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Categoria

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Diversão
Transcrição
00:00O que é isso?
00:30É fogo!
00:31É fogo!
00:32Socorro!
00:33Caraca!
00:34Caraca!
00:35É fogo!
00:36É fogo!
00:37Caramba!
00:38É eu que tô pegando fogo!
00:39Socorro!
00:40Estou acontecendo!
00:41É fogo!
00:42É fogo!
00:43Calma aí, vou!
00:44Cuidado!
00:45Calma aí!
00:46O que é que está acontecendo?
00:47É fogo!
00:48É fogo mesmo!
00:49Calma aí!
00:50É fogo mesmo!
00:51É fogo mesmo!
00:52Ai, Jesus!
00:53Não, Ti!
00:54Não chega lá perto!
00:55Não chega!
00:56Não chega!
00:57Eu não quero ficar viúva!
00:58Meu Deus!
00:59Ai, meu Deus!
01:00A minha casinha!
01:01A minha salinha!
01:02A minha cozinha!
01:03Ai, meu Deus!
01:04As compras do mês que eu fiz!
01:05Vai torrar tudo!
01:06Ai, meu Deus!
01:07Calma!
01:08Calma!
01:09Calma!
01:10Calma!
01:11Calma!
01:12Calma!
01:13Vai lá!
01:14Vamos evacuar na casa, cara!
01:15Vai, seu Floriano!
01:16Os idosos!
01:21Meu Deus!
01:22Quando eu imaginei Dona Nenê torradinha, seu Floriano, meu Deus, me deu uma coragem, valentia
01:26que dá na gente, né?
01:27Fui lá, apaguei fogo todo!
01:28Que é isso, Agostinho?
01:29Você nem chegou perto!
01:30Quem apagou fogo, fomos e o Itu!
01:32É!
01:33O Agostinho ajudou sim!
01:34Ajudou que eu vi!
01:35Abriu a torneira.
01:36Bel, não vamos polemizar. Deixa eu falar.
01:38Uma coisa que eu não entendi assim, de uma maneira assim.
01:40Como é que pegou fogo no quarto do Tuco, seu Floreno,
01:42se geralmente o lugar que pega fogo,
01:44é onde temos um quarto meio também, Bel.
01:48Eu sei como é que pegou fogo.
01:50Foi aquela tralha eletrônica que o Tuco tem lá no quarto.
01:53Naturalmente deu uma pane total.
01:56Curto-circuito naquela porcaria velha.
01:59Curto-circuito, né? Curto-circuito.
02:01Que mané curto-circuito?
02:03A culpa foi sua que fica fumando escondido ali na cama
02:05e aí acabou tacando fogo no...
02:07Olha aqui, olha aqui, olha lá, olha lá.
02:09Eu não tô acredit...
02:11Papai, eu não acredito.
02:12Papai, papai, você tá fumando escondido, é?
02:15Culpa sua que me proibiu de fumar na sala.
02:18Não, não te proibiu de fumar na sala, papai.
02:20Eu te proibi de fumar, ponto, tá?
02:22Justamente, justamente.
02:24Por isso é que eu tive que fumar no quarto.
02:26E a senhora acha que fumar escondido não faz mal pra tosse?
02:29Que tosse, que tosse!
02:32Ai, ó...
02:34Há uma semana que o médico pediu os exames,
02:36mas esse teimoso aí não vai fazer.
02:38O seu Floriano está decidido.
02:39O senhor não fuma mais até a gente descobrir a causa dessa tosse.
02:43Para, para com isso, Lineiro.
02:45A causa da tosse não é o cigarro, não.
02:49A causa da tosse é a fumaça do incêndio, é isso aí.
02:53A causa da fumaça do incêndio, do incêndio e da tosse é do cigarro, sim senhor.
02:59Chega, a noite já foi animada demais.
03:01Vamos dormir agora que eu quero acordar cedo
03:03pra levar o seu Floriano amanhã pra fazer esses tais exames.
03:06Ah, muito bonito. E eu vou dormir onde?
03:09Meu colchão tá todo incendiado.
03:11Onde é que você vai dormir, paizinho?
03:13Você vai dormir, olha, no sofá da sala.
03:16Quem mandou você incêndiar o seu colchão?
03:19Boa noite, gente. Vou dormir.
03:21Isso não é justo. Isso não é justo.
03:24Uma criatura com a minha idade dormir no sofá da sala.
03:29O senhor é responsável.
03:31O senhor praticamente tocou fogo nas pessoas que estão aqui dormindo.
03:33O senhor está reclamando?
03:34Agostinho, não exagero.
03:36Não, ele tá certo. Lineiro, deixa.
03:39Ele tá certo, sim.
03:41Se eu tivesse a minha casa, o meu puxadinho, lembra?
