Marco Barbosa, diretor da Came do Brasil, analisou os impactos do tarifaço de Trump sobre o setor de segurança. Ele explicou como a guerra comercial entre EUA e China pode afetar insumos no Brasil e apontou oportunidades para a indústria nacional.
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NotíciasTranscrição
00:00Um setor que sofre com abalos com o tarifaço de Donald Trump é o de segurança.
00:05Marco Barbosa, diretor da Cami do Brasil, vai explicar pra gente os efeitos das tarifas de importação dos Estados Unidos
00:12e também as estratégias que estão sendo tomadas.
00:16Bom, Marco, bom dia pra você. Primeiramente, muito obrigada por participar ao vivo comigo e com a Maria Almeida aqui do Agora.
00:22Marco, de que forma o tarifaço afeta o setor de segurança, que é o setor em que você trabalha? Bom dia.
00:30Bom dia a todos. Bom dia à audiência também.
00:35O fato é que no setor de segurança, muito da tecnologia, ela é incorporada de países que detêm essa tecnologia.
00:43Estados Unidos, por exemplo, China também.
00:47Então, dependendo muito da empresa, de onde ela importa o produto final ou os componentes,
00:53ele acaba sendo afetado por, nós estamos presenciando hoje em dia, essa guerra tarifária.
01:00Então, é um ponto de atenção para o segmento, porque direto ou indiretamente vai acabar sendo afetado
01:06com algum incremento de preço ou falta de produto.
01:11Obrigada pela tua participação aqui com a gente.
01:14Todo o setor que acaba tendo uma grande parte de tecnologia envolvida,
01:19tem mesmo esse efeito, porque China e Estados Unidos, de alguma maneira, cooperaram muito nesse desenvolvimento tecnológico.
01:25Esse, por enquanto, a gente está meio no movimento meio stand-by, sem saber exatamente o quanto se consolida ou não.
01:32Você já tem observado quedas ou dificuldade de aquisição de algum tipo de insumos ou de produtos para o setor aqui no Brasil?
01:41Olha, é tudo muito recente e mudando com frequência.
01:49Praticamente toda semana a gente tem alguma informação nova, principalmente a gente observou semana passada
01:56que parte dos componentes eletrônicos para telefonia, Estados Unidos fez uma tarifa diferente com a China.
02:03Aqui no Brasil, por enquanto, eu vejo, dependendo muito de como vai ser as próximas semanas,
02:12mas uma oportunidade bem grande para o Brasil poder abastecer alguns mercados diante dessa briga.
02:20Vai depender bastante de como a extensão entre Estados Unidos e China vai se portar,
02:28mas cria uma oportunidade bem grande para o mercado brasileiro poder atender essa demanda
02:34que, em algum momento, dessa briga vai criar essa oportunidade.
02:40A gente precisa estar preparado.
02:42Vai depender muito do que o setor vai propiciar para quem demanda esses tipos de peças,
02:51seja dos Estados Unidos ou seja da China ou de algum outro país do Sudeste Asiático, por exemplo.
02:57E a dificuldade, mas oportunidade também.
03:02Marco, essa nova política tarifária dos Estados Unidos, ela vem num momento,
03:07ela está ocorrendo num momento no qual o temor da população brasileira com a criminalidade
03:12tem aumentado a cada dia.
03:15E é justamente o setor que vocês trabalham.
03:18Eu queria que você dissesse para a gente, também contextualizasse isso,
03:21e que tipo de equipamentos, são câmeras de segurança,
03:25que tipo de equipamentos que são incluídos aí nesse setor?
03:31Perfeito.
03:32Quando você demanda de tecnologia de ponta, por exemplo,
03:35nós temos justamente os dois países, Estados Unidos e temos a China.
03:40Por exemplo, a parte de segurança eletrônica,
03:45ou vamos supor que dentro da segurança eletrônica a gente tem as câmeras,
03:50a maior parte delas vem da China.
03:52Então, como a China e o Brasil ainda têm um bom relacionamento comercial,
03:57isso não deve afetar.
03:58Mas onde tem outros produtos que detêm, por exemplo, chips,
04:03ou algum outro produto de alta tecnologia,
04:05que é de venda nos Estados Unidos,
04:07com a tarifa nova que está imposta aqui para o Brasil de 10%,
04:12então isso pode ter algum impacto.
04:15Mas a China ainda proporciona para nós um bom abastecimento de produtos de alta tecnologia.
04:22Então, nesse momento, para o Brasil,
04:25para quem importa da China, eu não vejo como uma ameaça,
04:27eu vejo até como uma oportunidade.
