Caio Barbosa, CEO e co-founder da Lumx, explicou no quadro Cripto Brasil desta sexta (18) as principais diferenças da stablecoin e do bitcoin no mercado de criptoativos.
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NotíciasTranscrição
00:00E agora a gente vai falar sobre as stablecoins, aquelas criptomoedas que têm o valor mais
00:11previsível e que por isso mesmo podem ser usadas com mais segurança em transações comerciais.
00:16A gente vai falar sobre isso com o Caio Barbosa, que é CEO e cofundador da LUNX.
00:20Caio, bom dia para você, seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:25Bom dia, bom dia, tudo bom?
00:26Bom, tudo bem? Explica para o nosso telespectador as principais diferenças entre uma stablecoin e uma moeda como o Bitcoin.
00:35Legal, então as stablecoins, como o próprio nome sugere, elas são moedas estáveis.
00:40Elas surgem muito como uma necessidade de...
00:43O Bitcoin, ele obviamente surgiu e criou toda a indústria de ativos digitais como a gente conhece hoje,
00:49porém é um ativo que é muito volátil.
00:50Então dificilmente você consegue usá-lo como uma moeda para você fazer pagamentos, para comprar um produto, um serviço.
00:56Ou fazer uma remessa internacional, porque às vezes um produto que hoje pode valer um Bitcoin, amanhã pode valer meio Bitcoin ou dois Bitcoins.
01:03Então você não tem estabilidade no preço e, portanto, acaba dificultando todo mundo usá-lo como moeda de troca.
01:09Por conta disso, as stablecoins surgem com essa proposta, de ser justamente um ativo digital, também registrado na blockchain, tal qual o Bitcoin,
01:17mas trazendo consigo uma estabilidade porque elas são lastriadas em moedas fiduciárias.
01:22Então a gente tem stablecoins lastradas em dólar, lastradas em euros, inclusive lastradas em real,
01:26e a gente usa essas moedas, dado que elas têm essa estabilidade de preço, uma vez que estão atreladas a uma moeda fiduciária,
01:33para executar e facilitar pagamentos internacionais.
01:36Então assim a gente consegue fazer com que as transferências internacionais aconteçam de forma mais rápida e barata.
01:42Ok, e como que está a adoção dessas stablecoins no mercado?
01:48O pessoal já está usando com frequência ou ainda está engatinhando?
01:52Olha, a gente na verdade está num boom gigantesco dos stablecoins em diferentes vertentes da nossa indústria.
02:00A gente tem várias aplicabilidades, então quando a gente pensa em pessoas físicas, em varejo, em países emergentes,
02:06muitas das vezes por ter problemas com inflação, economias não tão estáveis, as pessoas tendem a buscar formas de proteger seu patrimônio.
02:14E por conta disso, muitos países como Argentina, México, Colômbia, o próprio Brasil, o que acontece é que as pessoas buscam se dolarizar.
02:23E a forma mais fácil de se dolarizar hoje em dia é você criar uma carteira digital e comprar essas stablecoins de dólar, por exemplo.
02:30Então a gente tem visto muito isso, principalmente na Argentina recentemente, com tudo o que aconteceu com a economia argentina.
02:35Então tem um boom gigantesco de pessoas que passaram a ter contas em dólar digital e passaram a isso no seu dia a dia,
02:41inclusive até criando um campo paralelo em relação a isso.
02:44E quando a gente olha para o institucional, a gente vê também um crescimento gigantesco, não só o ponto de vista de tesouraria,
02:51tem empresas querendo também dolarizar seus patrimônios de forma mais eficiente, mais barata,
02:55mas principalmente quando a gente olha para importações e exportações, o uso dessas stablecoins como meio de pagamento.
03:01Porque, novamente, você consegue fazer um pagamento que, às vezes, demoraria dois dias para ser liquidado entre o Brasil e a Europa, por exemplo,
03:08em alguns minutos, uma aflação do custo.