03:44Eu te pedi tanto.
03:46Aí eu fumaria onde bem entendesse.
03:48A casa não é minha, não é?
03:51Tenho que deitar no sofá da sala e achar ótimo.
03:56Floriano, só pode dar um conselho pro senhor.
03:57Se o senhor for fumar escondido,
03:59toma cuidado pra não tocar fogo na sala.
04:01Ah, vai, vai, vai.
04:14Além do mais, ele é sedentário, fumante e torce sem parar uma semana.
04:20Não é nada disso, doutor.
04:22Meu único problema, pra falar a verdade,
04:24é essa maldita dor nas costas que eu peguei
04:27porque me obrigaram a dormir no sofá da sala.
04:29É isso.
04:30Tudo bem. Vou fazer um check-up completo.
04:33É isso aí.
04:34Com licença.
04:35Vai, vai, vai.
04:36Fazer um check-up completo.
04:37Dá pra nem que eu espero.
04:38Vem por aqui.
04:39Quando na volta, passa no boteco,
04:40traz um cigarro,
04:41que o meu tá acabando.
04:42Sossega, seu Floriano.
04:43O senhor vai fazer os exames,
04:45depois eu volto pra ele buscar.
04:47Não, não, não.
04:48Não!
04:49E se for pra dormir no sofá,
04:51não precisa nem vir me buscar.
04:52Não vem, não.
04:53Aqui pelo menos tem cama.
04:54Tem cama.
04:55É.
05:05Bonito.
05:14Muito obrigado.
05:16Você também é linda.
05:18Fumando no hospital.
05:20Só falta agora me pedir um whisky.
05:22Olha, com pouco gelo, por gentileza.
05:26Pode ir tirando esse cigarrinho daqui,
05:29que aqui é proibido fumar.
05:31É.
05:32Ah, tudo bem.
05:33Onde é a área de fumante?
05:35Que engraçadinho.
05:39O que é isso aí, hein?
05:41A lista dos pacientes que eu tenho que dar banho.
05:44Você tá brincando?
05:45Ué, vê se meu nome não tá nessa listinha aí.
05:48Se não tiver, eu me alisto.
05:50Só me parece bem demais
05:52pra precisar que alguém lhe dê um banho.
05:54Ah, minha filha.
05:56As aparências enganam.
05:58Se não...
05:59Por fora, bela viola, não é?
06:01O médico falou que eu tenho que me cuidar muito.
06:04Eu tenho...
06:05Se eu fizer um pouco mais de esforço,
06:07eu posso até...
06:09Puff.
06:10Mas o que que é isso aqui?
06:13Ora, mama, o que que é isso?
06:15Falta de consideração?
06:16Falta de respeito?
06:17A senhora...
06:18O senhor quer que o quê?
06:19Que agora eu ande com insegurança pelo hospital?
06:22Que absurdo.
06:23Falta de vergonha.
06:26Qual é seu nome, por favor?
06:28Barbosa.
06:33Barbosa?
06:34Meu Deus, como tem Barbosa nesse hospital.
06:37É um monte.
06:39E todos precisando de banho.
06:43É...
06:44Não passa talco não, viu?
06:47Eu tenho uma alergia danada.
06:49Sem talco.
06:50É.
06:51Tá o que, seu Barbosa?
06:53Tadinho do papai.
06:55Além do ensopadinho, ainda fiz aquele...
06:57Aquele purê de abóbora que ele adora, Bebel.
07:00Eu também vou querer prêmio quando fiz uma besteira aqui nessa casa.
07:03Pega minha ajuda, vai.
07:04Não dá, mãe.
07:05Tô procurando emprego.
07:06Procurando emprego na página de horóscopo?
07:08Eu tô vendo quais são as minhas chances, né?
07:11Ah, de repente é bom você não me ajudar mesmo, sabia?
07:13Porque aí eu fico bem ocupada, mas bem ocupada mesmo
07:16e não fico pensando besteira.
07:18Nossa, não sei o que que mãe tem que se preocupar com tudo, viu?
07:21Que tudo, Bebel.
07:22Não é tudo, não, Bebel.
07:23Pelo amor de Deus.
07:24O meu pai tá no hospital, né?
07:26Tô preocupada com ele.
07:27O que que foi?
07:28Levaram o seu Floriano pro hospital?
07:29Quem fez essa maldade?
07:30Dona Nenê!
07:31Ih, ele não vai voltar mais.
07:32Seu Floriano!
07:33Imagina, Gostinho, tá maluco?
07:34Ele foi lá só fazer uns exames.
07:35E que você quer dizer o quê?
07:36Amanhã tá aí, bonzinho.
07:37E meu avô, como é que foi?
07:39Dona Nenê, meu avô, quando meu pai disse a frente do trem
07:41que ela me depenou ele, fiquei querendo que era meu avô.