04:29Dos Estados Unidos, vai depender muito da pressão que a gente sofrer
04:33do próprio governo americano
04:35para fazer a comercialização mais com eles do que com a China.
04:41Tem oportunidade diante dessa dificuldade.
04:45Você mencionou oportunidade agora,
04:46você tinha falado na primeira resposta
04:48de que era importante para o Brasil estar preparado para ocupar um espaço.
04:53Quais são os segmentos em que o Brasil pode ocupar esse espaço
04:56de maneira mais específica em relação à indústria?
04:58E o que precisa fazer para se preparar?
05:01Quais você acha que são os pontos-chave que a gente tem que estar de olho
05:04nos próximos meses para, de fato, poder transformar essa oportunidade
05:09em ganhos para o Brasil?
05:12Bom, um setor que eu vejo, assim, de repercussão imediata,
05:17de oportunidade, o agronegócio,
05:20porque com essa situação entre Estados Unidos e China,
05:25o agronegócio tem uma grande oportunidade de abastecer a China
05:30e abastecer, inclusive, os próprios Estados Unidos.
05:35E, com relação à capital mais gerador de negócios,
05:43como o setor da indústria,
05:45se a nossa indústria se preparar para poder absorver
05:50parte de produtos que os Estados Unidos não vão comprar da China
05:54e vice-versa, principalmente os Estados Unidos,
05:57a gente tem uma grande oportunidade com a indústria de abastecer.
06:01Porém, a gente precisa estar preparado,
06:02porque a nossa indústria não está ainda no nível
06:05que precisaria para poder gerar a produção excedente
06:10para abastecer os Estados Unidos
06:12e não deixar o mercado interno na mão,
06:15o que encareceria os produtos e alavancaria a inflação.
06:19Aí geraria um outro problema.
06:21Mas a oportunidade está lançada.
06:24O mercado precisa estar preparado,
06:26porque à medida que a gente vai exportar produtos para fora,
06:30a gente desabastece o mercado interno na contrapartida
06:33e isso vai aumentar o valor dos produtos e gera inflação.
06:38Então, a gente precisa saber balancear
06:40e o governo precisa criar uma política
06:43que proporcione abastecer o mercado interno
06:47e também apreciar essa oportunidade que vai aparecer para o Brasil.
06:54É uma oportunidade diante da dificuldade.
06:57Agora, dentro do setor de segurança,
06:59você vê espaço para o Brasil ampliar a sua capacidade de produção?
07:04Quais são os entraves, eventualmente, tecnológicos
07:06que o Brasil teria para poder avançar
07:08na maior capacidade produtiva no setor de segurança?
07:13Olha, o Brasil tem uma indústria pujante no setor de segurança,
07:17até porque, como o Brasil é um país infelizmente inseguro,
07:22o mercado consome produtos aqui,
07:25que, por exemplo, no nosso caso,
07:26é vendido só para segmentos lá fora de antiterrorismo.
07:31Então, a nossa violência interna gera, na contrapartida,
07:37a absorção de produtos muito específicos de alta tecnologia.
07:42Dependendo muito de onde essa indústria importa os componentes,
07:45eu não vejo um problema imediato.
07:48Eu vejo até a oportunidade.
07:50Então, eu acredito que essa situação que está gerada
07:55dessa guerra tarifária,
07:56ela despertou no mundo inteiro a necessidade
08:00de não ficar presa a um fornecedor principal
08:05ou a um mercado principal,
08:07assim como foi na Europa,
08:08há muitos anos atrás, com relação à energia.
08:10E todo mundo consumia o gás russo,
08:14aí, de repente, teve uma reviravolta
08:17e todo mundo se percebeu que estava ligado
08:20a um fornecedor que ia fazer todo o processo
08:23de encarecimento para todo o continente.
08:27Aqui, eu vejo a mesma coisa.
08:30Todo mundo despertou,
08:31bom, não posso só consumir ou vender para um país
08:35ou para um segmento, eu tenho que ampliar.
08:38Eu acredito que a gente vai sair mais forte disso
08:40se souber aproveitar a oportunidade.
08:43Muito obrigada pelas suas informações, viu?
08:47Marco Barbosa, diretor da Cami do Brasil.
08:50Obrigada por ter participado ao vivo
08:51nessa manhã de terça-feira comigo e com a Mari
08:53aqui do Agora.
08:54Um ótimo dia para você.
08:56Obrigado, eu que agradeço.
08:57Um bom dia a todos.
08:58Bom dia.
08:59Um bom dia.