03:11Bom, agora isso também traz um desafio tremendo para o fisco, não, Caio?
03:15Porque, assim, muitas dessas operações, elas não são detectadas, por exemplo, pela Receita Federal.
03:21Tem tanto a questão arrecadatória do Estado, quanto a questão da segurança jurídica e fiscal da empresa, não?
03:27Com certeza. Hoje já existem ferramentas de monitoramento transacional.
03:33Então, quando a gente pensa em compliance nesse novo mundo, a gente tem que separá-lo em três caixinhas, tá?
03:38A primeira delas é o compliance tradicional, que a gente pode falar aqui, que seria você conhecer o seu cliente,
03:43ou conhecer o seu negócio, que a gente está acostumado, né?
03:47Quando cria uma conta no banco, tem que tirar uma selfie, todo aquele processo de identificação
03:50de quem é a entidade, o indivíduo ou o negócio que está ali por trás daquela operação.
03:54Então, tem esse compliance mais tradicional, que a gente pode dizer aqui, que é uma dessas camadas.
03:59A gente tem o compliance de monitoramento transacional na blockchain.
04:03Então, a gente tem hoje ferramentas com as quais você pode identificar quais são as carteiras
04:07e, consequentemente, quais são as entidades que estão executando as transações
04:10e, portanto, verificá-las e, eventualmente, aplicar algum tipo de sanção
04:15em relação a alguma transação que, por algum motivo, foi considerada suspeita ou indevida.
04:19E, por fim, a gente tem o travel rule, que é uma coisa que é super nova no mercado,
04:24mas é, basicamente, você conseguir fazer com que as transações digitais de criptativas
04:29sejam 100% identificadas.
04:31Então, assim, você consegue provar que é o Caio que está fazendo um pagamento
04:35para o Michel, por exemplo, na Europa, e as carteiras que estão envolvidas nessas transações.
04:40Então, basicamente, com essas três camadas, você consegue garantir não só a transparência
04:44dessas transações, então, do ponto de vista de monitoramento regulatório disso facilita
04:49bastante e, do ponto de vista de tributos, a gente hoje está passando para uma regulação
04:54do ecossistema.
04:55Então, muito provavelmente, até o fim do ano, a gente deve ter uma definição mais clara
04:58do que é o que não é e, muito provavelmente, efetivamente, o que vai ser imposto,
05:03o que vai ser taxado, o que não vai ser e tudo mais.
05:06Agora, é seguro, juridicamente, para uma empresa que trabalha com comércio internacional
05:10usar stablecoins nas transações, porque a lei brasileira, ela exige que o Banco Central
05:15controle o câmbio ali, que tudo passe ali por um controle do Banco Central.
05:22Sim.
05:23Durante bastante tempo, a verdade é que esse mercado, ele ocorreu de forma paralela,
05:27de forma, não de forma ilegal, mas de forma paralela, de forma que as empresas
05:32criavam contratos com outras empresas e acontecia quase com o modelo P2P ali.
05:38Hoje em dia, o mercado evolui bastante.
05:40Então, hoje em dia, praticamente todas as entidades reguladas do Brasil, do câmbio
05:44ou de bancos tradicionais, estão, pelo menos, explorando usar esse ativo no seu dia a dia.
05:49Muitas delas já utilizam, inclusive, a Lomets, por exemplo, é uma empresa investida
05:53por um banco no Brasil.
05:54Então, a gente faz bastante as nossas operações com a estrutura bancária de um banco regulado
05:57e as operações são 100% registradas.
06:01Então, a gente tem uma segurança jurídica muito forte.
06:03E, muitas das vezes, o que acontece, na verdade, que é o super legal também, é que,
06:07dado que stablecoins e criptoativos são fontes muito novas, não necessariamente as pessoas
06:11entendem o que é isso, como funciona.
06:14E tudo bem, né?
06:14Inclusive, é até bom que não entendam, porque no fim do dia as pessoas só querem
06:18acessar uma solução melhor e mais barata.