07:44Esse meu avô levou ele pro hospital.
07:46Dona Nenê, só fazer uns exames.
07:48Diz pra mim se ele voltou.
07:50Ai, não, pelo amor de Deus.
07:51Ele não voltou.
07:52Eu não quero nem saber, Gostinho.
07:53Pelo amor de Deus.
07:54Não, Bebel, vai lá.
07:55Bebel, vai lá, vai lá buscar o papai.
07:56Traz ele de volta.
07:57Calma aí, gente.
07:58O Popozão já foi buscar.
07:59Deixa comigo.
08:00Eu vou pro Dona Nenê.
08:01Só tem em mim um amigo.
08:02Eu vou buscar ele lá.
08:03Vai lá, Gostinho.
08:04Que eu não vou perder nessa minha encarnação.
08:05Dona Vaca morrer da minha maneira.
08:06Quer dizer, eu falei, ele vai matar a pessoa.
08:08Vai, Gostinho.
08:09Então vamos.
08:10Pelo amor de Deus.
08:11Bebel, bora comigo.
08:12Vai, Gostinho.
08:13Vai, Gostinho.
08:14Ai, meu Deus.
08:15Tá bom.
08:20Seu Floriano, não enrola.
08:21Vamos lá.
08:22Não adianta insistir.
08:23Seu Floriano.
08:24O que vocês dois estão fazendo aqui?
08:26Nenhum dos dois está doente, tá?
08:28Vem buscar o seu Floriano.
08:30Afinal de contas, se o seu Floriano morrer,
08:32com quem eu vou explicar assim?
08:33Patti, credo.
08:35Vira sua boca pra lá.
08:36Vovó tá aqui.
08:37Tá vivo.
08:38Vivinho.
08:39Hum.
08:40Hum.
08:41Hum.
08:42Tá cheirosinho, hein, vô?
08:43De banho tomado e tudo.
08:44É claro que tô.
08:46Ah, minha filha.
08:47Isso aqui não é aquela casa
08:48onde me obrigam a ficar dormindo no sofá da sala, não.
08:51Aqui eu sou muito bem tratado.
08:53Lá em casa o senhor também é muito bem tratado,
08:54Sra Floriano.
08:55Ah, controverso.
08:56Não enrola.
08:57Pega suas coisas.
08:58Vamos embora.
08:59Se for pra dormir no sofá da sala,
09:01prefiro ficar aqui.
09:03Seu Floriano, quem queimou a sua cama?
09:05Foi o senhor mesmo.
09:06É, vô.
09:07Vambora.
09:08Só que no hotel, né?
09:09Só que no hospital.
09:10Por isso mesmo.
09:11Eu não posso ir embora.
09:12Péssimo do jeito que eu tô.
09:13Que péssimo.
09:14Vambora.
09:15Não enrola.
09:16O paciente não pode sair daqui.
09:17São artes médicos.
09:18Ué, agora eu que não estou entendendo.
09:19Ele não veio aqui somente fazer os exames?
09:21Bebel, eu estou vendo tudo preto.
09:22Calma.
09:23Estou vendo tudo preto.
09:24Calma.
09:25Doutora, pode falar.
09:26Ele está com alguma doença séria.
09:27Pode falar.
09:28Eu sou forte.
09:29Você está falando com o médico.
09:30O médico não pode ser médico.
09:31Desmaio com o médico, gente.
09:32Bom, se o médico disse que ele tem que ficar pra fazer tratamento, ele vai ter que ficar,
09:36ué, não é isso?
09:37É.
09:38Não.
09:39Não, Lineu.
09:40Meu avô ficou no hospital e nunca mais voltou.
09:42Desculpe.
09:43Pera aí.
09:44Agostinho, isso aqui é um hospital.
09:45Desculpe.
09:46Meu avô.
09:47Só um instantinho.
09:48Desculpe.
09:49Dá notícias pra mamãe antes que ela tenha um chininho.
09:51Eu volto, viu, Agostinho?
09:52Eu volto.
09:53Não vai ser dessa vez que você vai se livrar de mim, não.
09:57Família maluca, hein, sua barbosa?
09:59É, família.
10:00É assim mesmo, minha filha.
10:02Agora vamos ao que interessa.
10:04Outro banho?
10:05Não.
10:06Seus remédios.
10:07Remédio?
10:08O que é remédio?
10:09Calmante.
10:10O senhor fica calminho.
10:15Mas eu tô calminho, tô calminho.
10:20Tô nervoso.
10:21Quer dizer, eu fiquei nervoso depois que você me apareceu.
10:24Eu fiquei calmante.
10:25Agora relaxa que já já eu venho te buscar.
10:30Buscar pra quê?
