimentos toda da chinesa para virem ao Brasil,
02:00e esperamos que isso possa ajudar realmente a fomentar mais a indústria,
02:04porque eu acho que é um momento muito bom para o país, para poder realmente ser uma alternativa,
02:09a própria China está buscando alternativas ao Sudeste Asiático, que naturalmente vai manter-se uma tributação mais elevada,
02:18porque a China já vem se movimentando pelo menos há três anos, migrando a sua indústria para países do Sudeste Asiático,
02:25para o próprio México, e agora realmente está havendo até uma oportunidade no Brasil para migrar a sua indústria.
02:32A gente está vendo, enfim, é muito comum ver nas ruas de uma cidade como São Paulo os carros elétricos chineses
02:38rodando por aí, cada vez mais frequentemente.
02:41E existem várias iniciativas no Brasil também de se ampliar a oferta de pontos de recarga para esses veículos.
02:48Quer dizer, você diria que o terreno está mais ou menos pronto para aumentar essa relação com a China
02:54na questão do mercado de veículos elétricos?
02:56Sem dúvida, veículos elétricos e a própria indústria chinesa, é importante entender que o governo chinês
03:02ele direciona o setor privado para que venha toda a cadeia.
03:06Então, por exemplo, venham as montadoras, venham inclusive os fornecedores de pontos de recarga,
03:12para que possa criar todo esse ambiente já no país onde eles vão inserir.
03:18E a parte de energia limpa, tanto veículos quanto painéis solares, etc., é uma das grandes prioridades.
03:25Temos aí a própria BYUD fabricando também painéis, não somente carros, veículos e as montadoras
03:31certamente estarão vindo e criando todo esse sistema para poder, para que possa melhorar também
03:36a infraestrutura no Brasil para a eletrificação.
03:40E aí, em contrapartida, eles lá estão dando abertura também para a gente tentar colocar mais os nossos produtos lá,
03:45para além das commodities.
03:46Sem dúvida, acho que a China e o Brasil sempre tiveram uma relação comercial muito boa, né?
03:51Estamos tentando através da própria Brachan, que é a associação que temos lá hoje com mais de 140 empresas, né?
03:58E existem, inclusive, até conversas mais afins diplomáticos para facilitar ainda mais essa integração,
04:06porque, sem dúvida, a China hoje é um grande exportador também de tecnologia e tem muito interesse
04:10em poder migrar mais para o país aqui para que a gente possa agregar valor aos nossos produtos.
04:16Você citou a viagem do presidente Lula para a China no mês que vem.
04:20Existe a expectativa de alguns negócios já serem anunciados por ocasião dessa viagem?
04:25Sim, existe, principalmente em relação ao próprio Banco BRICS, que é ex-presidente Dilma Rousseff e preside,
04:32de poder ter mais investimento em infraestrutura no país.
04:35Isso é algo que a China, através da Rota da Seda, vem querendo intensificar ainda mais com o Brasil.
04:41Entendemos que deve ter algo dessa natureza.
04:44Obviamente, existe também uma pauta muito forte em termos de aprovação de mais frigoríficos
04:49e de poder, realmente, cada vez importar mais comoditos, que é o principal interesse da China.
04:55Mas a China também está com muito apetite, acho que hoje é um dos países que tem os juros mais baixos do mundo.
05:02Os juros locais, a gente está falando em torno de 13,5% ao ano, que realmente...
05:06E a economia também está fragilizada, por isso eles estão buscando investir bastante no Brasil.
05:12Acho que podemos esperar realmente muita movimentação de empresas e, inclusive, chineses vindo ao Brasil.
05:19Tivemos uma reunião com o embaixador da China, semana passada, com as empresas.
05:23A embaixada e os consulados comentaram que, inclusive, quadriplicou o número de vistos de chineses vindo ao Brasil
05:28e que, inclusive, essa demanda seria muito maior e que deve cada vez se intensificar.
05:33Você citou a nova Rota da Seda, o mega programa de investimentos em infraestrutura da China pelo mundo.
05:40No ano passado, no fim do ano passado, o presidente Inês Xi Jinping veio ao Brasil,
05:44teve reuniões com o governo, com o próprio presidente Lula.
05:47Agora, o Brasil não aderiu formalmente à nova Rota da Seda.
05:51É possível avançar nesse aprofundamento da relação comercial, mesmo com o Brasil, vamos dizer assim, não assinando?
05:58Olha, eu acredito, inclusive, que essa movimentação dos Estados Unidos agora, isso deva voltar à pauta,
06:04porque, anteriormente, também, acho que o próprio governo tinha um pouco de receio, até em função do posicionamento americano.
06:10Mas acho que, pelo atual cenário até que se tem agora, deve ser algo que deve voltar a tema,
06:18que é uma grande frustração até da China, porque o Brasil é um país extremamente estratégico para fechar toda essa rota
06:26e, muito possivelmente, deve ser algo que venha a ser efetivado.
06:30Acho que aumentam as chances de a gente formalizar a adesão a esse programa.
06:34Acredito que sim, porque hoje, na própria América Latina, se você ver, já tem muitos países.
06:38A própria Argentina, apesar de ter um governo mais de direita, também tem uma relação muito próxima.
06:45O México, que é um outro grande país, e o Brasil, acho que até pela relação e pela própria necessidade,
06:51porque hoje, como comentei, é um parceiro que tem mais apetite para que possa ajudar ao país.
06:58Ao mesmo tempo, é um momento delicado, olhando também a relação nossa com os Estados Unidos,
07:03porque, de fato, é uma partida numa guerra que, de fato, está colocada.
07:08Sem dúvida, e a própria China já colocou publicamente que os países que facilitarem demais a relação com os Estados Unidos
07:15vão sofrer os mesmos embargos.
07:16Então, assim, é um jogo agora bastante delicado, mas eu acredito que o Brasil está numa situação bastante positiva,
07:25até por ser um grande fornecedor de commodities,
07:28com o contrário dos Estados Unidos, que realmente eu acho que a situação é bem mais complicada.
07:33Essa necessidade da China vem caindo nos últimos três anos,
07:37partiu de 20%, hoje na casa de 12%.
07:40Então, os Estados Unidos vão ter que realmente ceder, como estávamos vendo aí anteriormente.
07:46Henry Oswald, presidente da Associação de Empresas Brasileiras na China para a Indústria, Comércio e Tecnologia.
07:52Obrigado, Henry, pela sua presença aqui, pelos esclarecimentos, pela sua análise e bom resto de semana.
07:57Muito obrigado.
07:57Obrigado, valeu, boa noite.
07:58Obrigado.