06:20Não precisa necessariamente passar um QHD para entender como é que funciona.
06:24Então, na prática, o que acontece muitas das vezes é que a stablecoin acaba servindo
06:27como uma acabada invisível.
06:28Então, na prática, o que o importador, o exportador visualiza é, eu recebi um pagamento
06:33de reais, eu preciso enviar esse pagamento, por exemplo, para a China, para o importador
06:37chinês, e eu faço a transferência usando a stablecoin como meio do caminho, né?
06:41O que o mercado tem chamado de sanduíche de stablecoin, né?
06:44Que você tem uma moeda fiduciária numa ponta, monta uma moeda fiduciária na outra ponta
06:48e stablecoin como recheio, né, dessa jornada.
06:51Então, você praticamente usa a stablecoin somente como meio mais fácil, mais barato,
06:55mais rápido, e você mover de uma moeda fiduciária de um lado para o outro,
06:58ter uma moeda fiduciária de outro, registrando de forma regulatória em algumas das pontas
07:03e garantindo que toda a transferência vai ser transparente, enfim, e cumprir com toda
07:07a agenda regulatória necessária.
07:09Caio, quando a gente pensa no uso dessas stablecoins pelas empresas em transações comerciais,
07:14o que ainda falta acontecer quando a gente olha aqui no Brasil e que já está acontecendo,
07:19por exemplo, lá fora, em outros mercados?
07:21O Brasil está um pouco para trás ou a gente está ali no mesmo nível, está nivelado
07:25esse mercado todo?
07:26Olha, em termos regulatórios, o Brasil está agora, nesse exato momento, passando por uma
07:34regulação, a gente tem algumas consultas públicas que o Banco Central está fazendo
07:37para regular alguns aspectos da indústria.
07:40Então, desde quem são as empresas que vão ter autorização para operar com ativos digitais
07:44e dentro disso, quais as empresas que vão poder operar com ativos digitais no mercado
07:49de câmbio, que são coisas separadas.
07:50Então, a gente está exatamente nessa fase, de definir as regras do jogo de forma mais
07:54explícita.
07:55Porém, quando a gente pensa em adoção, a gente tem uma indústria muito fértil aqui
08:01no Brasil.
08:02Então, a gente tem o Banco Central com uma agenda de inovação financeira muito forte,
08:06o PITS, o Open Finance, agora com o Brex.
08:09A gente tem um ecossistema muito forte de bancos que estão sempre puxando o ecossistema
08:12para a inovação.
08:13Então, a gente tem grandes fintechs, um grande ecossistema de fintechs do Brasil
08:17que também sempre está à frente do tempo.
08:20Então, quando a gente compara com outros mercados, que às vezes a gente acha que estão
08:24novos evoluídos e, de fato, estão em alguns aspectos, quando a gente pensa em inovação
08:28financeira, normalmente o Brasil, na verdade, está à frente do ecossistema.
08:33Quando a gente compara o nosso sistema financeiro com os Estados Unidos, com a Europa, com outros
08:36lugares, a gente vê como avançado a gente está.
08:38Todo mundo sonha em ter um PIX.
08:40Então, a gente percebe que a gente está realmente muito à frente nesse aspecto
08:43e que o Estêvão Põe não está sendo diferente.
08:45Em termos de regulatórios, de fato, nós não regulamos ainda, enquanto a Europa, por
08:49exemplo, já gostou de uma regulação, que é a MICA, mas em termos materiais de usabilidade,
08:53entendimento, adoção mesmo da tecnologia, na verdade, a gente tem mais adoção, inclusive,
08:58em dois lugares, em tese, mais envolvidos.
09:01Tá certo.
09:01Caio Barbosa, CEO e cofundador da LUNX, obrigado pela participação hoje no Real Time.
09:06Bom dia e boa Páscoa.
09:07Obrigado, vocês também.
09:10Tchau.