10:34Poxinho, você não vai ficar preocupando a mamãe quando a gente chegar em casa com essa sua cara, né?
10:38Aliás, também não fica falando sua história mórbida do seu avô.
10:41Melhor você não dar nem um pio.
10:42Mas ela é filha, ela tem direito de saber se o pai dela subiu no telhado ou não subiu no telhado.
10:46O pai dela não subiu no telhado, Agostinho.
10:48Quem vai dar a notícia sou eu e você vai me prometer que vai ficar calado, promete?
10:52Tudo bem, Max, se ele morrer.
10:55Agostinho, ele não vai morrer.
10:57E a gente também não quer matar a mamãe de susto.
10:59Agostinho, você ainda não respondeu.
11:01Você promete que vai ficar calado, promete?
11:04Eu tudo bem, vou fazer o possível.
11:05Você vai ter que fazer mais do que isso, Agostinho.
11:07Deixa comigo.
11:08Ah, eu deixo.
11:10Esse aqui é o problema.
11:11Mãezinha, eu tô morrendo de fome, ainda tenho que ir trabalhar.
11:14Não dá pra botar esse almoço, não?
11:15Nada disso.
11:16Nós vamos esperar o seu avô chegar, que é pra almoçar junto e alegrar ele.
11:20Alegrar?
11:21Isso é boa.
11:22O cara taca fogo no quarto, fuma escondido e ainda tem essa regalia.
11:26Veio, e aí ochu caia.
11:27Oieeeeeeeeee, acentou?
11:37Cadê o papai ?
11:38Pois é então, esperma.
11:39A enfermeira disse que...
11:41...que ele tá ótimo.
11:43Éa, tá uma beleza.
11:44Fotmo, tá cheirosinho, deram banho nele.
11:47Tá feliz na vida.
11:48Então, vou voltar tipo assim, tipo pinto no lixo.
11:52Vocês estão me escondendo em alguma coisa.
11:55Agostinho?
11:56Tragédia do meu amigo. Tragédia, tragédia.
11:58Ele não vai ficar internado, ninguém sabe dizer nada,
12:00até quando ninguém vai falar.
12:02Ele está muito mal.
12:05Ele está péssimo. Eu não acredito que duvido que ele volte aqui
12:08para não voltar mais.
12:10Ele não volta como meu avô.
12:12Ai, meu Deus. Ai, meu Deus.
12:14Ai, meu Deus. Ai, meu Deus.
12:16Ele não quer ir para o hospital agora.
12:18Agora.
12:24Eu vim buscar o senhor.
12:26Pra quê?
12:28Para o banho?
12:30Não, para a cirurgia.
12:32Cirurgia?
12:34Que cirurgia?
12:36A sua, seu Barbosa.
12:38Eu não sou Barbosa, não.
12:40O Barbosa é ele.
12:42Cadê?
12:46Cadê o meu vizinho?
12:48Seu Floriano?
12:49Seu Floriano já foi para casa.
12:50Ele recebeu alta.
12:52Os exames dele não deram nada.
12:54Só uma inflamaçãozinha nas costas.
12:56Eu também, eu também.
12:58Só que me botaram para dormir no sofá.
13:02Mas...
13:03O senhor não tem cama, não, seu Barbosa?
13:05Eu não tinha, minha filha.
13:07Eu tinha.
13:08Mas eu fui com o mais escondido da neném, minha filha.
13:12E queimou a cama toda.
13:14Pronto, seu Barbosa.
13:16Vamos para a cirurgia.
13:17Entra aqui na maca.
13:18Vamos.
13:19Eu já te falei que eu não me chamo Barbosa.
13:23Sinto muito, mas vocês não vão poder entrar.
13:25Hoje não é dia de visita.
13:26Não, mas é que você não tá entendendo.
13:27É que eu tô sentindo.
13:28Fala com...
13:29Ai, meu Deus do céu.
13:30Eu não vou sair daqui sem ver meu pai.
13:32Nem pensar.
13:33Calma, só um instante.
13:34Ah, foi bom encontrar o senhor.
13:36Eu estava querendo saber notícias do seu Floriano.
13:38Seu Floriano?
13:39Teve alta.
13:40Já deve estar em casa dormindo, no sofá.
13:42Ai, graças a Deus.
13:43Vamos para casa, Linê.
13:44Obrigada.
13:53Onde é que eu tô?
13:55Onde é que eu tô?
13:57Onde é que eu tô?
13:59Isso aqui é uma sala de cirurgia?
14:04Claro, não é, seu Barbosa.
14:06O senhor queria que o cirurgião tirasse seu apêndice no quarto.
14:10O cirurgião vai tirar o meu apêndice?
14:14Ah, mas...
14:15Por que...
14:17Eu gosto tanto do meu apêndice?
14:20Sabe que eu tô com eles?
