Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • ontem
O colunista do UOL Jorge Moraes, o publisher da revista Carro e revista Racing, Sérgio Quintanilha, e o piloto e jornalista Gerson Campos compartilham suas memórias com Ayrton Senna e relembram o final de semana que marcou o trágico acidente do grande ídolo brasileiro da Fórmula 1.

Siga o canal "Jovem Pan Esportes" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029Va9wMgZD8SE3UbBwem2u

Baixe a Panflix: https://www.panflix.com.br/

Entre no canal da Jovem Pan Esportes no Telegram: https://www.t.me/jovempanesportes

Inscreva-se no nosso canal:
http://www.youtube.com/jovempanesportes

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/esportes

Facebook:
https://www.facebook.com/JovemPanEsportes

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanEsporte

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempanesportes

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempanesportes

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan

Categoria

🚗
Motor
Transcrição
00:00Aos 24 anos e dando seus primeiros passos no jornalismo automotivo, o colunista dual Jorge Moraes
00:06marca a presença no Máquinas na Pan desde o início da sua jornada.
00:11Mas o que mais marcou para o meu amigo pernambucano naquela triste manhã de domingo?
00:16Eu volto a 1º de maio, mas volto a 1º de maio de 1994, quando eu estava dentro do meu carro, Alex.
00:23Alex, exatamente dentro do meu carro, chegando na casa da minha mãe, na casa dos meus pais,
00:30e colocando o carro na garagem e já indo a caminho da televisão.
00:35Era como se fosse a última curva antes de chegar lá no fatídico acidente do Senna.
00:43No que eu fui, meu amigo, só deu tempo de entrar.
00:47Só deu tempo de entrar e silenciar, e sentar e colocar a mão na cabeça, colocar a mão no rosto,
00:57não entender aquele momento, rezar, pensar que ele pudesse sair dessa,
01:05e de repente a gente, naquele momento, não ter palavras, não ter absolutamente nenhum tipo de reação,
01:12e gritar também, porque depois eu gritei e chamei a minha mãe e chamei um dos meus irmãos.
01:19E o que eu quero falar para você, para o ouvinte do Máquinas na Pan,
01:23é que aquele fatídico acidente, ele também mudou a minha maneira de perceber a vida.
01:31Aquele acidente, ele me ensinou que, no meio da minha idade, imagina só,
01:35no primeiro terço de uma vida construída por um futuro que eu penso que ainda vai ser melhor,
01:43ele tinha que trazer um ensinamento, tinha que trazer as frases do Ayrton,
01:48os momentos do Ayrton, e de todo aquele cenário que a televisão,
01:52que a própria Rede Globo de televisão transmitiu para a gente.
01:56Então, eu já te acompanhava, Alex Rufo,
01:58e lembro dos momentos emocionantes da sua fala, do seu texto, da sua vida,
02:04e tantos outros colegas, como o Reginaldo Leme, como o próprio Gavão Bueno, né?
02:09Falar de Ayrton Senna naquele dia foi como se o Brasil desligasse um disjuntor
02:14na Fórmula 1 e tivesse que ligar um novo disjuntor,
02:19que até hoje a gente procura a luz do próximo campeão.
02:22Vai quebrando um tabu, realizando um sonho,
02:25aperfeição, o encontro da perfeição homem-máquina,
02:28o encontro da perfeição com o homem e a máquina,
02:31Ayrton Senna, acelerando o porte.
02:33Publisher da revista Carro e revista Racing,
02:36Sérgio Quintanilha é também o criador do maior prêmio de motorsport no Brasil,
02:41o capacete de ouro.
02:43Mas qual a memória que o Quinta tem sobre aquele final de semana de corrida?
02:47É inesquecível o momento em que o Ayrton bateu aquele carro
02:51na pista de Imola,
02:54naquela terrível curva Tamburello,
02:57que já quase tinha feito outros pilotos como vítima,
03:00como Berger e Piquet.
03:03Olha, eu lembro muito bem o que eu estava fazendo,
03:06eu era editor-chefe da revista Grit,
03:08da Editora Azul,
03:10especializada em automobilismo,
03:12já tinha feito algumas entrevistas com o Ayrton,
03:14e naquele momento eu estava assistindo a corrida na minha casa,
03:18na TV de casa,
03:19e a hora que eu vi a batida,
03:21eu gritei,
03:22aí o Ayrton bateu,
03:23aí o Ayrton bateu.
03:24A minha esposa veio correndo,
03:26viu o que que era,
03:27e foi aquela tragédia, né?
03:31E eu lembro também que,
03:33naquele momento que o Ayrton
03:34desce a cabeça,
03:36deita a cabeça no carro,
03:38e na transmissão o Galvão doendo,
03:40falou assim,
03:40e ele está mexendo a cabeça,
03:42e que o Galvão sempre associava isso
03:44com uma coisa positiva,
03:45porque pelo outro está vivo,
03:47e eu já tive a sensação,
03:49morreu.
03:50E aí,
03:51o que eu senti é que,
03:53meu,
03:54até ontem,