14:25Desde que eu era pequenininho.
14:50Esta família é muito unida.
14:55E também muito oriçada.
15:00Brigam por qualquer razão.
15:04Mas acabam pedindo perdão.
15:07Pirraça pai, pirraça mãe, pirraça filha.
15:09Eu também sou da família, também quero pirraçar.
15:12Catuca pai, catuca mãe, catuca filha.
15:14Eu também sou da família, também quero catucar.
15:16Catuca pai, mãe, filha.
15:18Eu também sou da família, também quero catuca.
15:33Eu vou fazer aquele pudim...
15:36Sabe aquele pudimzão assim, tipo o Quindão que ele gosta?
15:38E o purê de abóbora também.
15:40Paiê!
15:41Ô pai!
15:42Paiê!
15:43Paiê!
15:44Ué!
15:45Paiê!
15:46Ué!
15:47Cadê o papai?
15:49Papaiê?
15:50Paiê?
15:51Ué!
15:52Cadê o papai?
15:53Papaiê?
15:54O pai, o é? Tuco? Tu? O Tuco, cadê o papai?
16:11Ué, ele não tá no hospital?
16:13Não, não tá mais no hospital. O médico disse que ele teve alta e veio pra casa.
16:16Bom, pois aqui ele não chegou.
16:18Não chegou como?
16:19Bom, isso é uma pergunta impossível de responder, né mãe?
16:21Porque se ele não chegou, a gente não tem como perguntar pra ele.
16:24Como é que foi que o senhor não chegou?
16:26Já se ele tivesse chegado, a gente podia...
16:27Ô, Tuco, agora não é hora de questão lógica.
16:30A questão agora é outra, Tuco.
16:31É, cadê ele?
16:33Exatamente, cadê ele?
16:34Cadê ele?
16:35Cadê ele? Me viu onde as pessoas...
16:36Falem logo, ele morreu, morreu, né?
16:37Falem logo, eu vou ficar gritando.
16:39Se eu me acalmar, só gritando, eu me acalma.
16:41Onde é que ele está?
16:42É, você já está gritando, então se acalma, né?
16:44Calma, calma, Agustinho.
16:45Seu Floriano está bem, já saiu do hospital,
16:47a gente só não sabe onde ele está bem.
16:50Perdemos o senhor Floriano, meu Deus,
16:51o senhor é um homem doce, um homem bom aqui com a gente, ainda outro, agora.
16:54Acabou.
16:55Ai, você está me deixando nervosa, não, Chico.
16:56É assim mesmo, o meu avô saiu do hospital,
16:58meu Deus de lembrar, deram alta para ele, a mesma coisa.
17:00Só olha aí, ó, na hora, puf, acabou.
17:03Pá, puf, acabou.
17:05Agustinho?
17:05Que, que, puf, puf, como, Agustinho?
17:08Que puf?
17:08Ué, como? Sim, a pessoa está de alta e...
17:11Pá, Agustinho?
17:12Ai, meu Deus do céu.
17:12Pá.
17:13Eu vou fulporina.
17:14Ai, meu Deus do céu, acho que eu vou...
17:15Não, calma, menina.
17:17Ai, eu estou me sentindo mal.
17:18Calma, menina, peraí, vamos tomar um copo d'água.
17:21Vamos tomar um copo d'água, peraí, calma.
17:21Ó, Agustinho, está vendo?
17:22Está vendo?
17:23Ai, meu Deus do céu.
17:24Está nela, está nela.
17:25Meu pai, meu paizinho.
17:26Ai, meu Deus.
17:27Foi bom pra você?
17:52Você não disse que era proibido fumar no hospital?
18:04Foi proibido a linda com a enfermeira também.
18:08Eu dormi com a enfermeira?
18:12Você não lembra do que aconteceu?
18:18Você não quer me contar?
18:20Alguém trocou as fichas dos pacientes e você teve que ser operado.
18:30Operado?
18:32De quem?
18:34Ah, coisa à toa.
18:37Tiraram coisa assim, ó, sua.
18:41Ah, tá tudo aqui, graças ao bom Deus.
19:08O que é isso?
19:13O que é isso?
19:17O curativo?
19:19O curativo?
19:21Oh, meu Deus, o que foi que eu fiz?
19:23O que foi que eu fiz?
19:26Enfermeira?
19:27Enfermeira?
19:29Enfermeira?
19:30Enfermeira?
19:33O senhor quer acordar a enfermaria toda, seu Barbosa?
19:36Eu não sou Barbosa, eu sou Floriano.
19:39O senhor tá muito agitadinho.
19:41O senhor operou o apêndice.
19:43Apêndice?
19:44Mas operei o apêndice por quê?
19:46Porque tinha que ser operado.
19:48Por que tinha que ser operado do apêndice do Barbosa?
19:51Então, não foi isso que eu falei?
19:52Como assim?
19:54Deixa pra lá, deixa pra lá.
19:56Pelo amor de Deus, me chama o médico.
19:58Me chama o médico.
19:58Me chama o médico.
19:59Eu chamo, mas só se o senhor ficar quietinho.
20:02Tá, tá bom, eu fico.
20:04Eu fico, eu fico quietinho.
20:06Ai, ai, ai.
20:06Chama o médico.
20:07Chama o médico.
20:08Pera, meu Deus, a senhora.
20:10Ah, senhora.
20:10Ah, senhora.
20:12Você vai ficar quietinho?
20:14Como?
20:14Como?
20:15A gente fica calmo aqui no lugar desse.
20:17Tiraram tudo.
20:18Tiraram o apêndice.
20:20Tiraram o cigarro.
20:22Tiraram o cigarro.
20:24Tiraram o cigarro.
20:25Tiraram o cigarro.
20:26Tiraram o cigarro.
20:28Tiraram o cigarro.
20:29Pera, gente, o primeiro passo é vocês se acalmarem.
20:55E o segundo passo é a mamãe parar de chorar, o Agostinho de gritar, pra gente resolver esse problema.
21:02Eu não quero, eu não quero, eu não quero calmante, eu quero, eu quero, eu não quero calmante, eu quero o meu nervoso, meu rapaz.
21:09Agostinho, ou você ou o seu nervoso, os dois juntos, não há quem aguente.
21:14Eu quero, não, eu vou tomar, eu vou tomar um calmante, não, eu vou ter um troço.
21:18Não, melhor a gente tomar um café, porque talvez tenhamos uma longa noite de velório pela frente.
21:23Ai, meu Deus, que isso que tá aí, menina?
21:25Ai, que confusão é essa? O vovó chegou?
21:31Pronto, e agora? Quem é que vai contar pra Anetina?
21:34Pode deixar que eu conto. O bebelo, o seu Floriano.
21:41Eu conto. Vem cá. O bebelo tem que ser forte, meus fibra.
21:44Sabe, seu Floriano? Bebelo, nunca mais!
21:49Nunca mais! Nunca mais!
21:51Nunca mais!
21:52Calmante pra ela também.
21:53Ô, Agostinho, assim você vai acabar o meu estoque, minha filha.
21:57O Agostinho está exagerando.
21:59O seu avô já teve alta, saiu do hospital.
22:02E quando ele estava vindo pra casa, Bebel, ele...
22:05O que é isso?
22:07O avô do Agostinho.
22:08Mas isso é apenas uma hipótese.
22:10Ele pode ter se atrasado no caminho, pode ter demorado um pouco mais no hospital,
22:14pode estar fumando escondido por aí.
22:16Vamos pro hospital.
22:17De repente a gente se encontra com ele no caminho.
22:20Eu também vou.
22:20Eu também vou também.
22:22Eu também vou.
22:23Então você não, Tuco.
22:24Você fica por causa do que ele é parecido.
22:26Ô, Popozão, eu posso tomar essa paradinha aqui pra me acalmar?
22:28Vamos embora, Bebel.
22:30Vamos embora.
22:37Ô, mãe, se ele não está caído no meio do caminho, ele só pode estar aqui no hospital, né?
22:41Isso, sim.
22:41Agostinho, se você não calar a boca, eu vou ter um troço.
22:45Vai saber se eu vou ter um troço aqui na frente de todo mundo.
22:47Um troço público, entendeu?
22:48Olha, eu vim de lá pra eles checar minha capelada
22:50pra ver se o Sr. Floriano saiu mesmo e quando.
22:53Eles estão vendo e logo, logo a gente vai saber.
22:55Ai, meu Deus do Senhor.
22:56É uma desgraça atrás da outra.
23:00Ai, coitado.
23:03Ah, doutor, o que aconteceu com ele?
23:05Foi um paciente que veio fazer um check-up e teve alta e quando voltava pra casa passou mal.
23:09Ai, meu Deus do Senhor, é o meu pai.
23:11O meu pai, ele veio fazer um check-up, ele teve alta e ele sumiu.
23:14Como é o nome dele?
23:15É Floriano?
23:16Ai, é Floriano, é meu pai.
23:18Ai, é meu paizinho.
23:19Tá vendo?
23:19Não é uma desgraça, é a mesma desgraça.
23:21Eu tô falando, doutor, foi Floriano, não morreu.
23:24Cala a boca, Agostinho.
23:25Quem sabe disso, quem entende dessas coisas é o médico.
23:28Fica na frente.
23:29Doutor, doutor, doutor, doutor, eu preciso ver meu pai.
23:33Infelizmente, a senhora não pode entrar aí.
23:35Mas eu vou entrar.