03:55até ontem não,
03:55até um minuto atrás,
03:57o cara era Deus,
03:58ele era assim,
04:00ele tinha um mundo a seus pés,
04:02as jovens não tem ideia
04:03do que o Ayrton representava,
04:05ele era muito importante,
04:06não só na Fórmula 1,
04:07mas para o Brasil também,
04:09ele era uma pessoa que,
04:10ele passava essa,
04:13essa imagem,
04:16de vencedor,
04:18de determinado,
04:19de meio nacionalista também,
04:23acho que ele exagerava,
04:24em algumas coisas,
04:25especialmente na parte religiosa também,
04:29Prost, por exemplo,
04:30dizia que,
04:31o problema não é que o Ayrton vê Deus,
04:34ele acha que é Deus,
04:35só que depois,
04:36a gente viu que,
04:37mesmo os mais críticos dele,
04:39o Prost veio para o sepultamento do Ayrton,
04:43e foi,
04:44e tudo isso ficou menor,
04:47diante do que aconteceu,
04:48mas enfim,
04:49Ayrton Senna,
04:50é um,
04:51um herói,
04:53do esporte,
04:54um brasileiro,
04:55inesquecível,
04:56não era perfeito,
04:57como muita gente pensa,
04:59mas ele era,
05:00realmente,
05:01necessário,
05:02para,
05:03fazer com que esse país,
05:04sentisse que ele pode,
05:09ele tem força,
05:10e pode,
05:11quando ele tem determinação,
05:13e as condições favoráveis,
05:15para isso.
05:15O piloto e jornalista,
05:31Gerson Campos,
05:32acelera forte nas pistas,
05:34ao lado de Rubinho Barrichello,
05:35no programa Acelerados,
05:37e ao nosso lado,
05:38no universo da mobilidade urbana,
05:40mas será que em 1994,
05:43aos 11 anos de idade,
05:44ele já era fã das corridas?
05:46Dia 1º de maio de 1994,
05:49lembro como se fosse hoje,
05:51apesar de estarmos a 31 anos,
05:53daquele dia,
05:54eu tinha 11 anos,
05:55já era um fã,
05:57fanático por Fórmula 1,
05:59eu lembro que quando aconteceu o acidente,
06:00eu estava sentado,
06:02deitado no sofá,
06:03vendo a corrida,
06:04com os pés em cima do colo do meu pai,
06:07e aí,
06:08naquela época,
06:08meu pai,
06:09acho que lendo jornal,
06:10uma revista,
06:10ele não era tão ligado assim,
06:12mas ele fez uma cara,
06:13e eu,
06:14como criança,
06:15não tinha sacado tanto a gravidade,
06:18na verdade,
06:18a gente tinha visto no dia anterior,
06:20o que aconteceu com o Ratzenberger,
06:21mas o Senna era o Senna,
06:23não ia acontecer com ele,
06:25jamais,
06:25então,
06:26foi socorrido,
06:27o que está acontecendo,
06:29e aí,
06:29quando ele foi para o hospital,
06:30a gente,
06:31minha mãe,
06:32ligou para a minha tia,
06:33conversavam sobre o acidente,
06:35e eu fico até emocionado,
06:37porque a minha tia falou,
06:38olha,
06:38Sônia,
06:39ele vai,
06:41o Gersinho,
06:42ele está sabendo,
06:43acho que é melhor você preparar ele,
06:45porque ele perdeu muita massa encefálica,
06:47falando do Ayrton,
06:49eu lembro até hoje,
06:50essas frases,
06:50esses detalhes,
06:52e aí,
06:53a gente saiu,
06:54e foi para a casa da minha avó,
06:56e quando a gente chegou na casa da minha avó,
06:57nesse caminho,
06:58que era super perto,
07:00minha avó abriu a casa,
07:02já com a notícia,
07:03e aí,
07:04a gente se abraçou e chorou,
07:05como se fosse um ente querido da família,
07:07passamos aquele dia inteiro,
07:10num sentimento de muita tristeza,
07:14lembro que depois disso,
07:15eu fui na casa da minha madrinha,
07:16tarde,
07:16e quando ela abriu a porta,
07:17a mesma coisa,
07:18eu olhei para ela,
07:19eu tinha 11 anos,
07:20ela já era mais velha,
07:21é claro,
07:22mas ela me abraçou,
07:22como se a gente tivesse perdido um ente querido da família,
07:25então,
07:26foi realmente um sentimento,
07:27que eu acho que,
07:28jamais vai acontecer de novo,
07:29unir tanta gente,
07:30unir crianças,
07:32adultos,
07:32idosos,
07:33no mesmo sentimento,
07:34o que o Ayrton fazia,
07:36o que ele conseguia,
07:37é algo realmente,
07:38muito fora da curva,
07:39daí para frente,
07:40acho que foi um negócio,
07:41muito duro na nossa vida,
07:42mas eu lembro que,
07:44muita gente falou,
07:44ah,
07:44não vou mais assistir,
07:46Fórmula 1,
07:47sem o Ayrton não tem graça,
07:49mas eu lembro que eu estava lá,
07:50no GP de Mônaco,
07:51acordando as,
07:51oito e pouco da manhã,
07:54botando o meu VHS para gravar,
07:56vendo a homenagem dos pilotos,
07:58e eu não,
07:59eu não abandonei Mônaco,
08:01que era a corrida seguinte,
08:02e continuei assistindo com a mesma paixão,
08:04e estou aqui até hoje,
08:06mais de 30 anos depois,
08:08sempre celebrando o legado do Ayrton,
08:10e falando com muito carinho,
08:11é isso aí pessoal,
08:13um abraço a todos,
08:14e cena sempre.
08:16Essa é a Murelo,
08:17a mesma curva de bateu Nelson Piquet,
08:18em 1987,
08:20vamos aguardar,
08:21o acendimento ao brasileiro Ayrton Senna.

Recomendado