23:36Fala pra ele, Elineu.
23:37Se ela está dizendo que vai entrar, é porque ela vai entrar.
23:39Mas é proibido entrar no CTI.
23:41Ninguém vai me proibir de ver meu pai, doutor.
23:44Se ela está dizendo que ninguém vai proibí-la de ver o pai, é porque ninguém vai proibí-la de ver o pai.
23:50Ai, meu Deus do céu, ai, paizinho.
23:54Ai, meu Deus, paizinho, como é que vai acontecer isso?
23:59Ai, pai.
24:01Ô, paizinho.
24:02Se você ficar bom, eu juro que eu faço aquele purete, a abóbora que você adora.
24:10É.
24:11Faço pudim, faço.
24:13E, ó, nunca mais eu vou reclamar do teu chinelo no meio da sala, tá?
24:18Nunca mais eu reclamo.
24:21Ai, pai.
24:23Ai, papai, fala comigo.
24:25Faz, faz alguma coisa.
24:30Faz um gesto pra me mostrar que você está consciente.
24:34Faz.
24:39Ô, ô, ô, papai.
24:45Peraí, peraí, peraí.
24:46Essa mão não é do meu pai?
24:49Ai, meu Deus do céu.
24:50Meu Deus do céu, meu Deus do céu, meu pai.
24:52Ai, meu Deus do céu, não é meu pai, não.
24:54Não é meu pai, não.
24:58Aquele lá não é meu pai.
25:00Aquele não é meu pai.
25:01Como?
25:01Claro que é.
25:02Claro que não é meu pai.
25:03O meu pai não é tarado.
25:05O nome dele não é Floriano?
25:06É Floriano, mas não é aquele Floriano.
25:08Não, não, não, desculpa falar uma hora dessa, mas eu sou Floriano.
25:10Ele é meio tarado.
25:11Olha que meu pai não é tarado, não, tá?
25:12Tarado é aquele homem que está lá e que não é o meu pai.
25:15É sim, isso estava escrito na ficha.
25:17O senhor está maluco?
25:17O que é?
25:18Eu conheço meu pai desde pequena.
25:20Você acha que eu sou louca?
25:21Eu posso ficar maluca.
25:22Eu posso ficar louca.
25:23Ou vocês encontram o meu pai que vocês perderam por aí.
25:25Ou eu chamo a polícia.
25:28Nossa, mãe, você fala de polícia, a polícia chega.
25:30Mas não é a polícia, são os bombeiros.
25:32Gente, olha, a gente está pegando fogo aqui.
25:34Repaculho, hospital.
25:35Repaculho, hospital.
25:38Repaculho, hospital.
25:39Foi ele.
25:40Os idosos primeiros.
25:42Foi ele que colocou fogo no hospital.
25:45Papai.
25:46Ai, papai.
25:47Ai, meu papazinho.
25:48Ai, papai.
25:49Ai, papai.
25:50Ai, papai.
26:05Para de ficar fazendo essas tentativas de me matar, né?
26:11Foram três tentativas em dois dias.
26:13Tô falando, o senhor não contém ter tocado fogo na casa,
26:15ter enlouquecido todo mundo,
26:16ainda vem aqui quem toca fogo no hospital.
26:18Olha aqui, ó.
26:18Tive que deixar um cheque
26:20pra pagar o leito que o senhor Floriano incendiou.
26:22Ainda dá prejuízo pra família, né?
26:24Então vamos embora logo,
26:25antes que ele ponha fogo no resto.
26:26É uma boa ideia, vamos embora.
26:28Não, não, não, senhor.
26:29Só depois da alta.
26:31O senhor foi operado.
26:33Operado?
26:33O papai foi operado de quê?
26:35Extraiu o apêndice.
26:36Ué, o apêndice?
26:38Quer dizer que o apêndice do seu Floriano
26:39foi rambambora?
26:40Em casa eu conto.
26:41Vamos embora.
26:42Não, senhor, nem pensar.
26:43Só depois da alta, médica.
26:45Espera aí um instantinho.
26:46Um momento.
26:47O senhor Floriano veio até aqui
26:48por causa de uma tosse.
26:49Ele operou o apêndice?
26:51Vocês não estão escondendo nada da gente, não?
26:53Ai, pai, você tá parecendo Agostinho também.
26:55Meu Deus, coitadinho do meu paizinho sem apêndice.
26:58E eu reclamando dele ter fumado.
27:00Nossa, Floriano,
27:01a gente não podia imaginar isso.
27:03Amanhã ele recebe alta,
27:06vocês podem vir buscar.
27:06Então, até logo.
27:07Tchau, tchau.
27:08Vamos, gente.
27:09Vamos para o quarto, seu Barbosa.
27:10Ela chamou ele de quem?
27:12Não sei, não ouvi, neném.
27:14Ela não falou que tem que tomar um caldo de babosa?
27:16Ah, de babosa.
27:17A babosa não é...
27:19Você acha que a gente tá...
27:23Ai, pai, como você tá cheiroso.
27:32Obrigado, filho.
27:33Bom, vamos?
27:34Vamos.
27:34Só queria pedir a você esperar um pouquinho só.
27:38Eu tenho que despedir de uma pessoa.
27:40É coisa rápida.
27:41Barbosa, você me desculpe essa confusão toda, viu?
27:50Sinceramente, me desculpe.
27:52Eu confesso que foi uma irresponsabilidade minha.
27:57Também me custou o apêndice e quase que provoca uma tragédia.
28:02Uma loucura.
28:03Mas agora que você saiu do CTI, eu queria lhe retribuir, Barbosa.
28:10O que é que eu posso fazer por você, meu amigo?
28:13É, o que a gente puder.
28:15Você pode pedir, não tem problema nenhum.
28:17É o que, Barbosa?
28:20O que foi que você falou?
28:22Hein?
28:22O que é isso, Barbosa?
28:27Ô, seu tarado, safado.
28:30O que é isso?
28:33O que é isso?
28:33O que é isso?
28:34O que é isso?
28:34O que é isso?
28:34O que é isso?
28:35O que é isso?
28:35É um degenerado, é isso aqui.
28:39Meu Floriano!
28:42Ô, Bozão, eu já estava com saudade de alguém para tacar fogo na minha cama.
28:47Estava todo mundo super preocupado com o senhor, vou até o Agostinho.
28:50Eu?
28:50Eu nada, não estava nem aí.
28:52O que é isso?
28:53Gente, sinceramente, eu estou morrendo de vergonha.
28:58Vocês podem acreditar que eu nunca mais vou esquecer a preocupação de vocês e a besteira
29:09que eu fiz, mas eu garanto que toda noite que eu for dormir no sofá eu vou me lembrar
29:19do carinho, do carinho que vocês têm comigo.
29:23É para eu falar em lembranças, seu Floriano, nós também temos uma lembrancinha.
29:28Lembrancinha?
29:29Ô, Lineu, Lineu estragou a surpresa.
29:31Ah, gente.
29:32Ah, gente.
29:33Ah.
29:34Vamos, vamos.
29:35Vamos, vamos.
29:36Vamos, vamos.
29:37Vamos, vamos.
29:38Vamos, vamos.
29:39Devagar, devagar.
29:40Vem, vem, vem.
29:41Vem, vem, vem.
29:42Você vai gostar, vai gostar.
29:43Assim não pode olhar.
29:44Vai olhar.
29:45Vai olhar.
29:46Tcharam!
29:47Tcharam, tcharam, tcharam.
29:53Ah, gente, eu não merecia.
29:56Eu, Floriano, realmente não merecia, mas nós somos muito bons, nós resolvemos dar
30:00assim mesmo, viu?
30:01Nós não, meu amigo.
30:02Quem comprou o colchão foi o Popozão.
30:04Se você quer dar aí, dá sozinho, entendeu?
30:06Só porque, filhos deus, você não me liga.
30:07Valeu, valeu.
30:08Valeu, valeu.
30:09Valeu, valeu.
30:10Chega, chega.
30:11Não, não.
30:12Vem cá.
30:13Vem cá.
30:14Vem cá.
30:15Vem cá.
30:16Vem cá.
30:17Olha, eu sinceramente, eu não sei como agradecer tudo que vocês fizeram por
30:22mim.
30:23Ah, mas eu sei, papai.
30:25É só você parar de dar susto na gente, tá?
30:28Oh, minha filha.
30:30Oh, meu coisinho.
30:31Descansa, tá?
30:33Seu Floriano, e deixe de fumar, hein?
30:37Sabe o que é, Linel?
30:39É que eu vou fazer o possível.
30:42Não, seu Floriano.
30:43O senhor tem que fazer mais do que isso.
30:46Deixa comigo, Linel.
30:48Deixa comigo.
30:50Eu deixo, seu Floriano.
30:52Esse é o problema.
30:53É.
30:54É.
30:55É.
30:56É.
30:57É.
30:58É.
30:59É.
31:00É.
31:01É.
31:02É.
31:03É.
31:04É.
31:11Esta família é muito unida
31:34E também muito orçada
31:41Brigam por qualquer razão
31:45Mas acabam pedindo perdão
31:49Pirraça pai, pirraça mãe, pirraça filha
31:51Eu também sou da família, também quero pirraçar
31:54Catuca pai, catuca mãe, catuca filha
31:56Eu também sou da família, também quero catucar
31:58Catuca pai, mãe, filha
32:01Eu também sou da família, também quero catucar